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Aula 17 - Somente PDF
TRE-PR (Técnico Judiciário - Área
Administrativa) Noções de Direito
Eleitoral 
Autor:
Ricardo Torques
02 de Setembro de 2023
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Ricardo Torques
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Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Súmulas TSE 3
..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas - Súmulas TSE - FCC 27
..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Súmulas TSE - FGV 31
..............................................................................................................................................................................................4) Questões Comentadas - Súmulas TSE - OUTRAS BANCAS 34
..............................................................................................................................................................................................5) Lista de Questões - Súmulas TSE - FCC 36
..............................................................................................................................................................................................6) Lista de Questões - Súmulas TSE - FGV 38
..............................................................................................................................................................................................7) Lista de Questões - Súmulas TSE - OUTRAS BANCAS 39
..............................................................................................................................................................................................8) Gabarito - Súmulas TSE - FCC 40
..............................................................................................................................................................................................9) Gabarito - Súmulas TSE - FGV 41
..............................................................................................................................................................................................10) Gabarito - Súmulas TSE - OUTRAS BANCAS 42
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Súmulas TSE 
SÚMULAS TSE 
Súmula TSE nº 1 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 2 
Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo fixado em lei, 
considera-se satisfeita a correspondente condição de elegibilidade, ainda que não tenha 
fluído, até a mesma data, o tríduo legal de impugnação. 
De acordo com o art. 14 §3º inciso V da Constituição Federal e com a Lei dos Partidos Políticos, uma das 
condições de elegibilidade é a filiação partidária há pelo menos seis meses antes da data fixada para as 
eleições. 
Em regra, essas filiações são acompanhadas pela Justiça Eleitoral e pelos demais partidos políticos pelas 
remessas periódicas, das listas de filiados, nos termos do art. 19, da LPP. 
Essas listas de filiados são publicadas de modo que os partidos terão acesso para impugná-las. É o que se 
extrai do art. 19, §3º ao prever o acesso de tais informações às agremiações. 
Na Lei dos Partidos Políticos anterior havia a possibilidade de impugnação no prazo de 3 dias após a 
publicação. Em razão disso, o TSE publicou a referida Súmula para fixar que a comunicação no prazo, 
independentemente de posterior impugnação, era suficiente para atender à condição de elegibilidade. 
Atualmente o dispositivo tem pouca valia. De todo modo, registre-se que a data do requerimento da filiação 
partidária marca o início da contagem do prazo de seis meses de filiação. Então, ainda que haja impugnação 
e a decisão deferindo a filiação seja proferida fora do prazo legal, o TSE entende que o deferimento produzirá 
efeitos retroativos à data do requerimento de filiação e, portanto, o prazo terá sido cumprido. 
Devemos lembrar, ainda, que no caso de haver dois registros de filiação, prevalecerá a mais recente, devendo 
a Justiça Eleitoral determinar o cancelamento das demais, conforme art. 20, § único da LPP, com redação 
dada pela Lei nº 12.891/2013. 
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Súmula TSE nº 3 
No processo de registro de candidatos, não tendo o juiz aberto prazo para o suprimento de 
defeito da instrução do pedido, pode o documento, cuja falta houver motivado o 
indeferimento, ser juntado com o recurso ordinário. 
Em direito processual, a regra é a impossibilidade de que a parte junte documentos na fase recursal. 
Contudo, em relação ao processo de registro de candidatos, o Tribunal permite que tais documentos sejam 
anexados aos autos com o recurso ordinário, caso o juiz eleitoral não tenha deferido prazo para que os 
documentos fossem juntados. 
Lembre-se de que nas eleições gerais o registro dos candidatos ocorre no TRE, assim se o defeito na instrução 
se referir a condição de elegibilidade caberá recurso especial para o TSE. 
Súmula TSE nº 4 
Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação 
nominal, defere-se o do que primeiro o tenha requerido. 
O art. 12, da LE, trata dos candidatos que pretendem registrar o mesmo nome para aparecer na urna eleitoral 
no dia das eleições. 
Os três primeiros incisos do artigo citado trazem regras referentes à escolha dentre os candidatos. Caso não 
seja possível resolver por algum desses critérios, os candidatos deverão chegar a um acordo. Não havendo 
acordo a LE determina, no inc. V, que eles serão nomeados com o nome e sobrenome constantes do pedido 
de registro. 
Contudo, de acordo com o entendimento do TSE, se não houver acordo, ao invés de registrar ambos os 
candidatos com os respectivos nomes e sobrenomes, defere-se o pedido do primeiro que tiver requerido o 
nome perante à Justiça Eleitoral. Em relação ao outro candidato, por decorrência, deverá utilizar uma das 
outras duas variações indicadas no seu pedido de registro. 
Súmula TSE nº 5 
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90. 
Da leitura do enunciado acima podemos concluir que aos serventuários de cartório celetistas não se aplica 
a exigência de desincompatibilização no prazo de três meses antes das eleições. 
Embora o enunciado da Súmula não tenha sido cancelado pelo TSE, há entendimento do órgão de que os 
serventuários de cartório são considerados servidores em sentido amplo e, portanto, devem se 
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desincompatibilizar no prazo de três meses1. É pouco provável que o assunto seja exigido em prova em 
termos tão específicos, contudo, é bom conhecermos o dissenso dentro do TSE e conhecer ambos os 
posicionamentos. 
Então, se aparecer o texto expresso da Súmula, marque-o como correto! 
Súmula TSE nº 6 
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 
7º do art. 14 da Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível, tenha 
falecido, renunciado ou se afastado definitivamente do cargo até seis meses antes do 
pleito. 
A presente súmula foi alterada e assumiu nova redação em junho de 2016. Vamos aproveitar para relembrar 
o texto da Súmula Vinculante 18:A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
Ao tratar da inelegibilidade reflexa em relação ao cônjuge/companheiro ou parente do titular de cargo do 
Poder Executivo, o TSE fixou entendimento no sentido de que a inelegibilidade reflexa poderá ser afastada, 
desde que o titular do cargo de seja reelegível e, apenas, nas seguintes hipóteses: 
 Falecimento. 
Aqui tratamos do falecimento do titular no curso do primeiro mandato. Nesse caso, ficará afastada a 
inelegibilidade, segundo entendimento do TSE. 
 Renúncia. 
Caso o titular do cargo do Executivo que esteja no curso do primeiro mandato renunciar ao cargo será 
afastada a inelegibilidade reflexa para o cônjuge/companheiros e parentes até o segundo grau. 
 Desincompatibilização. 
Afastamento nos últimos 6 meses do mandato do titular reelegível. 
Súmula TSE nº 7 - Cancelada 
 
 
1 Res. nº 23.257, de 29.4.2010, rel. Min. Aldir Passarinho Junior. 
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Súmula TSE nº 8 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 9 
A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado 
cessa com o cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de 
prova de reparação dos danos. 
Tranquila essa Súmula, não? 
Sabemos que a condenação criminal transitada em julgado constitui uma hipótese de suspensão dos direitos 
políticos, prevista no art. 15 inciso III da CF. A constituição determina que a suspensão dos direitos políticos 
ocorre enquanto durarem os efeitos da condenação. Para o TSE não se inclui os efeitos penais secundários 
devendo cessar imediatamente com o cumprimento ou com a extinção da pena, sem considerar eventuais 
reparações cíveis pendentes. 
Logo, o que causa a suspensão é a pendência de uma condenação criminal, nada interessando para o 
exercício da capacidade eleitoral ativa. 
Súmula TSE nº 10 
No processo de registro de candidatos, quando a sentença for entregue em cartório antes 
de três dias contados da conclusão ao juiz, o prazo para o recurso ordinário, salvo intimação 
pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo. 
