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POP GERENCIAMENTO FONOAUDIOLÓGICO DE AVALIACÃO E REABILITACÃO DA DEGLUTICÃO

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Procedimento 
Operacional Padrão 
POP/UNIDADE DE 
REABILITAÇÃO/015/2017 
Gerenciamento Fonoaudiológico de 
Avaliação e Reabilitação da Deglutição 
em âmbito Hospitalar 
 
Versão 1.0 
UNIDADE DE REABILITAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Procedimento Operacional 
Padrão 
 
POP/UNIDADE DE REABILITAÇÃO/015/2017 
Gerenciamento Fonoaudiológico de Avaliação e 
Reabilitação da Deglutição em âmbito Hospitalar 
 
 
 
 
 
Versão 1.0 
 
 
 
 
 
® 2017, Ebserh. Todos os direitos reservados 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh 
www.Ebserh.gov.br 
 
 
 
Material produzido pela Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida 
Pedrossian -UFMS / Ebserh 
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada à fonte e sem fins comerciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ministério da Educação 
 
POP: Gerenciamento Fonoaudiológico de Reabilitação da Deglutição em 
âmbito Hospitalar 
 Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida 
Pedrossian/UFMS – Campo Grande/MS: EBSERH – Empresa Brasileira de 
Serviços Hospitalares, 2017. 51p. 
 
Palavras-chaves: 1 – POP; 2 – Fonoaudiologia; 3 – Deglutição. 
 
 
 
EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH 
HOSPITAL UNIVERITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN 
Avenida Senador Filinto Muller, 355 
Cidade Universitária, Vila Ipiranga | CEP: 79080-190 | Campo Grande-MS | 
Telefone: (67) 3345-3000 | Site: www. ebserh.gov.br 
 
JOSÉ MENDONÇA BEZERRA FILHO 
Ministro de Estado da Educação 
 
KLEBER DE MELO MORAIS 
Presidente da Ebserh 
 
ANDRÉIA CONCEIÇÃO MILAN BROCHADO ANTONIOLLI SILVA 
Superintendente do HUMAP/Filial Ebserh 
 
LUIS HENRIQUE SANTOS COELHO 
Gerente Administrativo do HUMAP /Filial Ebserh 
 
ANA LÚCIA LYRIO DE OLIVEIRA 
Gerente de Atenção à Saúde do HUMAP /Filial Ebserh 
 
DÉBORA MARCHETTI CHAVES THOMAZ 
Gerente de Ensino e Pesquisa do HUMAP /Filial Ebserh 
 
 
RONALDO PERCHES QUEIROZ 
Chefe da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do HUMAP/Filial Ebserh 
 
VANESSA PONSANO GIGLIO 
Chefe do Setor de Apoio Terapêutico do HUMAP/Filial Ebserh 
 
IGOR KAORU NAKI 
Chefe da Unidade de Reabilitação do HUMAP /Filial Ebserh 
 
EXPEDIENTE 
 
Unidade de Reabilitação do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian 
Produção 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO DE REVISÕES 
 
Data Versão Descrição Gestor do POP 
Autor/responsável por 
alterações 
20/01/2017 1.0 
Trata da padronização das 
condutas da Fonoaudiologia 
Hospitalar relacionadas à 
reabilitação da deglutição. 
 
Igor Kaoru Naki 
Adriana Cristini 
Lucchesi/ 
 Thays M. de Ávila 
Vieira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
Versão 1.0 Página 6 de 51 
 
SUMÁRIO 
OBJETIVO ...................................................................................................................................... 7 
CAMPO DE APLICAÇÃO ............................................................................................................. 7 
GLOSSÁRIO ................................................................................................................................... 7 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 9 
POP 015-01 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PRELIMINAR 
PAP...............................................................................................................................................13 
POP 015-02 PLANO TERAPÊUTICO FONOAUDIOLÓGICO INDIRETO PARA DISFAGIA 
...............................................................................................................................................27 
POP 015-03 PLANO TERAPÊUTICO FONOAUDIOLÓGICO DIRETO PARA 
DISFAGIA.............................................................................................................................34 
POP 015-04 TESTE DE DEGLUTIÇÃO DO CORANTE AZUL ( BDT) EM PACIENTES 
TRAQUEOSTOMIZADOS...................................................................................................40 
POP 015-05 TESTE DE DEGLUTIÇÃO DO CORANTE AZUL MODIFICADO (BDTM) EM 
PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS............................................................................45 
REFERENCIAIS TEÓRICOS.............................................................................................50 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
Versão 1.0 Página 7 de 51 
 
OBJETIVO 
Padronizar as condutas de avaliação clínica preliminar e reabilitação da deglutição 
realizadas por fonoaudiólogos em pacientes adultos traqueostomizados internados no âmbito 
hospitalar do HUMAP-UFMS. 
CAMPO DE APLICAÇÃO 
 Enfermaria de Clínica Médica, Enfermaria de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP), 
Cirúrgica I e II, Unidade Coronariana (UCO), Pronto Socorro Adulto (PAM) e Unidade de 
Terapia Intensiva – Adulta (UTI), tendo como responsável pela execução deste POP o 
fonoaudiólogo. 
GLOSSÁRIO 
Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares 
HUMAP – Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian 
UFMS – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul 
POP – Procedimento Operacional Padrão 
AVE – Acidente Vascular Encefálico 
TCE – Traumatismo Craniano Encefálico 
ELA- Esclerose Lateral Amiotrófica 
EM - Esclerose Múltipla 
IOT – Intubação Oro traqueal 
TQT – Traqueostomia 
SNC – Sistema Nervoso Central 
VAS – Via aérea superior 
VAI – Via aérea inferior 
MO – Motricidade Oral 
TCA-TestedoCoranteAzul
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
Versão 1.0 Página 8 de 51 
 
TCAM - Teste do Corante Azul Modificado 
VO - Via oral 
VDF - Viodeofluroscopia 
PFRD- Programas Fonoaudiológicos de Reabilitação da Deglutição 
SNE – Sonda nasoenteral 
SOE Sonda oroenteral 
SNG - Sonda nasogástrica 
SOG – Sonda orogástrica 
FIGURAS 
Figura 2 – Protocolo de Avaliação Preliminar PAP 
QUADROS 
Quadro 2 – Principais Achados na Avaliação da Deglutição 
Quadro 3 - Objetivo Específico 1 – Esclarecer a Paciente e Cuidador sobre as Alterações e 
Riscos da Deglutição 
Quadro 4 - Objetivo Específico 2 - Reorganização Motora Oral 
Quadro 5 - Objetivo Específico 3 - Aumento da Movimentação e Elevação Hiolaríngea 
Quadro 6 - Objetivo Específico 4 - Redução da Estase em Recessos Piriformes 
Quadro 7 - Objetivo Específico 5 – Estimulação Sensorial Térmico e/ou Gustativa 
Quadro 8 - Principais Achados na Avaliação da Deglutição 
Quadro 9 - Objetivo Específico 6 - Esclarecer a Paciente e Cuidador sobre as Alterações e 
Riscos da Deglutição 
Quadro 10 - Objetivo Específico 7 - Redução da Estaseem Valécula 
Quadro 11 – Objetivo Específico 8 - Aumento da Movimentação e Elevação Hiolaríngea 
Quadro 12 – Objetivo Específico 9 – Redução em Estase Faríngea 
Quadro 13 – Objetivo Específico 10 - Manobras Posturais 
Quadro 14 – Objetivo Específico 11 – Treino da Deglutição 
Quadro 15 – Objetivo Específico 12 – Adaptação da Dieta
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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INTRODUÇÃO 
 
