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Quais são as cinco etapas para a realização do Contrato Social em Hobbes?

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PERSEGUIDO MC

interessante

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joana araujo

A maneira natural de existir, coexistir e agir dos indivíduos caracterizaria o reino da guerra e da dispersão. Para livrar os homens do Estado de natureza, seria necessário introduzir um governo central com autoridade suficiente para “regular” o convívio social. Para tanto, se sacrificaria a liberdade individual em troca de segurança. Abrir mão da liberdade natural em troca da segurança jurídica, aliena-se a liberdade e um terceiro (Estado) em nome dos indivíduos cuida para assegurar e regular os comportamentos. O teórico inglês afirmou que só é possível socializar-se e desenvolver os potenciais humanos vivendo sob um Estado Forte (Leviatã: monstro simbólico que concentra todo poder em suas mãos, responsável por todas as decisões sociais), que possa garantir paz e segurança, estabelecido com base no Contrato Social.

O Leviatã, famoso monstro mitológico (incorporado à religião), foi personificado por Hobbes, como símbolo de um Estado Forte. O filósofo escolheu dar esse nome à sua obra por considerar que o Soberano deve usar mecanismos violentos e ser extremamente autoritário para conseguir estabelecer um convívio social pacífico.

Hobbes considerou que o Estado de Natureza destrutivo é inerente à natureza perversa do homem e que é preciso utilizar métodos de controle (limitar a liberdade de ação e potencial igualdade entre os homens) para despertar o que pode haver de “bom” e racional. Com essa afirmativa concluiu que, embora o Estado Político seja essencial à convivência social, não passa de um artifício. O “Leviatã” é forjado, artificial, antinatural.

O discurso “hobbesiano” é conveniente para o momento histórico em que o teórico viveu, por legitimar o poder absolutista. Seguem alguns trechos de sua obra que sintetizam o que representa o soberano na sociedade política: “Isso é mais do que consentimento ou concórdia, pois resume-se numa verdadeira unidade de todos eles, numa só e mesma pessoa, realizada por um pacto de cada homem com todos os homens [...] Esta é a geração daquele enorme Leviatã, ou antes – com toda reverência – daquele deus mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa” [...] É nele que consiste a essência do Estado, que pode ser assim definida: ‘Uma grande multidão institui a uma pessoa, mediante pactos recíprocos uns aos outros, para em nome de cada um como autora, poder usar a força e os recursos de todos, da maneira que considerar conveniente, para assegurar a paz e a defesa comum’. O soberano é aquele que representa essa pessoa”. Os conceitos elencados justificam o discurso eclesiástico e civil defendido por Hobbes. Eclesiástico por se confiar absolutamente na figura de Soberania a ponto de se entregar a liberdade individual e, a partir do momento em que o contrato social é oficializado, não haver espaço ou possibilidade para questionamentos e represálias acerca das decisões tomadas. Civil pelo pacto ser veiculado por intermédio de leis.

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