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Noções de Direito Eleitoral

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Aula 14 - Somente PDF
TRE-PR (Técnico Judiciário - Área
Administrativa) Noções de Direito
Eleitoral 
Autor:
Ricardo Torques
12 de Agosto de 2023
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Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Processo-Crime Eleitoral 3
..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas - Processo-Crime Eleitoral - FCC 14
..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Processo-Crime Eleitoral - OUTRAS BANCAS 20
..............................................................................................................................................................................................4) Lista de Questões - Processo-Crime Eleitoral - FCC 24
..............................................................................................................................................................................................5) Lista de Questões - Processo-Crime Eleitoral - OUTRAS BANCAS 26
..............................................................................................................................................................................................6) Gabarito - Processo-Crime Eleitoral - FCC 28
..............................................................................................................................................................................................7) Gabarito - Processo-Crime Eleitoral - OUTRAS BANCAS 29
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PROCESSO-CRIME ELEITORAL 
Introdução 
O processamento de crimes eleitorais segue o procedimento especial previsto no Código Eleitoral, entre os 
arts. 355 e 364. Trata-se de um procedimento específico, ao qual são aplicadas subsidiariamente as regras 
do Código Penal e do Código de Processo Penal. 
Competência 
A jurisdição penal retrata o poder de dirimir conflitos entre a pretensão punitiva do Estado e a liberdade do 
indivíduo. Assim, é por intermédio da ação penal que se provoca a jurisdição. Em razão disso, forma-se o 
processo com vistas à solução do conflito. 
Para a definição de qual órgão judicial será competente para o exercício daquela parcela de jurisdição, é 
imperativo conhecer as regras de competência, disciplinadas na Constituição e na legislação 
infraconstitucional como um todo. 
Esses critérios são aferidos com a propositura da ação, quando o magistrado aferirá in assertionis se é 
competente para julgar a demanda proposta. 
No que diz respeito à matéria penal eleitoral, leciona Rodrigo Tenório1: 
O critério para fixação da competência da Justiça Eleitoral é o material: serão da sua 
competência os julgamentos dos crimes eleitorais e os crimes comuns que lhes forem 
conexos (art. 364, CE). Aplicam-se ao direito eleitoral as regras que fixam a competência 
no processo penal comum, inclusive as que estabelecem foro por prerrogativa de função. 
O que é crime eleitoral? 
Crime eleitoral é aquele definido com tal no código eleitoral e em outras leis ordinárias, mas também será 
competência da Justiça Eleitoral os crimes conexos. 
Conexão e continência são regras de modificação de competência que estão previstas no CPP a partir do art. 
76. 
Vamos ver alguns exemplos: 
 
1 TENÓRIO, Rodrigo. Direito Eleitoral, Rio de Janeiro: Editora Forense, 2014, p. 396. 
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1º - Crime eleitoral e Crime comum estadual - A competência da Justiça Eleitoral está prevista na Constituição 
Federal devendo se sobrepor a competências definidas em legislação ordinária. Além disso a jurisdição 
especial deve se sobrepor a jurisdição comum, conforme afirma o inciso IV do art. 78 do CPP. 
2º - Crime eleitoral e Crime comum federal - Neste caso, ambas as competências estão previstas na 
Constituição Federal, são competências absolutas logo deveria haver separação dos feitos. Veja como decidiu 
o STJ no conflito de competência 107.913/MT 
“(...) Constatada a existência inequívoca da prática do crime previsto no art. 171, § 3º, do 
Código Penal, consistente no emprego de fraude para a obtenção de benefício 
previdenciário junto ao INSS, a competência para processar e julgar o delito é da Justiça 
Federal. Na eventualidade de ficar caracterizado o crime do art. 299 do Código Eleitoral, 
este deverá ser processado e julgado na Justiça Eleitoral, sem interferir no andamento do 
processo relacionado ao crime de estelionato, porquanto a competência da Justiça Federal 
está expressamente fixada na Constituição Federal, não se aplicando, portanto, o critério 
da especialidade, previsto nos arts. 74, IV, do CPP e 35, II, do Código Eleitoral, 
circunstância que impede a reunião dos processos na Justiça especializada. Conflito 
conhecido para declarar competente o Juízo Federal da 3ª Vara da Seção Judiciária do Mato 
Grosso, o suscitado, para processar e julgar o crime previsto no art. 171, § 3º, do Código 
Penal, sem prejuízo de ser apurado, em sede própria, eventual crime eleitoral conexo”. 2 
Entretanto o STF recentemente decidiu de forma diferente. Veja trechos da decisão: 
Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos. 
Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns aos 
delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. 
Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns 
aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. 3 
Assim o STF decidiu que será competente a Justiça Eleitoral para julgar todos os delitos conexos com 
fundamento no Princípio da especialidade e nos art. 35, II do CE e no art. 70, IV do CPP. O supremo ressaltou 
que o art. 109, IV da CF ressalva a competência da justiça eleitoral. 
Por fim devemos ressaltar que será a própria Justiça Eleitoral que decidirá sobre existência, ou não, do 
vínculo de conexidade entre delito eleitoral e crime comum. 
Desse modo, para a nossa prova devemos lembrar: 
 
2 STJ, 3ª Seção, CC 107.913/MT, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, Dje 31/10/2012. 
3 STF. Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019 (Info 933). 
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Ação Penal 
Segundo o art. 355, do CE, a ação penal eleitoral é pública incondicionada. Em que pese tal restrição trazida 
pelo Código Eleitoral, a doutrina manifesta-se no sentido de que, em razão do teor do art. 5º, LIX, da CF, é 
inconstitucional a interpretação restritiva. 
Vejamos o teor do dispositivo eleitoral: 
Art. 355. As infrações penais definidas neste Código são de ação pública. 
Já a CF prescreve que: 
Art. 5º LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for 
intentada no prazo legal; (...). 
A fim de compatibilizar o dispositivo do CE com o da CF, deve-se concluir que a regra é a adoção da ação 
penal pública, contudo, nada impede o ajuizamento de ação penal privada, caso a pública não seja 
intentada no prazo legal. 
Ademais, argumenta-se que, em razão da aplicação subsidiáriado CPP ao processo penal eleitoral, conforme 
dispõe o art. 364, do CE, deve-se aplicar o regramento da ação penal subsidiária da pública prevista no art. 
29, do CPP, para suprir a lacuna na lei penal eleitoral. Consentâneo a essa orientação está, inclusive, a 
jurisprudência do TSE4. 
Por fim, é importante registrar que, em razão do interesse público envolvido na ação penal eleitoral, é 
inadmissível a utilização da ação penal pública condicionada à representação do ofendido, inclusive para 
crimes com calúnia, injuria e difamação eleitoral. 
Polícia Judiciária 
Na seara penal eleitoral, o exercício das funções de polícia judiciária será realizado pela Polícia Federal. 
Nesse contexto, o exercício das atribuições pela Polícia Federal deverá ser feito com prioridade sobre as 
funções regulares, atendendo às instruções e às requisições do TSE, dos TREs ou dos Juízes Eleitorais, nos 
 
