Por aqui, estamos no final da leitura comentada de O crime do padre Amaro, de Eça de Queiroz, obra lançada em 1875, em Portugal. No último episódio, vimos que Amélia está confinada no sítio, com a madrinha Josefa, escondida da mãe e da sociedade de Leiria. Ela está sendo orientada pelo abade Ferrão a esquecer Amaro e casar com João Eduardo. Essa leitura mostrou um aspecto bem naturalista do romance de Queiroz. O narrador fala que Amélia está mudando em relação a Amaro porque se afastou do ambiente onde a paixão pelo padre foi estimulada, numa referência ao meio que contamina e influencia a conduta das personagens, tal como o Naturalismo preconizava. João Eduardo tá morando ali perto, como preceptor dos filhos do morgado, ou seja, professor particular do proprietário da fazendo ali ao lado. Josefa detesta Amélia por ela ter engravidado e Amaro torce pra que a criança nasça morta.
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