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Prova II anatomia prática II - Parede do abdome e região ingnal - Peritôneo e abdome supramesocólico - Abdome inframesocólico Parede do abdome: divisões • Divisão em 9 => 4 linhas (planos) dividem o abdome em 9 regiões • Plano transpilórico => ponto médio da distância da incisura jugular e margem superior da 9ª cartilagem costal (ao nível da VT L1) • Plano intertubercular => linha ligando os 2 tubérculos ilíacos • Planos verticais (2) => linha médio-clavicular (direita e esquerda), dividindo a clavícula ao meio • Regiões formadas: • Laterais superiores => hipocôndrio direito e esquerdo • Laterais mediais => lateral direita e esquerda ou flancos direito e esquerdo • Laterais inferiores => região ingnal direita e esquerda • Central superior => região epigástrica/epigástrio • Central medial => região umbilical • Central inferior => hipogástrio ou região púbica OBS: existe também a divisão em apenas 4 quadrantes => duas linhas dividem o abdome em: • Quadrante superior direito • Quadrante superior esquerdo • Quadrante inferior direito • Quadrante inferior esquerdo Camadas da parede do abdome 1ª) Pele 2ª) Tela subcutânea (presença da gordura subcutânea) • Acima da cicatriz umbilical é única; • Abaixo da cicatriz umbilical ela possui 2 estratos: - Estrato superficial => fáscia de Camper (com gordura | nervos e vasos cutâneos mais superficiais) - Estrato profundo => fáscia de Scarpa (sem gordura com mais fibras colágenas) 3ª) Camada muscular => presença de 3 músculos (de externo p/ interno): • M. oblíquo externo do abdome • M. oblíquo interno do abdome • M. transverso do abdome Cada um possui uma fáscia (lâmina muscular) para revesti-los: - Lâmina superior (MOE) - Lâmina intermédia (MOI) - Lâmina profunda (MTA) 4ª) Fáscia transversal/ fáscia endoabdominal 5ª) Gordura extraperitoneal 6ª) Peritôneo parietal Inervação da parede abdominal: nervos torácicos e parte do plexo lombossacral A vascularização é feita pelas artérias epigástricas inferior e superior que se anastomosam no meio da musculatura do reto Músculos da parede antero-lateral do abdômen: MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO INERVAÇÃO AÇÃO OBLÍQUO EXTERNO DO ABDÔMEN Face externa das 8 costelas inferiores Metade anterior da crista ilíaca, bainha do m. reto do abdômen e púbis Nn. Toracoabdominais (7º ao 11º) N. Subcostal (12º) Flexão do tronco e rotação do tronco para o lado oposto OBLÍQUO INTERNO DO ABDÔMEN Fáscia toracolombar, crista ilíaca e ligamento ingnal 3 últimas costelas e bainha do m. transverso do abdômen Nn. Toracoabdominais (7º ao 11º) N. Subcostal (12º) Flexão do tronco, flexão lateral do tronco e rotação do tronco p/ mesmo lado TRANSVERSO DO ABDÔMEN Fáscia toracolombar, faces internas das 6 últimas cartilagens costais, crista ilíaca e ligamento ingnal Bainha do m. reto do abdômen Nn. Toracoabdominais (7º ao 11º) N. Subcostal (12º) Comprime (tossir, vomitar etc) o conteúdo abdominal e estabiliza a coluna lombar RETO DO ABDÔMEN (par/ Poligástrico = tanquinho) Púbis e sínfise púbica Processo xifoide, 5ª, 6ª e 7ª cartilagens costais Nervos toracoabdominais Flexão do tronco *obs: os ventres musculares são divididos por intersecções tendíneas* Formação da bainha do m. reto do abdômen • A bainha possui lâmina anterior e posterior; • Ela é formada pela aponeurose dos Mm. Oblíquo externo, oblíquo interno e transverso do abdômen (essas aponeuroses também formam a linha alba) • Linha arqueada: local onde a lâmina posterior acaba - Um pouco abaixo da cicatriz umbilical - Um dos pontos (dessa linha p/ baixo) de ocorrência de hérnias (+ frágil) Bainha do m. reto acima e abaixo da linha arqueada CORTE TRANSVERSAL ACIMA DA L. ARQUEADA: CORTE TRANSVERSAL ABAIXO DA L. ARQUEADA: A aponeurose do m. oblíquo interno envolve o m. reto anterior e posteriormente, a aponeurose do m. oblíquo externo envolve o m. reto apenas anteriormente enquanto a aponeurose do m. transverso do abdômen envolve apenas posteriormente Abaixo da linha arqueada a aponeurose dos 3 músculos passa apenas anteriormente ao m. reto, assim, abaixo da linha arqueada a bainha do reto possui apenas a lâmina anterior Região ingnal • 2 regiões => uma de cada lado • Limite: linha imaginária que une as espinhas ilíacas , inferiormente pelo ligamento ingnal e medialmente pela