De acordo com o art. 8º da LE, o juiz terá três dias – a contar da conclusão dos autos – para lançar a sentença 
in/deferindo o registro do candidato às eleições municipais. Em seguida, prescreve a lei que 
automaticamente abre prazo de três dias para o interessado apresentar recurso. Essa é a regra! 
E se o juiz apresentar a sentença antes dos três dias? O prazo corre somente a partir do terceiro dia? O 
prazo corre a partir da sentença? 
É isso que disciplina a Súmula! De acordo com o enunciado, se o Juiz Eleitoral publicar a sentença antes dos 
três dias, o prazo somente correrá antes se houver intimação pessoal das partes do processo. 
Súmula TSE nº 11 
No processo de registro de candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade 
para recorrer da sentença que o deferiu, salvo se cuidar de matéria constitucional. 
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Para atender os critérios de publicidade e permitir a fiscalização após o recebimento dos pedidos de registro 
deve haver a publicação de um edital e a partir desta publicação inicia-se o prazo para a impugnação. O 
direito de impugnar cabe a qualquer candidato, partido político, coligação ou ao Ministério Público, no prazo 
de cinco dias, em petição fundamentada. Após o prazo o juiz profere a sentença deferindo ou indeferindo o 
pedido de registro, neste momento passa a correr o prazo de 3 dias para o recurso. 
A súmula em análise trata da legitimidade para a interposição deste recurso. Somente podem recorrer as 
partes envolvidas no processo. Essa é a lógica da presente Súmula. Dessa forma, a parte que impugnou o 
registro do candidato terá legitimidade para recorrer do registro da candidatura deferido. 
A impugnação ao registro de candidatura (AIRC) deve ser formalizada no momento em que ocorrer o 
deferimento do registro. Essa é a regra. Se não impugnado no momento certo – que é de 5 dias conforme a 
art. 3º, caput, da LI – a parte não poderá mais impugnar o registro. Lembre-se, esse prazo é decadencial e 
improrrogável. 
Há, contudo, uma exceção, qual seja, quando se tratar de MATÉRIA CONSTITUCIONAL o partido que não 
impugnou poderá recorrer da decisão de impugnação do registro do candidato. Matéria constitucional não 
se submete a preclusão. 
Há uma observação final bastante pertinente. Conforme entendimento do STF no ARE nº 728188/2013, com 
repercussão geral reconhecida, o Ministério Público tem legitimidade para recorrer de decisão que defere 
registro de candidatura, ainda que não tenha apresentado impugnação, sendo-lhe inaplicável a presente 
súmula, vez que atua na defesa do estado democrático e na defesa da ordem jurídica. 
Súmula TSE nº 12 
São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes 
consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, 
ou de quem o tenha substituído, dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo. 
Conforme o enunciado acima, as regras referentes à inelegibilidade reflexa aplicam-se para ambos os 
municípios desmembrados, caso o detentor do cargo político exerça mandado, dentro da circunscrição, 
antes do desmembramento. 
Súmula TSE nº 13 
Não é auto-aplicável o § 9º, art. 14, da Constituição, com a redação da Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4/94. 
Considerando que o dispositivo encontra-se disciplinado pela Lei Complementar nº 64/1990 (Lei de 
Inelegibilidade), a Súmula não tem efeitos. 
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Súmula TSE nº 14 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 15 
O exercício de mandato eletivo não é circunstância capaz, por si só, de comprovar a 
condição de alfabetizado do candidato. 
O entendimento atual da jurisprudência é no sentido de que o Juiz Eleitoral poderá tomar declaração, por 
termo, do candidato, para fins de comprovação da alfabetização, uma das condições de elegibilidade. 
Assim, no caso de dúvida quanto à condição de alfabetização do candidato e quanto à idoneidade do 
comprovante por ele apresentado, o juízo eleitoral pode realizar teste, de forma individual e reservada. 
Desse modo, o exercício do mandato eletivo anterior não poderá ser utilizado, por si só, como prova capaz 
de comprovar a alfabetização do candidato. 
Súmula TSE nº 16 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 17 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 18 
Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, de 
ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de 
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97. 
A imposição de multa eleitoral depende de provocação, ou seja, depende de representação por parte dos 
demais partidos, ou candidatos, bem como pelo Ministério Público. 
O poder de política conferido ao Juiz Eleitoral circunscreve-se ao poder de determinar a remoção de 
eventuais propagandas que estejam desrespeitando a legislação eleitoral. 
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Súmula TSE nº 19 
O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou 
político tem início no dia da eleição em que este se verificou e finda no diade igual número 
no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC no 64/90). 
A inelegibilidade em razão de condenação por abuso de poder econômico ou político está prevista no art. 
22, XIV, da Lei de Inelegibilidades 
O que a Súmula faz é esclarecer é o início de contagem do prazo, que será considerado o dia da eleição em 
que houve a condenação e termina oito anos para frente. 
Portanto, no caso das eleições de 2016, se terminada em primeiro turno, conta-se a partir do dia 2/10/2016 
e irá findar em 2/10/2024. 
 
Súmula TSE nº 20 
A prova de filiação partidária daquele cujo nome não constou da lista de filiados de que 
trata o art. 19 da Lei nº 9.096/95, pode ser realizada por outros elementos de convicção, 
salvo quando se tratar de documentos produzidos unilateralmente, destituídos de fé 
pública. 
O verbete trata da prova da filiação partidária exigida para que o candidato possa concorrer às eleições. Em 
regra, a comprovação da filiação se dá por intermédio da informação enviada pelo partido político, na 
segunda semana dos meses de abril e de outubro de cada ano, conforme estabelece o art. 19 da Lei 
9.096/1995. 
Esse é o meio usual de comprovação. Contudo, se houver alguma falha na comunicação da filiação, de acordo 
com o TSE essa prova poderá se dar por outros elementos de convicção constante dos autos, que possam 
aferir que a filiação se deu no tempo oportuno. Lembre-se de que documento produzidos de forma unilateral 
pelo candidato ou pelo partido não serão aceitos como prova. 
Súmula TSE nº 21 - Cancelada 
 
Súmula TSE nº 22 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial recorrível, salvo situações de 
teratologia ou manifestamente ilegais. 
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==1948c5==
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Essa Súmula segue o entendimento do STF, segundo o qual não é cabível, em regra, mandado de segurança 
contra decisão judicial. Há, entretanto, entendimento jurisprudencial que flexibiliza essa regra para entender 
que, se a decisão for teratológica ou manifestamente ilegal, o direito líquido e certo poderá ser tutelado por 
mandado de segurança. Situações como essa, capazes de gerar prejuízo ou dano irreparável em decorrência 
de decisão judicial, são passíveis de mandado de segurança. 
Súmula 267 do STF 
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição. 
Súmula TSE nº 23 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado. 
Esse verbete explicita que não cabe mandado de segurança contra decisão judicial já transitada em julgado. 
No mesmo sentido da Súmula TSE 22 segue o entendimento sumulado pelo STF. 
Súmula 268 do STF 
Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado. 
Súmula TSE nº 24 
Não cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório. 
Essa questão envolve o cabimento de recursos perante o TSE. No caso do recurso especial, o art. 121 §4º da 
CF e o art. 278, I, do CE, trazem as hipóteses previstas. 
O entendimento sumulado do TSE se coaduna com os entendimentos do STJ e o do STF quanto a matéria. 
Súmula 279 do STF 
Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 
Súmula 7 do STJ 
A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial. 
Devemos lembrar que o recurso especial possui natureza excepcional e fundamentação vinculada sua 
finalidade principal é uniformizar a interpretação da lei. No caso, por mais que a parte alegue que a sentença 
foi proferida contra expressa disposição de lei ou que houve divergência na interpretação da legislação entre 
dois ou mais tribunais, caso seja verificado no contexto prático que a parte pretende o reexame de matérias 
de fato e probatórias não caberá o recurso. 
