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RESUMO DE ABDOME COMPLETO

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Abdome 
INTRODUÇÃO A MATERIA 
Basicamente o que ele ficou falando antes de começar 
a matéria propriamente dita. 
Possui a principal serosa da medicina, o peritônio 
(é tão importante que os médicos evitam de acessá-lo, 
pois tem uma área de superfície maior que a da pele e 
não é considerado um órgão pois é apenas uma 
camada de celulas). 
O abdome saudável é extremamente flexível, e 
complacente para acomodar doenças. A região do 
abdome carece de uma parte óssea, basicamente é a 
coluna da parte lombar, com um limite superior 
(abertura inferior do tórax) e inferior (início da pelve). 
Todas as paredes do abdome serão 
musculotegumentares. A cavidade abdominal e 
pélvica não possui uma estrutura delimitante, como o 
diafragma que divide o abdome do tórax (vai do 
diafragma até as faces pélvicas). 
Os músculos da parede exercem movimento da 
coluna vertebral, para estabilizar postura e 
promover locomoção. A parede não poderia ser 
extremamente rígida como a torácica pois acontece a 
dilatação dos órgãos do nosso corpo, o principal 
exemplo é o útero da mulher (que se amplia 200x na 
gravidez). 
A parede é importante no processo de propulsão 
(vomito, flatos, defecação, urina e feto), sua contração 
provoca o aumento da pressão intra-abdominal e sua 
distensão provoca a diminuição dessa pressão. A 
parede é sustentada por dois anéis ósseas superior e 
inferiormente (margem inferior do esqueleto torácico e 
cíngulos de membro inferior). 
PLANOS, REGIOES E QUADRANTE 
A divisão principal do abdome é feita em 9 regiões que 
são delimitadas por 2 planos sagitais e 2 planos 
transversos. Os sagitais são: 
• Planos medioclavicular / medioinguinais, 
que passam no ponto médio da clavícula e no 
ponto inguinal (é o ponto médio da linha que 
liga a espinha ilíaca anterossuperior aos 
tubérculos púbicos). 
Os transversais são: 
• Plano Subcostal: Se relaciona com a margem 
costal da 10ª costela e com a L3. 
• Plano Intertubercular: é paralelo ao plano 
subcostal, atravessa o tubérculo ilíaco e o 
corpo da L5. 
 
OBS: Alguns profissionais de saúde usam o plano 
transpilório e o plano interespinal para delimitar as 9 
regiões do abdome. 
O plano transpilório é o plano que tem relação com a 
L1, esse cruza o piloro, fundo da vesícula biliar e a raiz 
do mesocolo transverso. 
Plano interespinal atravessa as espinhas ilíacas 
anterossuperiores. 
 
116
 
 
Temos as 9 regiões do abdome denominadas da 
seguinte forma: Hipocôndrio direito e esquerdo, 
Epigástrico, Lateral direito e esquerdo, umbilical, 
inguinal direito e esquerdo e Hipogástrico. (As 
regiões laterais podem ser chamadas de flanco). 
 
 
Para muitas especialidades medicas a divisão é em 4 
quadrantes, superior esquerdo e direito, inferior 
esquerdo e direito. Esses são delimitados pelo plano 
transumbilical, que é um plano transverso que passa 
no umbigo, e o plano mediano (que divide o corpo 
exatamente ao meio). 
 
