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O que é esquizoanálise?

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Larissa Dias

A esquizoanálise é um campo de práticas e saberes inaugurado pela obra conjunta do filósofo Gilles Deleuze com o psicanalista Félix Guattari e foi formulada pela primeira vez no livro O Anti-Édipo

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Matheus Prieto

Esquizoanálise foi um termo cunhado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, após o lançamento do livro “O Anti-Édipo”, em 1972, para designar um conjunto de críticas à psicanálise tradicional, bem como um novo instrumento para decifrar a subjetividade.

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Isabela Zilli

Esquizoanálise

Lúcia Navarro


                  "Psicanálise após um banho de real", assim alguns se referem à esquizoanálise. De fato, a esquizoanálise não pode ser definida como uma teoria, tampouco como uma especialidade ou como um modelo teórico. Ela não é um conjunto de conceitos que um especialista estuda e aplica a uma prática socialmente delimitada, com resultados localizáveis e manipuláveis. Ela é, antes, uma espécie de "caixa de ferramentas" que pode inspirar uma compreensão dos fenômenos psico-sociais-históricos-políticos e agenciar práticas que fujam à ordem cotidiana, rompendo com os saberes instituídos em troca de um saber subterrâneo, rizomático.

         Esquizoanálise foi um termo cunhado por Gilles Deleuze e Félix Guattari, após o lançamento do livro “O Anti-Édipo”, em 1972, para designar um conjunto de críticas à psicanálise tradicional, bem como um novo instrumento para decifrar a subjetividade. As críticas centravam-se na redução do inconsciente a uma cena de teatro (Édipo) e na prevalência de explicações parentais e familiaristas. Ao contrário, Deleuze e Guattari pensavam o inconsciente como uma usina, totalmente aberto à fabricação do real, no qual Édipo não é considerado um fenômeno universal e sim é explicado a partir da cultura. Ou seja, a esquizoanálise demonstra que o desejo está atrelado à produção social e procura “desedipianizar” o inconsciente, denunciando as formas de produção de subjetividade da sociedade capitalista.

        O fato de o desejo estar ligado a um contexto histórico-social é evidenciado no delírio, o qual é considerado por Deleuze e Guattari como geográfico-político, pois não se delira acerca de papai e mamãe, mas acerca do mundo inteiro, da história, da geografia, das tribos, dos desertos, dos povos. O fato de a psicanálise reduzir o delírio à dimensão da família evidenciaria sua incompreensão do fenômeno, pois o delírio não é individual, não é meramente o discurso de um doente – assim como o desejo, ele é indissociável de um contexto histórico-social.


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