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Súmula TSE nº 25 
É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso 
especial eleitoral. 
Esse entendimento sumulado fixa a excepcionalidade do recurso especial no âmbito do TSE, de modo que 
somente será cabível o instrumento processual caso não haja possibilidade de se utilizar de outros recursos 
ordinários. 
Súmula TSE nº 26 
É inadmissível o recurso que deixa de impugnar especificamente fundamento da decisão 
recorrida que é, por si só, suficiente para a manutenção desta. 
O presente verbete trata do ônus da impugnação especificada dos recursos. A ideia é simples, não se admite 
defesa genérica, de modo que o recorrente não pode apresentar sua defesa com negativa geral das 
alegações debatidas na sentença, devendo impugnar especificamente os pontos que entender que merece 
reforma. 
Súmula TSE nº 27 
É inadmissível recurso cuja deficiência de fundamentação impossibilite a compreensão da 
controvérsia. 
Novamente o TSE fixa entendimento por intermédio de Súmula com a pretensão de evitar que os recursos 
sejam admitidos na instância superior. Os recursos, notadamente perante o TSE, guardam a característica da 
excepcionalidade. 
Em face disso, entende-se inadmissível o recurso que não seja compreensível. A parte recorrente deve ser 
clara suficiente de forma permitir a identificação da controvérsia jurídica para que tese possa ser debatida 
pela Corte. 
Veja que o STF também trata da matéria em sua Súmula 284: 
É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não 
permitir a exata compreensão da controvérsia. 
Súmula TSE nº 28 
A divergência jurisprudencial que fundamenta o recurso especial interposto com base na 
alínea b do inciso I do art. 276 do Código Eleitoral somente estará demonstrada mediante 
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a realização de cotejo analítico e a existência de similitude fática entre os acórdãos 
paradigma e o aresto recorrido. 
Esse verbete estabelece a forma como deve ser comprovada a divergência jurisprudencial a fim de que seja 
cabível o recurso especial nos termos do art. 276, I, b, do Código Eleitoral. 
Primeiro, lembre-se, o recurso especial será cabível em caso de: 
 decisão proferida pelos TREs contra expressa disposição de lei; e 
 decisões divergentes na interpretação de lei entre dois ou mais TREs. 
No caso de divergência entre na interpretação da lei entre dois ou mais TREs, a parte deverá: 
a) cotejar analiticamente os dois julgados que estão divergentes, apontando no que eles diferente; e 
b) demonstrar que os casos são semelhantes, muitos embora os TREs tenham interpretado a matéria 
de forma distinta. 
Dito de forma simples: para um mesmo caso os TREs interpretaram de forma diferente a legislação federal. 
Justifica-se assim, a atuação do TSE a fim de uniformizar a jurisprudência eleitoral, a nível nacional. 
Súmula TSE nº 29 
A divergência entre julgados do mesmo Tribunal não se presta a configurar dissídio 
jurisprudencial apto a fundamentar recurso especial eleitoral. 
Como vimos no estudo da Súmula anterior o recurso especial será cabível quando as decisões divergentes 
ocorrerem entre dois tribunais diferentes. 
Pode acontecer que dentro do mesmo tribunal ocorram decisões divergentes, mas neste o plenário do 
próprio tribunal deverá unificar seu entendimento, não sendo possível levar a divergência ao TSE. 
Veja que o STF e o STJ têm súmula no mesmo sentido. 
Súmula 369 do STF 
Julgados do mesmo tribunal não servem para fundamentar o recurso extraordinário por 
divergência jurisprudencial. 
Súmula 13 do STJ 
A divergência entre julgados do mesmo tribunal não enseja recurso especial. 
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Súmula TSE nº 30 
Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, quando a decisão 
recorrida estiver em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. 
Ainda sobre os recursos especiais eleitorais, no caso desse verbete o TSE firmou que, ainda que exista decisão 
divergente no passado não será cabível o recurso a partir do momento que o TSE fixar tese sobre a matéria 
antes divergente. 
Como dito, a pretensão desses recursos é uniformizar o entendimento jurisprudencial pelo TSE. Se o TSE já 
fez isso, não é cabível o RESPE como prevê a Súmula TSE 30. 
Súmula TSE nº 31 
Não cabe recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida 
liminar. 
A finalidade desta súmula é manter no próprio tribunal a competência para apreciar recurso de suas decisões 
liminares. O recurso especial será utilizado contra acórdão e não contra pedido de medida liminar. 
Novamente, basta que você pense que a finalidade do recurso especial é uniformizar a jurisprudência. Logo, 
se a decisão é limitar e, portanto, ainda precária não há se galar em uniformização. Apenas se a decisão for 
divergente é que podemos cogitar a uniformização jurisprudencial. 
Súmula TSE nº 32 
É inadmissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao 
Regimento Interno dos Tribunais Eleitorais ou às normas partidárias. 
Esse enunciado é importante, pois ele delimita o entendimento de “lei” para fins do cabimento do recurso 
especial. 
De acordo com o art. 276, I, B, do CE, cabe o recurso contra decisão proferida pelos TREs contra expressa 
disposição de lei. 
Segundo o TSE não são considerados para fins de uniformização em sede de recurso especial a legislação 
municipal ou estadual, regimentos internos e normas partidárias. 
Do mesmo modo, outro entendimento fácil de compreender. Lembre-se que esse recurso é cabível para 
uniformizar a interpretação da legislação no âmbito nacional. Se aceitássemos o recurso para discutir a 
interpretação de lei estadual, municipal, regimentos internos ou normas partidárias não teríamos uma 
uniformização a nível nacional, mas local. 
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Súmula TSE nº 33 
Somente é cabível ação rescisória de decisões do Tribunal Superior Eleitoral que versem 
sobre a incidência de causa de inelegibilidade. 
Sem maiores dificuldades quanto a esse verbete. A ação rescisória tem por finalidade desconstituir a 
sentença transitada em julgado, com eventual reanálise da matéria. 
No âmbito eleitoral, ela bem prevista no art. 22, I, “j”, do CE, ao prever o cabimento da ação rescisória nos 
casos de inelegibilidade, desde que seja intentada no prazo de 120 dias a contas da decisão irrecorrível, ou 
seja, a partir do momento em que transita em julgado. Reforçando o teor do Código Eleitoral, o TSE editou 
a súmula que estamos analisando para informar que ela será cabível apenas em ações que versem sobre 
inelegibilidade. Essa ação poderá ser proposta pelo candidato ou pelo MP. 
Súmula TSE nº 34 
Não compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança 
contra ato de membro de Tribunal Regional Eleitoral. 
A presente súmula fixa que não cabe ao TSE julgar mandado de segurança contra ato de membro do TRE. 
Nesse caso, a competência é do próprio órgão colegiado do TRE! 
Súmula TSE nº 35 
Não é cabível reclamação para arguir o descumprimento de resposta a consulta ou de ato 
normativo do Tribunal Superior Eleitoral. 
O presente verbete trata da reclamação. 
No âmbito do TSE a reclamação é cabível em várias situações: 
 reclamações contra obrigações impostas por lei aos partidos políticos, quanto à contabilidade e à 
apuração da origem dos seus recursos (alínea f do inc. I do art. 22 do CE) 
 reclamações contra seus próprios juízes que, no prazo de 30 dias, não julgarem os feitos que lhes 
forem distribuídos (alínea i do inc. I do art. 22 do CE) 
 reclamações contra decisões do TSE com a finalidade de garantir a competência da Corte ou a 
autoridade de suas decisões (parágrafo único do inc. V do art. 15 do RI-TSE). 
