A obesidade é um desequilíbrio dos sistemas reguladores do peso corpóreo para o qual contribuem fatores genéticos, ambientais e comportamentais (como hipoatividade e maus hábitos alimentares). Resulta da ingestão de calorias acima das necessidades para as atividades normais do indivíduo, com consequente acúmulo de excesso de gordura no organismo. Os genes da obesidade codificam os componentes moleculares de sistemas de regulação de peso imediato e por período prolongado, que incluem a leptina, a grelina e outros fatores que regulam o equilíbrio energético. Além disso, vários desses fatores modulam o metabolismo da glicose através do tecido adiposo e contribuem para o desenvolvimento da resistência à insulina, que está associada ao diabetes do tipo 2. Fisiologicamente, a obesidade pode ser classificada em hipertrófica (relacionada ao aumento no tamanho das células de gordura – adipócitos), hiperplásica (vinculada ao aumento no número de adipócitos) e hipertrófica/hiperplásica (associada ao aumento tanto no número quanto no tamanho dos adipócitos). Em crianças, os adipócitos sofrem tanto hipertrofia como hiperplasia. Esse último caso aumenta a dificuldade da perda de peso pois, quando criada, a célula adiposa tem dificuldade de ser eliminada (majoritariamente a retirada ocorre por cirurgia), ficando inativa. Esse cenário ocasiona uma tendência natural à obesidade futura pois, apesar de inativa, essa grande quantidade de adipócitos oferece mais facilidade a uma futura estocagem de gordura. Além disso, a obesidade está associada a um maior risco de mortalidade, bem como a muitas doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, o que evidencia a razão da seriedade dos casos de obesidade infantil.
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