4 Embargos de Declaração em Agravo de Instrumento nº 181917, Acórdão de 24/02/2011, Relator(a) Min. ARNALDO 
VERSIANI LEITE SOARES, Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Tomo 89, Data 12/05/2011, Página 33 
FIXA-SE A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL EM RAZÃO 
DA MATÉRIA, OU SEJA, QUANDO ENVOLVER CRIMES 
ELEITORAIS E CONEXOS.
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termos da Resolução TSE n° 8.906/70, combinado com o art. 94, da Lei n° 9.504/97, que determinam 
atendimento prioritário aos feitos da Justiça Eleitoral. 
De todo modo, quando no local não houver órgão da Polícia Federal, a atuação supletiva da Polícia Estadual 
será demandada. 
Investigação 
Em relação à investigação propriamente dita, no processo penal eleitoral o procedimento é diferente. Há 
uma carga inquisitorial maior. Desse modo, se a autoridade policial tiver qualquer notícia de infração penal 
eleitoral, deverá comunicar imediatamente o juiz eleitoral competente. Isso, todavia, não impede a adoção 
das medidas acautelatórias previstas no CPP, aplicáveis subsidiariamente. 
Ainda quanto à investigação é importante conhecermos o art. 356, do CE, que denota o poder inquisitorial 
do juiz do processo eleitoral. Todo cidadão tem o dever de informar eventuais fatos que julgue ilícitos penais. 
A informação será encaminhada ao juiz que analisará o fato e encaminhará os autos ao Ministério Público 
Eleitoral, que poderá solicitar informações complementares, a fim de formar convicção para ajuizamento da 
ação penal, se for o caso. 
Segundo Rodrigo Martiniano Ayres Lins5: 
O ‘parquet’ poderá utilizar as provas colhidas em inquérito em outras que lhes forem 
apresentadas (em ‘notitia criminis’) ou nas que ele mesmo tiver apurado. Dentro do 
seu poder investigatório, poderá ainda, se julgar necessário maiores esclarecimentos 
e documentos complementares ou outros elementos de convicção, requisitá-los 
diretamente de quaisquer autoridades ou funcionários que possam fornecê-los, sem 
necessidade de ordem judicial. 
Nesse sentido, é interessante citar a jurisprudência do TSE6 que entendeu possível a instauração de inquérito 
policial por requisição do Ministério Público com fundamento em delação anônima. Ademais, outro 
entendimento relevante do TSE é a possibilidade de o membro do Ministério Público Eleitoral – titular da 
ação penal – não intentar a ação por corrupção quando o eleitor pobre recebe valores para votar ou abster-
se de votar conforme decidido no HC nº 78.048/20117. 
 
5 LINS, Rodrigo Martiniano Ayres. Direito Eleitoral Descomplicado, 2ª edição, rev., atual. e ampl. São Paulo: Editora Ferreira, 
2014, p. 752. 
6 HC nº 103379/2012. 
7 Habeas Corpus nº 78048, Acórdão de 18/08/2011, Relator(a) Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA, Relator(a) 
designado(a) Min. MARCO AURÉLIO MENDES DE FARIAS MELLO, Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Tomo 187, 
Data 29/09/2011, Página 25. 
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Inquérito Policial 
O inquérito policial poderia ser instaurado nos termos da Resolução TSE n° 23.363/2011 apenas por 
determinação da Justiça Eleitoral, salvo havendo prisão em flagrante. Nesse caso, o inquérito seria 
instaurado independentemente de requisição. 
o art. 8º da Resolução 23.396/2013 modificou a previsão anterior e afirmou que o inquérito policial eleitoral 
somente poderia ser instaurado por determinação da justiça eleitoral, ressalvando também a possibilidade 
de instauração pela autoridade policial em caso de prisão em flagrante delito. 
Sobre a referida Resolução, leciona a doutrina8: 
A propósito, o TSE ignorou o modelo processual acusatório adotado pela Constituição 
Federal, ao dispor, na Resolução 23.396/2013, que o inquérito policial só poderia ser 
requisitado pelo Juiz Eleitoral. 
O STF em sede de Ação direta de inconstitucionalidade (ADI 5.104) cautelarmente suspendeu a eficácia do 
art. 8 da Resolução 23.396/2013. 
A Resolução 23.396/2013 foi inteiramente revogada e substituída pela Resolução 23.640/2021. O inquérito 
policial está tratado a partir do art. 9º da nova Resolução que prevê a possibilidade de autoridade policial 
instaurar o inquérito de ofício, por requisição do Ministério Público ou por determinação da Justiça Eleitoral. 
Art. 9º O inquérito policial eleitoral será instaurado de ofício pela autoridade policial; por 
requisição do Ministério Público Eleitoral ou determinação da Justiça Eleitoral (art. 5º, I e II, do 
CPP). 
 
A autoridade policial e os agentes policiais devem efetuar a prisão daquele que for encontrado em flagrante 
delito em razão de ter praticado crime eleitoral, salvo quando se tratar de infração penal de menor potencial 
ofensivo. Após a prisão, a autoridade policial deverá comunicar a prisão ao juiz eleitoral, ao Ministério 
Público e à família do preso imediatamente. 
Em 24 horas: 
Encaminhar ao juiz o auto de prisão em flagrante e caso o autuado não informe o nome de seu advogado 
encaminhar cópia integral para a defensoria pública. 
Entregar a nota de culpa ao preso mediante recibo. 
 