O Procedimento Operacional Padrão é um recurso essencial nos trabalhos executados 
pelos profissionais de saúde da área hospitalar, uma vez que auxilia a realização de condutas 
padronizadas gerando mais segurança ao paciente, melhores resultados e qualidade do serviço 
oferecido. 
Neste aspecto, a Unidade de Reabilitação do HUMAP-UFMS elaborou os POP’s de 
acordo com os vários temas específicos da prática clínica das profissões que compões a Unidade 
(Educação Física/Fisioterapia/Fonoaudiologia/Terapia Ocupacional). 
 Neste trabalho serão descritos os programas fonoaudiológicos de reabilitação da 
deglutição executadas pela equipe de fonoaudiologia do HUMAP-EBSERH. 
Este POP de Fonoaudiologia faz parte da Unidade de Reabilitação e tem duração de dois 
anos, necessitando de revisão bianual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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CONTEÚDO GERAL 
A atuação fonoaudiológica em hospitais é relativamente recente, principalmente nos 
atendimentos a beira leito. No entanto, cada vez mais essencial para o processo de avaliação e 
gerenciamento da disfagia durante o período em que o paciente permanece internado. 
 Tendo como objetivo principal a reintrodução da alimentação e hidratação por via oral 
de forma segura, visando à manutenção do suporte nutricional adequado, diminuir os riscos de 
penetração e /ou aspiração laringotraqueal, reduzindo a morbidade e mortalidade a ela associada. 
Reduzir custos hospitalares com alta precoce e principalmente propiciar uma melhora na 
qualidade de vida dos pacientes. 
A deglutição depende de um sistema neuromuscular que tem por objetivo transportar o 
bolo alimentar da boca até o estômago de forma segura e efetiva, sendo fundamental para 
nutrição e hidratação do organismo. 
 A deglutição envolve duas fases distintas, uma voluntária que envolve a região 
cortical e a outra reflexa (involuntária) que envolve o tronco cerebral e pares cranianos (V) 
trigêmio, (VII) facial, (IX) glossofaríngeo, (X) vago, (XI) acessório e (XII) hipoglosso 
Teoricamente a deglutição é dividida em três fases (oral, faríngea e esofágica) nas quais 
durante a deglutição são integradas e coordenadas entre si. A fase oral/preparatória (voluntária) 
constitui quando o alimento é manipulado na cavidade oral, mastigado quando necessário até o 
momento quando a língua impulsiona o alimento para trás até que o reflexo da deglutição seja 
disparado. 
Já a fase faríngea (involuntária) se dá quando a deglutição reflexa carrega o bolo através 
da faringe. E finalmente a fase esofágica (involuntária) quando a peristalse esofágica carrega o 
bolo através do esôfago cervical e torácico até o estômago. 
 Qualquer alteração que acomete desde a fase oral até a fase esofágica é denominada 
disfagia, ou seja, distúrbio da deglutição e será classificada como disfagia orofaríngea 
neurogênica, disfagia orofaríngea mecânica e quando temos componentes neurológicos e 
mecânicos associados podemos considerar na prática casos de disfagia mista. 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Disfagia é a dificuldade de deglutição relacionada ao funcionamento das estruturas 
orofaringolaríngeas e esofágicas, dificultando ou impossibilitando a ingesta segura, eficaz e 
confortável de saliva, líquidos e/ou alimentos de qualquer consistência, podendo ocasionar 
desnutrição, desidratação, aspiração, desprazer e isolamento social, além de complicações mais 
graves como pneumonia aspirativa e o óbito (Marques, 2000). 
Quando ocorre na fase oral e/ou faríngea é denominada de disfagia orofaríngea de origem 
neurogênica, mecânica ou mista sendo passível de tratamento pela fonoaudiologia. Já as 
encontradas na fase esofágica são denominadas disfagias esofagianas e são tratadas pelo médico 
mais especificamente o gastroenterologista. 
As disfagias orofaríngeas podem ser classificadas, de acordo com a etiologia e 
apresentam diversos graus do leve a severo. 
Disfagia Neurogênica - Causada por doenças neurológicas ou traumas, as principais são: 
AVE, TCE, doença de Parkinson, demências, ELA, EM, tumores do SNC, distrofias musculares, 
Miastenia grave, polineuropatia do doente critico. 
 Disfagia Mecânica - Acometem devido às lesões estruturais, tais como: trauma, 
macroglossia, divertículo de Zencker, câncer de cabeça e pescoço, osteófito vertebral cirurgias, 
câncer, IOT, TQT. 
Disfagia do Idoso (Presbifagia) - São as alterações que ocorrem pela degeneração 
fisiológica do mecanismo da deglutição, devido ao envelhecimento sadio das fibras nervosas e 
musculares. 
Disfagia Psicogênica - decorrente de quadros ansiosos, depressivos ou 
mesmo conversivos (Filho et al.; 2000). 
Disfagia Induzida por drogas - é desencadeada ou agravada pelo efeito colateral de 
alguns medicamentos. O efeito das drogas pode afetar o sistema nervoso central, sistema nervoso 
periférico, sistema muscular ou a produção de saliva (Filho et al.;2000). 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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É comum encontrar pacientes internados de curta ou longa permanência ou em condições 
mais críticas com dificuldades de deglutição e comunicação, requerendo tempo e intervenção 
adequada para reabilitação e melhora das funções. 
 A importância do fonoaudiólogo dentro da equipe multiprofissional está focada 
principalmente no gerenciamento da deglutição, prevenindo pneumonia aspirativa, indicação 
segura de alimentação por VO, no processo de desmame da traqueostomia e indicações de 
válvula de fala. 
 A interdisciplinaridade adequada de várias áreas diminui consideravelmente a 
permanência dos pacientes nas unidades, favorecendo a redução das taxas de reinternações. 
 O programa Fonoaudiológico de reabilitação da deglutição adequada no HUMAP foi 
baseado em evidências favorecendo a organização e controle de resultados. Visando a 
padronização das ações, promovendo melhora dos serviços oferecidos aos pacientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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POP 015- 01 PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA PRELIMINAR 
(PAP) 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
II. OBJETIVOS 
Visa descrever e avaliar os aspectos gerais, de respiração, de fala, de voz e das 
estruturas/órgãos orofaciais e cervicais em indivíduos encaminhados para a avaliação da 
deglutição. 
DEFINIÇÕES 
 A etapa da avaliação miofuncional orofacial irá verificar mobilidade, tonicidade, 
sensibilidade e coordenação dos órgãos do sistema estomatognático, favorecendo o entendimento 
/inferência do quanto a inadequação dessa musculatura poderá impactar negativamente nas 
funções de mastigação e deglutição. 
O PAP foi elaborado com base na literatura especifica da área em protocolos já 
existentes, os pontos comuns à maioria dos protocolos publicados foram selecionadose os 
pontos específicos foram julgados pelas autoras e selecionados conforme sua concordância. 
Consiste em cinco partes: exame geral, respiração, fala voz e avaliação orofacial e 
cervical, sendo submetido à avaliação de juízes (três fonoaudiólogas com experiência na área) e 
obteve um grau de concordância acima de 75%. 
Nota: Os protocolos não foram aplicados em sua totalidade, pois alguns procedimentos 
(*) não fazem parte da rotina do HUMAP e outros não são disponíveis (**). 
 Alguns procedimentos foram inseridos devidos relevância quanto à deglutição (***) 
 