PELE E TELA SUBCUTANEA: 
A parte abdominal possui uma camada de pele 
comum como todas as outras partes do corpo, porém 
sua tela subcutânea é diferente, e há uma 
distribuição diferenciada de acordo com os sexos, essa 
tela subcutânea permite que a parede tegumentar seja 
muito maior (barriga com dobras ou em avental) ou 
muito delgada (pessoa sarado). 
A primeira camada da tela subcutânea (a amais 
externa) se chama panículo adiposo, diretamente 
profunda a pele e é a como se fosse a mais comum. A 
outra é o estrato membranáceo que é mais fibroso, e 
só existe abaixo do umbigo e esse se continua para 
pelve, formando o estrato membranáceo pélvico, mas 
não vai para a coxa, e o panículo adiposo se continua 
para as outras estruturas (no estrato tem fibras que 
prendem ele a fáscia endoabdominal). 
OBS: o panículo adiposo é extremamente delgado no 
períneo. Se fixa na prega inguinal e se continua na 
região do períneo. O que vai para o períneo é 
basicamente o estrato membranáceo, se houvesse um 
panículo adiposo na região do períneo não seria 
biologicamente favorável, pois pessoas obesas teriam 
gordura nos genitais prejudicando a continuação da 
espécie. 
Conclusão: Na região supraumbilical a tela 
subcutânea é formada apenas por panículo adiposo e 
na região infraumbilical há panículo adiposo e estrato 
membranáceo. 
OBS: O conhecimento dessa área é importante para 
procedimentos como lipoaspirações. 
MUSCULOS: 
São 4 pares, pois o musculo piramidal é irrelevante, 3 
pares planos e 1 par vertical, os planos são músculo 
oblíquo externo do abdome, músculo oblíquo interno 
do abdome e músculo transverso do abdome e o 
vertical é o músculo reto do abdome. 
Na linha medioclavicular esses músculos acabam o seu 
ventre e viram aponeurose do músculo reto do 
abdome, fazem isso para meio que envolver o musculo 
reto do abdome, formando uma bainha do m. reto do 
abdome (mais a frente no resumo). 
A estrutura adensada originada da aponeurose é o 
ligamento inguinal, como se fosse um retináculo. 
A região mediana onde as aponeuroses de todos os 
planos dos músculos se juntam se chama de linha 
alba, uma linha extremamente forte e esbranquiçada. 
M. OBLÍQUO EXTERNO DO ABDOME 
Suas fibras são de lateral para medial, e ele não se 
origina da aponeurose toracolombar. Quando chega na 
Linha Clavicular Média se transforma em aponeurose e 
faz parte da lâmina anterior da bainha do m. reto do 
abdome. 
117
 
 
Sua localização é a lateralmente ao corpo e junto com 
o m. oblíquo interno ele sustenta e comprime as 
vísceras abdominais e flexiona e rotaciona o tronco. 
É inervado por nervos toracoabdominais (de T7 a T11) 
e pelo nervo subcostal (aquele do espaço subcostal). 
 
M. OBLÍQUO INTERNO DO ABDOME 
Está ligado com a aponeurose toracolombar, suas 
fibras são perpendiculares as do m. externo do 
abdome, e anteriormente vira aponeurose e participa 
da formação das duas lâminas da bainha do m. reto do 
abdome. 
É localizado logo abaixo do m. externo do abdome, e 
inervado por nervos toracoabdominais (de T6 a T12) e 
pelos primeiros nervos lombares. 
Esse possui a mesma ação do m. externo do abdome, 
ou seja, comprime e sustenta as vísceras abdominais e 
ajuda na flexão e rotação do tronco. 
 
M. TRANSVERSO DO ABDOME 
Como o m. oblíquo interno, o músculo transverso do 
abdome mantém relação com a aponeurose 
toracolombar, e na parte anterior vira aponeurose que 
participa da formação das lâminas da bainha do m. reto 
do abdome. Suas fibras são paralelas e ele se localiza 
logo abaixo do m. oblíquo interno do abdome. 
Tem como função comprimir e sustentar as vísceras 
abdominais. 
É inervado pelos nervos toracoabdominais (T6 a T12) e 
pelos primeiros nervos lombares. 
 
M. RETO DO ABDOME 
É o único vertical e é longo, em sua parte superior ele 
é mais largo e fina e na parte inferior ele é mais estreito 
e grosso. É um músculo poligástrico, e suas partes 
carnosas são divididas por intersecções tendíneas. 
Ele é envolvido pela bainha do músculo reto do abdome 
em sua maior parte. 
É inervado por nervos toracoabdominais (T6 a T12) e 
tem a função de flexionar o tronco, comprimir as 
vísceras, e estabilizar e controlar a inclinação da pelve. 
 
118
 
 
OBS: os dois músculos retos do abdome são unidos 
pela linha alba. 
 
VISÃO GERAL DOS MÚSCULOS: 
 
OBSERVAÇÕES: 
1) Entre o músculo interno do abdome e o 
transverso do abdome há um plano 
neurovascular. 
2) Os músculos da parede lateral do abdome 
possuem uma certa relação com a coluna, ou 
seja, podem interferir nela. Se o indivíduo tem 
o abdome muito protuso (muito deslocado para 
frente), como em grávidas, tal pessoa pode ter 
lombalgia. 
3) A intersecção tendínea do musculo reto do 
abdome é muito fixada na lâmina anterior da 
bainha do m. reto do abdome. 
4) Diástase é quando a linha alba fica frágil e 
complacente o bastante para permitir sua 
abertura. Muito comum após a gravidez e é 
tratada com exercícios físicos para voltar ou 
por cirurgia. 
 
