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Explique o porquê do preconceito relativo à literatura infantil

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Gustavo Bezerra Martins

Por demonstrar abordagem imaginativa e não realista, acaba por provocar senso crítico por se adequar a um mundo imaginário

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Alessandra Lima Pinheiro

Simplesmente refletem um preconceito disseminado na sociedade: o de que quem lida com crianças tem um trabalho muito mais fácil. Professor primário? Moleza! Teatro infantil? Qualquer um faz! Biblioteca de escola? Enfia lá aquela professora desanimada, prestes a se aposentar, e ela dá conta do recado. Médico de criança? Dois anos de medicina são mais do que suficientes... A verdade passa longe daí. Para fazer malfeito, é inquestionável: realmente qualquer um pode se candidatar, pois o nível de exigência anda baixo mesmo. Mas isso vale para o público de qualquer idade! Ou alguém tem a ilusão de que os escritores, atores e diretores “de adultos” são sempre artistas brilhantes? Quantas vezes o professor que mais marcou nossa vida surgiu justamente na infância, na adolescência? Agora, se é pra fazer um trabalho de qualidade, sério, verdadeiro, temos que abandonar essa visão distorcida. Este preconceito que atinge não apenas estes profissionais, mas principalmente a criança. 29 Precisamos lembrar que a criança é menor somente em idade e tamanho. Quando se trata de inteligência, sensibilidade, criatividade, emoção, ela empata – e freqüentemente goleia – o adulto. É mais aberta, disponível, abraça melhor as novas idéias. Se achamos que um livro – uma peça, música – é bobo, simplista, malfeito, podemos ter certeza de que a criança também não vai gostar. A menos que já tenha sido “condicionada” a engolir obras menos elaboradas, moralistas, ou toda esta produção em série que o mercado despeja e o adulto (pai, tio, professor) endossa. Pra terminar, não custa lembrar que o único prêmio a nível mundial que a literatura brasileira já ganhou foi justamente o Hans Christian Andersen. Chamado lá fora de “o pequeno Nobel”, ele é entregue a cada dois anos a autores e ilustradores da literatura infantil e coube, em 1982, à nossa Lygia Bojunga Nunes, autora de Angélica, Os colegas, Corda bamba, A bolsa amarela e outras tantas histórias inesquecíveis. CUNHA, Leo. Nas páginas do tempo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1977, pp. 26-28

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