Introdução a Cosmetologia

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INTRODUÇÃO À 
COSMETOLOGIA
OBJETIVOS DESTA AULA
• Abordar os seguintes assuntos:
• O apelo cosmético e inovações;
• Associação Brasileira de Cosmetologia como entidade de 
classe;
• INCI – “International Nomenclature of Cosmetic
Ingredients”;
• Controle de Qualidade de cosméticos
APLICAÇÃO TÓPICA DE ITENS 
SEMELHANTES Á PELE E CABELO
• Fornecimento de precursores 
biológicos;
• Catálise de reações vitais;
• Sequestro de radicais livres;
• Manutenção do teor de água;
• Formação de filmes seletivos e 
protetores;
• Restauração de estruturas 
danificadas,
• Lubrificação adequada aos tecidos;
• Condicionamento brilho para os 
cabelos.
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O MERCADO DE COSMÉTICOS
• Venda tradicional
• No atacado e varejo;
• Venda direta
• Sistema “porta a porta”;
• Venda pelo sistema de 
franquia
Sistemas de 
venda de 
cosméticos
Principais consumidores: Reino Unido, Alemanha, França, 
Japão e Estados Unidos
Brasil: 6º maior mercado de produtos de higiene, cosméticos e 
perfumes
BRASIL
• Em torno de 1.500 indústrias de 
cosméticos;
• 84% na região Sul e Sudeste;
• Produtos para a pele: categoria 
emergente
• Fotoprotetores,
• Produtos anti-envelhecimento;
• Mercado promissor
• Ampla movimentação financeira;
• Necessidade de mão de obra 
especializada.
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CARACTERÍSTICAS DAS INDÚSTRIAS 
COSMÉTICAS
INDÚSTRIAS
COSMÉTICAS
INTERNACIONAIS
NACIONAIS
• Grandes empresas;
• com atuação global;
• diversificadas ou especializadas 
nos segmentos de higiene 
pessoal, perfumaria e 
cosméticos, 
• Pequenas e médias empresas;
• Grande número;
• Simplicidade de base técnica;
• Muitas desenvolvidas a partir de 
farmácias de manipulação
PRODUTOS INOVADORES
• Constante necessidade de apresentar novidades;
• Altos investimentos em pesquisa e inovação e 
marketing para a promoção do novo produto;
• Trabalhos específicos em cima de:
• Marca;
• Embalagem;
• Canais de comercialização e distribuição;
• Voltados para o consumidor
PRODUTOS DIVERSIFICADOS
• Estudo do público-alvo:
• Dividido em:
• Faixa etária;
• Gênero;
• Raça;
• Poder aquisitivo
PRODUTOS 
INOVADORES
DIVERSIFICAÇÃO
PÚBLICO-ALVO
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CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O 
GRAU DE RISCO
• Grau 1 : Produtos com risco mínimo
• Sabões, xampus, creme de barbear, loções pós barba, 
escovas e fios dentais, pós, cremes, loções, óleos, 
maquiagem, produtos para os olhos e perfumes;
• Grau 2: Produtos com risco potencial
• Xampus anticaspa, cremes dentais anti-placa e anti-cárie, 
desodorantes íntimos femininos, esfoliantes para a pele, 
protetores solares para os lábios, filtros UV, loçoes
bronzeadoras, produtos para ondulações permanentes, 
tinturas para cabelo, depiladores, removedores químicos, 
endurecedores de unha, repelentes de inseto, produtos de 
uso infantil.
LEGISLAÇÃO
• Dão suporte legal à fabricação e comércio de 
produtos cosméticos;
• Brasil: Ministério da Saúde – ANVISA;
• Resolução n°79 de 28 de agosto de 2000
• Regulamenta e determina:
• Normas de registro, 
• Etiquetas, 
• Embalagens;
• Substâncias proibidas e agentes corantes
ESTABELECIMENTOS PRODUTORES 
DE COSMÉTICOS
• Que fabricam ou armazenam cosméticos;
• Registrados na ANVISA;
• Autorização de Funcionamento de Empresa;
• Responsável técnico e Representante legal; 
• Portaria 71/96: documentos a serem submetidos para 
licença de operação;
• Exigências especiais:
• Fabricantes locais;
• Importadores;
• Empresas de transporte;
• Empresas distribuidoras.
REGISTRO DE PRODUTO COSMÉTICO
• Resolução n°79, de 28 de agosto de 2000: normas para 
registro de preparações para Higiene Pessoal, 
Cosméticos e Perfumes;
• Fornece listas de ingredientes proibidos ou restrições, 
conservantes aprovados, filtros UV e agentes corantes
• Adota resoluções do MERCOSUL que segue a Diretiva de 
Cosmético da União Europeia.