BAINHA DO M. RETO DO ABDOME 
Parte supraumbilical 
A aponeurosedo m. obliquo externo colabora na 
formação da parte anterior, a do m. interno se divide em 
duas (bilamina) e compõe as duas partes da bainha, e 
posteriormente a aponeurose do m. transverso ajuda a 
formar a lâmina posterior da bainha. 
Parte Infraumbilical 
Na altura do umbigo para todas as aponeuroses 
passam anteriormente ao m. reto do abdome e o que 
passa posteriormente é a fáscia transversal (é a fáscia 
endoabdominal, só que é a do m. transverso do 
abdome). 
Essa divisão forma a linha arqueada, que nada mais é 
do que a prova que temos que todas as aponeuroses 
passam anteriormente para compor a bainha, portanto, 
a lâmina posterior da bainha não é continua, ela se 
encerra na linha arqueada e a da anterior é continua e 
espessada abaixo da linha arqueada. 
 
 
119
 
 
 
Estatimeria da parede abdominal supraumbilical. 
Pele, panículo adiposo, musculatura, fáscia 
endoabdominal, gordura extraperitoneal e peritônio 
parietal. 
A fáscia transversal tem a mesma função da 
endotorácica, é uma parte da fáscia endoabdominal (a 
fáscia do m. transverso do abdome). 
OBS: O alfinete no meio certinho é linha alba, nunca 
esquecer. 
FUNÇÃO GERAL DA MUSCULATURA 
Formam uma sustentação forte, porém, expansível. 
Sustentam e protegem as vísceras abdominais, 
comprimem o abdome para manter uma pressão intra-
abdominal correta (ajudando nos processos de 
respiração e expulsão de coisas, como fezes, vômito, 
etc.). Além disso, movem o tronco e mantém a postura. 
IRRIGAÇÃO DA CAMADA SUPERFICIAL 
As artérias que irrigam a região superficial: 
1. Artéria epigástrica superficial (segue com veia 
do mesmo nome). 
2. Artéria circunflexa ilíaca superficial (faz uma 
curvatura no íleo). 
3. Vasos pudendos externos. 
 
Todos esses são ramos da artéria femoral e as veias 
que os seguem vão drenar para a veia safena magna 
(que estão na coxa). 
 
Além dessas veias que já acompanham as artérias, 
temos outras duas, as veias paraumbilicais 
(extremamente variáveis) que vão drenar tanto para a 
veia epigástrica superficial e veia torácica lateral (que é 
um ramo da axilar), ou seja, podem drenar tanto 
superiormente quanto inferiormente. 
 
Pode haver uma anastomose entre a veia epigástrica 
superior e a veia torácica lateral, formando a veia 
toracoepigástrica. 
120
 
 
 
As veias cutâneas (superficiais) do abdome são vias 
colaterais cavais, ou seja, se a cava estiver obstruída 
por algum motivo, essas veias superficiais podem ser 
um trajeto colateral do sangue para chegar ao coração 
essa condição é chamada de cabeça de medula 
quando avançada. 
 
OBS: Se por algum motivo se o sangue venoso não 
conseguir sair do fígado, pode-se abrir a veia umbilical 
(que está como ligamento redondo do fígado) e passar 
o sangue por ela para ir para as veias paraumbilicais, e 
seguir pelo caminho até chegar na cava. 
OBS2: Varizes na parede do abdome é reflexo de 
hipertensão portal. 
DRENAGEM LINFÁTICA SUPERFICIAL 
Acima do umbigo (plano transumbilical) são para 
linfonodos paraesternais e axilares. Abaixo para os 
linfonodos inguinais superficiais (segue o seguinte 
trajeto: inguinais profundos, ilíacos externos, ilíacos 
comuns, cavais externos e internos e depois na cisterna 
do quilo). 
 
PAREDE INTERNA DO ABDOME 
De fora para dentro temos a fáscia endoabdominal 
(que muda de nome dependendo do músculo que está 
associada) gordura extraperitoneal e peritônio 
parietal. 
 
