Há pelo menos quatro décadas a área de ensino e aprendizagem de línguas tem dado foco ao que clamam pelo desenvolvimento de autonomia do aprendiz de línguas. Desde então, apesar dos vários conceitos e suas implicações terem sido propostos, ainda parece haver uma predominância por uma perspectiva de autonomia com ênfase predominantemente no indivíduo, sem uma preocupação do fomento da autonomia com vistas à transformação social. Assim, em uma perspectiva Freireana, enriquecido por outros autores da LA, proponho uma fala que não só recorra à própria evolução do termo autonomia desde a década de 80 até os dias de hoje, mas que também pela luz da teoria sócio-histórico-cultural proposta por Vygotsky, nos indique caminhos, como pesquisadores e educadores da linguagem, que clame por uma autonomia sociocultural. Em outras palavras, o desenvolvimento de autonomia do aprendiz de línguas como um movimento de resistência e resiliência que fomente não somente sua agência e seu empoderamento, mas da mesma forma, a transformação social de sua comunidade de prática.
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