8 TENÓRIO, Rodrigo. Direito Eleitoral, p. 398. 
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Art. 7º As autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem for encontrado em flagrante 
pela prática de crime eleitoral, salvo quando se tratar de infração penal de menor potencial 
ofensivo, comunicando a prisão imediatamente ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral e 
à família do preso ou à pessoa por ele indicada (Código de Processo Penal, art. 306, caput). 
§ 1º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz 
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu 
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública (Código de Processo Penal, art. 306, § 1º). 
§ 2º No mesmo prazo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será entregue 
ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade policial, com o motivo da 
prisão, o nome do condutor e os nomes das testemunhas (Código de Processo Penal, art. 306, § 
2º). 
§ 3º A apresentação do preso ao Juiz Eleitoral, bem como os atos subsequentes, observarão o 
disposto no art. 304 do Código de Processo Penal. 
 
Após receber o auto de prisão em flagrante o juiz deverá, no prazo de 24 horas, promover a audiência de 
custódia com a presença do investigado, seu advogado ou defensor público e do membro do MP. 
O juiz poderá na audiência de custódia: 
 Relaxar a prisão ilegal; ou 
 Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes doart. 
312 do Código de Processo Penal e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares 
diversas da prisão; ou 
 Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
 
Veja o art. 8º da nova Resolução 23.396/2013: 
 
Art. 8º Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) 
horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença 
do investigado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO 
PENAL ELEITORAL
Autoridade Policial de Ofício
Requerimento do MP
Determinação da Justiça Eleitoral
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Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Código de Processo 
Penal, art. 310) 
I - relaxar a prisão ilegal; ou 
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do 
art. 312 do Código de Processo Penal e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas 
cautelares diversas da prisão; ou 
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
§ 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas 
condições constantes dos incisos I a III do art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, 
conceder ao investigado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os 
atos processuais, sob pena de revogação (Código de Processo Penal, art. 310, parágrafo único). 
§ 2º Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o Juiz Eleitoral 
deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no 
art. 319, observados os critérios constantes do art. 282, ambos do Código de Processo Penal 
(Código de Processo Penal, art. 321). 
§ 3º A fiança e as medidas cautelares serão aplicadas pela autoridade competente com a 
observância das respectivas disposições do Código de Processo Penal. 
§ 4º Quando a infração penal for de menor potencial ofensivo, a autoridade policial elaborará 
termo circunstanciado de ocorrência e providenciará o encaminhamento ao Juiz Eleitoral. 
 
Ademais, veda-se a prisão de membros de mesas receptoras e fiscais, exceto em caso de flagrante delito. 
Em relação aos candidatos, a vedação estende-se pelo período que antecede 15 DIAS DAS ELEIÇÕES, a não 
ser na hipótese de flagrante delito. 
Se constatado que o fato é de menor potencial ofensivo, a autoridade policial deverá elaborar o termo 
circunstanciado de ocorrência, com encaminhamento dos autos ao Juiz Eleitoral. Devemos lembrar que, no 
processo penal eleitoral, é possível a aplicação das Leis nº 9.099/1995 e nº 10.529/2001. 
O inquérito policial eleitoral deve ser concluído em ATÉ 10 DIAS, na hipótese de o indiciado estar preso, em 
flagrante ou preventivamente. O prazo é contado a partir do dia em que foi executada a ordem de prisão. 
Caso esteja solto, o prazo para conclusão do inquérito é de 30 DIAS. 
ENTRE 5 DIAS ANTES DAS ELEIÇÕES E 
48 HORAS APÓS NÃO É ADMITIDA A 
PRISÃO, SALVO
Flagrante 
delito
Sentença 
criminal 
condenatória
Desrespeito 
a salvo-
conduto
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Vejamos, em seguida, a disciplina do art. 357, caput, do CE: 
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do 
prazo de 10 (dez) dias. 
Esse é o prazo concedido aos membros do MP para apresentar a denúncia. Conta-se 10 dias da verificação 
da infração penal eleitoral. 
A terceira seção do STJ aprovou o enunciado da Súmula 234 tratando da participação do Ministério Público 
na fase investigatória criminal, veja o texto: 
Súmula 234 do STJ 
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não 
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
Arquivamento 
O arquivamento vem disciplinado no art. 357, §1º, do CE. Como podemos perceber da leitura do dispositivo, 
a regra é bastante semelhante àquela prevista no art. 28, do CPP antes das mudanças implementadas pela 
lei 13.964/2019 (pacote anticrime) 
Desse modo, não cabe ao juiz determinar o ajuizamento da ação penal. O máximo que poderá fazer é levar 
os Autos a conhecimento do Procurador-Regional Eleitoral ou da Câmara de Coordenação, a depender da 
competência originária, para que seja analisada a denúncia. Caso esses órgãos do Ministério Público decidam 
pelo arquivamento, não haverá a possibilidade de instaurar-se a ação penal. Cumpre ressaltar que, segundo 
entendimento do TSE9, compete às Câmaras de Coordenação e Revisão manifestarem-se sobre o 
arquivamento de inquérito policial, objeto de pedido do procurador regional eleitoral e rejeitado pelo 
Tribunal Regional. 
Sigamos com o §2º, do art. 357, do CE, que arrola, exemplificativamente, o que deve constar da denúncia. 
 
 
9 REspe nº 25.030/2007. 
D
EV
E 
CO
N
ST
AR
 D
A 
D
EN
Ú
N
CI
A
exposição do fato criminoso
qualificação do acusado
classificação do crime
rol de testemunhas
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Vimos que o órgão do Ministério Público terá prazo para oferecer a denúncia. Caso não o faça no prazo 
estipulado é possível o ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública com fundamento 
constitucional. Em tais situações, o juiz eleitoral comunicará o fato ao órgão competente dentro do 
Ministério Público para apurar a responsabilização do promotor, nos termos do §3º. Neste caso, o juiz 
solicitará ao Procurador Regional para que indique outro promotor, de modo que ele mesmo ajuíze a ação 
ou insista no arquivamento, caso em que os Autos serão arquivados. A jurisprudência afirma que a 
inobservância do prazo de 10 dias, para oferecimento da denúncia, não extingue a punibilidade. 
Notem a disciplina do § 5º. Segundo a regra ali exposta, é legitimado qualquer cidadão para apresentar 
representação contra o MP se o órgão não oferecer denúncia e se o juiz não agir de ofício no prazo de 10 
dias. 
Procedimento 
Ofertada a denúncia, o juiz poderá rejeitá-la, nos termos do art. 358, do CE. O art. 358 traz as hipóteses em 
que a renúncia será rejeitada. Vejamos: 
 
Segundo a doutrina, é perfeitamente aplicável o art. 395, do CPP, conjuntamente com o dispositivo acima, 
especialmente no que tange à justa causa. 
Segundo Rodrigo Tenório10: 
Para o STF, haverá justa causa se a denúncia narrar fato típico e indícios de materialidade, 
sem que exista causa de extinção de punibilidade ou de suspensão da pretensão punitiva. 
Se a denúncia for rejeitada caberá Recurso em Sentido Estrito combinando art. 364 com o art. 581 I do CPP, 
no prazo de 5 dias. 
 
