"Platão não buscava as verdadeiras essências no mundo sensível. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo conhecido. O personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente, já que estas descobertas fariam as pessoas que as aceitassem não serem mais escravas de verdades pré concebidas pela sociedade. Para Platão, toda multiplicidade deste mundo, tudo que podemos experimentar e conhecer são cópias imperfeitas de essenciais imutáveis encontradas em um mundo além deste, o mundo das ideias. O filósofo, ou seja, aquele que busca a verdade, que ama a verdade (nunca pode se considerar o dono dela) é aquele que não se contenta com as verdades aparentes, pré-concebidas, é aquele que através do logos, ou seja, da razão se aprofunda na realidade descobrindo que o mundo que conhecemos é ilusório. O mito trata também de como o filósofo é visto após descobrir que o mundo é ilusório. Este homem é ridicularizado por aqueles que continuam escravizados pela caverna (mundo sensível). Os homens prisioneiros por não terem nunca experimentado a saída da caverna, veem o filósofo como um louco, como um inimigo da sociedade, ou seja um rebelde capaz de abalar o status quo."
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