Para quem se virá trabalhar em nosso pais? Se o imigrante viesse trabalhar por conta de outra pessoa, para os fazendeiros, poderia ser qualquer raça. Em compensação, se viesse cultivar terras por conta própria, deveria preencher as caracteristicas étnicas e culturais desejados pelos funcionários do império. [...] Os fazendeiros e o grande comércio buscavam angariar proletários de qualquer parte do mundo, de qualquer raça, para substituir, nas fazendas, os escravos. [...] [Entretanto], a burocracia imperial e intelectualidade tentavam fazer da imigração um instrumento de ‘civilização’ a qual, na época, referia-se ao embranquecimento do pais.”

A elite agrária brasileira [os fazendeiros] procurava trabalhadores para as fazendas, pois em razão das novas medidas contra o tráfico negreiro, poderia ocorrer desfalque de mão de obra. Os burocratas e intelectuais do império tentavam fazer da imigração um instrumento de “civilização”, a qual, segundo as teorias raciais da época, significava promover o embranquecimento do país. Com as leis abolicionistas ficava cada vez mais difícil a mão de obra escrava e como solução contrataram mão de obra de imigrantes vindo de várias partes da Europa [brancos]