Mario A. L. Guerreiro afirma que, Kant (1985,p.38) no apêndice ao Projeto da Paz Perpétua, ao considerar o acordo entre Política e Moral, diz que “todas as ações relativas ao direito de outros homens cuja máxima não é compatível com a publicidade são injustas”. Em outras palavras, para Lafer, isto significa dizer que aquilo que eu não posso um dia divulgar, sem prejudicar o fim proposto - que precisa ser permanentemente dissimulado para manter o resultado, para não provocar uma resistência generalizada – constitui, para Kant, um teste daquilo que não é justo em relação aos outros. Não seria este um caso daquilo que, em nossa tipologia de mentiras, consideramos uma forma perversa de mentira por omissão em que o não-dito revela-se mais relevante do que o dito?! (Vide I. 6.112 e II, item 4). Uma questão que somente o Pinóquio iria nos mostrar, não havendo lógica para uma questão filosófica moral de decisão pessoal.
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