1) Classificação da Ciência
A palavra ciência deriva do latim “scientia” e significa “conhecimento”. A partir do momento em que as ciências tornam-se autônomas, passam a ser classificadas em ciências formais, ciências da natureza e ciências humanas. As ciências formais recebem esse nome porque seus objetos de estudo não têm existência concreta, como a matemática e a lógica. As ciências da natureza são aquelas que estudam objetos que têm existência concreta, como a biologia, a química, a física e a geografia. As ciências humanas são aquelas que estudam aspectos relacionados com o comportamento humano.
Essa classificação é didática, ou seja, ajuda-nos a compreender melhor os diferentes objetos de conhecimento e a diversidade de métodos à qual precisamos recorrer para investigá-los. No entanto, essa classificação é insuficiente, pois não se refere aos objetos de conhecimento que necessitam de métodos diversos. Também temos que considerar as novas ciências que surgem e que apresentam traços das ciências humanas, das ciências da natureza e das ciências formais simultaneamente.
2) O método científico experimental:
O método científico experimental usado pelas ciências da natureza compreende as seguintes etapas:
a) Observação: O cientista, ao analisar um fato, pode deparar-se com um problema que não pode ser solucionado a partir de pesquisas já feitas. Por exemplo: O cientista observa que as alfaces que nascem no lado esquerdo do seu quintal apresentam coloração roxa.
b) Hipótese: Por ter feito leituras ou por acumular conhecimentos adquiridos em outras experiências, o cientista, ao analisar um problema que não tem uma resposta, levanta hipóteses. Por meio das hipóteses, ele tenta organizar os fatos observados e os recursos de que dispõe para explicá-los. Por exemplo: O cientista levanta a hipótese de que a coloração roxa foi causada por um mineral presente no solo.
c) Experimentação: Depois de levantadas as hipóteses, o cientista deve fazer uma observação dos fatos a partir de um controle, ou seja, a partir de condições determinadas por ele. Por exemplo: O cientista pode analisar o solo de seu quintal e examinar as diferenças entre a composição do lado esquerdo e do lado direito. Se ele identifica a presença de dois minerais diferentes no lado esquerdo, pode fazer duas amostras de solo, contendo em cada uma um dos minerais. A seguir, pode plantar alface para descobrir qual dos dois minerais é responsável pela coloração roxa.
Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)
d) Generalização: Depois de observar a variação do fenômeno que estuda, o cientista deve analisar se suas hipóteses foram mantidas ou se elas foram derrubadas pela experimentação. Se foram derrubadas, ele deve recomeçar seu método, levantar uma nova hipótese e proceder a experimentação. Se comprovada, ele deve observar uma constante que o permita generalizar, ou seja, criar uma “lei” que pode ser aplicada. Por exemplo: Se o cientista viu que, mesmo na presença dos minerais no solo, as alfaces mantêm coloração normal, ele precisa levantar outra hipótese que o permita analisar o surgimento da coloração roxa, como a temperatura do solo, e fazer um novo experimento. Se ele constata que, na presença de um mineral no solo, as alfaces adquirem coloração roxa, ele pode generalizar e dizer: “Toda alface plantada em um solo com a presença do mineral citado apresentará coloração roxa”. Depois disso, pode continuar a pesquisa e analisar se a alface roxa tem o mesmo sabor da alface com coloração normal e se a presença do mineral no solo traz riscos à saúde de quem a ingerir.
Texto copiado da página https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/seis-topicos-fundamentais-sobre-filosofia-ciencia.htm
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
Filosofia da Educação Brasileira
•ESTÁCIO
Compartilhar