borda lateral do músculo reto abdominal. • Passagem: • Nervo ílio-hipogástrico (inerva região hipogástrica) • Artéria epigástrica superficial • Artéria circunflexa ilíaca superficial Ramos da artéria femoral CANAL INGNAL: espaço entre as aponeuroses dos músculos laterais abdominais que formam uma região mais fraca e susceptível ao aparecimento de hérnias • Conteúdo: - funículo espermático (homem) => nele passa: ducto deferente, músculo cremaster, artéria e a veia testicular, nervo genitofemoral e plexo venoso pompliforme - ligamento redondo do útero (mulher) - nervo ílioingnal (inerva a pele do escroto e os grandes lábios) • Limites: - Inferior: ligamento inguinal - Anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo - Superior: fibras arqueadas dos músculos oblíquo externo e transverso • OBS 1: - Veia espermática esquerda: desemboca na veia renal - Veia espermática direita: desemboca na veia cava inferior OBS 2: músculo cremaster - Formado por fibras anteriores do m. oblíquo externo - Inervação: n. genitofemoral (passa junto com o músculo no funículo espermático OBS 3: plexo venoso pompliforme - Drena testosterona Anel ingnal: - Superficial: é externo e está na aponeurose do m. oblíquo externo - Profundo: é interno e está na fáscia transversal Trígono de Hasselbach: área na parede posterior do canal inguinal que é mais fraca => é onde ocorrem as hérnias inguinais diretas. • Limites: ligamento inguinal (inferior), borda lateral do músculo reto abdominal (medial) e vasos epigástricos inferiores (lateral e superior). Trígono femoral: O ligamento lacunar liga o ligamento pectíneo ou ligamento de Cooper (espessamento das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e transverso na linha pectínea do púbis) ao ligamento inguinal, formando o trígono femoral. - Ligamento ingnal => formado pelo espessamento da aponeurose do oblíquo externo - Ligamento pectíneo/ de Cooper => + forte - Ligamento lacunar =. Liga o ligamento ingnal ao de Cooper Hérnias: HÉRNIA INGNAL DIRETA: - Passa MEDIALMENTE ao vasos epigástricos inferiores - Rompe diretamente a parede do abdômen => passa pelo trígono de Hasselbach HÉRNIA INGNAL INDIRETA: - Passa LATERALMENTE aos vasos epigástricos inferiores - Rompe indiretamente a parede do abdômen =. Passa pelo canal ingnal (pelo anel) Região Peritoneal: Peritôneo: camada serosa que recobre o abdômen • Parietal: recobre a parede abdominal • Visceral: recobre os órgão abdominais (intraperitoneais => quase completamente revestidos pelo peritôneo visceral) PERITÔNEO: • Saco maior - Parte supramesocólica - Parte inframesocólica - Parte externa do omento maior • Saco menor - Omento menor ▪ Forame omental ▪ Bolsa omental (espaço abaixo do omento menor) - Parte do omento maior Omento => liga um órgão a outro órgão Meso => liga um órgão a parede abdominal - Intestino delgado => mesentério - Intestino grosso => mesocólon transverso OBS: - Acima do mesocólon transverso => andar supramesocólico - Abaixo do mesocólon transverso => andar inframesocólico Pregas peritoneais: uma prega peritoneal é uma reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos e ligamentos formados por vasos fetais obliterados subjacentes. Algumas pregas peritoneais contêm vasos sanguíneos e sangram quando seccionadas, como as pregas umbilicais laterais, que contêm as artérias epigástricas inferiores. O omento maior é uma prega peritoneal proeminente, que tem quatro camadas e pende como um avental da curvatura maior do estômago e da parte proximal do duodeno. Após descer, dobra-se de volta e se fixaà face anterior do colo transverso e seu mesentério. - Ligamento gastrocólico - Ligamento gastroesplênico - Ligamento gastrofrênico O omento menor é uma prega peritoneal muito menor, dupla, que une a curvatura menor do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também une o estômago a uma tríade de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor. Os ligamentos hepatogástrico e hepatoduodenal são partes contínuas do omento menor. - Ligamento hepatogástrico - Ligamento hepatoduodenal => TRÍADE PORTAL (artéria hepática própria, ducto colédoco e veia porta do fígado) FORAME OMENTAL (epiplóico ou de Wislow): comunica o saco menor com o saco maior (cavidade do abdômen com a bolsa omental) • Limites: - Superior: ligamento hepatoduodenal/tríade portal - Inferior: veia cava inferior - Lateral: fígado - Medial: duodeno Andar supramesocólico do abdômen • Vascularização: - O andar supramesocólico é todo irrigado pelo tronco celíaco, que é ramo da aorta abdominal - A aorta abdominal tem início no hiato aórtico (diafragma) a nível da vertebra T12 e é dividida em ramos: - Parietais - Viscerais - Terminais (a nível de L4 se divide nos seu ramos terminais) Aorta Abdominal: • Ramos parietais - Artérias frênicas inferiores ( 2 – direita e esquerda – par) - Artérias lombares (4 – par) - Artéria sacral mediana (ímpar) • Ramos Viscerais - Tronco celíaco (ímpar) - Artéria suprarrenal média (par) - Artéria mesentérica superior (impar) - Artérias renais (par) - Artérias gonadais (testicular ou ováricas – par) - Artéria mesentérica inferior (ímpar) • Ramos terminais - Artérias ilíacas comuns (2 – direita e esquerda – par) Estômago, duodeno, fígado, baço e pâncreas Verde => ramos parietais Rosa + ramos viscerais Amarelo => ramos terminais TRONCO CELÍACO: é dividido em 3 grandes ramos que se subdividem em outros ramos • Artéria gástrica esquerda • Artéria esplênica • Artéria hepática comum • Artéria gástrica esquerda – ramos: - Ramo esofágico - Ramo ventral => subdivide 4 ramos - Ramo dorsal Ao chegar na curvatura menor do estômago ela se anastomosa com a artéria gástrica direita (ramo da artéria hepática) • Artéria esplênica – ramos: - Artéria pancreática dorsal - Artéria pancreática magna (maior) - Artéria da cauda do pâncreas - Artérias gástricas curtas - Artéria gástrica posterior (1º ramo gástrico da artéria esplênica) • Artéria hepática comum – ramos: ela possui 2 grandes ramos terminais que também se subdividem: - Artéria hepática própria - Artéria gástrica direita - Artéria hepática direita (emite a artéria cística que vai p/ vesícula | RA c/ ducto hepático comum) - Artéria hepática esquerda (dela sai a artéria hepática intermédia) - Artéria gastroduodenal - Artéria pancreáticoduodenal superior posterior - Artéria pancreáticoduodenal superior anterior (ramo terminal da gastroduodenal – ela se anastomosa c/ ramo anterior da a. pancreáticoduodenal inferior que é ramo da a. mesentérica inferior) - Artéria gastromental direita (ramo terminal da gastroduodenal – anastomosa com a gastromental esquerda na curvatura maior do estômago • Estômago: - Curvatura maior e menor - Partes: cárdia, fundo, corpo e piloro (antro e canal) - Incisuras: cárdica e angular (A incisura angular divide o piloro em antro e canal a partir das fibras do n. vago que passam nessa região) => n. vago (parassimpático) inerva a curvatura menor do estômago - Esfíncter esofágico inferior (cárdia) - Esfíncter pilórico: promove a saída de secreção gástrica e a passagem mediata de líquidos, já que estes não ficam no estômago) O estômago é muito vascularizado: - Irrigação: tronco celíaco (artéria gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum) - Curvatura menor: artéria gástrica esquerda e direita - Curvatura maior: artéria gastromental direita (ramo da a. gastroduodenal) e direita (ramo da a. esplênica) - Fundo gástrico: artérias gástricas curtas (ramos da a. esplênica) Limites: - Posterior: bolsa omental e pâncreas - Anterior: parede abdominal - Lateral esquerda: baço - Lateral direita: duodeno • Duodeno: é a parte supramesocólica do intestino delgado - 4 partes: superior, descendente, inferior/horizontal e ascendente - O fígado conflui na 2ª porção do duodeno em conjunto com o ducto pancreático principal na papila duodenal - O duodeno emoldura a cabeça do pâncreas e, por isso, é irrigado pelos mesmos vasos que irrigam o pâncreas: - Artéria pancreáticoduodenal superior (ramo da a. gastroduodenal) e inferior (ramo da a. mesentérica superior) - A a. mesentérica superior passa pela 3ª e 4ª porção do duodeno • Fígado • Faces: - Face diafragmática (anterior) - Face visceral (posterior) => a face visceral possui RA com a vesícula biliar (possui uma cavidade onde ela encaixa), além disso, o ligamento redondo, o resquício embrionário do ducto venoso e o hilo hepático estão presentes nessa face. • Ligamentos: - O fígado está fixo ao diafragma por 3 ligamentos: ligamento coronário, ligamento triangular direito e triangular esquerdo - Ligamento falciforme: divide o fígado em lobos (divisão anatômica) - Ligamento redondo (passagem da veia umbilical) • Hilo