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Fazer uma resenha crítica sobre os delírios de consumo de Becky Bloom?

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Rufus Franz

Este filme dirigido pelo cineasta P.J. Hogan nos alerta sobre os diferentes tipos de persuasão que encontramos ao nosso redor, seja, através de textos publicitários, propagandas televisivas, internet, ou seja, por meio de um discurso oral ou escrito (no caso da política). Este longa exprime, mesmo que, em forma de comédia, um alerta sobre os cuidados que devemos ter dentro de uma sociedade tão consumista, principalmente a norte-americana.

       A História se passa em Nova York com Rebecca Bloomwood (Isla Fisher), que é uma jovem jornalista que não consegue se controlar no quesito "compras". Os sete cartões de crédito são insuficientes para que ela compre as roupas que deseja adquirir. Seu quarto mais se parece com um provador de loja, inundado de peças, sapatos, bolsas e afins espalhados, e ela não se cansa de comprar mais. O detalhe é que Rebecca não é rica, pelo contrário. Tanto que suas dívidas já chegam à casa dos US$ 16 mil. E a situação piora quando ela acaba de ser demitida, por ironia do destino, Rebecca consegue um emprego numa revista de finanças, trabalhando ao lado do editor Luke Brandon (Hugh Dancy). Com sua visão particular em relação ao dinheiro, ela acaba fazendo sucesso junto aos leitores da revista onde trabalha, quebrando o gelo do acinzentado mundo das finanças, tornando o assunto chamativo a mulheres que, assim como ela, são incapazes de lidar com dinheiro.

      O poder persuasivo apresentado no filme dá-se por meio das vitrines exuberantes de Nova York, com manequins animados que praticamente chamam, convidam os transeuntes que por ali passam, a entrar e adquirir os produtos oferecidos, bem como, os anúncios da ‘Alette Magazine’ a mais famosa publicação voltada à moda feminina comandada pela elegante Alette Naylor. Tudo sem contar os anúncios veiculados pela televisão, de queima de estoques de todo gênero, na qual os consumidores (95% mulheres), quase se matam para conseguir algum produto, mesmo que este não lhe seja tão necessário, compram somente pelo prazer de consumir. Nota-se um forte apelo emotivo nas propagandas e anúncios, engodos que, para uma compradora compulsiva como Rebecca, são fatais, irresistíveis, afinal “A propaganda é a alma do negócio”, este célebre slogan denota bem tudo o que se passa neste longa.

       Pode-se dizer que este filme também mostra os muitos lados negativos do consumo desenfreado, que vai de encontro diretamente com a crise financeira que o planeta enfrenta no momento. Os ‘Delírios de Consumo de Becky Bloom’ é baseado nos livros de Sophie – especificamente Os Delírios de Consumo de Becky Bloom e Delírios de Consumo na 5ª Avenida -, mas não é completamente dependente deles.

       O diretor P. J. Hogan (Brisbane, 1962) é um cineasta australiano, seu primeiro grande sucesso foi o filme ‘O Casamento de Muriel’(1994), que ajudou a alavancar a carreira de atrizes hoje consagradas como Toni Collette e Rachel Griffiths. O sucesso do filme levou-o a Hollywood, onde dirigiu, em 1997, o filme ‘ O casamento do meu melhor amigo’, com Julia Roberts, Cameron Diaz e Dermot Mulroney.

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