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gostaria de saber mais sobre a historia do design

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Sara Drícia

O nome “design” só surgiu durante a era moderna, há apenas três séculos, mas a sua criação é datada desde a criação da humanidade. Suas técnicas e estética foram muito além dos objetos e da decoração, e influenciaram diretamente a arte, a arquitetura e até mesmo a nossa história.

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Juliana Almeida

  O design em si, não possui uma história certa, pois engloba vários elementos, misturando-se com a história da cultura material.
         Em 1888, os trabalhos de Arts & Crafts, criado na Inglaterra pelo socialista  William Morris, (e de idéias influenciadas pelo romancista John Ruskin) procurava um meio de fazer trabalhos impressos em móveis e objetos. Tomaram grande participação nas indústrias do século, logo a profissão fora denominada design.
         A partir deste período histórico, inaugurou-se a Art nouveau em francês (ou Arte nova), que contribuiu para mudanças no setor de arquitetura, influenciando, artes plásticas e design (design de moda,  o mobiliário, assim como o design de vasos e lamparinas, artigos de vidro e estampas, havendo também o redesenho das tipografias antigas e ornamentais). Como marca, tinha grande estilo, logo recebeu o apelido de modern style que pelo mundo afora, obteve outras denominações: Flower art na Inglaterra, Liberty, stilo "Floreale" na Itália e na Alemanha Jugendstil, sendo um estilo psicodélico. No Brasil foi divulgado como em francês (Art nouveau), e o grande nome desse período, foi o ítalo-brasileiro Eliseu d'Angelo Visconti, pintor e designer.
         Os avanços tecnológicos melhoraram a qualidade de impressões e até mesmo nas construções.    Na arquitetura, passou a ser usado ferro e vidro, enquanto o design gráfico passava a usar litográfica colorida. Neste tempo, os artistas como Touluse-Lautrec, se focaram em produzir cartazes e objetos de decoração, assim deixando uma trilha encaminhando o mundo ao design moderno.
         Em 1907, arquitetos, designers e empresários alemães que se influênciaram pela Jugendstil, fundaram a Deutscher Werkbund, que buscava a melhora da produção industrial e logo dando ínicio a escola Staaliches Bauhaus, grande contribuinte para o design, arquitetura e artes plásticas.
         O design tipográfico, durante o futurismo (em 1909), aboliu o tipografismo tradicional explorando  a lingua nativa (ou vernacular), além das onomatopéias, que tiveram grande repercussão no concretismo; design pós-moderno; dadaísmo (neste período os artistas incorporavam em suas obras montagens de imagens, junção entre diferentes formas de expressão, representação objetos, sons e imagens do cotidiano, com base em fotografia, teatro, artes plásticas e teatro) e na tipografia moderna.
         Outro movimento estético que deixou marcas no design e artes plásticas foi o neoplasticismo, muitas vezes confundido com o nome da revista De Stijl, fundada em 1917, nos países baixos pelo designer gráfico, arquiteto, artista plástico e poeta neerlandês Theo van Doesburg e alguns colegas. Embora este movimento mantivera-se por menos de quinze anos sua essência permanece até hoje presente na arquitetura e pintura, logo no design também. Sua arte era baseada no abstracionismo, os membros pensavam como se a arte buscada pelo movimento indicasse um relacionamento harmonioso e que representava exemplo perante a sociedade, ou somente para um individuo.  Theo chegou a dar palestras para divulgar o movimento, um dos lugares foi a escola Bauhaus, onde influenciou a arquitetura e o design com os diversos ambientes futuristas.
         A Stijl, não mostrara renovações, então os artistas participantes começaram a procurar novos caminhos e em 1925, o pintor Piet Mondrian que fazia parte dos coloboradores, fez severas criticas ao novo método, logo saindo da revista e ingressando num outro movimento em 1931, fundado na França, o grupo Abstract-Création de Naum Gabo e Antoine Pevsner. Com o tempo, Mondrian se tornou muito reconhecido e suas composições começaram a ser apropiadas pela industria e reproduzidas em capas de livros.
         Durante o Realismo Socialismo, (fundado em 1930, pela União Soviética) o design de cartazes e os agitprop (de agitação e propaganda) na America Latina, sofreram forte influência, mas ao adaptar este movimento ás características do continente, ficou totalmente diferente. Na Rússia, como parte da população era analfabeta ou obtinham um baixo nível escolar, passaram a produzir cartazes onde não se apresentava muitas letras e sim, somente desenhos, porém com três cores somente, o preto, o branco e o vermelho. O design adotado enfatizava o poder soviético, tal fora demonstrado em 1980, nos jogos Olimpicos pelo simbolo e pôsters, nos quais uma enorme torre conceitual em barras (uma figura muito usada pelos soviéticos) suspende os Aros Olímpicos. Hoje em dia, a representação desse movimento aparece em alguns produtos como forma de nostalgia, assim como em memorabilia ou merchandising.
         A Art déco (1925-1939), influenciou o design interior, desenho industrial, as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Sua forma de expressão teve base em todos os estilos artisticos do inicio do século XX, sendo esta somente decorativa, diferente de todas as outras correntes artisticas. Os objetos porduzidos por esta remetiam ao cubismo, pois relatava muitas formas geométricas, na arquitetura este traço também era presente, além do uso do plástico e pele de animais para forar o interior de ambientes. Em relação a imagem visual de objetos era mais simples que a art nouveau, muitos  reproduziam marcas de civilizações antigas.
         Sua popularidade, após o fim no Ocidente, levou-se para o lado Vietnã, Coréia do Sul e na China pré comunista, logo em 60, pessoas por todo o mundo, se interessaram por esta estética.    O brasileiro Vitor Brecheret, assim como Vicente do Rego Monteiro, Atílio Correa Lima, Frederico Urlass, Raphael Arcuri e outros tiveram grande influência  da Art déco na maneira de expressar o design de suas obras  arquitetônicas ou não.
         A Escola Superior da Forma de Ulm, sucessora da Bauhaus , incluiu novas disciplinas essencias para o design  como a Ergonomia, a História da Cultura e a Semiótica; fotografia, tipografia, embalagem, sistemas expositivos e técnicas publicitárias consideravam como suportes ao projeto de design. Criada em 1952 e por defender uma ideologia e um funcionalismo extremo, em 1968 teve seu fim.
         Em 1954, nasce o Push Pin Style criado por Milton Glaser, Seymour Chwast, Reyonld Ruffins e Edward Sorel, este começa a ser um ponto de referência para o design gráfico na época, considerado como pós-moderno, trabalhava com elementos diferentes, mas baseados na arte no século XIX, porém mais livre do qual todos consideravam na época como “bom design”, que era o Estilo internacional suíço, muito limitador, já sendo considerado fora de “moda”. O Push Pin trabalhou em projetos como tipografias originas, identidade visual, cartazes, revistas, capa de discos e livros.  Glaser e Chwast durante 20 anos, trabalharam com a Push Pin. Em 1974, Glaser montou seu próprio negócio.
         