10 TENÓRIO, Rodrigo, Direito Eleitoral, p. 399. 
HIPÓTESES EM QUE A 
DENÚNCIA SERÁ 
REJEITADA
fato não constitui crime
já estiver extinta a 
punibilidade
manifesta ilegitimidade da 
parte ou faltar condição da 
ação
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Caso não se encaixe numa das hipóteses abaixo, o juiz mandará processar a denúncia. Essa decisão, segundo 
orientação do TSE11, tem natureza de decisão interlocutória e deverá ser motivada, com fundamento no art. 
93, IX, da CF. 
Para tanto, deve-se observar as regras específicas do art. 359 quanto ao rito. Segundo o referido dispositivo, 
o juiz designará pauta para depoimento pessoal do acusado, citando-o e notificando o MinistérioPúblico. 
O § único do art. 359 concede ao defensor do réu prazo de 10 dias para oferecimento de alegações escritas, 
bem como para arrolar testemunhas. 
Ainda em relação à defesa, é importante conhecermos o teor do AgR-REspe nº 3.973.097/2012, segundo o 
qual não é possível atribuir à Defensoria Pública a defesa e a orientação jurídica de pessoas que não se 
enquadrem no conceito de hipossuficiente, por aplicação subsidiária do art. 263, § único, do CPP. 
Em seguida, haverá a oitiva das testemunhas. Primeiro serão ouvidas as testemunhas da acusação e, 
posteriormente, as testemunhas de defesa, nos termos do art. 360, do CE. Por fim, abre-se prazo de 5 dias 
para alegações finais. 
 
Quanto à oitiva de testemunhas, é bom frisar que cabe ao juiz deferir as testemunhas requeridas, uma vez 
que é o destinatário da prova. Nesse sentido, manifestou-se o TSE12, ao entender que não restou 
caracterizado cerceamento de defesa, nem ofensa ao devido processo legal, decisão que, em sede de ação 
penal, indeferiu pedido de oitiva de testemunhas, segundo entendimento do magistrado, que não 
contribuiriam para o esclarecimento dos fatos narrados na denúncia. 
Após a apresentação das alegações finais, os autos do processo deverão ser conclusos no prazo de 48 horas 
para que o juiz profira sentença em 10 dias. É o que dispõe o art. 361, do CE. 
Da decisão do juiz caberá recurso para o TRE respectivo a ser interposto no prazo de 10 dias. Em caso de 
sentença condenatória, os autos baixarão à instância inferior para execução da sentença no prazo de 5 dias. 
 
11 HC nº 119009/2012. 
12 RHC nº 66851/2012. 
TESTEMUNHAS 
DE ACUSAÇÃO
TESTEMUNHAS 
DE DEFESA DILIGÊNCIAS ALEGAÇÕES 
FINAIS (5 dias)
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Embora haja previsão apenas do Respe, conforme dispositivo acima citado, a doutrina entende cabível o 
recurso em sentido estrito, da decisão do juiz em primeiro grau, bem como a utilização das ações 
constitucionais, segundo ensina a doutrina13 e do que se extrai da jurisprudência do TSE14. 
De acordo com a Súmula nº 192, do STJ, é competência do Juízo das Execuções Penais do Estado a execução 
de penas impostas pela Justiça Eleitoral, quando os condenados estiverem recolhidos em estabelecimentos 
penais estaduais. 
Vejamos o teor do enunciado: 
Súmula nº 192 
Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a Execução das penas impostas a 
sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a 
estabelecimentos sujeitos a Administração Estadual. 
Aplicação Subsidiária do CPP 
Vejamos, por fim, a regra constante do art. 364, do CE, subsidiariamente aplicável ao processo penal 
eleitoral. 
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem 
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, 
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
 
 
 
13 TENÓRIO, Rodrigo, Direito Eleitoral, p. 400. 
14 ARO nº 895/2006. 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FCC/MPE-PB - 2018) A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, é correto afirmar: 
a) A rejeição da queixa-crime por ilegitimidade de parte do querelante obstará a instauração da ação penal 
por denúncia do Ministério Público. 
b) Das sentenças de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no 
prazo de 10 dias. 
c) Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para interrogatório do acusado, seguindo-se a 
apresentação de defesa prévia no prazo de 3 dias. 
d) É sempre obrigatória, sob pena de nulidade, por ocasião do oferecimento da denúncia, a apresentação 
do rol de testemunhas. 
e) Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, o juiz solicitará ao Procurador 
Regional a designação de outro Promotor para oferecê-la. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com o art. 355, do CE, todas as infrações penais constantes do 
Código Eleitoral são de ação penal pública. Por isso, não há que se falar em ilegitimidade de parte do 
querelante, pois as ações serão propostas pelo Ministério Público, que sempre terá legitimidade ad causam 
para estas demandas. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois é o que dispõe o art. 362, do Código Eleitoral: 
Art. 362. Das decisões finais de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal 
Regional, a ser interposto no prazo de 10 (dez) dias. 
A alternativa C está incorreta. Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o depoimento pessoal 
do acusado, ordenando a citação deste e a notificação do Ministério Público. É o que determina o art. 359, 
do CE. 
A alternativa D está incorreta. A apresentação do rol de testemunhas não é medida obrigatória, mas sim, 
facultativa, cabendo ao órgão do Ministério Público arrolá-las quando necessário conforme prevê o art. 357, 
§2º, do Código Eleitoral. 
A alternativa E está incorreta. O §1º, do art. 357, determina que se o órgão do Ministério Público, ao invés 
de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento da comunicação, o juiz, no caso de considerar 
improcedentes as razões invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e este oferecerá 
a denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só 
então estará o juiz obrigado a atender. 
2. (FCC/TRE-SP - 2017) O candidato a governador A alega que candidato a governador B, em sua 
propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro. 
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Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa 
situação 
a) a ação penal deverá ser proposta perante o Tribunal Regional Eleitoral, necessariamente, não importando 
o cargo que exerça o candidato. 
b) o Ministério Público Eleitoral deverá ajuizar a respectiva ação penal pela prática do crime de injúria, 
apenas. 
c) caso o Ministério Público Eleitoral não proponha a ação penal, o candidato A poderá fazê-lo, cumpridos os 
requisitos legais. 
d) o candidato A deverá propor ação penal privada contra o candidato B, uma vez que não se trata de ação 
penal pública. 
e) caso o Ministério Público Eleitoral entender pelo não oferecimento da denúncia, deverá requerer o 
arquivamento ao juiz, que, se considerar improcedentes os motivos para tanto, fará a remessa da 
comunicação ao Procurador-Geral de Justiça, na Justiça Comum Estadual. 
Comentários 
Questão dificílima. Vamos analisar cada alternativa, com cuidado. 
A alternativa A está incorreta. O enunciado da questão afirma que nenhum dos candidatos envolvidos exerce 
função pública, portanto, não há que se falar em foro por prerrogativa de função. 
A alternativa B também está incorreta. A conduta praticada envolve crime de calúnia, não de injúria. Veja o 
esquema explicativo de aula: 
 
