Uma visão pessoal de John Kenneth Galbraith. No Capítulo 9 (A Grande Empresa Multinacional), o economista faz uma síntese do domínio das grandes empresas multinacionais e como elas se comportam perante o Estado. Não pode uma empresa dedicar-se exclusivamente ao cliente, pois assim não terá um pode servir a si mesma: por isso empresas submetem vontades e necessidades ao público. As empresas manuseiam os preços e moldam os gostos do consumidor não-tão-soberano. Galbraith ressalta a simbiose presente nas relações entre a moderna empresa e a burocracia governamental. Na Era da Incerteza, grandes corporações fazem os homens pensarem como, por quem e para que finalidade são governados, causando incertezas. Pega-se como exemplo a UGE: grande grupo inicialmente alimentício que se alastrou para diversas modalidades. Ela representa a modernidade administrativa: administração feita por profissionais, lucros pela prestação de serviços, nutrição para um povo livre, incorporações de outras firmas, diversificação. Hoje ela é “controlada” por muitos acionistas que pouco comandam. A empresa está presente em Washington, onde influencia o governo do país às escondidas, causando inquietação e incerteza. Com a internacionalização, o atual objetivo é romper barreiras entre culturas (ao molde Ocidental) e tarifas entre países, o que nos leva ao pensamento Marxista: “O proletariado não tem pátria”. Para o futuro, a maior característica da empresa será socializar-se, ou seja, tornando-se socialmente indispensável e a divisão dos lucros pela grande variedade de stakeholders.
Compartilhar