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CÁLCULO II Prof. Tiago Coelho 2023 - 2º Semestre Lista de Exercícios 11 Questão 1. Considere a função f : R2 → R dada por: f(x, y) = x2 + y2 − 3x+ 2y Encontre e classifique os pontos críticos de f e determine se eles correspondem a um máximo local, mínimo local ou um ponto de sela. Solução: Para encontrar os pontos críticos, calculamos o gradiente e igualamos a zero: ∇f(x, y) = ( ∂f ∂x , ∂f ∂y ) = (2x− 3, 2y + 2). Igualando a zero: 2x− 3 = 0, 2y + 2 = 0. Desse modo, temos que: x = 3 2 e y = −1 Agora calculemos as segundas derivadas aplicadas no ponto crítico e vamos criar a matriz hessiana para classificar o ponto, assim: fxx = 2 fyy = 2 fxy = fyx = 0 Hf (x, y) = ∂2f ∂x2 ∂2f ∂x∂y ∂2f ∂y∂x ∂2f ∂y2 = ( 2 0 0 2 ) . Temos que o determinante da Matriz hessiana é igual a 4, ou seja, positivo, então pelo teste da segunda derivada vemos que fxx(3/2,−1) = 2 é um mínimo local. Portanto, f(3/2,−1) = −11 2 é um mínimo local. 1 Cálculo II Lista de Exercícios 14 Questão 2. Considere o conjunto de pontos do plano K definido por: K = {(x, y) ∈ R2 : x2 + y2 ≥ 8} Encontre os pontos de máximo e mínimo da função f(x, y) = 5x2 + 5y2 + 8x − 8y restrita ao conjunto K. Determine se esses pontos ocorrem nos pontos de fronteira de K ou em seu interior. Solução: Primeiro vamos verificar os pontos críticos da f(x, y). ∂f ∂x = 10x+ 8 = 0 ⇒ x = −4 5 ∂f ∂y = 10y − 8 = 0 ⇒ y = 4 5 O ponto encontrado não está detro da região de restrição. Agora vamos encontrar os pontos críticos restritos pela região K. Vamos substituir x2 + y2 = 8 na função e verificar seus pontos críticos. É importante analisar que para x2 + y2 > 8 não há a possibilidade de encontrarmos um ponto de máximo, já que os limites da função f e da restrição, quando x e y tendem a ±∞, também tenderá para ∞. Assim, teremos f(x, y) = 5x2 + 5y2 + 8x− 8y f(x, y) = 5(x2 + y2) + 8x− 8y f(x, y) = 5 · 8 + 8x− 8y f(x, y) = 8x− 8y + 40 Assim, fazendo x = √ 8− y2 e y = √ 8− x2, teremos{ f(y) = 40 + 8 √ 8− y2 − 8y f(x) = 40 + √ 8− x2 + 8y Derivando, temos f ′(y) = −16y − 16 √ 8− y2 2 √ 8− y2 = 0 f ′(x) = 16y + 16 √ 8− y2 2 √ 8− y2 = 0 Resolvendo o sistema, enconrtramos os seguintes pontos (2, 2), (−2, 2), (2,−2) e (−2,−2). Calculando as imagens, temos f(2, 2) = 40, f(2,−2) = 72, f(−2, 2) = 8 e f(−2,−2) = 40. Portanto, o mínimo é o ponto (−2, 2, 8). Curiosidade: Caso a região de restrição da questão fosse dada por x2 + y2 ≤ 8, teríamos a solução a seguir. Para encontrar os valores extremos de f restrita ‘K comparamos os valores de f nos pontos críticos com os pontos de fronteira. Como fx = 10x+8 e fy = 10x−8 temos que o único ponto crítico é ( − 8 10 , 8 10 ) , portanto, temos que o valor de f no ponto crítico é f ( − 8 10 , 8 10 ) = −32 5 Agora utilizando multiplicadores de Lagrange encontramos os pontos na fronteira, para isso resolvemos as equações ∇f = λ∇g e g(x, y) = x2 + y2 = 8, que podemos escrever como: fx = λgx −→ 10x+ 8 = 2λx −→ x = − 4 5− λ Prof. Tiago Coelho 2 Cálculo II Lista de Exercícios 14 fy = λgy −→ 10y − 8 = 2λy −→ y = 4 5− λ x2 + y2 = 8 Notemos de x = − 4 5− λ e y = 4 5− λ que x = −y, que substituindo em 4 x2 + y2 = 8 temos que x = ±2 e y = ±2, desse modo, temos os pontos (2,−2) e (−2, 2) que quando aplicados em f encontramos f(−2, 