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Caso concreto 1 Direito Civil 1 CASO REBECA

Rebeca comprou terreno em loteamento empreendido por Amaranta. Sem que constasse do instrumento contratual, Amaranta garantiu a Rebeca que teria vista definitiva a um belo monte, que era a grande atração do empreendimento, tendo inclusive assegurado que a legislação local não permitia edificações nos terrenos a frente do seu. Após alguns meses da aquisição do terreno, Amaranta solicitou uma alteração no plano de urbanização da cidade, que passou a permitir a edificação nos lotes em frente ao terreno de Rebeca, fazendo com que ela perdesse a visão para o monte.
Inconformada, Amaranta moveu uma ação contra Rebeca, tendo obtido êxito porque o órgão jurisdicional entendeu que pela boa-fé objetiva, existe um dever de não adotar atitudes que possam frustrar o objetivo perseguido pela autora, ou que possam implicar, mediante o aproveitamento da antiga previsão contratual, a diminuição das vantagens ou até infligir danos ao contratante. 

Diante dos fatos narrados acima e com base no conteúdo das aulas desta semana, responda:
 a) A boa-fé objetiva é uma cláusula geral? Em caso afirmativo, explique o porquê de a boa-fé objetiva adequar-se ao conceito de cláusula geral. Em caso negativo, indique de maneira justificada a que categoria pertence a boa-fé objetiva. 
 

💡 2 Respostas

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Drieneane H. Tillmann

Sim, A boa fé objetiva é uma cláusula geral. Se a norma deixa em aberto a descrição da conduta devida, ela é uma cláusula geral. A boa fé objetiva é uma conduta social ou um padrão ético de comportamento, que impõe a todo cidadão que, em suas relações atuem com honestidade, lealdade e probidade.

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Andre Smaira

Primeiramente, temos que a cláusula geral não possui apenas um objetivo pré-definido, mas indica uma medida de comportamento que deve ser concretizada de acordo com as necessidades da sociedade, sendo que essas também não se confundem com os princípios jurídicos, pois ao contrário destes, as cláusulas necessitam de uma positivação para serem válidas, sendo muitas vezes a cláusula geral o instrumento de concretização dos princípios jurídicos.

Dessa maneira, observamos que, se aplicado o expresso no artigo 422, essa norma pode vir a ser fruto do arbítrio do poder discricionário do juiz que confiaria exclusivamente em sua percepção subjetiva a tarefa da concretização normativa, gerando insegurança jurídica, ou ainda pode simplesmente ficar esquecida por 150 anos como a cláusula geral do Código Comercial brasileiro, que assim como nosso Código Civil de 2002 não apresentava qualquer ponto de referência normativa, sendo que o art. 131 trata da boa fé da seguinte maneira: “1 - a inteligência simples e adequada, que for mais conforme à boa fé, e ao verdadeiro espírito e natureza do contrato, deverá sempre prevalecer à rigorosa e restrita significação das palavras”.

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