121
 
 
 
O peritônio parietal recobre algumas estruturas que 
ficam externamente a ele, formando pregas em sua 
superfície (nesse caso relacionar pregas a elevações), 
no total são 5 pregas, 1 medial e 4 lateais (2 de cada 
lado). 
• Prega umbilical mediana: resquício do úraco 
do embrião e é a que fica na linha mediana do 
corpo. 
• Prega umbilical medial: Localizadas 
lateralmente a prega umbilical mediana, 
formadas pelas artérias umbilicais obliteradas. 
• Prega umbilical lateral: Lateralmente as 
pregas umbilicais mediais, nessas passam os 
vasos epigástricos inferiores, ou seja, a única 
passível de sangramento se seccionada, pois 
há vasos abertos passando nela. 
 
OBS: Na peça anatômica que mostra as pregas em um 
bebê, as pregas umbilicais mediais ainda estão bem 
ressaltadas, pois eram as artérias umbilicais que ainda 
não regrediram a ligamento. (FICAR ATENTO). 
Entre elas formam espaços que são chamados de 
fossas, que são depressões, é importante lembrar que 
nesses lugares há a maior probabilidade de ocorrer 
hérnias. 
• Fossa supra vesical: entre a primeira e 
segunda prega. 
• Fossa inguinal medial: é entre a segunda e 
terceira prega. 
• Fossa Inguinal lateral: que fica após a prega 
umbilical lateral. 
 
O trato íliopubico é quando a fáscia transversal faz um 
espessamento na região posterior congruente em 
posicionamento, ação e função com o ligamento 
inguinal, ou seja, funciona como retináculo para as 
estruturas vasculares e nervosas que passam para a 
coxa. As estruturas que passam acima desse 
espessamento são chamadas de anel inguinal profundo 
e nos homens o ducto deferente passa por ali. 
 
 
VASOS 
A irrigação dessa parede interna é feita por artérias 
que descendem e ascendem. 
As artérias musculofrênica e epigástrica superior, 
intercostais posteriores e subcostais, descendem, 
122
 
 
ou seja, vem de uma parte mais superior do corpo e vão 
irrigar esta porção da parede. 
Entre as duas artérias que ascendem para a irrigação 
da parede temos a artéria epigástrica inferior (forma 
a prega umbilical lateral) e faz anastomose com a 
epigástrica superior no m. reto do abdome, e a artéria 
circunflexa ilíaca profunda que passa mais 
lateralmente e mais profundamente. 
 
As veias são homólogas, tem o mesmo nome das 
artérias e as acompanham. 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
Feita diretamente para os linfonodos da região 
inguinal ou ilíacos externos, depois ilíacos comuns, 
cavais e aórticos e cisterna do quilo. 
INERVAÇÃO: 
Sua maior parte é de nervos toracoabdominais (T7 a 
T11) e o nervo subcostal e o nervo de L1 que se divide 
em dois ramos, o nervo ilioinguinal e o nervo 
iliohipogástrico. Ramos cutâneos anteriores e 
laterais também. 
OBSERVAÇÃO 
O dermátomo do umbigo é derivado do nervo deT10, 
então superiormente a ele, temos a inervação feita 
pelos nervos de T7 a T9 e inferiormente a ele temos de 
T11 a L1. 
 
CANAL INGUINAL: 
A formação do canal inguinal é orientada pelo próprio 
peritônio, que evagina formando o processo vaginal, 
por onde vai passar o funículo espermático no caso do 
homem, e o ligamento redondo do útero no caso da 
mulher. 
Nos homens, o testículo se forma na parede abdominal 
posterior e se desloca para o escroto ao longo da 
formação do embrião, nessa passagem, o 
gubernáculo masculino é a estrutura que liga o 
testículo primitivo a parede do abdome. Após sua 
passagem pelo canal inguinal, o que resta como 
conteúdo deste é o funículo espermático (uma junção 
de fáscias espermáticas, vasos e nervos que suprem o 
testículo e o ducto deferente). 
 
 
123
 
 
Nas mulheres, o peritônio também orienta a formação 
do canal inguinal (processo vaginal), porém no período 
embrionário, a estrutura que liga o ovário ao lábio maior 
pudendo é o gubernáculo feminino, e é importante 
saber que o ovário fica na região pélvica, portanto este 
gubernáculo passa pelo canal inguinal, e após o 
nascimento, este gubernáculo feminino passa a ser 
chamado ligamento redondo do útero. 
 
 
OBS: Por que o ovário não atravessa o canal? Pois há 
um ligamento que o conecta ao útero, chamado de 
ligamento útero-ovárico, que impede que o ovário tenha 
o mesmo comportamento migratório do testículo. 
O canal inguinal é uma estrutura de aproximadamente 
3 a 4 cm disposto na região média do ligamento 
inguinal. 
 