 
III. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
• Higienizar as mãos segundo normas da CCIH 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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• Reunir o material e levar ao quarto - próximo ao paciente. 
• Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante. 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 
• Elevar à cabeceira da cama em 90º 
• Aplicar o protocolo PAP 
• Explicar ao paciente e/ou acompanhante os resultados obtidos 
• Anexar à ficha de avaliação preliminar (PAP) no prontuário 
Exame Geral 
Sinais Vitais (SV) (linha de base) 
Freqüência cardíaca (FC) – é medida da quantidade de batimentos cardíacos por minuto. 
Considera-se alterado a ocorrência de queda ou aumento excessivo, tendo como base a faixa de 
normalidade de 60 a 100 batimentos por minuto (bpm) 
Freqüência respiratória (FR) - é a medida da quantidade dos ciclos respiratórios (inspiração e 
expiração) por minuto. Considera-se alterado na ocorrência de queda ou aumento excessivo, 
tendo como base a faixa de normalidade de 12 a 20 respirações por minuto (rpm) 
Saturação de oxigênio (SpO2) – é definida como a porcentagem de oxigênio arterial na 
corrente sanguínea, por meio da medição da oximetria de pulso. 
Pressão arterial(PA) – é a pressão exercida pelo sangue contra a superfície interna das artérias. 
A força original vem do batimento cardíaco. Em termos gerais o valor de 120/80 mmHg é o 
valor considerado normal. 
Escala de Glasgow - é uma escala neurológica confiável e objetivo de registrar o nível de 
consciência de uma pessoa. 
(*) Escala Rancho los Amigos – é uma escala similar à de Glasgow, para avaliar a recuperação 
de pacientes com ferimentos encefálicos. 
Sinais de alerta/consciência – é a capacidade neurológica de captar o ambiente e de se orientar 
de forma adequada. Verificar os seguintes aspectos e responder sim ou não para cada item:
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Consciente / Orientado/ Confuso/ Atento/ Alerta / Coopera 
Iniciativa comunicativa 
Compreende ordens simples 
Comunicação: Selecionar dentre as possibilidades aqueles presentes no paciente. 
Comunicação 
Oral – presença de comunicação oral, com mais de 75% de emissões verbais 
Articulação áfona – comunicação oral que realiza a articulação dos sons, mas sem a emissão de 
voz 
Escrita- presença de comunicação escrita 
Gestos- comunicação gestual, com ausência e/ou pouco uso de verbalizações e/ou vocalizações 
Alternativa - utiliza de auxilio externo para comunicação (cartões, pranchas alfabéticas) 
Ausente – ausência de comunicação 
Desconforto físico – dados relatados no prontuário ou equipe de enfermagem 
Respiração 
Repouso – observar o numero de ciclos respiratórios que o paciente realiza por minuto 
Eupneico 12 a 20 rpm 
Bradipneico – abaixo de 12 rpm 
Taquipneico – acima de 20 rpm 
Dispneico – paciente refere sensação de falta de ar 
Modo 
Oral- respiração predominantemente pela boca 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Nasal – respiração predominantemente pelo nariz 
Oronasal (Mista) respiração simultaneamente pela boca e nariz 
Traqueal – respiração predominantemente pelo orifício traqueal 
Ventilação 
Observar a forma de ventilação do paciente e marcar 
Espontânea - anotar o período por dia - _____h/dia 
Ventilação Mecânica (VM) - anotar o período por dia - _____h/dia 
Ventilação Mecânica não Invasiva (VNI) - anotar o período por dia - _____h/dia 
Dependência de O2 – Observar se existe dependência de oxigênio e anotar a quantidade de 
litros de oxigênio por minuto 
a.a – respiração em ar ambiente 
CN – respiração com auxílio do cateter nasal 
Másc. facial (MV) – respiração com auxílio mascara facial 
Másc. traqueal – respiração com auxílio de máscara facial 
Sinais de fadiga respiratória 
Observar e anotar sim ou não 
Batimento da asa do nariz 
Uso da musculatura acessória 
Tiragem de fúrcula 
Tiragem de intercostais 
Dessaturação
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Taquipneia e/ou dispneia 
Ausculta brônquica - Realizar ausculta brônquica e anotar a presença dos sinais elencados 
abaixo ou a normalidade: 
Broncoespasmo – dificuldade respiratória causada por constrição repentina dos músculos das 
paredes brônquicas. 
Sibilo – é um ruído característico de asma brônquica, semelhante a um assobio agudo, ocorre 
devido o ar que flui por vias respiratórias estreitadas. 
Ronco – é um ruído adventício predominantemente inspiratório, audível também na expiração. 
Sua tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco durante o sono. 
Fala - Terceira parte, composta por quatro itens: Avaliar a fala espontânea do paciente e durante 
algumas tarefas especificas 
Inteligibilidade de fala – analisar a qualidade da inteligibilidade da fala do paciente e classificar 
Adequada 
Alterada 
Ausente 
Outros 
Prosódia – é definida como o estudo do ritmo, entonação e demais atributos correlatos na fala. 
Classificar em: 
Normal 
Alterado 
Outros 
Diadococinesia - é a capacidade em realizar movimentos rápidos alternadamente. 
Solicitar a repetição dos fonemas PA / TA / KA (isolado) PA / TA / KA (seqüencial) 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Normal 
Alterado 
Disfluências - verificar a presença de alteração quanto à fluência e classificar 
 Pausas maiores do que dois segundos 
 Repetições de sílabas 
Falsos inícios de fala 
Esboços Articulatórios repetitivos 
Trocas fonêmicas 
Trocas fonêmicas com distorção 
Outras distorções presentes em vogais e/ou consoantes 
Voz - A quarta parte, composta por seis itens 
Loudness – intensidade da voz. Classificar 
Adequada para o gênero e idade 
Fraca 
Forte 
Pitch – definida como freqüência da voz. Classificar em 
Adequado para gênero e idade 
Agudo 
Grave 
Escala GRBASI (0 -1-2-3) Test da Japan Society of Lopaedics and Phonoatrics 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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A voz é avaliada de forma perceptivo-auditiva durante a fala espontânea. Classificada e 
quantificada por meio da escala de GRBASI com quatro graus de quantificação utilizados: 0 – 
ausência, 1 – discreto, 2 – moderado, 3 – grave, e fator instabilidade (I), designado para avaliar 
flutuações na qualidade vocal. 
- Grau geral da alteração 
- Grau de rugosidade 
- Grau de soprosidade 
- Grau de astenia 
- Grau de tensão 
- Grau de instabilidade 
Voz molhada - é um som borbulhante produzidodurante a fonação, indicativo de estase de 
secreção, líquidos, ou alimentos no vestíbulo laríngeo. Assinalar a resposta dupla: sim ou não. 
Hipernasalidade – é o resultado do fechamento velofaríngico inadequado, que leva à 
ressonância nasal dos sons que normalmente teriam ressonância oral. Verificar a presença ou não 
de tal alteração e classificar entre a resposta dupla sim/não 
(***) Solicitar que o paciente feche os olhos, coloque o espelho milimitrado abaixo da cavidade 
nasal: 
Respire normalmente 
Sopro 
Falar /i/ /u/ /s/ /z/ 
Frases Papai faz a pipa 
 Juju saiu cedo 
 Kiki gosta de chá 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
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Coordenação pneumoarticulatória - é a coordenação entre respiração e fala. Observar durante 
a conversa espontânea e classificar como: 
Adequada 
Alterada 
Avaliação orofacial e cervical 
É a quinta parte, composta por onze itens. Devem ser anotados e/ou selecionados os dados 
referentes a cada item. 
Face – em repouso e mobilidade 
Repouso avaliar simetria entre os lados 
Mobilidade – solicitar que o paciente realize os seguintes movimentos de forma isotônica 
- Contração dos músculos frontais (cara de espanto) 
- Contração dos músculos corrugados do supercílio e próceros (cara de bravo) 
- Contração dos músculos orbiculares dos olhos leve/forte (fechar os olhos leve/forte) 
- Contração dos músculos levantadores dos lábios e asa do nariz (cara de cheiro ruim) 
- Contração dos músculos risórios (sorriso lábios fechados) 
Contração dos músculos zigomáticos maior e menor (sorriso lábios abertos) 
Contração dos músculos abaixadores do lábio inferior e do ângulo da boca (abaixar o lábio inf. e 
mostrar os dentes) 
Assinalar se existe ou não paralisia ou paresia e qual dos terços. 
Lábios – avaliação englobam uma série de verificações 
Postura – ocluídos / entreabertos 
Lesão – sim / não (local) 
 
 
 
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Funcionalidade – normal/ hiper / hipofuncionante 
Força – Adequada/ reduzida/ aumentada 
Mobilidade - fazer protrusão e retração 
Incoordenação/ tremor/ desvio/ redução da amplitude de movimento 
Sensibilidade – tocar com a espátula 
Presença /ausência (local) 
Bochechas – observar e assinalar 
Simetria / lesões 
Sensibilidade - presente /ausente 
Força – colocar uma espátula entre os dentes e a bochecha e solicitar que o paciente pressione 
enquanto o avaliador puxa. 
Fraca/forte 
Mobilidade – suflar / desinsuflar /sugar/ lateralizar o ar 
Normal/ incoordenação/tremor/ausência / desvio/ diminuição do movimento 
Língua 
Repouso 
Simetria / desvio/ lesão/fasciculação/volume/sensibilidade 
Força – empurrar a espátula com a ponta de língua 
Mobilidade – protrusão / retração elevação/abaixamento lateralização direito-esquerda 
Presente /ausente / tremor / coordenação / incoordenação / desvio e diminuição da amplitude de 
movimento
 
 
 
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Palato Mole 
Repouso – simetria / sensibilidade 
Mobilidade – Paciente deverá emitir a/ ã 
Movimento presente /ausente – elevação do véu e paredes laterais 
Mandíbula - Na abertura e no fechamento da boca observar simetria /desvio/estalos e 
crepitações 
Medir com o paquímetro a distancia interincisiva (entre os incisivos centrais superiores e 
inferiores) - normal em adultos 45 a 60 mm. 
Dentição – Observar arcada dentária superior e inferior e classificar 
- presente/ausente completa / incompleta 
- estado de conservação bom/ruim 
(***) Uso de prótese dentária - Presente /ausente Adaptada/ mal adaptada 
Higiene oral - Bom /ruim /normal 
Região Cervical - avaliação da musculatura cervical: 
Repouso – Observar simetria, presença de desvio, presença de queda para um dos lados, 
hipofuncionalidade, hiperfuncionalidade, fixação cirúrgica e/ou procedimento. 
Mobilidade – Solicitar abaixamento, elevação e lateralização de cabeça. Observar: 
Incoordenação, instabilidade/tremor, redução da amplitude do movimento ou a não realização 
desses. 
Laringe – Avaliar elevação laringe durante a deglutição de saliva 
Posicionar o dedo indicador e médio sobre o osso hiodeo e a cartilagem tireóide e solicite que o 
paciente degluta a saliva. 
Adequada: elevação laríngea atinja, em média, dois dedos de examinador 
 
 
 
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Reduzida: elevação laríngea atinja menos de dois dedos do examinador 
Obs.; Na ausência do movimento, interromper o teste 
Reflexos 
Gag – eliciado ao tocar com a espátula na região da base de língua e/ou na parede posterior da 
faringe. 
Ausente / presente / exacerbado / local 
Tosse 
Voluntária – Presente /Ausente Fraca/forte Seca/ secretiva eficaz / ineficaz 
Reflexa: Presente /Ausente Fraca/forte Seca/ secretiva eficaz / ineficaz 
Saliva – observar e classificar quanto a: 
Normal- sialorréia – xerostomia – escape oral- acúmulo cavidade oral 
RECURSOS NECESSÁRIOS 
• Humanos: Fonoaudiólogo, Equipe do setor, Paciente. 
• Materiais/Equipamentos: Luvas, Espelho milimetrado de Altman, Seringa 3 ml 
Estetoscópio, Oxímetro, Espátula /abaixador lingual, Mini – lanterna. 
• Ferramentas e Instrumentos: Prontuário físico, Ficha de Avaliação Fonoaudiológica, Ficha 
de evolução do Atendimento Fonoaudiológico. 
 