A alternativa C, por sua vez, está correta e é o gabarito da questão. 
Segundo o art. 355, do CE, a ação penal eleitoral é pública incondicionada. Em que pese tal restrição trazida 
pelo Código Eleitoral, a doutrina manifesta-se no sentido de que, em razão do teor do art. 5º, LIX, da CF, é 
inconstitucional a interpretação restritiva. 
INJÚRIA
envolve xingamentos, indicação de defeitos e 
deméritos da pessoa relacionados NÃO a fatos 
específicos
CALÚNIA
indica a prática de um ou mais crimes específicos, 
individualizados, que, em tese, não foram 
praticadospelo ofendido.
DIFAMAÇÃO há a divulgação de fato desonroso específico, que 
pode ser identificado no tempo e no espaço.
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Já a CF prescreve que: 
Art. 5º 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no 
prazo legal; (...). 
A fim de compatibilizar o dispositivo do CE com o da CF, deve-se concluir que a regra é a adoção da ação 
penal pública, contudo, nada impede o ajuizamento de ação penal privada, caso a pública não seja 
intentada no prazo legal. 
Ademais, argumenta-se que, em razão da aplicação subsidiária do CPP ao processo penal eleitoral, conforme 
dispõe o art. 364, do CE, deve-se aplicar o regramento da ação penal subsidiária da pública prevista no art. 
29, do CPP, para suprir a lacuna na lei penal eleitoral. 
Por fim, é importante registrar que, em razão do interesse público envolvido na ação penal eleitoral, é 
inadmissível a utilização da ação penal pública condicionada à representação do ofendido. 
A alternativa D está errada, pois trata-se de ação penal pública incondicionada, como visto acima. 
Por fim, a alternativa E está incorreta. 
O arquivamento vem disciplinado no art. 357, §1º, do CE: 
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento da comunicação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões 
invocadas, fará remessa da comunicação ao Procurador Regional, e este oferecerá a 
denúncia, designará outro Promotor para oferecê-la, ou insistirá no pedido de 
arquivamento, ao qual só então estará o Juiz obrigado a atender. 
Como podemos perceber da leitura do dispositivo acima, a regra é bastante semelhante àquela prevista no 
art. 28, do CPP, antes do pacote anticrime. Desse modo, não cabe ao juiz determinar o ajuizamento da ação 
penal. O máximo que poderá fazer é levar os Autos a conhecimento do Procurador-Regional Eleitoral ou da 
Câmara de Coordenação e, a depender da competência originária, para que seja analisada a denúncia. Caso 
esses órgãos do Ministério Público decidam pelo arquivamento, não haverá a possibilidade de instaurar-se 
a ação penal. 
Logo, o processo será remetido ao Procurador Regional Eleitoral, não ao Procurador Geral de Justiça. Bastava 
você lembrar que essa ação tramita perante a Justiça Eleitoral para não marcar a letra E. 
3. (FCC/TRE-RR - 2015) No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, 
é correto afirmar que: 
a) o primeiro ato processual após o oferecimento da denúncia é o interrogatório do acusado pelo Juiz 
Eleitoral. 
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b) das decisões finais de condenação ou absolvição só cabe recurso para o Tribunal Regional Eleitoral se a 
pena for superior a 3 meses. 
c) se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal, o Juiz Eleitoral poderá determinar a 
instauração do processo criminal através de Portaria. 
d) nas infrações penais definidas no Código Eleitoral, a ação penal depende de representação de candidato 
ou partido político. 
e) cabe ao Ministério Público promover a execução de decisão condenatória do Tribunal Regional Eleitoral. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. Após a apresentação da denúncia pelo Ministério Público, o primeiro ato do 
juiz será a decisão se recebe ou rejeita a denúncia apesentada. Somente após o recebimento da denúncia é 
que o juiz designará audiência para ouvir o acusado conforme o art. 359, do CE. 
A alternativa B está incorreta, pois não há, na lei, a previsão de tempo de condenação para que seja cabível 
o recurso para o Tribunal Regional, de acordo com o que dispõe o art. 362, do CE. 
A alternativa C está incorreta. O órgão do Ministério Público terá prazo para oferecer a denúncia. Caso não 
o faça no prazo estipulado, é possível o ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública com 
fundamento constitucional. Em tais situações, o juiz eleitoral comunicará o fato ao órgão competente 
dentro do Ministério Público para apurar a responsabilização do promotor, nos termos do §3º. Neste caso, 
o juiz solicitará ao Procurador Regional para que indique outro promotor, ele mesmo ajuíze a ação ou insista 
no arquivamento, caso em que os Autos serão arquivados na forma do § 3º, do art. 357, do CE. 
A alternativa D está incorreta, de acordo com o que prevê o art. 355 combinado como art. 5º LIX da CF. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão, de acordo com o art. 363. 
Art. 363. Se a decisão do Tribunal Regional for condenatória, baixarão imediatamente os 
autos à instância inferior para a execução da sentença, que será feita no prazo de 5 (cinco) 
dias, contados da data da vista ao Ministério Público. 
Parágrafo único. Se o órgão do Ministério Público deixar de promover a execução da 
sentença serão aplicadas as normas constantes dos parágrafos 3º, 4º e 5º do art. 357. 
Pela leitura do dispositivo entende-se que compete ao MP promover a execução da sentença. Devemos 
lembrar, ainda, do teor da Súmula TSE nº 192, segundo a qual: 
Súmula nº 192 
Compete ao Juízo das Execuções Penais do Estado a Execução das penas impostas a 
sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a 
estabelecimentos sujeitos a Administração Estadual. 
Assim, compete ao MP executar as condenações do TRE, que, no caso de crime eleitoral, se processará 
perante o Juízo das Execuções Penais do Estado. 
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4. (FCC/TRE-PB - 2015) Considere: 
I. Oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. 
II. Oferecimento de alegações escritas e apresentação de rol de testemunhas pelo réu ou seu defensor. 