Dessas três hipóteses nos interessa a última. 
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Essas decisões referidas na terceira hipótese abrange apenas decisões de cunho jurisdicional, não 
abrangendo as decisões que envolvam o exercício da função consultiva, uma vez que possuem caráter 
meramente interpretativo e orientativo, logo não possuem a força vinculante que tem a decisão judicial. Do 
mesmo modo, não é cabível reclamação contra ato normativo do TSE. 
Súmula TSE nº 36 
Cabe recurso ordinário de acórdão de Tribunal Regional Eleitoral que decida sobre 
inelegibilidade, expedição ou anulação de diploma ou perda de mandato eletivo nas 
eleições federais ou estaduais (art. 121, § 4º, incisos III e IV, da Constituição Federal). 
Essa Súmula é fundamental. Para memorizá-la, cabe um esquema: 
 
Súmula TSE nº 37 
Compete originariamente ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar recurso contra 
expedição de diploma envolvendo eleições federais ou estaduais. 
O presente verbete trata da ação contra expedição de diploma para as eleições federais e estaduais. Como 
a expedição de diploma é da competência do TRE nas eleições estaduais e federais (leia-se, para os cargos 
de Governador, vice-Governador, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senadores da República), em caso 
de recurso (o denominado RCED) será cabível originariamente perante o TSE. 
Súmula TSE nº 38 
Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há litisconsórcio passivo 
necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária. 
CABE RECURSO ORDINÁRIO
contra decisão do TRE que 
decida sobre inelegibilidade
contra decisão do TRE que 
decida sobre expedição ou 
anulação de diploma
contra decisão do TRE que 
decida sobre perda de 
mandato eleito nas eleições 
federais ou estaduais
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O litisconsórcio é instituo processual que prevê a atuação de mais de uma parte, em conjunto, em um dos 
polos. Por exemplo, se tivermos dois ou mais autores na mesma ação teremos um litisconsórcio ativo. Agora, 
se houver dois ou mais réus, o litisconsórcio será passivo. 
Esse litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário. No litisconsórcio facultativo, a parte autora pode 
decidir se irá demandar contra todos os réus ou se apenas contra um deles. Agora, no litisconsórcio passivo 
necessário é dever da parte demandar contra todos. 
No caso dessa Súmula, fixou o TSE que quando se tratar de ação visando à cassação de registro de diploma 
ou de mandato é necessário que a ação seja intentada, em litisconsórcio passivo necessário, contra o 
membro titular e contra o vice. Logo, titular e vice serão réus em ações que visam à cassação do registro, do 
diploma ou do mandato, pois a decisão afeta a ambos necessariamente. 
Súmula TSE nº 39 
Não há formação de litisconsórcio necessário em processos de registro de candidatura. 
Mais uma súmula envolvendo litisconsórcio! Nesse caso, o TSE firmou entendimento no sentido de que não 
é necessário formar litisconsórcio para o registro de candidatura. 
Súmula TSE nº 40 
O partido político não é litisconsorte passivo necessário em ações que visem à cassação de 
diploma. 
A Súmula TSE 40, na mesma toada, prevêque não é necessário ao partido político estar em litisconsórcio na 
ação que versar sobre cassação de diploma de partido político. 
Súmula TSE nº 41 
Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por 
outros Órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de 
inelegibilidade. 
Esse verbete é interessante, pois ela prevê o respeito à esfera e competência de cada órgão. Como sabemos, 
não apenas outros órgãos eleitorais (como os Juízes Eleitorais e TREs) como também os tribunais de contas 
possuem competência para tratar de assuntos que podem levar à inelegibilidade. 
O que prevê essa Súmula é que não cabe ao TSE analisar o acerto ou desacerto da decisão proferida por 
outro órgão. 
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Súmula TSE nº 42 
A decisão que julga não prestadas as contas de campanha impede o candidato de obter a 
certidão de quitação eleitoral durante o curso do mandato ao qual concorreu, persistindo 
esses efeitos, após esse período, até a efetiva apresentação das contas. 
Em caso de não apresentação das contas no prazo legal, o órgão competente para sua análise deverá 
obrigatoriamente Notificar o candidato para apresentá-las no prazo de 72 horas. Se ainda assim o candidato 
se omitir suas contas serão julgadas como não prestadas. 
Havendo trânsito em julgado da decisão não será possível a obtenção da certidão de quitação eleitoral, 
documento obrigatório para o registro de candidatura, até que sejam apresentadas as contas mesmo que 
de forma extemporânea. 
Súmula TSE nº 43 
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candidato, 
nos termos da parte final do art. 11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas 
para as condições de elegibilidade. 
A Súmula TSE 43 é bastante relevante. Como sabemos, os candidatos devem registrar a candidatura até as 
19 horas do dia 15/8. Após essa data não podem mais requerer o registro. 
Vamos entender melhor: 
 Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes capazes de atrair inelegibilidades - serão consideradas 
até o exaurimento das instâncias ordinárias. 
 Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes capazes de afastar inelegibilidades - serão 
consideradas até a diplomação dos candidatos eleitos. 
 Alterações fáticas ou jurídicas supervenientes em prol do candidato relativas à elegibilidade - serão 
consideradas até a diplomação dos eleitos. 
Por exemplo, o candidato efetua o pedido de registro no prazo (ou seja, antes das 19h do dia 15/8). Até o 
momento em que o pré-candidato formulou o pedido havia decisão judicial que o tornava inelegível, 
contudo, dois dias depois essa decisão é cassada ou reformada. 
Nesse caso, essa decisão posterior e superveniente é benéfica ao candidato e será considerada para fins de 
registro, não obstante no momento do pedido ele estar inelegível. 
Súmula TSE nº 44 
O disposto no art. 26-C da LC nº 64/90 não afasta o poder geral de cautela conferido ao 
magistrado pelo Código de Processo Civil. 
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A Lei Complementar 64/1990 prevê no art. 26-C que o colegiado do tribunal poderá adotar algumas medidas 
cautelares, ou seja, algumas decisões de proteção, quando envolverem a apreciação do recurso contra as 
decisões colegiadas relativas a representação, condenações penais, condenação por abuso de poder 
econômico, corrupção eleitoral, suspensão dos direitos político, improbidade administrativa ou 
desfazimento de vínculo conjugal simulado. 
Assim, expressamente o dispositivo traz algumas hipóteses em que tribunal poderá conceder medida 
cautelar em determinados processos na fase recursal. 
A Súmula do TSE por sua vez faz a seguinte interpretação: não obstante essas possibilidades previstas de 
medida cautelar, o Tribuna não ficará impedido de adotar outras medidas, em razão denominado “poder 
geral de cautela”. 
Dito de forma simples, significa dizer que o rol de hipóteses listas no art. 26-C é meramente exemplificativo. 
Desse modo, em se tratando de ações que visem apurar inelegibilidades, sempre que existir plausibilidade, 
mesmo que a parte não requeria, o magistrado poderá conceder medidas cautelares, em face do poder geral 
de cautela. 
Súmula TSE nº 45 
Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de ofício da 
existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, desde 
que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
A presente súmula assegura ao Juiz eleitoral, ao analisar o pedido de registro de candidatura, a prerrogativa 
de conhecer de ofício sobre causas de inelegibilidade que possam não ser estar declaradas ainda, bem como 
declarar a ausência de condições de elegibilidade, desde que observado o devido processo legal. 
O juiz não ficará adstrito à conferência dos documentos apresentados, podendo respeitado o contraditório 
e ampla defesa declarar inelegibilidade ou ausência de condição de elegibilidade de ofício. 
