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Qual a função da defensoria publica no processo civil?

💡 3 Respostas

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Anne Priscila Valloto

. A Defensoria Pública como garantia fundamental constitucional
O texto promulgado pelo constituinte originário de 1988 conferiu ao Estado o dever de prestar assistência jurídica integral e gratuita a todas as pessoas que comprovem insuficiência de recursos, nos termos do art. 5º, LXXIV. Tal dever foi erigido a direito fundamental e sua efetividade somente foi possível após a criação das Defensorias Públicas, instituições incumbidas de orientar e defender, em todos os graus, os necessitados (art. 134).

O Congresso Nacional, após o início da vigência do atual texto constitucional, por meio da Lei Complementar nº. 80/94, organizou a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e Territórios, bem como estabeleceu normas gerais relacionadas à atuação da Defensoria Pública nos Estados, deixando a organização e a instituição do regime jurídico da carreira de Defensor Público Estadual a cargo das leis complementares estaduais.

A Emenda Constitucional nº. 45/2004, por sua vez, fortaleceu as Defensorias Públicas Estaduais, assegurando-lhes autonomia funcional e administrativa, o que foi reforçado pela Lei Complementar nº. 32/2009[1]. Em nível distrital, esse fortalecimento se deu com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 69/2012, que estendeu à Defensoria Pública do Distrito Federal[2] os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.

Como se pode perceber, tanto em nível constitucional como infraconstitucional, a Defensoria Pública foi ganhando espaço e autonomia, o que fez com que passasse a desfrutar do mesmo status das demais instituições essenciais à Justiça, notadamente o Ministério Público.

O enquadramento da Defensoria Pública como garantia fundamental constitucional, incumbida, principalmente, da promoção do acesso à justiça – direito fundamental consubstanciado no art. 5º, XXXV, da Constituição de 1988 – levou a instituição a ser considerada pela maioria da doutrina como integrante do núcleo essencial de um Estado Democrático de Direito.

Tal constatação se deve ao fato de que “o direito de acesso à Justiça faz parte do assim chamado mínimo existencial, núcleo essencial do princípio da dignidade humana, não podendo de forma alguma ser suprimido mediante reforma constitucional” [3].

Assim, em razão da importância de sua atuação para a garantia de direitos fundamentais, a Defensoria Pública não pode ser suprimida, nem ter suas atribuições reduzidas via emenda constitucional, “sob pena de indefensável retrocesso no cumprimento do objetivo fundamental de construção de uma sociedade livre, justa e solidária” [4].

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Tiago Machado

O Art.185 do novo CPC dispõe que “a Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita”.

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Fabieni Souto da Silva

Conforme dispõe o art. 185 do novo CPC “a Defensoria Pública exercerá a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, em todos os graus, de forma integral e gratuita" e esta é a sua função não somente no âmbito da área cível.

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