É um impacto não previsto e que afeta diretamente todas as pessoas de uma forma única, o que causa choque social e ao mesmo tempo coloca as marcas contra parede por um posicionamento. Os grandes especialistas do mundo sobre comunicação são praticamente unânimes ao dizer que a velocidade e a humanização na comunicação nesse cenário são vitais para qualquer marca. Com esse impacto radical, é inevitável que as pessoas comecem a ter novos comportamentos, pois ser obrigado a ficar em casa, por exemplo, nos traz a necessidade de nos adaptar a um novo cenário, que para muitos nunca foi experimentado.
E vivendo este momento novo, temos tempo e oportunidade para usar novas ferramentas e fazer coisas que sempre falamos que, quando tivéssemos tempo, faríamos. E aí vem o desafio da sua empresa de entender quais são essas coisas que as pessoas estão fazendo, quais são esses novos comportamentos, para que com base neles sua comunicação possa ser mais assertiva.
De uma forma geral estamos acelerando diversos processos de mudança que a sociedade e a comunicação já passariam. Ano passado, quando fui ao DMEXCO, na Alemanha, a grande maioria dos talks era sobre o protagonismo e os desejos reais do consumidor como insumo para as estratégias, comunicação e o marketing. Foi muito falado também sobre um consumidor agora informado, que pressiona as marcas para crescerem com eles, com uma forma de olhar mais para as pautas sociais do que sob a ótica do capitalismo.
Começamos também a entender mais sobre o social, ou seja, entender que não é mais só sobre mim ou minha empresa, mas sobre quem está em volta de mim e como eu posso me conectar com essas pessoas verdadeiramente.
Como disse Lawrence Bacow, presidente da Universidade de Harvard, “ninguém sabe o que enfrentaremos nas próximas semanas, mas todos sabem o suficiente para entender que a covid-19 testará nossas capacidades de generosidade e de enxergar além de nós mesmos e de nossos próprios interesses”.
Você gostaria de falar de jovens de que faixa etária? Adolescentes? Jovens adultos? Na cultura, acredito que talvez vá modificar (está modificando) a atenção que costumeiramente se dava aos idosos. Como eles são o maior grupo de risco, pelo que tenho percebido, as famílias têm dado mais atenção aos seus idosos, valorizado mais o tempo de convívio com os familiares. Também há um sentimento de medo generalizado, um medo de ser contaminado pelos outros. Acredito que tenderemos a lavar mais as mãos, a usar mais álcool gel e adotar o uso de máscara pós pandemia. Também tenho lido e assistido em canais, tais como o da Monja Coen, que as pessoas estão mais ansiosas e depressivas.
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