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Ritmos não chocáveis e causas especiais de PCR na pediatria


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HAM 6| Isabella Afonso
Ritmos não chocáveis
♡A assistole e a AESP são os ritmos
iniciais mais comuns vistos em uma PCR
pediátrica intra-hospitalar e
extra-hospitalar, especialmente em
crianças com menos de 12 anos de idade.
♡ Ritmos lentos de um complexo QRS
largo que precedem imediatamente a
assistole com frequência são
denominados ritmos agônicos
Assistole
♡é uma parada cardíaca sem atividade
elétrica discernível, representada por uma
linha reta
plana) no eletrocardiograma (ECG).
♡ Não confie apenas no ECG para o
diagnóstico da PCR; confirme sempre
clinicamente, pois uma "linha plana' no
ECG também pode ser causada por um
eletrodo frouxo.
♡Considere as causas potencialmente
reversíveis da assistole, lembrando os Hs
e Ts.
Atividade elétrica sem pulso
♡A AESP não é um ritmo específico, mas
um termo que descreve qualquer
atividade elétrica organizada ou seja, não
FV I TVSP ou assistole em um ECG ou
monitor cardíaco associada a nenhum
pulso palpável.
♡ o ECG pode exibir complexos QRS
normais ou largos ou outras
anormalidades. dentre
as quais:
♡Ondas T de baixa ou alta amplitude
♡Intervalos PR e QT prolongados
♡Dissociação atrioventricular, bloqueio
cardíaco total ou complexos ventriculares
sem ondas P
♡Avalie o ritmo monitorado e observe a
frequência e a largura dos complexos
QRS.
♡Salvo se for possivel identificar e tratar
rapidamente a causa da AESP [lembre-se
dos 5Hs e 5Ts).
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PCR pediátrica: Circunstâncias especiais
Trauma
♡Se inadequada, a ressuscitação
(inclusive ressuscitação com volume
insuficiente) é uma das principais
causas de mortes por trauma
pediátrico evitáveis.
♡ Apesar da resposta rápida e eficaz
extra- hospitalar e no centro de
trauma, a taxa de sobrevivência é
baixa para PCREH pediátrica por
trauma e muito baixa para PCREH por
trauma contuso.
♡Os fatores que podem melhorar o
resultado da PCREH traumática
incluem lesões penetrantes tratáveis e
transporte imediato (geralmente, 10
minutos ou menos) para um centro de
trauma.
♡A PCR traumática em crianças tem
várias causas possíveis, dentre as
quais:
1. Hipóxia decorrente de
parada respiratória,
obstrução das vias aéreas
ou lesão traqueobrônquica;
2. Lesão nas estruturas
vitais (p ex. coração, aorta
, artérias pulmonares);
3. Lesão cerebral grave com
decorrente colapso
cardiovascular
4. Lesão cervical superior
na medula espinhal com
parada respiratória, que
pode ser acompanhada por
choque neurogênico que
evolui para PCR
5. Redução do débito
cardíaco ou AESP devida
a pneumotórax
hipertensivo,
tamponamento cardíaco ou
hemorragia maciça
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♡As técnicas de suporte básico e
avançado de vida para a vitima de trauma
pediátrico em PCR são essencialmente as
mesmas dedicadas à criança com PCR
não traumática: suporte à circulação, vias
aéreas e respiração.
♡Manter via aérea, ventilação e circulação
adequadas
♡Prever obstrução das vias aéreas por
fragmentos dentários, sangue ou
outros resíduos 》use um dispositivo de
aspiração, se necessário
♡Minimizar o movimento da coluna
cervical (se indicado), enquanto se
abre a via aérea e se fornece
ventilação
♡Controlar a hemorragia externa com
pressão, com um torniquete elou
curativo hemostático.
♡Ventilação com AMBU -> manter
estabilização da cabeça e pescoço;
♡Vedar qualquer pneumotórax aberto;
♡Realizar descompressões unilaterais
ou bilaterais por agulha em caso de
suspeita de pneumotórax hipertensivo
♡Minimizar intervenções que atrasem
o transporte para o tratamento
definitivo
♡Transportar bebês e crianças com
trauma multissistêmico para um centro
de trauma com especialização
pediátrica
♡Estabelecer acesso IVI IO e iniciar a
ressuscitação de volume
Afogamento
♡Uma RCP imediata de alta qualidade
é o único fator mais importante que
infuencia na sobrevivência em caso de
afogamento.
♡ Pode ser difícil executar
compressões torácicas enquanto a
vítima ainda está na água. mas se for
treinado o socorrista poderá ventilar
imediatamente
♡Inicie as compressões torácicas tão
logo seja seguro e a criança esteja
deitada de costas sobre uma
superfície firme》Exceto pela
preocupação com lesão da coluna
cervical e com hipotermia como
fatores contribuintes.
♡as técnicas de SBV e suporte
avançado de vida para PCR por
afogamento são basicamente as
mesmas usadas para outras crianças
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em RCP》suporte das vias ąéreas,
ventilação e circulação.
♡Os socorristas devem retirar as
vitimas de afogamento da água e
começar a tentativa de ressuscitação
assim que possível
♡se associada a hipotermia,
geralmente é difícil saber quando
encerrar os esforços de ressuscitação
》 Vítimas de afogamento em água
gelada podem sobreviver depois de
ficarem submersas por bastante
tempo (até 40 minutos) e RCP (mais
de 2 horas).
♡Se o afogamento ocorrer em água
gelada》 reaquecimento a uma
temperatura de pelo menos 30°C,
antes de abandonar os esforços de
RCP.
♡ coração pode não responder aos
esforços de ressuscitação, até atingir
essa temperatura fundamental.
