"Marília de Dirceu" - Lira VIII, de Tomás Antônio Gonzaga
- LIRA VIII
Um dia que o gado
No prado guardava Amor me aparece
Com arco e aljava.
No tronco mais verde,
Que no prado houvesse,
Amor me mandou Seu nome escrevesse.
Contente parti
Um trono buscar,
Para nele as ordens Pronto executar.
No tronco dum freixo Que viçoso vi,
Quis gravar "amor". Marília escrevi.
Tanto que Amor vê
O engano feliz
O nome beijando Alegre me diz:
"Não temas, Dirceu,
Não mudes de cor;
Nesse doce nome
Escreveste Amor."
(Tomás Antônio Gonzaga)
1. O nome deveria ser escrito "no tronco mais verde" (verso 05). Por quê? Relacione essa expressão a uma das principais características do Arcadismo:
2. O poeta enganou-se, escrevendo Marília em vez de Amor. Explique esse "engano feliz":
3. Comprove por que o Amor está personificado no poema:
4. O Amor aparece ao poeta na primeira estrofe; mandou-o escrever na segunda estrofe; falou na última estrofe. O que ele disse?
5. Traduza, com suas palavras, o que disse o Amor (baseie-se na sua resposta anterior para isso):
6. Ao falar com Dirceu, que sentimentos o Amor demonstrou?
7. Do começo ao fim do poema há uma característica árcade que salta aos olhos. Qual é ela?
8. Destaque do texto palavras que sugerem essa característica citada na questão anterior:
9. O texto apresenta várias características da escola literária a que pertence. Aponte cinco delas, justificando cada uma:
10. Sabemos que o Arcadismo "é um movimento estético que gravita em torno de três diretrizes: Natureza - Verdade - Razão, buscando fazer da literatura a expressão racional para, assim, manifestar a verdade". Relacione tal afirmação ao texto lido, explicando:
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