                                  Definição

        Podemos descrever design como um processo para criar objetos segundo a linha criativa de cada um para a elaboração, configuração, concepção e especificação deste objeto criado. Os objetos seriam utensílios domésticos, vestimentas, máquinas, ambientes e imagens (tipografia, livros e alguns artigos eletrônicos).      Design também é considerado a forma, a qual o objeto foi projetado.  Porém, o design não é uma forma de arte, considerando os pontos de vista da arte moderna, por razão de que arte é o resultado de uma produção individualista e transcendente, e o design visa atender a sociedade.
        A palavra design divide-se com várias interpretações e traduções, sua origem vem do latim, designare. Na Alemanha, a Staaliches Bauhaus (escola de artes plásticas, design e arquitetura) adotou a expressão Gestaltung, ou simplesmente gestalt, que segundo esta a constância perceptiva, a segregação figura-fundo, a pregnância e a tendência á estruturação são os quatro elementos de percepção de objetos e formas. Passada para o inglês, gestalt passou a ser design, que como substantivo designa o todo realizado num projeto, ou somente a intensão de concretizá-lo; como verbo significa projetar algo, realizando muito trabalho relativo à modelagem, ajustes interativos e até, reprojetar.
         Design, ao ser traduzido ao português, tiveram de reforçar que esta não envolvia somente representações projetadas, ou seja, era diferente de drawing (ou desenho). João Batista Vilanova Artigas, um arquiteto brasileiro, em seus estudos, constou que a palavra desenho no período colonial, era usada no sentido desejo ou plano.
          Em espanhol existe a palavra diseño voltada a palavra design e debujo, referente a desenho. O designer brasileiro Luiz Vidal Negreiros Gomes, em seus estudos, indica que me português existia a diferença entre os significados de debuxo, esboço e também de debujo e desenho, tornado pujante o significado de diseño ou, design.
        Philip Meggs, designer gráfico, professor e historador dizia que “o conceito de arte pela arte, de um objeto belo que existe apenas pelo seu valor estético, não se desenvolveu até o século XIX. Antes da revolução industrial, a beleza das formas e imagens criadas pelas pessoas estavam ligadas à sua função na sociedade."        Por ocorrência da revolução industrial, os vários campos artísticos foram divididos devido às (novas) necessidades socioeconômicas da época.
         O célebre historiador alemão de arte Ernst Hans Josef Gombrich, em seus estudos concluiu que “nada existe realmente a que se possa dar o nome de arte”, ou seja, qualquer coisa é arte. O historiador italiano Giulio Carlo Argan, propõem uma reavaliação da arte, compreendendo a cultura e a história, pois o design em suas variadas formas poderia ser considerado arte. Já o desenhista industrial americano Henry Dreyfuss – conhecido por seus estudos antopométricos – desenvolvia seus projetos baseado no conforto, funcionalidade e a segurança do produto.
         Na década de 60, o curso de design foi implantado no Brasil, mas com o nome de desenho industrial, ora, por ser algo projetado para se produzir em escala industrial e sem contar que na época, nomes voltados para cursos nacionais, não podiam ter origem estrangeira também.

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