O Brasil passa do período colonial, ou monárquico, no qual a mão de obra era majoritariamente escrava, para o período republicano, no qual a mão de obra deixa de ser escrava, mas mantém inúmeros problemas sociais. Vejamos a opinião de Iamamoto e Carvalho (1988) sobre esta questão:
“A ‘questão social’, seu aparecimento, diz respeito diretamente à generalização do trabalho livre numa sociedade em que a escravidão marca profundamente seu passado recente. Trabalho livre que se generaliza em circunstâncias históricas nas quais a separação entre homens e meios de produção se dá em grande medida fora dos limites da formação econômico-social brasileira.” (IAMAMOTO, M.; CARVALHO, R. Relações sociais e serviço social no Brasil : esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 6 ed. São Paulo: Cortez, 1988. p. 127).
Analisando a citação, bem como a questão da passagem da mão de obra escrava para a mão de obra assalariada no Brasil, assinale a alternativa que melhor exprime esta relação.
1.A mão de obra assalariada surge no Brasil através das diversas lutas dos trabalhadores oriundos do sistema escravocrata que perdurou no país por muitos séculos, tal situação havia criada a chamada ‘questão social’, a qual foi erradicada apenas após a instauração da república e da legalização do trabalho assalariado nas indústrias que surgiam no país.
2.A mão de obra escrava era tratada como uma posse produtiva no período colonial, o que não acontecia no período de industrialização ocorrido após a instauração do republicanismo. Neste período, os trabalhadores recebiam seus salários e escolhiam de forma livre como queria trabalhar e receber.
3.A transição entre mão de obra escrava e mão de obra assalariada no Brasil se dá pelo paradigma da má distribuição da posse dos meios de produção, a terra, no caso do período colonial, e a posse dos maquinários, no caso da industrialização, criando uma elite exploradora e uma massa de trabalhadores explorados, perpetrando, assim, uma situação de extrema desigualdade social e miséria.
4.No período colonial, ou monárquico, os escravos não tinham direito à nenhum tipo de posse, muito menos a um salário, já no sistema capitalista que emprega a mão de obra assalariada, o trabalhador está mais envolvido com o processo produtivo e se reconhece em sua atividade, sendo assim reconhecido como peça fundamental no processo de fortalecimento econômico da sociedade.
5.A questão social que surge no Brasil no final do período escravocrata estava relacionada diretamente à questão da falta de salário, ou seja, os escravos não eram vistos como trabalhadores dignos, já no período de industrialização existente no republicanismo, o trabalhador é reconhecido como pela chave no desenvolvimento político da nação e é valorizado pelo poder público.
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