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infrator repagina sua infração, atingindo suas atitudes. É uma hora de serviço por dia de condenação. Ex: 1 ano de pena restrição – 365 horas de prestação de serviços. A prestação é feita em horário em que a pessoa está livre (Europa é durante expediente): sábados, domingos, etc. Tem um limite de 7 horas por semana, antes da reforma eram 8 por semana, mas há possibilidade de cumprir em tempo inferior (até a metade, dobrando a carga horária)! Há um conflito com as condenações que não podem ser inferiores a 6 meses (art. 46, caput), legislador proíbe que se aplique a pena de prestação de serviços, sob a alegação de que perderia seu caráter pedagógico a pena, ao que o professor não concorda, pois pena não perde não esse caráter, pelo alto grau de ressocialização. Para ele, não há que proibir. JEC’S: também permite inferior a 6 meses, para o prof 4 meses já é suficiente, assim, na prática, se usa a prestação de serviços, mesmo inferior a seis meses. 2. Prestação pecuniária: analisa em conjunto com a “de outra natureza”, art. 43, I e V, a prestação pecuniária é pagamento feito diretamente à vítima (antecipação da reparação do dano, que só ocorreria após a reparação civil), resgate mais rápido (composição civil) à vítima e a seus dependentes (não necessariamente os sucessores). Se possível, pagamento é feito direto à vítima, caso não possível, paga aos dependentes (em havendo), logo paga direto à vítima e não ao Estado, de 1-360 salários-mínimos, havendo indenização em ação civil, desconta-se o valor dessa prestação pecuniária, para evitar enriquecimento ilícito. Se a vítima não for encontrada ou não quiser receber o $, substituída a prisão em prestação pecuniária, converte-se em prestação de outra natureza; 3. Prestação de outra natureza: outra que não a pecuniária. Pergunta: onde está a previsão em Lei? Pode ser gêneros, roupas, vales-transporte, etc, a cesta-básica está dentro dessa perspectiva, prevista no JEC, mas encontra previsão na 9714. A CF, art. 5°, inciso 46, d, prevê a prestação social alternativa (entrega das cestas-básicas às entidades assistenciais sem fins lucrativos). Não encontrada a vítima e/ou seus dependentes, converte-se a pena de prestação pecuniária em prestação de outra natureza de 1-360 salários-mínimos e dentro desse valor a pessoa tem a obrigação de dar as cestas-básicas naquele valor, por exemplo, todo mês e entregando no núcleo de penas alternativas. Infrator se sente útil e sociedade vê o benefício causado pelo cumprimento daquela pena, que deixa de ser sofrível (alteração das finalidades da pena, lócus alternativo). Outra pergunta: quem fiscaliza as penas alternativas? Há confusão entre pena alternativa e impunidade, se houver fiscalização do cumprimento, tem como verificar efetividade e dar vista disso nos autos, por meio das Centrais de Penas alternativas – equipes multidisciplinares. 4. Perda de bens e valores: é pena nova, criada com a 9714, significando a perda não para a vítima (diferente da prestação pecuniária), mas sim para o Estado (Funpen – fundo penitenciário nacional, que nem as multas), o qual recebe bens ou valores. Confusão doutrinária: esta pena se confundiria com o confisco? Foi abolido com a reforma de 1984, pq viola dispositivo constitucional (pessoalidade da pena), idéia de quando indivíduo perde bem para o Estado, esse bem não está identificado podendo não pertencer somente ao infrator (casamento, sociedade, etc), passando de sua pessoa.
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