Súmula TSE nº 46 
É ilícita a prova colhida por meio da quebra do sigilo fiscal sem prévia e fundamentada 
autorização judicial, podendo o Ministério Público Eleitoral acessar diretamente apenas a 
relação dos doadores que excederam os limites legais, para os fins da representação 
cabível, em que poderá requerer, judicialmente e de forma individualizada, o acesso aos 
dados relativos aos rendimentos do doador. 
As campanhas são financiadas pelos partidos, candidatos e pessoas físicas. Para identificar e controlar as 
doações realizadas pelas pessoas físicas (limite de 10% sobre o rendimento bruto auferido) o TSE consolida 
as informações e envia para a Receita Federal que realiza o cruzamento de dados e verificando excesso nas 
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doações enviará as informações ao Ministério Público para apuração. É com base neste documento que o 
parquet realizará as representações. 
Súmula TSE nº 47 
A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição 
de diploma, fundado no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, 
se infraconstitucional, superveniente ao registro de candidatura, e que surge até a data do 
pleito. 
Vimos que o afastamento de inelegibilidades ou constatação de condição de elegibilidade supervenientes 
podem beneficiar o candidato em sede de registro de candidatura. 
Aqui a situação é diversa e envolve o recurso contra a diplomação. 
O RCED tem como função impugnar a diplomação do candidato eleito, e somente é cabível nos casos de 
inelegibilidade constitucional ou na infraconstitucional superveniente que são aquelas ocorridas entre o 
registro da candidatura e as eleições. 
Súmula TSE nº 48 
A retirada da propaganda irregular, quando realizada em bem particular, não é capaz de 
elidir a multa prevista no art. 37, § 1º, da Lei nº 9.504/97. 
A presente súmula trata da distinção entre a atuação administrativa e jurisdicional da Justiça Eleitoral. No 
primeiro caso, a atuação da Justiça para remoção de propaganda irregular é administrativa e poderá ser 
exercida de ofício. Outra coisa é a aplicação de multa por propaganda irregular, que é hipótese que envolve 
aplicação da função jurisdicional. 
O verbete trata especificamente da possibilidade de aplicação de multa, ainda que realidade a propaganda 
irregular em bens particulares. 
Súmula TSE nº 49 
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar 
o registroinicia-se com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que 
determina a sua intimação pessoal. 
O presente verbete esclarece o início do prazo para o Ministério Público impugnar o registro de candidatura. 
Da publicação do edital com a lista de candidatos registrados, o MP possui prazo de 5 dias para ajuizar a AIRC 
– ação de impugnação ao registro de candidatura. Esse termo inicial somente não será observado se for 
determinada a intimação pessoal do parquet. 
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Súmula TSE nº 50 
O pagamento da multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento regular 
de seu parcelamento após o pedido de registro, mas antes do julgamento respectivo, afasta 
a ausência de quitação eleitoral. 
O pagamento de multa eleitoral pelo candidato ou a comprovação do cumprimento do parcelamento, ainda 
que após o prazo para o registro de candidatura, mas antes do julgamento da ação afasta a ausência da 
condição de elegibilidade. O que não é admissível, é o pagamento da multa ou parcelamento após a decisão 
transitada de indeferimento. 
Súmula TSE nº 51 
O processo de registro de candidatura não é o meio adequado para se afastarem os 
eventuais vícios apurados no processo de prestação de contas de campanha ou partidárias. 
O procedimento de registro de candidatura tem por finalidade precípua aferir se o pré-candidato preenche 
todas as condições de elegibilidade e não incorre em nenhuma das hipóteses de inelegibilidades. 
Assim, de acordo com o entendimento do TSE não será o momento adequado para o candidato registrando 
discutir eventuais vícios na prestação de contas de campanha ou partidárias. Lembre-se de que a certidão 
de quitação eleitoral é documento obrigatório para o registro de candidatura. Essas matérias devem ser 
analisadas em procedimentos próprios, cabendo, em sede de registro da candidatura, apenas a averiguação 
quanto ao preenchimento das normas eleitorais para fins do exercício regular da capacidade eleitoral 
passiva. 
Súmula TSE nº 52 
Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que 
examinou, em processo específico, a filiação partidária do eleitor. 
Em sentido semelhante à Súmula TSE 39, esse verbete retrata o respeito à esfera e competência de cada 
órgão. Como sabemos, cada órgão eleitoral possui competência específica para tratar da filiação partidária 
dos seus domiciliados. Desse modo, o que prevê a Súmula que é que deve ser espeitada a coisa julgada e por 
isso essas decisões não podem ser reanalisadas, quanto ao acerto ou desacerto, pelo TSE. 
Súmula TSE nº 53 
O filiado a partido político, ainda que não seja candidato, possui legitimidade e interesse 
para impugnar pedido de registro de coligação partidária da qual é integrante, em razão de 
eventuais irregularidades havidas em convenção. 
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De acordo com o art. 3º da Lei de Inelegibilidade a legitimidade para a impugnar o registro de candidatura é 
do partido político, da coligação e do Ministério Público. 
O TSE, em interpretação extensiva, cria mais uma hipótese extraordinária de legitimidade, prevê que o filiado 
a partido político, ainda que não seja candidato também poderá apresentar a AIRC. Porém essa legitimidade 
não é ampla, limita-se as irregularidades havidas na convenção partidária. 
Veja que a legitimidade é específica e está relacionada ao partido do qual é integrante que escolheu 
determinado filiado. Em face dessa escolha, havendo irregularidade, poderá ajuizar a AIRC para que a 
matéria seja analisada judicialmente. 
Súmula TSE nº 54 
A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses 
antes do pleito e pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu 
afastamento de fato. 
Essa Súmula é muito relevante e fixa o prazo de desincompatibilização para servidor público ocupante de 
cargo em comissão. Para esses servidores o prazo de desincompatibilização é sempre de 3 meses conforme 
estabelece o verbete. 
Mais importante do que isso é a previsão de que o servidor deve se exonerar definitivamente do cargo para 
que possa concorrer ao cargo político-eletivo. 
Súmula TSE nº 55 
A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao 
deferimento do registro de candidatura. 
O verbete acima estabelece uma regra de presunção relativa, segundo a qual a CNH gera presunção e que 
pessoa é alfabetizada, condição de elegibilidade. 
Súmula TSE nº 56 
A multa eleitoral constitui dívida ativa de natureza não tributária, submetendo-se ao prazo 
prescricional de 10 (dez) anos, nos moldes do art. 205 do Código Civil. 
A Súmula TSE 56, por sua vez, acaba com discussão acerca da natureza jurídica da penalidade decorrente de 
aplicação de multa. De acordo com o entendimento do TSE essa multa tem natureza não tributária e o prazo 
prescricional de 10 anos. 
Em face disso, após a aplicação da multa, a Fazenda Pública tem 10 anos para promover a execução sob pena 
de prescrição da exigibilidade do crédito devido. 
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Súmula TSE nº 57 
A apresentação das contas de campanha é suficiente para a obtenção da quitação eleitoral, 
nos termos da nova redação conferida ao art. 11, § 7º, da Lei nº 9.504/97, pela Lei nº 
12.034/2009. 
Entre as condições para obtenção da certidão de quitação eleitoral está a prestação de contas de campanha, 
como já vimos, este documento é obrigatório para aqueles que desejam concorrer a cargos político-eletivos. 
Apenas a não prestação das contas implica a ausência de quitação eleitoral. 
O que nos diz o verbete é que essa prestação de contas não precisa, necessariamente, está julgada, mas deve 
ser apresentada. O julgamento não é condição para aferição da regularidade que ficará sob efeito resolutivo, 
em caso de desaprovação. 
Súmula TSE nº 58 
Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a 
prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena 
imposta pela Justiça Comum. 