hepático (face visceral) – conteúdos: - Veia porta => formada pela v. esplênica e pela v. mesentérica superior => a veia porta drena para a via biliar extrahepática - Artéria hepática própria => no hilo de subdivide em a. hepática direita e esquerda - Ducto colédoco => formado pelo ducto cístico + ducto hepático comum • Divisão anatômica - Lobos: direito, esquerdo, caudado e quadrado - Divisão determinada pelo ligamento falciforme • Divisão funcional - Divididos pela ramificação dos vasos 1º) Divide verticalmente (direita/esquerda) 2º) Divide Horizontalmente (cima/baixo) 3º) Divide os segmentos ( I ao VIII) - OBS: decorar os segmentos de trás e depois ver na frente, sendo que o segmento I está apenas atrás e o VIII apenas na frente • Vesícula biliar: • Baço - Reserva sangue - Hematopoese - Destrói bactérias encapsuladas - Possui 3 bordas: superior, anterior e inferior (a borda superior limita a área gástrica, a borda inferior limita a área renal e a borda anterior limita a área cólica). - Possui 2 extremidades: anterior e posterior - É irrigado pela artéria esplênica - RA: estômago (curvatura maior) - Hilo do baço: é livre de peritôneo e é por onde a artéria e veia esplênica passam - Ligamentos: - Ligamento gastroesplênico: conecta o hilo do baço a curvatura maior do estômago - Ligamento esplenorenal: conecta o hilo esplênico ao rim esquerdo - Ligamento frênico-cólico: ligamento que o baço repousa • Pâncreas: - Dividido em: cabeça, colo, corpo e causa - Irrigação: - Cabeça (mesma irrigação do duodeno): artéria pancreáticoduodenal superior (ramo da a. gastroduodenal) e inferior (ramo da a. mesentérica superior) - Os vasos mesentérios superiores (artéria e veia mesentérica superior passam pelo colo do pâncreas) - A veia mesentérica forma o sistema porta-hepático, que une a drenagem venosa de todo intestino e pâncreas, passando pelo fígado => se une a veia esplênica formando a porta que leva o sangue para o fígado - Ducto pancreáticoprincipal e acessório Andar inframesocólico do abdômen • Jejuno - 2/3 do intestino => + vascularizado (+ vermelho) => + absorção de nutrientes - Fossa duodenal =>apresenta região onde termina o duodeno e inicia o jejuno - Ligamento duodenojejunal (de Trietz) =>fixa a 4ª porção do duodeno e o jejuno (a 1ª parte do jejuno não se movimenta pois está fixa) - Conteúdo: músculo suspensor do duodeno - Flexura duodenojejunal • Íleo - 1/3 do intestino => - vascularização (marrom => + absorção de água - Comunicação entre o ílio e o intestino grosso: ósteo ileocecal => comunica o ílio com o ceco (1ª parte do intestino grosso) • Vascularização do jejuno e ílio: - Artéria mesentérica superior => irriga a maioria do intestino => ela originaas artérias jejunais e ileais - Veia mesentérica superior => faz a drenagem e se une com a v. esplênica formando a v. porta JEJUNO ÍLEO • Intestino grosso: - É composto por: ceco, colo ascendente, colo transverso, colo descendente, colo sigmoide e reto - Ceco: 1ª porção do int. grosso (comunica o final do íleo c/ o int. grosso => ósteo ileocecal) => o ceco apresenta apêndice vermiforme (tecido linfoide =>proteção imunológica) - Reto: 1/3 intraperitoneal e 2/3 extraperitoneal => possui valva superior média e inferior (continência) e esfíncter interno (involuntário) e externo (voluntário) - Irrigação: artéria retal superior (ramo da a. mesentérica inferior) + artéria retal média e artéria retal inferior (ramos da a. ilíaca interna) - Drenagem venosa: plexo renal (interno e externo) => formado pela união da v. ilíaca interna e da v. mesentérica inferior - Possui tênias: tênia omental, tênia mesocólica e tênia livre do seco - O intestino grosso apresenta flexura cólica direita (flexura hepática) e flexura cólica esquerda (flexura esplênica) Irrigação: é feita pelas artérias mesentéricas (superior e inferior) - Ramos mesentéricos superiores: - Artéria ileocólica: irriga o ceco - Artéria cólica direita: irriga o colo ascendente - Artéria cólica média: irriga o colo transverso - Ramos mesentéricos inferiores: - Artéria cólica esquerda: irriga o colo descendente - Artérias sigmoideas: irriga o colo sigmoide - Artéria retal superior: irriga o reto OBS: - Arcada marginal: une as artérias mesentéricas superior e inferior - Arcada de Riolan: une a artéria cólica média a artéria cólica esquerda (ramo ascendente)