III. Interposição de recurso para o Tribunal Regional competente da decisão final de condenação ou 
absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral. 
IV. Oferecimento de alegações finais para cada uma das partes − acusação e defesa. 
No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para a prática dos atos processuais indicados 
APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I e IV. 
d) I, II e III. 
e) II e IV. 
Comentários 
Aqui temos uma questão que cobra tão somente os prazos processuais. Vejamos cada item. 
O item I está correto em razão do que dispõe o art. 357, do CE. 
O item II está correto em razão do que prevê o art. 359, parágrafo único, do CE: 
O item III está correto em face do art. 362, do CE: 
O item IV, entretanto, está incorreto, pois o prazo para oferecimento de alegações finais para cada uma das 
partes é de 5 dias. Vejamos: 
Art. 360. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa e praticadas as diligências 
requeridas pelo Ministério Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz, abrir-se-á o prazo de 
5 (cinco) dias a cada uma das partes - acusação e defesa - para alegações finais 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
5. (FCC/TJ-SE - 2015) A respeito do rito processual penal eleitoral, é correto afirmar que o prazo para, 
a) oferecimento da denúncia pelo Ministério Público é de 10 dias. 
b) o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas é de 15 dias. 
c) apresentação de alegações finais pela acusação e pela defesa é de 10 dias. 
d) o juiz proferir a sentença é de 15 dias. 
e) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral é de 5 dias. 
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Comentários 
Vejamos cada uma das alternativas: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, em face do que disciplina o art. 357, do CE: 
Art. 357. Verificada a infração penal, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do 
prazo de 10 (dez) dias. 
A alternativa B está incorreta, pois o prazo para arrolar testemunhas é de 10 dias, conforme prevê o art. 
359, parágrafo único, do CE. 
A alternativa C está incorreta, pois as alegações finais serão ofertadas no prazo de 5 dias e não de 10, como 
referido na questão. 
A alternativa D, por sua vez, peca ao determinar que o prazo para sentença é de 15 dias. De acordo com o 
art. 361, do CE, esse prazo é de 10 dias. 
Por fim, o erro da alternativa E está também no prazo. Agora, ao invés de 5 dias, o prazo para interpor 
recurso para o TRE de decisão do Juiz Eleitoral é de 10 dias. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (MPE-SC/MPE - 2016) Julgue: 
Segundo o Código Eleitoral, nenhuma autoridade policial poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 
(quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo por 
determinação judicial, após a necessária manifestação do Ministério Público Eleitoral. 
Comentários 
A assertiva encontra-se incorreta. De acordo com o art. 236, do CE, as autoridades não podem efetuar, desde 
5 dias antes até 48 horas após as eleições, a prisão ou a detenção de eleitor. Até aí está correta a assertiva. 
Contudo, são três exceções à regra acima: 
 Flagrante delito; 
 Em razão de sentença criminal condenatória de crime inafiançável; e 
 Desrespeito a salvo-conduto (habeas corpus preventivo). 
2. (Inédita - 2017) O Código Eleitoral fixa um período de restrição no qual a pessoa não poderá ser 
presa, exceto em caso de flagrante delito, em virtude de sentença criminal condenatória ou, ainda, em 
caso de desrespeito a salvo conduto. Esse período abrange: 
a) entre 48 horas antes das eleições e 5 dias após o pleito. 
b) entre 5 dias antes das eleições e 48 horas após o pleito. 
c) entre 3 dias antes das eleições e 2 dias após o pleito. 
d) entre 5 dias antes das eleições e 3 dias após o pleito. 
e) entre 48 horas antes das eleições e 3 dias após o pleito. 
Comentários 
Para responder à questão, devemos conhecer o art. 236, caput, do CE, que assim dispõe: 
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, DESDE 5 (CINCO) DIAS ANTES E ATÉ 48 (QUARENTA 
E OITO) HORAS DEPOIS DO ENCERRAMENTO DA ELEIÇÃO, prender ou deter qualquer 
eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por 
crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. 
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
3. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, nenhuma autoridade poderá, desde 5 dias antes 
e até 48 horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante 
delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito 
a salvo-conduto. Essa proibição é elastecida para os candidatos para: 
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a) 10 dias antes das eleições 
b) 15 dias antes das eleições 
c) 20 dias antes das eleições 
d) 25 dias antes das eleições 
e) 30 dias antes das eleições 
Comentários 
Para os membros das Mesas Receptoras, fiscais de partidos políticos durante o exercício de suas funções, e 
para os candidatos, a proibição à prisão será desde 15 dias antes das eleições até 48 horas após o pleito, com 
fundamento no art. 236, caput e §1º, do CE. 
Logo, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
4. (Inédita - 2017) Da denúncia por crime eleitoral deve, segundo o Código Eleitoral, contar uma série 
de elementos, exceto: 
a) qualificação do acusado 
b) rol de testemunhas 
c) classificação do crime 
d) quantum de pena e valor da multa pretendido 
e) exposição do fato criminoso 
Comentários 
Questão tranquila que exige o conhecimento do art. 357, §2º, do CE: 
§ 2º A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias, 
a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a 
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
Desse modo, não há qualquer menção ao quantum da pena e ao valor da multa pretendida, o que torna a 
alternativa D a exceção e o gabarito da questão. 
5. (Inédita - 2017) Julgue o item subsequente quanto às regras que regem o processo penal eleitoral. 
A denúncia apresentada pelo Ministério Público eleitoral poderá ser rejeitada quando o fato narrado 
evidentemente não constituir crime, quando já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa, 
