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CÂNCER dE mama Dr. Marcus de Medeiros Matsushita Caso clínico Paciente do sexo feminino, 54 anos de idade, apresenta nódulo na mama direita com 2,5cm no maior eixo, Bi-Rads 4C. Foi realizada uma biópsia que mostrou proliferação de células relativamente uniformes, dispostas em fila indiana, sem evidência de células mioepiteliais à imuno-histoquímica. O exame clínico não mostrou linfonodos envolvidos Qual o diagnóstico? Qual a importância de não terem sido evidenciados linfonodos ao exame clínico? Quais fatores prognósticos devem ser avaliados na lesão? Carcinoma de mama Epidemiologia (INCA 2023) Neoplasia maligna mais frequente no sexo feminino depois de pele não melanoma Estado de São Paulo é a neoplasia mais frequente Em 2023 serão diagnosticados 73.610 novos casos Em 2020 18.203 mortes 17.825 mulheres 207 homens Carcinoma de mama FATORES DE RISCO Sexo feminino Idade 35-50 anos Dieta hipercalórica, hiperproteica, rica em gordura animal Consumo de álcool Menarca precoce, nuliparidade, gestação após 30 anos, amamentação curta, uso de contraceptivos orais. Fatores genéticos (BRCA1 e BRCA2, PTEN,TP53) Carcinoma de mama CLASSIFICAÇÃO: INVASÃO: Carcinoma “in situ” e “invasivo” Tipo histológico (adenocarcinomas): Tipo não especial (ductal) Lobular Medular Apócrino Metaplasico Mucinoso Micropapilar Outros Molecular Luminal A Luminal B Her-2 amplificado Tipo basal Carcinoma de mama CARCINOMA “IN SITU” PRECURSORES NÃO OBRIGATÓRIOS DE CARCINOMA INVASIVO. GERALMENTE FORMAM LESÕES NÃO PALPÁVEIS DETECTADAS EM EXAMES RADIOLÓGICOS MICROCALCIFICAÇÕES DUCTAL LOBULAR Carcinoma de mama CARCINOMA DUCTAL “IN SITU” SÓLIDO Carcinoma de mama CARCINOMA DUCTAL “IN SITU” CRIBRIFORME Carcinoma de mama CARCINOMA DUCTAL “IN SITU” CRIBRIFORME Carcinoma de mama CARCINOMA DUCTAL “IN SITU” COMEDONECROSE Carcinoma de mama CARCINOMA LOBULAR “IN SITU” Carcinoma de mama CARCINOMA “IN SITU” Expressão de marcador Mioepitelial Calponina Carcinoma de mama CARCINOMA INVASIVO Carcinoma de mama CARCINOMA INVASIVO DE TIPO NÃO ESPECIAL Carcinoma de mama CARCINOMA LOBULAR INVASIVO Carcinoma de mama CARCINOMA MUCINOSO INVASIVO Carcinoma de mama CARCINOMA MICROPAPILAR INVASIVO Carcinoma de mama CARCINOMA INFLAMATÓRIO “peau d’orange” Carcinoma de mama CARCINOMA INFLAMATÓRIO “peau d’orange” Carcinoma de mama Perda da expressão de marcadores mioepiteliais Carcinoma de mama Classificação molecular: Luminal A: baixo grau (ki-67 baixo), RE e RP positivo, HER-2 Negativo Luminal B: alto grau (Ki-67 alto), RE positivo, RP positivo ou negativo, HER-2 Negativo HER-2 amplificado: RE e RP negativo, HER-2 positivo Basal like: Triplo negativo. Carcinoma de mama Carcinoma de mama Avaliação HER-2 Carcinoma de mama Avaliação HER-2 Carcinoma de mama GRADUAÇÃO DOS CARCINOMAS DE MAMA Scarff-Bloom-Richardson (SBR) Grau arquitetural: formação tubular >75% - escore 1 formação tubular 75-10% - escore 2 formação tubular <10% - escore 3 Grau nuclear: pouco pleomorfismo – escore 1 moderado pleomorfismo – escore 2 intenso pleomorfismo – escore 3 Índice mitótico: escassas mitoses (até 5/CGA) – escore 1 moderadas mitoses (6-11/CGA) – escore 2 frequentes mitoses (>11/CGA) – escore 3 SBR grau I – até 5 pontos (bem diferenciado) SBR grau II – 6 ou 7 pontos (moderadamente diferenciado) SBR grau III – 8 ou 9 pontos (pouco diferenciado) Carcinoma de mama Estadiamento dos carcinomas de mama: pTX: não pode ser avaliado pT0: sem evidência de tumor primário pTis: carcinoma ductal in situ,(CDIS) pT1mi: tumor ≤ 1 mm pT1a: tumor > 1 mm mas ≤ 5 mm pT1b: tumor > 5 mm mas ≤ 10 mm pT1c: tumor > 10 mm mas ≤ 20 mm pT2: tumor > 20 mm, mas ≤ 50 mm pT3: tumor > 50 mm pT4a: extensão para a parede torácica (não incluindo o músculo peitoral) pT4b: edema (incluindo casca de laranja), ulceração da pele ou nódulos cutâneos satélites ipsilaterais pT4c: T4a e T4b pT4d: carcinoma inflamatório (envolve > 1/3 da pele da mama, principalmente um diagnóstico clínico) Carcinoma de mama Estadiamento patológico dos linfonodos (pN) pNX: não pode ser avaliado pN0: sem metástase linfonodal regional histologicamente pN0(i-): sem metástase de linfonodo regional por histologia ou imuno-histoquímica pN0(i+): células tumorais isoladas (cluster ≤ 0,2 mm e < 200 células) pN0(mol+): RT-PCR positivo, mas negativo por microscopia de luz pN1mi: micrometástase (depósito tumoral > 0,2 mm e ≤ 2,0 mm ou ≤ 0,2 mm e > 200 células) pN1a: metástase em 1 - 3 linfonodos axilares com pelo menos 1 depósito tumoral > 2,0 mm pN1b: metástase em linfonodo sentinela mamário interno com depósito tumoral > 2,0 mm pN1c: pN1a e pN1b pN2a: metástase em 4 - 9 linfonodos axilares com pelo menos 1 depósito tumoral > 2,0 mm pN2b: metástase em linfonodos mamários internos clinicamente detectados com linfonodos axilares patologicamente negativos pN3a: metástase em ≥ 10 linfonodos axilares com pelo menos 1 depósito tumoral > 2,0 mm ou metástase para linfonodo infraclavicular pN3b: nódulo mamário interno positivo por imagem com pN1a ou pN1b pN3c: metástase em linfonodo supraclavicular ipsilateral Carcinoma de mama Estadiamento patológico de metástase(pM) pMx: metástase a distância não avaliável pM1: presença de metástase à distância Prefixos: y: indica terapia neoadjuvante: Ex.: ypT2 ypTN0 r: indica recorrência: Ex.: rpT2, rpN0 Sufixos: s: indica avaliação em linfonodo sentinela somente Ex.: pT2 pN0(s) Caso clínico Paciente do sexo feminino, 45 anos de idade, apresenta lesão vulvar caracterizada por vermelhidão local. Foi realizada biópsia que mostrou presença de várias células vacuolizadas permeando a epiderme. Qual o provável diagnóstico histológico Qual o significado desta lesão Qual agente etiológico pode estar associado a esta lesão. image2.jpg image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png
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