Entre as regras de competência, devemos inserir o entendimento exarado na Súmula TSE 58. De acordo com 
esse verbete não é da competência da Justiça Eleitoral avaliar a prescrição da pretensão punitiva ou 
executória de candidato em face do registro de candidatura. 
 Cabe à Justiça Eleitoral, à luz do que foi decidido na Justiça Comum, aplicar a restrição à candidatura no 
processo eleitoral. 
Súmula TSE nº 59 
O reconhecimento da prescrição da pretensão executória pela Justiça Comum não afasta a 
inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90, porquanto não extingue os efeitos 
secundários da condenação. 
Primeiro devemos entender que a prescrição da pretensão executória alcança apenas o cumprimento das 
penas principais não comprometendo as penas secundárias. A Súmula TSE 58 deixa claro que os efeitos 
secundários da condenação na área eleitoral devem ser cumpridos ainda que o condenado não cumpra sua 
pena principal tendo em vista o reconhecimento da prescrição executória pela justiça comum. Assim, a 
extinção da pena pela Justiça Comum não extingue eventuais restrições eleitorais à pena aplicada. 
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Súmula TSE nº 60 
O prazo da causa de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e,da LC nº 64/90 deve ser contado 
a partir da data em que ocorrida a prescrição da pretensão executória e não do momento 
da sua declaração judicial. 
A Súmula TSE 60 trata dos casos em que a pena não foi cumprida, já que o texto legal prevê que o prazo da 
inelegibilidade deve começar a ser contado após o cumprimento da pena. No caso da prescrição executória 
não haverá cumprimento de pena então devemos determinar um novo marco inicial para contar o tempo 
de inelegibilidade. 
Segundo se pode depreender da súmula em estudo, o entendimento do TSE é que a contagem do prazo de 
inelegibilidade pela prática dos crimes previstos nos itens do art. 1, I, “e”, da Lei de Inelegibilidade, nestes 
casos, se inicia na data em que ocorrer a prescrição da pretensão executória e não da declaração judicial, vez 
que esta é meramente declaratória. 
Súmula TSE nº 61 
O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 
projeta-se por oito anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, 
restritiva de direito ou multa. 
A Súmula TSE 61 prevê como se dá o cálculo da inelegibilidade por 8 anos pela prática dos crimes previstos 
nos itens do art. 1, I, “e”, a Lei de Inelegibilidade. 
O início do prazo leva em consideração o término do cumprimento da pena, independentemente de essa 
pena ser privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 
Súmula TSE nº 62 
Os limites do pedido são demarcados pelos fatos imputados na inicial, dos quais a parte se 
defende, e não pela capitulação legal atribuída pelo autor. 
A Súmula TSE 62 prevê que eventual pedido formulado perante o Poder Judiciário eleitoral levará em 
consideração os fatos que foram imputados e não a capitulação legal atribuída pelo autor. 
Súmula TSE nº 63 
A execução fiscal de multa eleitoral só pode atingir os sócios se preenchidos os requisitos 
para a desconsideração da personalidade jurídica previstos no art. 50 do Código Civil, tendo 
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em vista a natureza não tributária da dívida, observados, ainda, o contraditório e a ampla 
defesa. 
O presente enunciado trata da desconsideração da personalidade jurídica em caso de multa imposta à 
pessoa jurídica. A desconsideração é admissível, contudo, deve observar a caracterização necessária do art. 
50 do CC. 
Portanto, para que seja possível a desconsideração da personalidade jurídica é necessária demonstração do 
abuso da personalidade, com caracterização do desvio de finalidade ou confusão patrimonial. 
Se isso for identificado na ação de cobrança da multa eleitoral é possível depois de instaurado o incidente 
de desconsideração de personalidade jurídica (arts. 133 a 137) a fim que haja ampliação do polo executado 
da demanda para cobrar os valores dos sócios. 
Súmula TSE nº 64 
Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de 
inelegibilidade, é cabível o recurso ordinário. 
Sem maiores dificuldades, você deve memorizar a literalidade desse verbete que prevê que o recurso cabível 
contra ação que discute condições de elegibilidade e inelegibilidade no mesmo acórdão será o recurso 
ordinário para o TSE. 
Súmula TSE nº 65 
Considera-se tempestivo o recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida. 
Trata-se de uma evolução jurisprudência, o recurso apresentado antes da decisão, denominado de 
extemporâneo ou prepóstero será considerado tempestivo, em face do princípio da celeridade eleitoral, se 
já prolatada a decisão mas ainda não publicada é perfeitamente cabível o recurso por força do entendimento 
do TSE. 
Súmula TSE nº 66 
A incidência do § 2º do art. 26-C da LC nº 64/90 não acarreta o imediato indeferimento do 
registro ou o cancelamento do diploma, sendo necessário o exame da presença de todos 
os requisitos essenciais à configuração da inelegibilidade, observados os princípios do 
contraditório e da ampla defesa. 
O art. 26-X, §2º, prevê que se mantida a condição de que derivou a inelegibilidade ou revogada a suspensão 
liminar, no uso do poder geral de cautela, não gera, de imediato, o indeferimento do registo ou cancelamento 
do diploma, sendo necessária a presença de todos os requisitos essenciais para a configuração da 
inelegibilidade e a observância do contraditório e da ampla defesa. 
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Súmula TSE nº 67 
A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos 
pelo sistema majoritário. 
A Súmula TSE 67 esclarece celeuma em torno do art. 22-A da Lei 9.504/1997. Esse dispositivo da Lei das 
Eleições fixa as situações em que a desfiliação gera a perda do mandato, mas não distingue se essas hipóteses 
se aplicam aos cargos majoritários ou proporcionais. 
Essa discussão foi eliminada com a redação da Súmula TSE 67 que esclareceu que a perda do mandato em 
razão de desfiliação imotivada aplica-se apenas aos cargos proporcionais. 
Súmula TSE nº 68 
A União é parte legítima para requerer a execução de astreintes, fixada por 
descumprimento de ordem judicial no âmbito da Justiça Eleitoral. 
A Súmula TSE 68 prevê que as astreintes (multa para execução forçada) de decisões eleitorais são executadas 
pela União, no caso, pela Fazenda Nacional. 
Súmula TSE nº 69 
Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 
têm termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número 
no oitavo ano seguinte. 
A inelegibilidade em razão de abuso de poder econômico e por corrupção eleitoral tem, como início da 
contagem do prazo de 8 anos, o dia o primeiro turno da eleição em que houve a condenação e termina oito 
anos para frente. 
Portanto, no caso das eleições de 2016 conta-se a partir do dia 2/10/2016 e irá findar em 2/10/2024. 
Importante registrar que essa forma de contagem do prazo é muito semelhante à que vimos na Súmula TSE 
19. 
Súmula TSE nº 70 
O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato 
superveniente que afasta a inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97. 
A Súmula TSE trata do encerramento superveniente da causa de inelegibilidade, o que afasta a 
impossibilidade de concorrer ao pleito eleitoral, desde que ocorram antes da data das eleições. 
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Súmula TSE nº 71 
Na hipótese de negativa de seguimento ao recurso especial e da consequente interposição 
de agravo, a parte deverá apresentar contrarrazões tanto ao agravo quanto ao recurso 
especial, dentro do mesmo tríduo legal. 
Para finalizar, a Súmula TSE 71 prevê que do ajuizamento do recurso especial haverá juízo de admissibilidade 
pelo Presidente do TRE respectivo. Se esse juízo de admissibilidade for negativo, o recorrente poderá agravar 
da decisão com a finalidade de deslocar a admissibilidade para o âmbito do Tribunal. 