todavia, não poderá ser rejeitada por ilegitimidade da parte, tendo em vista que se trata de vício sanável. 
Comentários 
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A assertiva está incorreta. Como podemos perceber da leitura do art. 358, a ilegitimidade da parte é causa 
de rejeição da denúncia. Notem que, embora a previsão do parágrafo único diga que a ação penal não será 
obstada, haverá, ao menos, a rejeição da denúncia. 
6. (Inédita - 2017) Julgue o item abaixo, com relação ao processo penal eleitoral. 
No processo penal eleitoral e nos crimes comuns que lhes forem conexos, será aplicado, como lei subsidiária 
ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
Comentários 
A assertiva está correta. O Código de Processo Penal é mencionado expressamente no Código Eleitoral como 
fonte subsidiária para a condução do processo eleitoral. Vejamos o art. 364, do CE: 
Art. 364. No processo e julgamento dos crimes eleitorais e dos comuns que lhes forem 
conexos, assim como nos recursos e na execução, que lhes digam respeito, aplicar-se-á, 
como lei subsidiária ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
7. (Inédita - 2017) Julgue o item subsequente quanto às regras que regem o processo eleitoral penal. 
A lei penal concede legitimidade a todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal para comunicá-la 
ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou. Se a comunicação for verbal, mandará a autoridade 
judicial reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante tão somente, e a remeterá ao órgão do Ministério 
Público local. 
Comentários 
A assertiva está incorreta. A comunicação verbal feita pelo cidadão será reduzida a termo e assinada pelo 
cidadão e mais duas testemunhas, conforme § 1º, do art. 356. 
8. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Nos termos do disposto no Código Eleitoral assinale a alternativa correta: 
a) Sempre que o Código Eleitoral não indica o grau mínimo para sanção, entende-se que será ele de trinta 
dias para a pena de detenção e de um ano para a de reclusão. 
b) Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o "quantum", deve o juiz fixá-
lo entre um sexto e um terço, guardados os limites da pena cominada ao crime. 
c) A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, que é fixada em 
dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no máximo, 200 (duzentos) dias-multa. 
d) Verificada a infração penal eleitoral, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 30 
(trinta) dias. 
e) O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. 
Comentários 
De acordo com o Código Eleitoral, em seu artigo 359, recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para o 
depoimento pessoal doacusado, ordenando sua citação e a notificação do Ministério Público. Apesar de 
haver críticas quanto a esse dispositivo, tendo em vista a previsão no Código de Processo Penal de que o 
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interrogatório seja após a instrução do processo, o TSE continua aplicando a ordem prevista no artigo 359 
do Código Eleitoral, como se extrai de suas Resoluções 23.404/2014, 23.457/2015 e 23.551/2017. 
Além disso, o mesmo dispositivo do Código Eleitoral preconiza que o réu ou seu defensor terá o prazo de dez 
dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. Diante disso, a alternativa E é a correta e 
gabarito da questão. 
Vejamos as demais alternativas. 
O Código Eleitoral possui uma particularidade: não prevê, ao pé de cada tipo penal, a pena mínima cominada 
à conduta típica. Para isso há a regra geral do art. 284, segundo a qual será de quinze dias a pena mínima 
para a detenção e 1 ano para a reclusão, sempre que não houver indicação diversa. Deste modo, a 
alternativa A está incorreta, pois alterou o limite mínimo da pena de detenção. 
Preconiza, também, o Código Eleitoral, em seu art. 285, que “quando a lei determina a agravação ou 
atenuação da pena sem mencionar o ‘quantum’, deve o juiz fixá-lo entre um quinto e um terço, guardados 
os limites da pena cominada ao crime”. Assim, a alternativa B está errada, visto que trocou as frações 
previstas na lei. 
A alternativa C está incorreta. A pena de multa, de acordo com o art. 286 do Código Eleitoral pode ser fixada 
entre 1 dia-multa, no mínimo, e trezentos dias-multa, no máximo. 
Por fim, a alternativa D está incorreta, pois o Ministério Público, quando verificar infração penal, deve 
oferecer a denúncia no prazo de dez dias (art. 357 do Código Eleitoral). 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (FCC/MPE-PB - 2018) A respeito do rito processual da ação penal eleitoral, é correto afirmar: 
a) A rejeição da queixa-crime por ilegitimidade de parte do querelante obstará a instauração da ação penal 
por denúncia do Ministério Público. 
b) Das sentenças de condenação ou absolvição cabe recurso para o Tribunal Regional, a ser interposto no 
prazo de 10 dias. 
c) Recebida a denúncia, o juiz designará dia e hora para interrogatório do acusado, seguindo-se a 
apresentação de defesa prévia no prazo de 3 dias. 
d) É sempre obrigatória, sob pena de nulidade, por ocasião do oferecimento da denúncia, a apresentação 
do rol de testemunhas. 
e) Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo legal, o juiz solicitará ao Procurador 
Regional a designação de outro Promotor para oferecê-la. 
1. (FCC/TRE-SP - 2017) O candidato a governador A alega que candidato a governador B, em sua 
propaganda eleitoral, acusou-o de ter praticado o crime de estelionato, o que afirma não ser verdadeiro. 
Ambos os candidatos não são exercentes de função pública no momento da disputa eleitoral. Diante dessa 
situação 
a) a ação penal deverá ser proposta perante o Tribunal Regional Eleitoral, necessariamente, não importando 
o cargo que exerça o candidato. 
b) o Ministério Público Eleitoral deverá ajuizar a respectiva ação penal pela prática do crime de injúria, 
apenas. 
c) caso o Ministério Público Eleitoral não proponha a ação penal, o candidato A poderá fazê-lo, cumpridos os 
requisitos legais. 
d) o candidato A deverá propor ação penal privada contra o candidato B, uma vez que não se trata de ação 
penal pública. 