Aspectos regulatórios no segmento da cosmetologia: Portaria nº 
348 de 18/08/1997 (Anvisa); RDC nº 211/2005; RDC nº 4 de 
30/01/2014; RE nº 481 de 23/09/1999; RDC nº 29 de 01/06/2012. 
SETOR DE HIGIENE PESSOAL, PERFUMES 
E COSMÉTICOS (HPPC)
• O consumo é diretamente afetado pela renda per 
capita; 
• Países que mais consomem cosméticos: França e 
Japão.
É um setor sensivelmente 
dependente da renda, o que 
significa que qualquer aumento de 
renda incremental implica aumento 
de suas vendas.
SETOR HPPC
• É classificado como um dos segmentos das 
indústrias Química e Farmacêutica
• Desenvolvimento e pesquisa de princípios ativos e 
Fitoterápicos, 
• É um forte demandador de produtos da indústria 
de embalagens.
A IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM DO 
COSMÉTICO
• Fornecem a proteção para 
o produto, garantindo sua 
estabilidade fisicoquímica;
• Não podem interferir com 
os componentes da 
formulação;
• Devem ser atrativas para 
despertar o desejo pelo 
produto
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APELO COSMÉTICO
• “Briefing”
• instruções
• Desenvolver inovações de acordo com as necessidades 
estéticas do consumidor;
• Conhecer as estruturas básicas da pele e cabelo bem 
como explorar as suas necessidades de “reposição”;
• Marketing cosmético: gerar no consumidor o desejo 
pelo produto.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
COSMETOLOGIA
• Entidade de classe;
• Cursos de atualização, 
• Acompanha as regulamentações da área de 
Cosméticos junto à ANVISA
NOMENCLATURA DAS MATÉRIAS 
PRIMAS COSMÉTICAS
• INCI – International Nomenclature
of Cosmetic Ingredient;• Sistema internacional de 
codificação;
• Permite designar de forma única e 
simplificada a composição 
obrigatória nos rótulos das 
preparações cosméticas;
• RDC 211 de 2005
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INCI
• Lista com 9 mil itens;
• Ferramenta importante para o formulador;
• Matérias-primas organizadas em famílias que tem 
aplicação comum;
• Dificuldades do INCI
• Deficiência de organizar o perfil dos materiais em relação 
às características físico-químicas
PRINCIPAIS FAMÍLIAS DA INCI
• Água;
• Álcool etílico;
• Umectantes;
• Materiais graxos;
• Espessantes hidrofílicos;
• Tensoativos;
• Conservantes
• Antimicrobianos, antioxidante e 
sequestrantes;
• Corantes;
• Composições aromáticas;
• Outros
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TÓPICOS IMPORTANTES NA INCI
• Manter nomes químicos simples;
• Prefixo “Mono”, “Di”, “Tri”, “Tetra” : prevenir 
ambiguidades
• Monoestearato de Glicerina
• Álcoois: sufixo “eth”
• Cereth-20 = álcool cetílico etoxilado com 20 mol de óxido 
de etileno;
• “Pareth”: álcoois parafínicos etoxilados
ÁCIDOS E ÁLCCOIS SATURADOS E DE 
CADEIA LINEAR
Número de carbonos ácidos álcoois
C6 caproic Hehyl
C7 Heptanoic Heptyl
C8 Caprilic Capylyl
C9 Pelargonic Nonyl
C10 Capric Decyl
C11 Undecanoic Undecyl
C12 Lauric Lauryl
C13 Tridecanoic Tridecyl
C14 Myristic Myristyl
C15 Pentadecanoic Pentadecyl
C16 Palmitic Cetyl
C17 Margaric Heptadecyl
C18 Stearic Stearyl
VANTAGENS DA INCI
- Facilita o trabalho de profissionais
- garante a atualização mais dinâmica 
do conhecimento científico.
Consumidor 
Vigilância 
Sanitária 
Comunidade 
científica
- identificação, de forma mais clara, sobre 
os ingredientes de uma formulação em 
qualquer lugar do mundo; 
- Minimizar os erros de leitura e 
interpretação
Maior agilidade na identificação dos 
ingredientes dos produtos cosméticos de 
forma clara,correta e precisa.