Desse modo, uma vez apresentado o agravo de instrumento, antes de o Presidente do TRE determinar a 
remessa dos Autos para o Tribunal Superior, abrirá vistas à parte contrária para ciência do agravo de 
instrumento e também das contrarrazões do Recurso Especial. Nesse caso, compete à parte recorrida o dever 
de apresentar não apenas a resposta ao agravo de instrumento, mas, também, desde já, apresentar as 
contrarrazões do Recurso Especial. 
Isso é exigido porque se a o recurso for admitido no âmbito do TSE, o órgão desde já passará para o 
julgamento do recurso especial. 
Súmula TSE nº 72 
É inadmissível o recurso especialeleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na 
decisão recorrida e não foi objeto de embargos de declaração. 
Trata-se da exigência do prequestionamento, ou seja, é necessário a discussão da matéria nas instâncias 
ordinárias, ainda que para isso a parte tenha que provocar a manifestação por embargos de declaração. Caso 
isso não ocorra o Recurso Especial será inadmissível por ausência de requisito essencial. 
Finalizamos a análise de todas as Súmulas! 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FCC/MPE-PE - 2022) De acordo com o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral, 
acerca dos meios de impugnação das decisões no âmbito da Justiça Eleitoral: 
A) É cabível recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar. 
B) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro 
de Tribunal Regional Eleitoral. 
C) É cabível a interposição de recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório. 
D) É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral. 
E) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão 
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração. 
Comentários 
A alternativa A é incorreta. A decisão liminar é interlocutória e não gera esgotamento das instâncias 
ordinárias, requisito de admissibilidade do recurso especial. 
A alternativa B é incorreta. A competência para julgar MS contra atos de membro de TRE é do próprio TRE. 
A alternativa C é incorreta. A matéria discutida no recurso especial deve ser estritamente de direito. 
A alternativa D é incorreta. É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias. 
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Exige-se o prévio debate da questão aventada no 
recurso para que o especial seja admissível. Excepcionalmente, a parte pode ter levantado a questão em 
sede de embargos de declaração pré-questionadores. 
2. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo de 
registro de candidatos para disputa de mandato eletivo, 
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da 
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional. 
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de 
impugnação de registro de candidatura. 
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e 
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum. 
d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de 
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do 
registro de candidatura. 
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Comentários 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 11 do TSE. O partido que 
não impugnou o registro não poderá interpor recurso da decisão. 
 A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 40 do TSE, não há litisconsórcio necessário neste 
caso. 
A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 58 do TSE. 
A alternativa D está incorreta. De acordo com a Súmula 45 do TSE. 
A alternativa E está incorreta. De acordo com a Súmula 55 do TSE: 
3. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada 
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível 
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia 
a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação. 
b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico. 
c) da sentença que julgou procedente a representação. 
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico. 
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade. 
Comentários 
Para responder esta questão devemos combinar o texto do art. 22, inc. XIV, da LC n.º 64/90 c/c a Súmula TSE 
n.º 19. 
 O prazo será contado do dia da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico e finda no dia de igual 
número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC nº 64/90). Logo a alternativa D é a correta. 
4. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por 
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação 
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por 
a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de 
ibual número no oitavo ano seguinte. 
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da 
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final 
no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final 
no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
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e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de 
igual número no oitavo ano seguinte. 
Comentários 
Para responder à questão, necessário conhecer o art. 1º, I, “j”, da LI e Súmula 69 do TSE. 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
5. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua 
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas 
eleições. Nessa situação, Jairo é 
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de 
seus vencimentos integrais. 
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização. 
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus 
vencimentos integrais. 
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus 
vencimentos integrais. 
e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de 
seus vencimentos integrais. 
Comentários 
O segredo para resolver essa questão é identificar que Jairo não é servidor público! Ele é celetista, ou seja, 
empregado contratado de um cartório. 
Caso Jairo fosse servidor público, deveria se desincompatibilizar pelo período de 3 meses para concorrer ao 
cargo de vereador. Contudo, como Jairo não é servidor, não há necessidade de desincompatibilização. 
Para responder essa questão você deveria conhecer a Súmula TSE nº 5. 
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90. 
Deste modo, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão. 
6. (FCC/TRE-PR - 2017) Na aula de Direito Eleitoral, Janete sustenta, com razão, que é entendimento 
sumulado do Tribunal Superior Eleitoral que, nos processos de registro de candidatura, o juiz eleitoral 
a) não pode conhecerde ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de 
elegibilidade. 
b) pode conhecer de ofício e indeferir de imediato o registro requerido apenas quando houver ausência de 
condição de elegibilidade, sem necessidade de assegurar o contraditório e a ampla defesa. 
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c) pode conhecer de ofício apenas da ausência de condição de elegibilidade, desde que resguardados o 
contraditório e a ampla defesa. 
d) pode conhecer de ofício apenas da existência de causas de inelegibilidade, desde que resguardados o 
contraditório e a ampla defesa. 
e) pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de 
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
Comentários 
A questão cobrou exatamente o entendimento exarado na Súmula TSE nº 45. Portanto, a alternativa E está 
correta e é o gabarito da questão. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FGV/TJ-MG - 2022) Analise as afirmativas a seguir. 
I. O Tribunal Superior Eleitoral vedou o exercício consecutivo de mais de dois mandatos de prefeito (“prefeito 
itinerante” ou “prefeito profissional”). Todavia, o Supremo Tribunal Federal adotou interpretação conforme 
a Constituição e, preservando o direito subjetivo público ao exercício da capacidade eleitoral passiva, limitou 
essa vedação a municípios que estejam na mesma microrregião administrativa. 
II. Já no que diz respeito à perpetuação de um mesmo clã familiar na Chefia do Poder Executivo, o Supremo 
Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral a consideram incompatível com a Constituição Federal de 
1988, por ser da essência do princípio republicano a possibilidade de alternância no exercício do poder, em 
qualquer das esferas da Federação. 
III. O enunciado da súmula vinculante nº 18 do Supremo Tribunal Federal, aplicável no campo do Direito 
Eleitoral, dispôs que a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a 
inelegibilidade prevista no Art. 14, § 7º, da Constituição Federal de 1988. 
IV. A incompatibilidade é uma inelegibilidade qualificada e insanável. 
Está correto o que se afirma em 
A) I e IV, somente. 
B) III e IV, somente. 
C) II e III, somente. 
D) I e II, somente. 
Comentários 
A assertiva I é incorreta. O Supremo Tribunal Federal foi convocado a resolver essa questão no julgamento, 
sob o regime de repercussão geral, do RE 637.485, relator ministro Gilmar Mendes, acórdão publicado em 
21/05/2013. O Tribunal firmou o entendimento de que o princípio republicano veda a perpetuação de certas 
pessoas ou grupos nos cargos políticos. Desse modo, a vedação à terceira eleição é vedação que concretiza 
esse princípio e, dessa forma, não está limitada a um único município, mas alcança qualquer outro município 
da federação. O entendimento contrário admitiria a perpetuação no poder do prefeito, mesmo que em 
município diverso. Observe a ementa: 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO. PREFEITO. 
INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM 
MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO 
DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM 
CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O instituto da 
reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas 
também no princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou 
grupo no poder. O princípio republicano condiciona a interpretação e a aplicação do 
próprio comando da norma constitucional, de modo que a reeleição é permitida por apenas 
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uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas no mesmo município, 
mas em relação a qualquer outro município da federação. Entendimento contrário tornaria 
possível a figura do denominado “prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que 
claramente é incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de 
temporariedade/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios – 
continuidade administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação 
teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos 
consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível para o cargo da 
mesma natureza em qualquer outro município da federação. 
[...] 