 
 
 
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CUIDADOS ESPECIAIS 
DESVIOS AÇÕES NECESSÁRIAS 
• Instabilidade clínica do paciente 
 
• Aguardar a estabilidade clínica do paciente 
• Ausência do paciente no leito 
 
• Retornar em outro período para nova 
abordagem 
 
• Nível de consciência rebaixado-Glasgow 
abaixo de 13/14 
• Aguardar que o paciente esteja alerta 
 
• Recusa do paciente 
 
• Retornar quando estiver responsivo 
• Nível baixo de alerta 
 
• Atenção mantida por pelo menos 15 min. 
• Paciente sonolento ou agitado • Aguardar que o paciente esteja alerta e 
tranquilo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 2 – Protocolo de Avaliação Preliminar PAP 
 
 
 
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POP 015 - 02 PLANO TERAPÊUTICO FONOAUDIOLÓGICO INDIRETO PARA 
DISFAGIA 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
OBJETIVO 
 
 
Abordagem indireta consiste na reorganização motora da musculatura orofacial 
(MO)envolvida na deglutição, sem o uso de alimentação. Fazem partes da abordagem indireta 
instruções e esclarecimentos quanto ás alterações de deglutição e riscos relacionados, 
estimulação sensorial, orientações da postura corporal durante alimentação, prescrições de 
utensílios adaptados, adequação de consistência e volume do alimento, o controle no ritmo da 
alimentação. 
 Para alguns pacientes neurológicos são indicadosexercícios para musculatura supra –
hióidea. Exercícios de resistência de língua, exercícios vocais e estimulação tátil – térmica 
gustativa. 
 
DEFINIÇÕES 
A intervenção fonoaudiológica na disfagia orofaríngea prevê que a seleção das técnicas a 
serem utilizadas no programa de reabilitação seja realizada mediante a interpretação da 
fisiopatologia da deglutição em cada indivíduo. Serão descritos os procedimentos disponíveis na 
literatura e mais utilizados na rotina de atendimento, seja em nível ambulatorial ou beira leito. 
Alguns procedimentos têm maior nível de evidência científica, outros ainda não foram testados 
em estudos controlados e randomizados. Alguns só foram testados em populações específicas 
não podendo generalizar seu uso para todos os pacientes com disfagia orofaríngea. Portanto cabe 
ao fonoaudiólogo elencar qual abordagem realizar ( indireta /direta) ou ambas e quais 
procedimentos de maior relevância para o paciente em questão. 
 
 
 
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Quadro 1 – Principais Achados na Avaliação da Deglutição 
-Dificuldade de manipulação, mastigação e controle do bolo alimentar em cavidade oral. 
- Acúmulo/resíduo de alimento em cavidade oral. 
- Alteração da propulsão do bolo. 
-Alteração da elevação hiolaríngea e proteção da laringe. 
-Sinais de penetração e/ou aspiração de alimento como tosse e engasgo 
- (*) Estase de alimento em valécula . 
- (*) Estase de alimento em parede faríngea. 
- (*) Estase de alimento em recesso piriforme. 
- (*) Nota : Observado somente por exame objetivo 
 
I- DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
• Higienizar as mãos segundo normas da CCIH 
• Reunir o material e levar ao quarto - próximo ao paciente. 
• Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante. 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 
• Elevar à cabeceira da cama em 90º 
• Realizar a intervenção e técnica terapêutica necessária no momento 
• Relatar na ficha de evolução diária e anexar no prontuário 
 
 
 
 
 
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Quadro 2 - Objetivo Específico 1 - Esclarecer o Paciente e Cuidador sobre as Alterações e 
Riscos da Deglutição 
Estratégia Efeito 
Uso de figuras, vídeos e programas específicos para 
visualização e entendimento da deglutição normal x 
disfagia 
Aprendizado, conhecimento da função da deglutição 
normal e dos riscos da disfagia. Aumenta a 
propriocepção do sistema biomecânico da deglutição. E 
o envolvimento no processo terapêutico 
 
 
Quadro 3 - Objetivo Específico 2 - Reorganização Motora Oral 
Estratégia Descrição Efeito da Atividade 
Exercícios motores para 
amplitude, movimento e 
fortalecimento de língua 
 
 
 
 
 
 
Realizar a série durante 
cinco minutos em uma sessão. 
Cinco vezes ao dia. 
 
 
 
1 – Elevação de língua. 
Solicitar que o paciente mantenha a 
boca aberta, protrua e eleve a língua 
ao máximo e segure por um 
segundo. Em seguida, eleve o 
dorso da língua ao máximo possível 
e segure por um segundo e solte. 
2 – Lateralização de língua. 
Solicitar que o paciente lateralize 
(alongando) a língua para cada lado 
da boca, como realizasse a limpeza 
dos sulcos laterais, e em seguida 
protrua e retraia, segurando um 
segundo em cada direção. 
3 – Solicitar a abertura de boca e 
empurrar a espátula frente à boca 
com a ponta da língua e voltar 
1 – Aumento da amplitude 
de movimento anterior de língua. 
Melhora do trânsito oral e controle 
de língua e do bolo durante a 
deglutição 
2 – Aumento da amplitude e 
força do dorso de língua. Melhora a 
propulsão do bolo alimentar. 
3 – Aumento da amplitude 
do movimento de língua. 
Exercício de base de língua Solicitar que o paciente puxe 
a língua para trás o máximo 
possível e segure por um segundo 
(simulando gargarejo) 
Aumento da amplitude do 
movimento e retração da base de 
língua 
 
 
 
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Exercício de amplitude e 
movimentos de lábios. 
 
 
 
Três blocos com dez repetições 
cada; dar intervalo de trinta 
segundos entre cada bloco. 
1 – Protrusão e retração labial – 
paciente deve realizar protrusão e 
retração labial ( bico e sorriso) 
2 – Repetir o exercício anterior e 
durante o movimento oferecer uma 
força contrária ao movimento – 
contra resistência. À medida que a 
força e amplitude aumentem, a 
força contrária e/ou o tamanho do 
objeto deve ser reduzido. 
Aumento da amplitude e força de 
orbicular dos lábios – melhor 
contenção do alimento em cavidade 
oral. 
 
Exercício de amplitude e 
tensão de bochechas (bucinadores). 
 
 
 
 
 
 
Três blocos com dez repetições 
cada; dar intervalo de trinta 
segundos entre cada bloco 
1- Contrair o músculo bucinador do 
lado mais fraco contra uma espátula 
posicionada entre a face interna das 
bochechas e a face vestibular dos 
dentes. Os dentes devem ser 
mantidos em oclusão e o objetivo é 
aproximar a espátula dos mesmos. 
2- Repetir o exercício anterior (lado 
paralisado) durante o movimento, 
oferecendo uma força contaria ao 
movimento – contra resistência 
Aumento da mobilidade e força de 
bucinadores – melhor contenção do 
alimento em cavidade oral 
Exercício de coordenação da língua 
e mastigação 
Mastigar um pedaço de garrote 
amarrado no fio dental. Realizar 
mastigação bilateral. 
Treino da mastigação com alimento 
para deglutir. Envolver um pedaço 
de pão francês, chiclete, numa gaze 
e solicitar mastigação bilateral 
alternadamente 
Aumento da mobilidade e 
propriocepção dos músculos 
orbicular dos lábios e bucinador – 
manutenção do alimento dentro da 
cavidade oral. 
 