2) = 8 e f(2,−2) = 72. Assim temos como ponto de máximo o ponto fronteiriço f(2,−2) = 72 e de mínimo o ponto interior f ( − 8 10 , 8 10 ) = −32 5 quando f é restrita a K. Questão 3. Encontre os pontos de máximo e mínimo da função f(x, y) = x2 + 4y2 sujeita à restrição g(x, y) = x+ 2y − 10 = 0. Solução: Usando os multiplicadores de Lagrange resolvemos as equações ∇f = λ∇g e g(x, y) = 0, que podem ser escritas como: fx = λgx −→ 2x = λ fy = λgy −→ 8y = 2λ −→ 4y = λ x+ 2y − 10 = 0 −→ λ 2 + λ 2 − 10 = 0 −→ λ = 10 Assim, temos que: x = 5 e y = 5 2 Calculando f nesse ponto temos f(5, 5/2) = 50, agora para verificar se é um ponto de máximo ou mínimo tomemos o ponto (5, 01, 4, 99/2) que continua pertencente à restrição g(x, y) e vemos que seu valor em f(x, y) = 50, 0002 que é maior que 50, portanto temos que f(5, 5/2) é um ponto de mínimo restrita à g(x, y) e quando sujeita a essa restrição não possui ponto de máximo. Questão 4. Considere a função f(x, y) = 3x2 − 2y2. Encontre os pontos de máximo e mínimo dessa função restrita à circunferência x2 + y2 = 4. Solução: Usando os multiplicadores de Lagrange resolvemos as equações ∇f = λ∇g e g(x, y) = 4, que podem ser escritas como: fx = λgx −→ 6x = 2xλ fy = λgy −→ −4y = 2λy x2 + y2 = 4 De 6x = 2xλ temos que x = 0 ou λ = 3. Se x = 0 temos que de x2 + y2 = 4 leva a y = ±2. Se λ = 3 de −4y = 2λy temos que y = 0, e assim por x2 + y2 = 4 temos que x = ±2. Dessa forma, os valores extremos possíveis de f são os pontos (−2, 0)(2, 0)(0,−2) e (0, 2). Calculando f nesses quatro pontos, temos: f(−2, 0) = f(2, 0) = 12 f(0,−2) = f(0, 2) = −8 Portanto, o valor máximo de f no círculo x2 + y2 = 4 é f(±2, 0) = 12 e o valor mínimo é f(0,±2) = −8. Questão 5. Um engenheiro de estruturas está projetando uma viga retangular para suportar uma determinada carga. A viga deve ter uma área transversal de A = xy e uma inércia rotacional de I = x+ y xy , onde x representa a largura da viga e y representa a altura da viga. No entanto, o custo dos materiais é proporcional à oito vezes a soma da área A da viga com a inércia rotacional I. Prof. Tiago Coelho 3 Cálculo II Lista de Exercícios 14 Encontre as dimensões x e y que minimizam o custo da viga, considerando a restrição de que a área transversal e a inércia rotacional devem atender às especificações requeridas. Solução: Temos que a função custo pode ser escrita como: C(x, y) = 8xy + 8(x+ y) xy Para encontrar os pontos críticos, calculamos o gradiente e igualamos a zero: ∇C(x, y) = ( ∂C ∂x , ∂C ∂y ) = (8y − 8 x2 , 8x− 8 y2 ). Igualando a zero: 8y − 8 x2 = 0, 8x− 8 y2 = 0. Desse modo, temos que: x = 1 e y = −1 Agora calculemos as segundas derivadas aplicadas no ponto crítico e vamos criar a matriz hessiana para classificar o ponto, assim: Cxx = 16 x3 −→ Cxx(1, 1) = 16 Cyy = 16 y3 −→ Cyy(1, 1) = 16 Cxy = Cyx = 8 HC(x, y) = ∂2C ∂x2 ∂2C ∂x∂y ∂2C ∂y∂x ∂2C ∂y2 = ( 16 8 8 16 ) . Temos que o determinante da Matriz hessiana é igual a 192, ou seja, positivo, então pelo teste da segunda derivada vemos que Cxx(1, 1) = 16 é um mínimo local. Portanto, C(1, 1) = 24 é um mínimo local. Assim, as dimensões x e y que minimizam o custo da viga são x = 1 unidade de comprimento e y = 1 unidade de comprimento. Prof. Tiago Coelho 4
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