A assertiva II é correta. A interpretação republicana da Constituição Federal é no sentido de que deve ser 
vedada a perpetuação de famílias no poder político. Nesse sentido, veja o precedente do RE 543117 AgR: 
Agravos regimentais no recurso extraordinário. Inelegibilidade. Artigo 14, § 7º, da 
Constituição do Brasil. 1. O artigo 14, § 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado 
de maneira a dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da 
Constituição, evitando-se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder. 
Agravos regimentais a que se nega provimento. 
A assertiva III é correta. É precisamente o que diz a Súmula Vinculante 18: 
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do 
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal. 
A assertiva IV é incorreta. A incompatibilidade é uma inelegibilidade relativa e que pode ser sanada com a 
desincompatibilização. 
Como apenas as assertivas II e III estão certas, a alternativa C é correta e é o gabarito da questão. 
2. (FGV/TJ-MG - 2022) Nas eleições municipais de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral liberou 
cautelarmente, por maioria, a realização de live com artista musical, a fim de arrecadar recursos para 
campanha de candidato a prefeito, com ressalva (Ação Cautelar nº 0601600-03). 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
A) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos 
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser 
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad. 
B) É permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos 
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos; deverá ainda ser 
comprovado o pagamento antecipado de direitos autorais ao Escritório Central de Arrecadação-Ecad, 
dispensado esse pagamento prévio se o músico cantar exclusivamente músicas de sua autoria individual. 
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C) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos 
para campanha, mas nesse tipo de evento não pode haver pedido expresso de votos. 
D) é permitida a realização de show virtual com artista musical – a chamada live – a fim de arrecadar recursos 
para campanha, e também poderá o músico, nesse tipo de evento, fazer pedido expresso de votos, haja vista 
a amplitude do princípio constitucional da liberdade de expressão artística. 
Comentários 
De acordo com o voto do ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, não se admite a realização de pedido 
expresso de voto naslives, a fim de evitar a desnaturação do evento, cuja finalidade deve ser a arrecadação 
de recursos. Confira: 
Nesse sentido, enaltecimento ou exposição da candidatura, pedidos de voto, críticas ou 
louvores a candidatos a cargo político no referido evento devem ser estancados, de forma 
que a mera arrecadação de recursos não se desnature, o que deve ser averiguado a 
posteriori, sem prejulgamentos conjecturais. 
Não houve manifestação quanto ao dever de pagamento antecipado de direitos autorais. 
Assim, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (MPE-PR/MPE-PR - 2019) Tendo em conta o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) A perda do mandato em razão da desfiliação partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema 
proporcional. 
b) Contra acórdão que discute, simultaneamente, condições de elegibilidade e de inelegibilidade, é cabível 
o recurso ordinário. 
c) Não compete à Justiça Eleitoral, em processo de registro de candidatura, verificar a prescrição da 
pretensão punitiva ou executória do candidato e declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum. 
d) A Carteira Nacional de Habilitação gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do registro 
de candidatura. 
e) Em registro de candidatura, não cabe examinar o acerto ou desacerto da decisão que examinou, em 
processo específico, a filiação partidária do eleitor. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. De acordo com a Súmula 67 do TSE. Não se aplica 
aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário. Essa súmula costuma aparecer bastante nas provas. 
A alternativa B está correta. De acordo com a Súmula 64 do TSE. 
A alternativa C está correta. De acordo com a Súmula 58 do TSE. 
A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 55 do TSE. 
A alternativa E está correta. De acordo com a Súmula 52 do TSE. 
2. (FUNRIO/AL-RR - 2018) De acordo com o entendimento sumulado do TSE, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) O exercício de mandato eletivo, por si só, é circunstância capaz de comprovar a condição de alfabetizado 
do candidato. 
b) Cabe recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório. 
c) Só é admissível recurso especial eleitoral por violação à legislação municipal ou estadual, ao regimento 
interno dos tribunais eleitorais ou às normas partidárias. 
d) A suspensão de direitos políticos decorrente de condenação criminal transitada em julgado cessa com o 
cumprimento ou a extinção da pena, independendo de reabilitação ou de prova de reparação dos danos. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta. De acordo com a Súmula 15 do TSE. 
A alternativa B está incorreta. De acordo com a Súmula 24 do TSE. 
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A alternativa C está incorreta. De acordo com a Súmula 32 do TSE. 
A alternativa D está correta. De acordo com a Súmula 9 do TSE. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (FCC/MPE-PE - 2022) De acordo com o entendimento sumulado do Tribunal Superior Eleitoral, 
acerca dos meios de impugnação das decisões no âmbito da Justiça Eleitoral: 
A) É cabível recurso especial eleitoral contra acórdão que decide sobre pedido de medida liminar. 
B) Compete ao Tribunal Superior Eleitoral processar e julgar mandado de segurança contra ato de membro 
de Tribunal Regional Eleitoral. 
C) É cabível a interposição de recurso especial eleitoral para simples reexame do conjunto fático-probatório. 
D) É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso especial eleitoral. 
E) É inadmissível o recurso especial eleitoral quando a questão suscitada não foi debatida na decisão 
recorrida e não foi objeto de embargos de declaração. 
2. (FCC/TJ-MS - 2020) À luz da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito do processo de 
registro de candidatos para disputa de mandato eletivo, 
a) o partido que não impugnou o pedido de registro de candidato não tem legitimidade para recorrer da 
sentença que o deferiu, salvo se se cuidar de matéria constitucional. 
b) há formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato e seu partido ou coligação, na ação de 
impugnação de registro de candidatura. 
c) compete à Justiça Eleitoral verificar a prescrição da pretensão punitiva ou executória do candidato e 
declarar a extinção da pena imposta pela Justiça Comum. 
d) o juiz eleitoral não pode conhecer de ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de 
condição de elegibilidade, mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
e) a Carteira Nacional de Habilitação não gera a presunção da escolaridade necessária ao deferimento do 
registro de candidatura. 
3. (FCC/Câmara Legislativa do DF - 2018) A representação movida em face de Augustus foi julgada 
procedente, tendo este sido condenado por abuso de poder econômico na eleição e declarado inelegível 
pelo prazo de oito anos. Esse prazo será contado do dia 
a) do julgamento do recurso interposto da sentença que julgou procedente a representação. 
b) da instauração da representação pela prática de abuso do poder econômico. 
c) da sentença que julgou procedente a representação. 
d) da eleição em que ocorreu o abuso do poder econômico. 
e) do trânsito em julgado da decisão que declarou a inelegibilidade. 
4. (FCC/TRE-PR - 2017) Jadson, candidato ao Governo de determinado Estado, foi condenado por 
decisão proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, com a cassação 
do seu registro de candidato. Jadson ficará inelegível por 
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a) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de 
igual número no oitavo ano seguinte. 
b) 8 anos apenas após o trânsito em julgado da decisão condenatória, independentemente da data da 
eleição, e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
c) 5 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final 
no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
d) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia do primeiro turno da eleição e termo final 
no dia de igual número no oitavo ano seguinte. 
e) 8 anos a contar da eleição, tendo esse prazo termo inicial no dia da data da posse e termo final no dia de 
igual número no oitavo ano seguinte. 
5. (FCC/TRE-PR - 2017) Jairo, solteiro, serventuário de cartório, celetista, é muito conhecido em sua 
cidade e, após a insistência de seus colegas, resolveu candidatar-se ao cargo de Vereador nas próximas 
eleições. Nessa situação, Jairo é 
a) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, não fazendo jus à percepção de 
seus vencimentos integrais. 
b) elegível, não havendo necessidade de desincompatibilização. 
c) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 6 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus 
vencimentos integrais. 
d) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das eleições, fazendo jus à percepção de seus 
vencimentos integrais. 
e) inelegível, salvo se desincompatibilizar-se até 3 meses antes das