 
 
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Quadro 4 - Objetivo Específico 3 - Aumento da Movimentação e Elevação Hiolaríngea 
Estratégia Descrição Efeito 
Protruir língua Solicitar que o paciente com a boca 
aberta protrua e retraia a língua. 
Depois mantém a língua protruida e 
conte até cinco e retraia 
Melhora a movimentação 
laríngea 
Produção de vogal /i/ prolongada Solicite prolongar a emissão da 
vogal/i/ agudo (pitch elevado) -
falsete 
Durante a produção do falsete a 
laringe eleva, no mesmo movimento 
produzido na deglutição 
Produção da sílaba /ka/ka/ka/ Solicite a emissão da sílaba /ka/ 
com a boca aberta, seqüencial de 
forma lenta. Depois mantém alguns 
segundos na posição elevada 
Melhora a movimentação laríngea. 
Realizar três séries com cinco 
repetições cada – com intervalos de 
trinta segundos cada 
 
 Respiron Usar virado de cabeça para baixo 
(invertido) e solicitar que o paciente 
assopre para elevar a esfera. Iniciar 
do mais leve e aumentar conforme 
habilidade e força expiratória do 
paciente. 
Realizar 3 séries de 5 com pausa de 
1 min. 
Numa fase posterior solicitar que o 
paciente mantenha por alguns a 
esfera elevada 
Aumento da força e movimento e 
elevação laríngea , como também a 
resistência 
 
 
 
 
POP/Unidade de Reabilitação/015/2017 
Programa Hospitalar Fonoaudiológico da 
Reabilitação da Deglutição 
Versão 1.0 Página 32 de 51Quadro 5 - Objetivo Específico 4 - Redução da Estase em Recessos Piriformes 
Estratégia Descrição Efeito 
Manobra de Shaker. Solicitar que o paciente fique 
deitado na posição supina e levantar 
a cabeça o suficiente para observar 
os pés sem tirar os ombros do chão. 
Realizar repetições consecutivas. 
Depois 
Manter a cabeça sustentada por um 
minuto, repetir três vezes, 
intercalando um minuto de 
descanso. 
Fortalece os músculos supra –
hióideos e dessa forma, maior 
abertura do Esfíncter Esofágico 
Superior(EES) 
Exercício CTAR (Chin Tuck 
Against Reistance 
Solicitar que o paciente sentado 
pressione com força máxima o 
queixo contra uma bola pequena 
posicionada acima da fúrcula 
esternal, sem elevar os ombros por 
10 segundos(isométrica). Fazer 10 
repetições seguidas (isotônicas) 
Fortalece os músculos supra –
hióideos e dessa forma, maior 
abertura do Esfíncter Esofágico 
Superior(EES) 
 
Quadro 6 - Objetivo Específico 5 - Estimulação Sensorial Térmico e/ou Gustativa 
Estratégia Descrição Efeito 
Estimulação gustativa Oferta de alimento com 
concentradas características 
sensoriais como temperaturas frias 
ou quentes, texturas diferenciadas, 
sabores fortes. Inicia-se com 
pequenos volumes e a progressão se 
dá conforme habilidade do paciente 
em manipular o estímulo na 
cavidade oral e degluti-lo 
Aprimorar a percepção do alimento 
em cavidade oral 
 
 
 
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Estimulação termo tátil - gustativa 1 – Pressionar a colher contra o 
dorso de língua quando o bolo for 
ofertado 
2- Mergulhar a colher em líquido 
cítrico frio e/ou quente. Tocar nas 
regiões intra orais, base de língua, 
parede posterior da faringe, usando 
diferentes pressões e em diferentes 
pontos 
2- Usar cotonete, espátula, gaze 
embebidas em líquidos e/ou 
líquidos espessos cítricos. Solicitar 
que o paciente sugue e degluta. 
Aumentar o input sensorial e a 
percepção de alimento em cavidade 
oral – melhora da propulsão do 
bolo. 
 
 
 
 
Estimulação termo tátil - gustativa 1 – Pressionar a colher contra o 
dorso de língua quando o bolo for 
ofertado 
2- Mergulhar a colher em líquido 
cítrico frio e/ou quente. Tocar nas 
regiões intra orais, base de língua, 
parede posterior da faringe, usando 
diferentes pressões e em diferentes 
pontos 
2- Usar cotonete, espátula, gaze 
embebidas em líquidos e/ou 
líquidos espessos cítricos. Solicitar 
que o paciente sugue e degluta. 
Aumentar o input sensorial e a 
percepção de alimento em cavidade 
oral – melhora da propulsão do 
bolo. 
 
 
 
 
 
 
 
RECURSOS NECESSÁRIOS 
• Humanos: Fonoaudiólogo, Equipe do setor, Paciente. 
• Materiais/Equipamentos: Gravuras de deglutição normal e disfagia, Luvas, Estetoscópio, 
Oxímetro, Colher de sopa de inox, Guardanapo, Líquidos Cítricos, Espátulas, Copos 
descartáveis, Gelo, Gazes, Respiron, Bola 
• Ferramentas e Instrumentos: Prontuário físico, Ficha de evolução do Atendimento 
Fonoaudiológico. 
 
 
 
 
 
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CUIDADOS ESPECIAIS 
DESVIOS AÇÕES NECESSÁRIAS 
• Instabilidade clínica do paciente 
 
• Ausência do paciente no leito 
 
• Nível de consciência rebaixado-Glasgow abaixo de 
13/14 
 
• Recusa do Paciente 
 
• Paciente sonolento ou agitado 
• Aguardar a estabilidade clínica do paciente 
 
• Retornar em outro período para nova abordagem 
 
• Aguardar que o paciente esteja alerta 
 
• Aguardar aceitação do paciente 
 
• Aguardar que o paciente esteja alerta e tranqüilo 
 
 
 
 
POP 015 – 03 PLANO TERAPÊUTICO FONOAUDIOLÓGICO DIRETO PARA 
DISFAGIA 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
OBJETIVOS 
Instrução e esclarecimento quanto ás alterações de deglutição e riscos relacionados, 
estimulação sensorial. Utilização de manobras de proteção e posturas facilitadoras para 
deglutição e modificação de dietas. 
DEFINIÇÕES
 
 
 
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Reabilitação da Deglutição 
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A intervenção fonoaudiológica na disfagia orofaríngea prevê que a seleção das técnicas a 
serem utilizadas no programa de reabilitação seja realizada mediante a interpretação da 
fisiopatologia da deglutição em cada indivíduo. Serão descritos os procedimentos disponíveis na 
literatura e mais utilizados na rotina de atendimento, seja em nível ambulatorial ou beira leito. 
Alguns procedimentos têm maior nível de evidência científica, outros ainda não foram testados 
em estudos controlados e randomizados. Alguns só foram testados em populações específicas 
não podendo generalizar seu uso para todos os pacientes com disfagia orofaríngea. Portanto cabe 
ao fonoaudiólogo elencar qual abordagem realizar ( indireta /direta) ou ambas e quais 
procedimentos de maior relevância para o paciente em questão. 
Quadro 7 – Principais Achados na Avaliação da Deglutição 
-Dificuldade de manipulação, mastigação e controle do bolo alimentar em cavidade oral. 
- Acúmulo/resíduo de alimento em cavidade oral. 
- Alteração da propulsão do bolo. 
-Alteração da elevação hiolaríngea e proteção da laringe. 
-Sinais de penetração e/ou aspiração de alimento como tosse e engasgo 
- (*) Estase de alimento em valécula . 
- (*) Estase de alimento em parede faríngea. 
- (*) Estase de alimento em recesso piriforme. 
- (*) Nota : Observado somente por exame objetivo 
 
II - DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
• Higienizar as mãos segundo normas da CCIH 
• Reunir o material e levar ao quarto - próximo ao paciente. 
• Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante. 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 
• Elevar à cabeceira da cama em 90º 
 
 
 
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• Realizar a intervenção e técnica terapêutica necessária no momento 
• Relatar na ficha de evolução diária e anexar no prontuário 
 
Quadro 8 - Objetivo Específico 6 – Esclarecer o Paciente e o Cuidador sobre as Alterações 
da Deglutição e seus Riscos 
Estratégia Efeito 
Uso de figuras, vídeos e programas específicos para 
visualização e entendimento da deglutição normal x 
disfagia 
Aprendizado, conhecimento da função da deglutição 
normal e dos riscos da disfagia. Aumenta a propriocepção 
do sistema biomecânico da deglutição. E o envolvimento 
no processo terapêutico 
 
