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Qual a importância da escola de Chicago?

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Ana Carolina Lima

NOV6A importância da Escola de Chicago para a sociologia e as suas contribuiçõesAline Cristina Ferreira A conferência de 1990 sobre a Escola de Chicago, realizada no Brasil, por Howard Becker nos traz elementos muito interessantes para refletirmos sobre questões de metodologia. Isso porque, a primeira vista, quando falamos de tal escola, já nos vem à mente o método quantitativo. No entanto, como o próprio Becker ressalta, as grandes pesquisas de survey do Departamento se deram no pós II Guerra Mundial e, ainda, isso fez com que “a Escola de Chicago, de certo modo, deixou [deixasse] Chicago”. E assim os seus expoentes se difundiram pelo mundo. Isso porque, na realidade, havia uma perspectiva unificadora em se considerar tanto o método qualitativo, quanto o quantitativo. E por esse motivo há um diálogo da Escola de Chicago com outras áreas das ciências humanas, como a Antropologia e a Psicologia Social. E percebemos isso pela própria fama do interacionismo simbólico, que revela a preocupação qualitativa, dialogando com outras áreas do saber. Nesse meio, a cidade de Chicago se tornou um objeto de pesquisa importante, tornando-se, até mesmo, um laboratório. Isso influenciou outros pesquisadores. Desse modo, o que podemos perceber é um intercâmbio entre as matérias das ciências humanas, mas com uma relevância especial para os aspectos metodológicos da sociologia, unificando método qualitativo com quantitativo. Por esse e por outro motivos, a diferenciação que Becker realiza entre escola de pensamento e escola de atividade é fundamental para entendermos a Escola de Chicago. De acordo com o autor, “uma escola de pensamento (...) consiste em um grupo de pessoas que têm em comum o fato de que outras pessoas consideram seu pensamento semelhante (...) Uma escola de atividade, por outro lado, consiste em um grupo de pessoas que trabalham em conjunto, não sendo necessário que os membros da escola de atividade compartilhem a mesma teoria; eles apenas têm de estar dispostos a trabalhar juntos” (p. 179). Diante do exposto, e dos vários/diferentes autores que fizeram parte desta Escola, torna-se evidente seu caráter ligado à escola de atividade. Nesse sentido, por mais que ela se configure como escola de atividade, o que une os pensadores da Escola de Chicago é a sua preocupação na unificação dos métodos sociológicos e a centralidade dada às grandes cidades. E aí se encontram suas contribuições para a ciência da sociedade.
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