e) caso o Ministério Público Eleitoral entender pelo não oferecimento da denúncia, deverá requerer o 
arquivamento ao juiz, que, se considerar improcedentes os motivos para tanto, fará a remessa da 
comunicação ao Procurador-Geral de Justiça, na Justiça Comum Estadual. 
2. (FCC/TRE-RR - 2015) No que concerne às disposições penais, a respeito do processo das infrações, 
é correto afirmar que: 
a) o primeiro ato processual após o oferecimento da denúncia é o interrogatório do acusado pelo Juiz 
Eleitoral. 
b) das decisões finais de condenação ou absolvição só cabe recurso para o Tribunal Regional Eleitoral se a 
pena for superior a 3 meses. 
c) se o Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal, o Juiz Eleitoral poderá determinar a 
instauração do processo criminal através de Portaria. 
d) nas infrações penais definidas no Código Eleitoral, a ação penal depende de representação de candidato 
ou partido político. 
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e) cabe ao Ministério Público promover a execução de decisão condenatória do Tribunal Regional Eleitoral. 
3. (FCC/TRE-PB - 2015) Considere: 
I. Oferecimento de denúncia pelo Ministério Público. 
II. Oferecimento de alegações escritas e apresentação de rol de testemunhas pelo réu ou seu defensor. 
III. Interposição de recurso para o Tribunal Regional competente da decisão final de condenação ou 
absolvição proferida pelo Juiz Eleitoral. 
IV. Oferecimento de alegações finais para cada uma das partes − acusação e defesa. 
No processo das infrações penais eleitorais, é de 10 dias o prazo para a prática dos atos processuais indicados 
APENAS em 
a) I, III e IV. 
b) II e III. 
c) I e IV. 
d) I, II e III. 
e) II e IV. 
4. (FCC/TJ-SE - 2015) A respeito do rito processual penal eleitoral, é correto afirmar que o prazo para, 
a) oferecimento da denúncia pelo Ministério Público é de 10 dias. 
b) o réu ou seu defensor oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas é de 15 dias. 
c) apresentação de alegações finais pela acusação e pela defesa é de 10 dias. 
d) o juiz proferir a sentença é de 15 dias. 
e) interposição de recurso para o Tribunal Regional Eleitoral é de 5 dias. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (MPE-SC/MPE - 2016) Julgue: 
Segundo o Código Eleitoral, nenhuma autoridade policial poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 
(quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo por 
determinação judicial, após a necessária manifestação do Ministério Público Eleitoral. 
2. (Inédita - 2017) O Código Eleitoral fixa um período de restrição no qual a pessoa não poderá ser 
presa, exceto em caso de flagrante delito, em virtude de sentença criminal condenatória ou, ainda, em 
caso de desrespeito a salvo conduto. Esse período abrange: 
a) entre 48 horas antes das eleições e 5 dias após o pleito. 
b) entre 5 dias antes das eleições e 48 horas após o pleito. 
c) entre 3 dias antes das eleições e 2 dias após o pleito. 
d) entre 5 dias antes das eleições e 3 dias após o pleito. 
e) entre 48 horas antes das eleições e 3 dias após o pleito. 
3. (Inédita - 2017) De acordo com o Código Eleitoral, nenhuma autoridade poderá, desde 5 dias antes 
e até 48 horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante 
delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito 
a salvo-conduto. Essa proibição é elastecida para os candidatos para: 
a) 10 dias antes das eleições 
b) 15 dias antes das eleições 
c) 20 dias antes das eleições 
d) 25 dias antes das eleições 
e) 30 dias antes das eleições 
4. (Inédita - 2017) Da denúncia por crime eleitoral deve, segundo o Código Eleitoral, contar uma série 
de elementos, exceto: 
a) qualificação doacusado 
b) rol de testemunhas 
c) classificação do crime 
d) quantum de pena e valor da multa pretendido 
e) exposição do fato criminoso 
5. (Inédita - 2017) Julgue o item subsequente quanto às regras que regem o processo penal eleitoral. 
A denúncia apresentada pelo Ministério Público eleitoral poderá ser rejeitada quando o fato narrado 
evidentemente não constituir crime, quando já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa, 
todavia, não poderá ser rejeitada por ilegitimidade da parte, tendo em vista que se trata de vício sanável. 
6. (Inédita - 2017) Julgue o item abaixo, com relação ao processo penal eleitoral. 
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No processo penal eleitoral e nos crimes comuns que lhes forem conexos, será aplicado, como lei subsidiária 
ou supletiva, o Código de Processo Penal. 
7. (Inédita - 2017) Julgue o item subsequente quanto às regras que regem o processo eleitoral penal. 
A lei penal concede legitimidade a todo cidadão que tiver conhecimento de infração penal para comunicá-la 
ao juiz eleitoral da zona onde a mesma se verificou. Se a comunicação for verbal, mandará a autoridade 
judicial reduzi-la a termo, assinado pelo apresentante tão somente, e a remeterá ao órgão do Ministério 
Público local. 
8. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Nos termos do disposto no Código Eleitoral assinale a alternativa correta: 
a) Sempre que o Código Eleitoral não indica o grau mínimo para sanção, entende-se que será ele de trinta 
dias para a pena de detenção e de um ano para a de reclusão. 
b) Quando a lei determina a agravação ou atenuação da pena sem mencionar o "quantum", deve o juiz fixá-
lo entre um sexto e um terço, guardados os limites da pena cominada ao crime. 
c) A pena de multa consiste no pagamento ao Tesouro Nacional, de uma soma de dinheiro, que é fixada em 
dias-multa. Seu montante é, no mínimo, 1 (um) dia-multa e, no máximo, 200 (duzentos) dias-multa. 
d) Verificada a infração penal eleitoral, o Ministério Público oferecerá a denúncia dentro do prazo de 30 
(trinta) dias. 
e) O réu ou seu defensor terá o prazo de 10 (dez) dias para oferecer alegações escritas e arrolar testemunhas. 
 
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GABARITO 
1. B 
2. C 
3. E 
4. D 
5. A 
 
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GABARITO 
1. INCORRETA 
2. B 
3. B 
4. D 
5. INCORRETA 
6. CORRETA 
7. INCORRETA 
8. E 
 
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