♡A circulação extracorpórea é a
técnica mais rápida e eficaz para
reaquecer vitimas de PCR
intensamente hipotérmicas após
submersão em água gelada. Embora
seja possível reaquecer o paciente
com técnicas passivas ou irrigação da
cavidade corporal em ambiente
extra-hospitalar ou de hospital geral》
dê preferência a transferir rapidamente
para um local que seja capaz de
realizar ECPR pediátrica/oxigenação
extracorpórea por membrana.
♡Em crianças não precisa-se
preocupar tanto DEA, pois a maioria
das causas com
proveniente de hipóxia e gera uma
Assistolia, que é um ritmo não
chocável. Porém, alguns poucos
casos podem apresentar ritmos
chocáveis.
♡SE FOR DESFIBRILAR, NÃO SE
ESQUECER DE SECAR A CRIANÇA
ANTES DE CHOCAR
♡Manobra de Heimlich não é indicada,
pois pode broncoaspiração.
Anafilaxia
♡A anafilaxia quase fatal produz
edema e obstrução da via aérea e
profunda vasodilatação.
♡Com anafilaxia é acompanhada por
frequência, broncoaspiração, o que
compromete a oxigenação e debilita
ainda mais a transferência de 02 para
os tecidos.
♡Se ocorrer uma PCR por anafilaxia》
tratamento 》 RCP de alta qualidade
com atenção especial ao
estabelecimento e manutenção de
uma via aérea adequada,
administração em bolus de fluidos e
epinefrina.
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♡Anti-histamínicos e corticosteróides
são considerados adjuntos no
tratamento da anaflaxia.com graus
variados de evidências para
corroborar seu uso. No caso de PCR
por anafilaxia, o medicamento mais
importante a ser administrado e para
continuar a ser administrado, se
indicado, é a epinefrina.
Se ocorrer RCE a administração de
anti-histaminicos ou de
corticosteroides. ou ambos. pode ser
considerada.
Envenenamento
♡A overdose de drogas ou
envenenamento pode causar uma
PCR, em consequência da toxicidade
cardiaca direta ou dos efeitos
secundários de depressão respiratória,
obstrução da via aérea é possível
parada respiratória, vasodilatação
periférica, arritmias e hipotensão.
♡A vitima de envenenamento
geralmente tem o miocárdio saudável,
mas pode ocorrer uma disfunção
cardíaca temporária, até que os
efeitos da droga ou da toxina tenham
sido revertidos ou metabolizados. Sua
duração é variável, por vezes de
horas, dependendo da natureza da
toxina, droga ou veneno. Como a
toxicidade pode ser temporária,
esforços de ressuscitação
prolongados e o uso de técnicas de
suporte avançado como suporte de
vida extracorpóreo podem produzir
boa sobrevivência de longo prazo.
♡inicie as medidas de suporte
avançado de vida de acordo com o
Algoritmo de PCR em Pediatria.
♡Verifique a glicose o mais
rapidamente possivel.Se o paciente
estiver em PCR e hipoglicêmico "p.
ex., por causa de um f-bloqueador ou
overdose de álcool》normalize a
glicose o mais rapidamente possivel
para melhorar a chance de obter
sucesso no resultado cardíaco e
neurológico.
♡O tratamento do SAVP para vítimas
com suspeita de envenenamento deve
incluir a pesquisa e o tratamento de
causas reversíveis. Recomenda-se
consultar logo um centro de
informações toxicofarmacológicas ou
um toxicologista
Doença cardíaca congênita:ventrículo único
♡um único ventrículo (atresia
tricúspide pulmonar, síndrome do
coração esquerdo hipoplásico e suas
variantes) representam uma grande
parte das crianças com parada
cardiaca, particularmente no ambiente
intra-hospitalar.
♡Considere a administração de
heparina em crianças com shunt
aortopulmonar ou da artéria pulmonår
ventricular direita, se estiver
preocupado com a abertura patência
do shunt,
♡Depois da ressuscitação. titule o2
administrado para obter uma
saturação de O2 adequada para
manter uma proporção de fluxo
sanguíneo pulmonar-sistêmico ideal e
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perfusão e oxigenação sistémicas
adequadas (deve ser individualizado
para cada paciente).
♡Não confie no PETCO; para indicar a
qualidade da RCP em um paciente
com um único ventriculo, pois fluxo do
sangue pulmonar nesses pacientes
nem sempre reflete o débito cardiaco
(ou seja é influenciado por fatores
adicionais).
♡Considere estratégias de
hipoventilåção permissiva ou até
mesmo de ventilação com pressão
negativa no estado de iminência de
PCR, para melhorar o débito cardíaco
♡Considere o suporte de vida
extracorpóreo ou a oxigenação
extracorpórea por membrana para
pacientes em PCR que passaram por
procedimentos de paliação de estágio
I (Norwood ou do tipo Fontan)
Hipertensão pulmonar
♡Na hipertensão puimonar, uma maior
resistência ao fiuxo sanguineo pelos
pulmões pode prejudicar o débito
cardiaco. Portanto, siga as
recomendações padrão do SAVP
durante a PCR.
♡Outras medidas são:
▪Corrija a hipercarbia e a acidose, se
presentes.
Considere a administração de bolus
de cristaloide isotônico (p. ex. solução
salina normal) para
manter a pré-carga ventricular.
Se o paciente estava recebendo
vasodlilatadores pulmonares, como
óxido nítrico ou prostaciclina,
imediatamente antes da PCR, a
administração do medicamento deverá
continuar.
Considere a inalação de óxido nítrico
ou prostaciclina (ou prostaciclina IV)
para reduzir
a resistência vascular pulmonar.
Considere a instituição de ECPR logo
no inicio da ressuscitação.