Quadro 9 - Objetivo Específico - 7 Redução de Estase em Valécula 
Estratégia Descrição Efeito 
Deglutição com esforço Solicitar que o paciente engula com 
força (fazer força em todos os 
músculos da boca e garganta para 
engolir 
O esforço aumenta os movimentos 
posteriores de base de língua e 
assim, facilita a remoção do bolo 
alimentar da valécula 
Manobra postural de queixo no 
peito 
Solicitar que o paciente abaixe a 
cabeça encostando o queixo o mais 
próximo do peito, antes de engolir 
Evita o escape prematuro, amplia o 
espaço valecular a fim de evitar a 
entrada do bolo alimentar nas vias 
aéreas (VAs); coloca a epiglote em 
posição que favorece a aproximação 
da base da língua contra a faringe 
Deglutição múltipla Solicitar que o paciente degluta 
varias vezes consecutivas o mesmo 
bolo alimentarRemoção dos resíduos alimentares 
na cavidade oral 
 
Quadro 10 - Objetivo Específico 8 - Aumento da Movimentação e Elevação Hiolaríngea 
Estratégia Descrição Efeito 
 
 
 
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Manobra de Mendelsonhn Solicitar que o paciente eleve a 
laringe e mantenha elevada(posição 
mais alta) até o final da deglutição. 
Melhora a movimentação laríngea, a 
coordenação e os tempos dos 
eventos de deglutição; fortalece os 
músculos responsáveis pela 
elevação laríngea 
Deglutição supraglótica Solicitar que o paciente inspire e 
mantém, degluta e tosse, logo após a 
deglutição 
Maximizar o fechamento das pregas 
vocais e ariepiglóticas 
Deglutição super-supraglótica Solicitar que o paciente inspire, 
mantém, degluta com esforço e 
tosse logo após a deglutição 
Maximizar o fechamento das pregas 
vocais e ariepiglóticas 
 
 
Quadro 11 - Objetivo Específico 9 - Redução da Estase Faríngea 
Estratégia Descrição Efeito 
Manobra de Massako Solicitar que o paciente mantenha a 
língua entre os dentes durante a 
deglutição 
Aproximação da parede faríngea e 
base de língua 
 
 
 
 
Quadro 12 - Objetivo específico 10 - Manobras Posturais 
Estratégias Descrição Efeito 
Cabeça fletida para frente Solicitar que o paciente mantenha a 
cabeça fletida para baixo durante a 
deglutição 
Proteção de VAI, aumento da 
pressão na passagem do alimento, 
aumento do espaço valecular 
Cabeça inclinada para trás 
Obs. Cuidado risco de 
broncoaspiração 
Solicitar que o paciente incline a 
cabeça para trás durante a deglutição 
Auxilia a propulsão do bolo, 
melhora a velocidade do transito 
oral 
 
 
 
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Cabeça virada para o lado ruim Solicitar que o paciente incline a 
cabeça do lado comprometido 
durante a deglutição 
Isola o lado comprometido, favorece 
a descida do bolo alimentar pelo 
lado bom, que estaria compensando 
o lado ruim 
Cabeça inclinada para lado bom Solicitar que o paciente incline para 
o lado bom durante a deglutição 
Facilita a descida do bolo do lado 
preservado 
 
Quadro 13 - Objetivo Específico 11 - Treino da Deglutição 
Estratégias Descrição Efeito 
Sucção e deglutição controlada 
 
Obs. Volume e consistência devem 
estar adequada à capacidade de cada 
paciente. Evoluir gradativamente 
Envolver a gaze na espátula e 
mergulhar em consistência líquida 
ou semi líquida com volume restrito 
e solicitar que o paciente sugue e 
degluta . 
Aumentar a precisão e velocidade da 
deglutição. 
Redução do resíduo em cavidade 
oral 
Após a deglutição solicitar que o 
paciente movimente a língua pelos 
sulcos laterais e anteriores, para 
recolher o alimento que permanecer 
acumulado, e deglutir novamente. 
Remoção do resíduo alimentar em 
cavidade oral. 
 
Quadro 14 - Objetivo Específico 12 - Adaptação da Dieta 
Estratégia Descrição Efeito da Atividade 
Modificação de Consistência Modificar a consistência da dieta a 
ser ofertada , conforme a habilidade 
de deglutição segura do alimento 
Estratégias compensatórias , a fim 
de facilitar a dinâmica da deglutição 
e promover a redução das estases de 
alimento, de forma a favorecer a 
deglutição segura. 
Modificação de volume Aumentar ou reduzir o volume do 
alimento. 
 
Modificação de modo, velocidade e 
freqüência de oferta 
Determinar o modo e utensílio 
(canudo, colher etc.), velocidade de 
oferta e freqüência a ser ofertada. 
 
 
 
 
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RECURSOS NECESSÁRIOS 
• Humanos: Fonoaudiólogo, Equipe do setor, Paciente. 
• Materiais/Equipamentos:Gravuras de deglutição normal e disfagia, Luvas, Seringa 10 ml, 
Estetoscópio, Oxímetro, Colher de sopa, Guardanapo, Alimento em diversas consistências, 
Líquidos em diversas consistências, Espátulas, Copos descartáveis, Gelo, Gazes. 
• Ferramentas e Instrumentos: Prontuário físico, Ficha de evolução do Atendimento 
Fonoaudiológico. 
CUIDADOS ESPECIAIS 
DESVIOS AÇÕES NECESSÁRIAS 
• Instabilidade clínica do paciente 
 
• Jejum para realização de procedimento 
 
• Ausência do paciente no leito 
 
• Nível de consciência rebaixado-Glasgow abaixo de 
13/14 
 
• Menos de 30 minutos de colocação de SNE 
 
• Mínimo de 48 horas de pós extubação 
 
• Recusa do Paciente 
 
• Paciente sonolento ou agitado 
• Aguardar a estabilidade clínica do paciente 
 
• Retornar em outro período para nova abordagem 
 
• Retornar em outro período para nova abordagem 
 
• Aguardar que o paciente esteja alerta 
 
• Realizar após o período de 30 minutos 
 
• Realizar após o horário permitido 
 
• Aguardar aceitação do paciente 
 
• Aguardar que o paciente esteja alerta e tranqüilo 
 
 
 
 
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POP 015-04 TESTE DO CORANTE AZUL PARA DEGLUTIÇÃO (BLUE DYE TEST) 
EM PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS 
 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
OBJETIVOS 
Padronizar e avaliar a funcionalidade da deglutição de saliva em pacientes 
traqueostomizados à beira leito. Verificando possibilidade de deglutir por via oral ou a aspiração 
traqueal sugestivo de risco para bronco aspiração. 
 
DEFINIÇÕES 
A identificação e a administração corretas da disfagia no paciente traqueostomizados 
tornam-se fundamentais. A avaliação objetiva da deglutição envolve técnicas de 
videofluroscopia e nasofibroscopia. No entanto, esses métodos são caros, despendem de maior 
tempo, necessitam da locomoção do paciente e expõem os mesmos a radiação e/ou desconforto. 
A avaliação clinica da deglutição tem como proposta descrever a disfagia baseada na 
observação de sinais clínicos e sintomas do paciente, podendo ser realizada à beira leito. 
Em 1973 foi descrito um teste clínico utilizando um marcador azul na língua para a 
coloração da saliva, sendo objetivo detectar aspirações em pacientes traqueostomizados por meio 
da coloração das secreções provenientes da aspiração traqueal, ou seja, qualquer evidencia do 
azul na aspiração através da cânula de traqueostomia seriam indicativas de que o paciente estaria 
aspirando. 
 A partir da primeira descrição do teste, passou a ser utilizado amplamente passando a ser 
misturado com líquidos e alimentos. 
O Teste do Corante Azul ( Blue Dye Test), consiste em aplicar 4 gotas de corante culinário 
azul (anilina) na cavidade oral do paciente em 4/4 horas por 2 dias consecutivos para analisar a 
deglutição, verificando a presença ou não de aspiração traqueal. O paciente deverá deglutir após 
 
 
 
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aplicação do corante e realizar aspiração endotraqueal imediata e ao longo do dia pela 
equipe multiprofissional (fonoaudiologia, enfermagem, fisioterapeuta). 
 
 No entanto, sua acurácia também passou a ser discutida, em análise realizada por meio 
de pesquisa bibliográfica, constatou a inexistência de um protocolo completo para sua utilização, 
pouca variabilidade metodológica, falta de consenso sobre os aspectos considerados na avaliação 
Em 1999 Brady etal publicaram um estudo no qual comparavam a videofluroscopia 
(VDF) x blue dye test ( BDT) para diagnóstico de disfagia em 20 pacientes traqueostomizados. 
Concluíram que 8 pacientes aspiravam pela VDF, mas apenas 4 pelo BDT ( 50% de 
falso- negativo). 
Portanto o resultado do teste quando negativo , não deve ser único item avaliado outros 
sinais e comorbidades tendem ser preditivos de aspiração silente, causa neurológicas , 
demências, debilidade crônica , alteração da sensibilidade de laringe e uso de invasivos IOT, 
TQT e SNE 
 
CONTEÚDO ESPECÍFICO 
A traqueostomia é uma técnica cirúrgica muito utilizada atualmente, tem como finalidade 
promover uma via aérea artificial principalmente em pacientes críticos. Consiste em uma incisão 
entre o 2º e 3º anel traqueal podendo ser temporária durante a fase aguda da doença ou 
permanente. 
 A traqueostomia é indicada nos casos de: 
- Obstruções de vias aéreas superiores 
- Necessidade de ventilação mecânica prolongada 
- Remoções de secreções brônquicas 
- IOT >7 dias 
No entanto o uso da traqueostomia causa um impacto na fisiologia da comunicação e 
deglutição podendo ser esta mecânica ou funcional. 
 