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NORMAS DA ANVISA
• Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos 
da ANVISA
• Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos da ANVISA
• Portaria nº 348 de 18 de agosto de 1997 e suas 
atualizações
• RDC 211 de 14 de julho de 2005 e suas atualizações
• Resolução Nº481 de 23 de setembro de 1999 e suas 
atualizações
CONTROLE DE QUALIDADE EM 
COSMÉTICOS
• ANVISA;
• Guia para Avaliação de 
Segurança de Produtos 
Cosméticos;
• 2012.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCJDzhPTXwccCFUgPkAod4cwN4A&url=http://beladomus.blogspot.com/2013/04/publicacao-anvisa-guia-para-avaliacao.html&ei=jQnbVdD4FciewAThmbeADg&psig=AFQjCNFiwgiZLku-QoaVIfNvZb0XgJdZig&ust=1440504584927426
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CONTEÚDO ABORDADO NO GUIA:
• Considerações gerais na avaliação de segurança de 
produtos cosméticos;
• Risco cosmético;
• Critérios a serem observados na avaliação de segurança 
do produto cosmético;
• Avaliação toxicológica dos ingredientes a serem utilizados 
em formulações cosméticas
• Margem de segurança;
• Modelos para avaliação toxicológica de ingredientes;
• Ensaios pré-clínicos;
• Ensaios clínicos;
• Métodos válidos e validados
• Ética e boas práticas clínicas na avaliação de segurança 
de produtos cosméticos em humanos 
• Cosmetovigilância
AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA DE 
COSMETICOS
• Deve preceder o lançamento do produto no 
mercado;
• A empresa produtora é responsável pelo produto 
no mercado;
• Termo de responsabilidade com dados de eficácia 
e segurança;
REQUISITOS LEGAIS PARA PRODUZIR 
UM COSMÉTICO
• Formular o produto com ingredientes referenciados
• RDC 211/05 e Portaria 295/98
• Obter dados de segurança dos produtos acabados;
• Seguir as Boas Práticas de Fabricação e Controle
• Portaria 348/97;
• informações ao consumidor,
• da maneira mais clara possível;
• Avaliar as reações ocasionadas por produtos cosméticos 
disponíveis no mercado
• Cosmetovigilância
TERMOS IMPORTANTES
• PERIGO
• É o potencial de causar um dano, sem relação 
com a dosagem ou a exposição.
• DANO
• é a lesão ou reação causada pelo ingrediente ou 
associação de ingredientes de um produto. 
• RISCO
• é a probabilidade de ocorrência do dano, em 
função do nível de exposição. 
RISCO COSMÉTICO
• é a probabilidade de ocorrência de uma das reações 
descritas abaixo:
• Irritação
• Processo inflamatório na área de contato do produto com o 
corpo
• Primária (1ª vez) ou acumulativa (várias vezes)
• Sensibilização
• Processo inflamatório de origem imunológicaO cosmético é um 
alérgeno normalmente é cumulativo
• Sensações de desconforto
• ardência, prurido/coceira, dor, pinicação
• Efeito sistêmico
• Presença na corrente sanguínea
A MAIORIA DOS COSMÉTICOS É DE 
USO EXTERNO E EXERCE EFEITO 
LOCAL...
• Porém, um ou mais de seus ingredientes podem 
permear a barreira cutânea,
• outros, podem ser ingeridos ou inalados:
• Dentifrícios,
• Enxaguatórios bucais 
• Spray para cabelos
CRITÉRIOS A SEREM OBSERVADOS NA 
AVALIAÇÃO DE SEGURANÇA DO 
PRODUTO COSMÉTICO:
• Condições de uso;
• Composição do produto;
• Histórico e conhecimento do produto
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AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DOS 
INGREDIENTES A SEREM UTILIZADOS 
EM FORMULAÇÕES COSMÉTICAS
• Toda matéria-prima usada deve ter os seguintes 
dados:
• Nome comercial;
• Nomenclatura INCI;
• Número CAS (Chemical Abstracts Service) ou 
EINECS (European Inventory of Existing Chemical
Substances);
• Especificações físico-químicas
• incluindo determinação de impurezas, microbiológicas e de 
estabilidade; 
• Método de identificação;• Restrição de uso;
• Condições de estocagem e manuseio.
DADOS TOXICOLÓGICOS DAS 
MATÉRIAS-PRIMAS
Ensaios mínimos:
• Toxicidade sistêmica aguda; 
• Corrosividade e irritação dérmica;
• Sensibilização cutânea; 
• Absorção/penetração cutânea; 
• Doses repetidas;
• Mutagenicidade/genotoxicidade; 
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POLÊMICA SOBRE O USO DE ANIMAIS 
EM TESTES COSMÉTICOS
• Antigamente: o uso de animais era frequente;
• Tendência mundial de abolir todos os testes em 
animais;
• Opções: testes in vitro;
MODELOS IN SILICO PARA AVALIAÇÃO 
TOXICOLÓGICA DE INGREDIENTES
• Modelos alternativos;
• Características químicas;
• Dados de SAR 
• relação estrutura atividade;
• Modelos in silico: 
• modelo matemático;
• Química combinatória e 
computacional;
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MARGEM DE SEGURANÇA (MS)
• É a relação entre a dose 
experimental mais elevada que 
não produz qualquer efeito 
sistêmico adverso (NOAEL) e a 
dose diária absorvida (SED), a 
qual o usuário pode ser exposto 
por via cutânea:
• bancos de dados de 
informações toxicológicas da 
substância.
MS = NOAEL
SED