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EPJ 3 AÇÃO DE CONTESTAÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 6ª VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Autos nº xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
CLÁUDIA, brasileira, casada, profissão, portadora do RG nº xxx e inscrita no CPF sob nº xxx, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua xxx, nº xxx, no bairro de xxx, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, com CEP nº xxx, por meio de seu advogado ao final assinado (procuração em anexo), com endereço profissional na Rua xxx, nº xxx, no bairro de xxx - Cidade/UF, com CEP nº xxx, onde recebe intimações, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, oferecer:
CONTESTAÇÃO
à Ação de Cobrança movida pelo HOSPITAL CUIDAMOS DE VOCÊ LTDA., já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, pelas seguintes razões a seguir expostas.
I – DAS PRELIMINARES
Com os fatos a seguir expostos vem primeiramente demonstrar a incompetência absoluta em razão da matéria. Por ser matéria de competência cível e não da Fazenda Pública, conforme dispõem os artigos 301, 91, 113, §1° e 2° do Código Civil brasileiro.
Artigo 301 - Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: (...) II - incompetência absoluta;
Artigo 91 - Regem a competência em razão do valor e da matéria as normas de organização judiciária, ressalvados os casos expressos neste Código.
Artigo 113 – A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição, independentemente de exceção.
§ 1° Não sendo, porém, deduzida no prazo da contestação, ou na primeira oportunidade em que Ihe couber falar nos autos, a parte responderá integralmente pelas custas.
§ 2° Declarada à incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.
II – DA SINTESE INICIAL
A requerente em 17 de setembro de 2013, em virtude da situação em que seu marido estava passando, ainda mais por ser uma causa de emergência, deparou-se com a situação de que o hospital exigiu um cheque no valor do procedimento cirúrgico para custear as possíveis despesas que ocasionaria, no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), logo o fez, sem pensar que o seu marido Diego continha Plano de Saúde o qual vinha a custear e autorizar o procedimento.
Diante desta situação, ao passar a emergência, Cláudia viu que o plano autorizou o procedimento cirúrgico, tanto como custeou todos os gastos que a cirurgia podia conter.
Desse modo, a requerente deseja que o negócio jurídico em virtude do cheque passado ao hospital, venha a ser desfeito, por tal circunstância de o plano de saúde ter feito todos os ressarcimentos cabíveis, sem que a Senhora Cláudia tivesse que arcar com algo.
Ainda em face de o hospital ter de forma abusiva se aproveitado da situação em que a esposa de Diego estava passando, requer ainda danos morais, pelo teor da situação e da falta de consenso do hospital em exigir cheque para assegurar tal procedimento.
III – DOS FUNDAMENTOS
Em seu artigo 6° da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, nos dispõe sobre a saúde e sobre o bem-estar social:
Artigo 6º - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
No artigo 196, da Constituição nos relata que a saúde é um direito de todos garantido por esta e dever do Estado de nos proporcionar.
Artigo 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua. Promoção, proteção e recuperação.
O Hospital vendo a situação de Cláudia, com a emergência que seu marido estava passando, foi abusivo em sua atitude em requerer o cheque no valor do procedimento, e em nosso Código do Direito do Consumidor no seu artigo 39, inciso IV, proíbe a prática abusiva:
Artigo 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
Diante de tal situação já exposta nos fatos, o ato praticado pelo Hospital em exigir de Cláudia um cheque caução para o procedimento cirúrgico do marido Diego, é considerado como ferir o fundamento da dignidade da pessoa humana que se encontra no art. 1º, inciso III, da Carta Magna:
Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...) III - a dignidade da pessoa humana
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) O acolhimento da preliminar de incompetência absoluta em razão de matéria, devendo o processo ser remetido para vara cível.
b) No mérito, a improcedência dos pedidos autorais.
c) A condenação do autor no pagamento dos ônus sucumbenciais.
V - DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
Nestes termos, Pede-se deferimento.
Cidade, xx de mês de ano.
Advogado
OAB/RJ n° XXX
Estagiários:
Rafael Gomes Figueiredo - 202007309782

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