Segundo Tauk-Santos (2001), a reconversão é uma forma de hibridação que envolve processos que “se constroem na relação da cultura massiva e das culturas populares por meio do consumo”, podendo acontecer de forma espontânea, quando ocorre de modo não planejado ou é resultado imprevisto de processos migratórios. Existe também a reconversão intencional ou forçada, que, ao contrário da espontânea, acontece quando o sujeito se vê diante de uma circunstância crucial, na qual tem de reconverter seus códigos culturais em função da sua própria sobrevivência. Ela ocorre também quando é necessário reconverter um patrimônio, como, por exemplo, uma fábrica ou um conjunto de saberes, a fim de reinseri-lo em novas realidades de produção e mercado.
Santos (2001) acredita que o processo de hibridização das culturas populares não diz respeito somente à incorporação de culturas de massa, mas também a estratégias de reconversão para que tais culturas sejam inseridas no mercado massivo. Assim, a cultura híbrida tem o papel de fundir estruturas e práticas sociais existentes para gerar novas, por meio de uma reconversão. Segundo Santos (2001, p. 253), a reconversão é uma forma de hibridização que envolve processos que “[...] se constroem na relação da cultura massiva e das culturas populares através do consumo”. Ela pode acontecer de forma espontânea, quando acontece sem planejamento, “[...] ou é resultado imprevisto de processos migratórios, turísticos e de intercâmbio econômico ou comunicacional” (CANCLINI, 2006, p. 22).
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