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Caso concreto: Servidor da Receita Federal acusado de apagar documentos

O servidor Eduardo Bragança ingressou no serviço público federal, na carreira de auditor fiscal, em 01/04/2004. Há seis anos, o servidor está lotado na Subsecretaria de Arrecadação, Cadastros e Atendimento da Receita Federal. Apesar de trabalhar como sempre trabalhou, desde meados de 2019, com a posse do novo governo, o servidor sente-se perseguido pela chefia imediata, tendo relatado diversas situações de assédio. No final de 2020, Eduardo apresentou quadro de depressão grave, sendo afastado seguidas vezes para tratamento de saúde. Depois de muita tensão, em 01 de fevereiro de 2021, a chefia imediata do servidor colocou-o em home office ao menos até o final da pandemia. Afastado do ambiente de trabalho, o servidor apresentou melhoras em seu quadro depressivo e chegou a apresentar elevação em sua produtividade.

No dia 10 junho de 2021, Eduardo foi notificado para se defender em um Processo Administrativo Disciplinar, aberto contra ele porque, supostamente, entre 20 e 31 de janeiro, o servidor teria apagado mais de 100 mil arquivos (documentos diversos, fotos, pareceres, minutas de normativos) da pasta compartilhada de documentos no Drive da equipe da qual Eduardo fazia parte.

A área técnica da Receita Federal (área de informática) emitiu parecer em que diz que os documentos foram apagados a partir do login de Eduardo. O IP aponta que o computador usado também foi o de Eduardo.

As testemunhas ouvidas disseram que Eduardo era um servidor exemplar e que não viram ele apagando arquivos, bem como que nunca ouviram qualquer comentário dele nesse sentido.

Ao depor no PAD eduardo alegou que: a) não apagou os referidos documentos; b) não teria nenhum interesse ou motivação para apagá-los; c) diversas pessoas da equipe tinham acesso ao seu login e senha; d) os documentos não guardam nenhuma relevância, já que, após a implantação do Sistema SEI, os documentos são incluídos diretamenteo no próprio processo SEI, não sendo necessário guardá-lo em outra pasta.

Considerando as três fases básicas do PAD (Instauração, Inquérito e Julgamento), o processo encontra-se na etapa final de inquérito, mas a Comissão ainda não produziu o relatório.

Até esse momento, Eduardo não estava acompanhado de advogado. Ele, então, procura seu escritório para que você adote uma providência jurídica, na seara administrativa, visando convencer a Comissão a não indiciá-lo.

Diante desse caso, o/a candidato/a deve elaborar:

1. Providência jurídica: Considerando as fases do Processo Administrativo Disciplinar, elabore a medida jurídica a ser apresentada no PAD em tela. A medida deve ser dirigida à autoridade competente e deve conter os fundamentos fáticos e jurídicos, bem como a doutrina e a jurisprudência aplicada ao caso em tela. A providência jurídica deve ter no mínimo 4 e no máximo 15 laudas.

2. Nota informativa: elaborar nota informativa suscinta explicando a providência adotada bem como manifestando uma opinião pessoal sobre a chances de sucesso da defesa técnica de Eduardo. A nota informativa deve ter no mínimo 1 e no máximo 4 laudas.

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