 
 
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Os pacientes traqueostomizados em sua grande maioria estiveram anteriormente 
entubados. 
É de conhecimento geral e científico que a entubação (IOT) prolongada pode danificar a 
mucosa e a musculatura laríngea e faríngea acarretando em alterações sensoriais e motoras que 
justificam desde a perda prematura do bolo alimentar. Alterações da elevação laríngea, 
fechamento incorreto das pregas vocais e proteção da VA, podendo causar penetração e/ou 
aspiração antes, durante e/ou após deglutição e estases alimentares. 
Mas o uso de TQT pode causar algumas alterações devido à técnica cirúrgica com incisão 
horizontal pode aumentar a restrição do movimento vertical da laringe no pescoço facilitando a 
entrada do bolo alimentar antes/durante e após a deglutição na VA. 
 O cuff hiper insuflado pode comprimir a parede anterior do esôfago dificultando ou 
aumentado o tempo de transito esofágico e refluxo alimentar. 
Já as alterações funcionais podem destacar o desvio do fluxo aéreo para o estoma no 
pescoço reduzindo a pressão e quantidade do fluxo fazendo assim a diminuição da força de 
abdução das pregas vocais, ausência e diminuição da tosse protetora e a diminuição da 
sensibilidade do olfato e paladar. 
 A diferença da temperatura do fluxo aéreo nas vias aéreas inferiores proporciona a 
dessensibilização da mucosa o que pode contribuir para uma aspiração silenciosa 
Após a estabilização clinica do paciente inicia-se a programação do desmame da traqueo 
esta denominada decanulação, no entanto na literatura não a um consenso em qual momento 
deverá acontecer, mas são elencados alguns critérios pra tentar diminuir os riscos e obter uma 
decanulação satisfatória, dentre as quais: 
- estabilidade hemodinâmica 
- ausência ou diminuição da secreção pulmonar 
- melhora do quadro respiratório 
-ausência de sinais de esforços respiratórios 
-Saturação de O2 adequada 
- tosse eficaz 
- VAS desobstruída 
- Deglutição normal ou adaptada (com restrições de consistência). 
 
 
 
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II. DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
• Higienizar as mãos. 
• Reunir o material e levar ao quarto - próximo ao paciente. 
• Idenficar-se para o paciente e/ou acompanhante. 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 
• Elevar à cabeceira do leito a 90º. 
• Verificar e anotar os sinais vitais do paciente, freqüência cardíaca, freqüência respiratória 
e SPO2, caso não esteja monitorado. 
• Realizar aspiração endotraqueal e supra cuff. 
• Desinsuflar o cuff e aspirar caso perceber secreção ou tosse imediata do paciente. 
• Manter o cuff desinsuflado (caso intolerância interromper o teste e insuflar o cuff). 
• Aplicar 4 gotas de anilina azul sobre o dorso da língua do paciente. 
• Solicitar ao paciente para deglutir. 
• Realizar aspiração endotraqueal após a deglutição. 
• Observar a presença ou ausência imediata de secreção corada. 
• Reaplicar o teste a cada 4 horas por dois dias consecutivos. 
• Resultado: Blue Dye Test Positivo (+) presença de secreção corada de azul. 
• Resultado: Blue Dye Test Negativa (-) ausência de secreção corada de azul. 
• Colocar o resultado do teste na evolução do paciente e anexar no prontuário. 
 
RECURSOS NECESSÁRIOS 
• Humanos: Fonoaudiólogo, Equipe do setor, Paciente. 
• Materiais/Equipamentos: Luvas, Máscara, Avental de procedimento, Copo, Anilina azul, 
Seringa 3 ml, Estetoscópio, Oxímetro, Óculos de proteção, Luvas normais (estéril), Sonda para 
aspiração, 1 Seringa de 3 ml, 2 Seringas de 20 ml, 1 com soro fisiológico. 
• Ferramentas e Instrumentos: Prontuário físico, Ficha de Avaliação Fonoaudiológica, Ficha 
de evolução do Atendimento Fonoaudiológico. 
 
 
 
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RESULTADOS ESPERADOS 
 
BLUE DYE TEST NEGATIVO (-): Ausência de secreção corada de azul pela cânula de 
traqueostomia em nenhuma aspiração traqueal ao longo do dia sugestivo de deglutição normal 
de saliva. 
BLUE DYE TEST POSITIVO (+): Presença de secreção corada de azul durante aspiração 
traqueal – indicativo de aspiração de saliva apresentando risco de broncoaspiração. Paciente 
diagnosticado com Disfagia orofaríngea. 
 
CUIDADOS ESPECIAIS 
 
DESVIOS 
 
AÇÕES NECESSÁRIAS 
 
• Instabilidade clínica do paciente 
 
• Jejum para realização de procedimento 
 
• Ausência do paciente no leito 
 
• Nível de consciência rebaixado 
 
• Desconforto ao desinsuflar o cuff 
 
 
 
 
• Aguardar a estabilidade clínica do paciente e 
liberação do médico 
 
• Retornar em outro período para nova abordagem 
 
• Retornar em outro período para nova abordagem 
 
• Aguardar que o paciente esteja alerta 
 
• Aguardar que o paciente apresente conforto ao 
desinsuflar o cuff 
 
 
 
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POP 015-05 TESTE DO CORANTE AZUL MODIFICADO PARA DEGLUTIÇÃO 
( BLUE DYE TEST MODIFICADO) EM PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS 
 
I. INFORMAÇÕES GERAIS 
 
OBJETIVOS 
Padronizar e avaliar a estrutura e funcionalidade da deglutição de alimentos de 
consistências e volumes variados em pacientes traqueostomizados à beira leito. Verificando 
possibilidade de deglutir por via oral ou a ineficácia, como também o risco de broncoaspiração. 
 
DEFINIÇÃO 
A identificação e a administração corretas da disfagia no paciente traqueostomizados 
tornam-se fundamentais. A avaliação objetiva da deglutição envolve técnicas de 
videofluroscopia e nasofibroscopia. No entanto, esses métodos são caros, despendem de maior 
tempo, necessitam da locomoção do paciente e expõem os mesmos a radiação e/ou desconforto. 
A avaliação clinica da deglutição tem como proposta descrever a disfagia baseada na 
observação de sinais clínicos e sintomas do paciente, podendo ser realizada à beira leito. 
Em 1973 foi descrito um teste clínico utilizando um marcador azul na língua para a 
coloração da saliva, sendo objetivo detectar aspirações em pacientestraqueostomizados por meio 
da coloração das secreções provenientes da aspiração traqueal, ou seja, qualquer evidencia do 
azul na aspiração através da cânula de traqueostomia seriam indicativas de que o paciente estaria 
aspirando. 
 A partir da primeira descrição do teste, passou a ser utilizado amplamente passando a ser 
misturado com líquidos e alimentos. 
No entanto, sua acurácia também passou a ser discutida, em análise realizada por meio de 
pesquisa bibliográfica, constatou a inexistência de um protocolo completo para sua utilização, 
pouca variabilidade metodológica, falta de consenso sobre os aspectos considerados na 
avaliação.
 
 
 
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Em 1999 Brady et al publicaram um estudo no qual comparavam a videofluroscopia 
(VDF) x blue dye test ( BDT) para diagnóstico de disfagia em 20 pacientes traqueostomizados. 
Concluíram que 8 pacientes aspiravam pela VDF, mas apenas 4 pelo BDT ( 50% de 
falso- negativo). 
Portanto o resultado do teste quando negativo , não deve ser único item avaliado outros 
sinais e comorbidades tendem ser preditivos de aspiração silente, causa neurológicas , 
demências, debilidade crônica , alteração da sensibilidade de laringe e uso de invasivos IOT, 
TQT e SNE. 
O Teste do Corante Azul Modificado (Blue Dye Test Modificado) Consiste em aplicar 
corante culinário azul (anilina) em alimentos de volumes (3 ml, 5 ml, 10 ml) e consistências 
variadas (líquida, mel, néctar, pudim, sólido) em dias diferentes, para analisar a deglutição oral 
ou aspiração traqueal. O paciente deverá deglutir o alimento corado de azul e realizar aspiração 
endotraqueal imediata. Orientar a equipe de enfermagem e fisioterapia para monitorar a saída ou 
não de secreção corada da cânula de traqueostomia no decorrer do dia. 
 
