Pessoas com obesidade (principalmente abdominal) podem ter grande quantidade circulante da adipocitocina inflamatória Resistina. A Resistina é produzida principalmente por macrófagos situados no tecido adiposo, pois quando aumentado, o tecido adiposo produz interferon-γ que por sua vez ativa macrófagos teciduais e induz a síntese e excreção de Resistina. O aumento da Resistina presente em pessoas obesas pode levar à resistência à insulina e consequentemente ao diabetes, pois, a Resistina aumenta a produção de citocinas inflamatórias como o TNF-α, Interleucina-6 (IL-6), Interleucina-8 (IL-8) e Proteína Quimioatraente de Monócitos Tipo 1. A IL-6 e o TNF-α ativam enzimas quinases de serina/treonina que inibem o receptor de insulina e o substrato do receptor de insulina, com isso não haverá a cascata de sinalização mediada pela insulina para ativar o GLUT-4 (transportador de glicose), consequentemente o indivíduo poderá desenvolver o quadro de diabetes tipo II. Além disso, a resistência à insulina, ou seja, a dificuldade da insulina exercer sua função fisiológica também estará associada à redução do processo de sinalização da hipertrofia muscular. Referências: Ribeiro-Filho FF et al. Visceral fat and metabolic syndrome: more than a simple association. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2004 Dec;48(6):803-11. Steppan CM et al. The hormone resistin links obesity to diabetes. Nature. 2001 Jan 18;409(6818):307-12.
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