CONTEÚDO ESPECÍFICO 
A traqueostomia é uma técnica cirúrgica muito utilizada atualmente, tem como finalidade 
promover uma via aérea artificial principalmente em pacientes críticos. Consiste em uma incisão 
entre o 2º e 3º anel traqueal podendo ser temporária durante a fase aguda da doença ou 
permanente. 
 A traqueostomia é indicada nos casos de obstruções de vias aéreas superiores, necessidade 
de ventilação mecânica prolongada, remoções de secreções brônquicas e entubação maior que 
sete dias. 
No entanto o uso da traqueostomia causa um impacto na fisiologia da comunicação e 
deglutição podendo ser esta mecânica ou funcional. 
Os pacientes traqueostomizados em sua grande maioria estiveram anteriormente 
entubados. 
 
 
 
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A entubação (IOT) prolongada pode danificar a mucosa e a musculatura laríngea e faríngea 
acarretando em alterações sensoriais e motoras que justificam desde a perda prematura do bolo 
alimentar. Alterações da elevação laríngea, fechamento incorreto da pregas vocais e proteção da 
VA, podendo causar penetração e/ou aspiração antes, durante e/ou após deglutição e estases 
alimentares. 
A restrição da elevação da laringe no pescoço devido à técnica cirúrgica com incisão 
horizontal pode aumentar a restrição do movimento vertical da laringe no pescoço facilitando a 
entrada do bolo alimentar antes/durante e após a deglutição na VA. 
 O cuff hiper insuflado pode comprimir a parede anterior do esôfago dificultando ou 
aumentado o tempo de transito esofágico e refluxo alimentar. 
Já as alterações funcionais podem destacar o desvio do fluxo aéreo para o estoma no 
pescoço reduzindo a pressão e quantidade do fluxo fazendo assim a diminuição da força de 
abdução das pregas vocais, ausência e diminuição da tosse protetora e a diminuição da 
sensibilidade do olfato e paladar. 
 A diferença da temperatura do fluxo aéreo nas vias aéreas inferiores proporciona a 
dessensibilização da mucosa o que pode contribuir para uma aspiração silenciosa. 
Após a estabilização clinica do paciente inicia-se a programação do desmame da traqueo 
esta denominada decanulação, no entanto na literatura não a um consenso em qual momento 
deverá acontecer, mas são elencados alguns critérios pra tentar diminuir os riscos e obter uma 
decanulação satisfatória. Dentre as quais: 
- estabilidade hemodinâmica 
- ausência ou diminuição da secreção pulmonar 
- melhora do quadro respiratório 
-ausência de sinais de esforços respiratórios 
-Saturação de O2 adequada 
- tosse eficaz 
- VAS desobstruída 
- deglutição normal ou adaptada (com restrições de consistência). 
 
 
 
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II DESCRIÇÃO DAS TAREFAS 
 
ETAPAS DO PROCEDIMENTO 
• Higienizar as mãos 
• Reunir o material e levar ao quarto - próximo ao paciente. 
• Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante. 
• Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 
• Elevar à cabeceira do cama a 90º 
• Verificar e anotar os sinais vitais do paciente, freqüência cardíaca, freqüência respiratória 
e SPO2, caso não esteja monitorado 
• Realizar aspiração endotraqueal e supra cuff 
• Desinsuflar o cuff e aspirar caso perceber secreção ou tosse imediata do paciente. 
• Manter o cuff desinsuflado (caso intolerância interromper o teste) 
• Oferecer o alimento corado de azul ao paciente 
• Solicitar ao paciente para deglutir 
• Realizar aspiração endotraqueal após a deglutição 
• Observar a presença ou ausência imediata de secreção corada. 
• Reaplicar o testes com consistências e volumes variados 
• Resultado: Blue Dye Test Positivo (+) presença de secreção corada azul pela cânula de 
traqueostomia 
• Resultado: Blue Dye Test Negativa (-) ausência de secreção corada de azul pela cânula de 
traqueostomia 
• Colocar o resultado do teste na evolução do paciente e anexar no prontuário 
 
RECURSOS NECESSÁRIOS 
• Humanos: Fonoaudiólogo, Equipe do setor, Paciente. 
• Materiais/Equipamentos: Luvas, Máscara, Avental de procedimento, Copo, Anilina 
azul, Seringa 3 ml, Estetoscópio, Oxímetro, Óculos de proteção, Luvas normais (estéril), 
 
 
 
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• Sonda para aspiração, Colheres de plástico, 2 Seringas de 20 ml, 1 com soro fisiológico, 
Alimentos de consistências e volumes variados. 
• Ferramentas e Instrumentos: Prontuário físico, Ficha de Avaliação Fonoaudiológica, 
Ficha de evolução do Atendimento Fonoaudiológico. 
 
RESULTADOS ESPERADOS 
 
BLUE DYE TEST NEGATIVO (-): Ausência de secreção corada de azul pela cânula de 
traqueostomia em nenhuma aspiração traqueal ao longo dos dias nas diversas consistências e 
volumes – Sugestivo de deglutição normal. Após análise de outros dados e discussão com 
médico e equipe multidisciplinar . O paciente poderá iniciar alimentação por VO monitorada. 
BLUE DYE TEST POSITIVO (+) Presença de secreção corada de azul durante aspiração 
traqueal em uma ou demais consistências e volumes. Indicativo de aspiração para tal(is) 
consistência(s) e volume(s), apresentando risco de broncoaspiração. Paciente diagnosticado com 
Disfagia orofaríngea, sem habilidade para iniciar dieta por VO. 
 
CUIDADOS ESPECIAIS 
 
DESVIOS AÇÕES NECESSÁRIAS 
• Instabilidade clínica do paciente 
• Jejumpara realização de procedimento 
• Ausência do paciente no leito 
• Nível de consciência rebaixado 
• Desconforto ao desinsuflar o cuff 
• Aguardar a estabilidade clínica do paciente e 
liberação do médico 
• Retornar em outro período para nova 
abordagem 
• Retornar em outro período para nova 
abordagem 
• Aguardar que o paciente esteja alerta 
• Aguardar que o paciente apresente conforto ao 
desinsuflar o cuff 
 
 
 
 
 
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REFERENCIAIS TEÓRICOS 
 
Andrade, CRF.; Limongi SCO & Colaboradores. Disfagia – Prática baseada em evidências. 
Editora Xavier, 1ª edição, São Paulo, 2012. 
Thompsom, H. Blue Dye Test Modificado 1995. 
 
Brady, SL.; Hildner, CD.; Hutchins, BF. Simulateous videofluroscopic, swallow study and 
modified evans blue dye procedure: an evalution of blue dye visualization in cases of known 
aspiration. Dysphagia. 1999; 14:146 – 49. 
 
Brandão, AP.; et al. Implicações da traqueostomia na comunicação e na deglutição.Rev. Bras. 
Cir. Cabeça Pescoço, V38, nº 3 p.202 -207, julho/agosto/setembro 2009. 
 
Cameron, J.; Reynolds, J.; Zuidema, G. Aspiration in patients with tracheotomies . Surg Gynecol 
Obstet. !973; 136:68-70. 
Devivitis, RA.; Santoro, PP.; Sugueno, LA. Manual Prático de Disfagia – diagnóstico e 
tratamento Editora Revinter Ed.2017. 
Jacobi, JS.; Levy, DS.; Silva, LMC. Disfagia Avaliação e Tratamento 1º Ed. Rio de Janeiro. 
Editora Revinter, 2003. 
 
Queirós A.et al Contributo para Adaptação e Validação da Eat Assessment Tool (EAT 10) 
e da Functional Oral Intake Scale (FOIS) Rev Soc. Portuguesa de Medicina Física e Reab. 
Vol./24/ nº 2 / 2013 
 
Macedo, F.; Gomes, GF.; Furkim, AM. Manual de cuidados do paciente com disfagia. São 
Paulo: Lovise, 2000. 
Marques, V. Disfagia diagnostico, grau de severidade e escolha da melhor via de alimentação. 
http://www.vivianemarques.com.br. 
Padovani, AR.; Moraes, DP.; Mangili, LD., Andrade, CRF. Rev. Soc. Bras. Fonoaudiol. 
2007; 12(3):199-205. 
 
Planos Terapêuticos Fonoaudiológicos ( PTFS) – Editora Pró – Fono ed.2012. 
 
 
 
 
 
 
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EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES – EBSERH 
HOSPITAL UNIVERITÁRIO MARIA APARECIDA PEDROSSIAN 
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