 
Dois nervos vão passar no canal, junto ao funículo 
espermático temos o ramo genital do nervo 
genitofemoral e o outro é o nervo ilioinguinal (ramo do 
nervo de L1), que não vai estar associado ao funículo 
espermático.OBS: O nervo ilioinguinal é o que se encontra separado 
do funículo espermático, e o ramo genital do nervo 
genitofemoral se encontra junto ao funículo e ao 
ligamento redondo. 
Lig. Redondo 
do útero 
124
 
 
 
LIMITES 
Existe uma porta de entrada uma de saída e o canal em 
si, portanto, o anel inguinal profundo, o anel inguinal 
superficial e o canal inguinal em si. 
Anel inguinal profundo tem como paredes lateral medial 
e teto a fáscia transversal, e como assoalho tem o trato 
íliopubico. 
O canal inguinal tem a junção de fibras aponeuróticas 
m. oblíquo externo com a fáscia transversal formando a 
parede lateral, medial e teto do canal, que lateralmente 
é denominada foice inguinal e medialmente é 
denominado tendão conjunto, o assoalho é ligamento 
inguinal. 
O anel inguinal superficial tem parede medial formada 
pelo pilar medial, a parede lateral formada pelo pilar 
lateral, o teto formado pelas fibras intercrurais (para os 
pilares não se abrirem), que são estruturas da 
aponeurose do reto do abdome, e o assoalho é o 
ligamento inguinal refletido. 
 
OBS: Nas peças anatômicas é bem difícil vem todos os 
limites bem definidos, então tentar relacionar o desenho 
ludicamente com a prática. 
CORRELAÇÃO CLINICA 
Hérnias inguinais são protusões de estruturas e que 
tem uma facilidade de ocorrer na região inguinal. 
Dentro dessas, temos a direta e a indireta. A direta é 
aquela que decorre da fraqueza dos músculos 
abdominais sai normalmente na região da virilha, 
acontece mais em pessoas idosas. A indireta é aquela 
em que a protusão da estrutura passa pelo canal 
inguinal e sai no anel inguinal superficial, e é mais 
frequente em crianças do sexo masculino e acredita-se 
que derive da falha do fechamento do canal inguinal na 
parte proximal. 
 
PERITÔNIO: 
O peritônio é uma camada de mesotélio, que possui 
característica transparente, brilhante e contínua, não 
existem só peritônio parietal e visceral, temos várias 
vísceras no abdome e peritônio envolve elas (como se 
pressionássemos o punho dentro de uma bexiga com 
água), se desenvolvendo de diferentes formas e 
recebendo nomes diferentes. 
Os órgãos que são envolvidos pelo peritônio são os 
intraperitoneais e os órgão que não são envolvidos 
pelo peritônio, porém, podem ter uma face em contato 
A hérnia direta acontece na fossa inguinal 
medial e a hérnia indireta na fossa inguinal 
lateral. 
125
 
 
com este são chamados de extraperitoneais 
retroperitoneais ou subperitoneais. 
Peritônio Parietal: quando está revestindo a parede do 
abdome. 
Peritônio Visceral: reveste as vísceras. 
Entre estas duas camadas há uma cavidade virtual de 
espessura capilar chamada de cavidade peritoneal 
(ela se torna uma cavidade real quando há liquido 
dentro dela – ascite). Dentro dessa há o líquido 
peritoneal, que faz a lubrificação e possibilita o 
movimento das vísceras sem que haja atrito. 
O peritônio visceral pode receber outros nomes: 
MESENTÉRIO: 
É uma lâmina dupla de peritônio que liga a víscera 
normalmente a parede posterior do corpo e possibilita 
uma comunicação neurovascular da víscera com o 
corpo. 
Normalmente se usa mesentério para designar o 
mesentério do intestino delgado (A raiz do 
mesentério vai de L2 até articulação sacroilíaca direita) 
e para as outras estruturas se usa outros nomes como: 
mesocolo transverso (mesentério do colo transverso), 
mesocolo sigmoide (mesentério do colo sigmoide). 
OBS: Esses são os mais usados e os que ela ressaltou 
na aula, porém ainda existem os mesoesôfago, 
mesogástrio, mesoapêndice. 
 
 
OMENTO 
É uma prega peritoneal de duas camadas que sai das 
curvaturas do estômago e vai até as vísceras 
adjacentes. 
O omento maior sai da curvatura maior do estômago 
e da parte proximal do duodeno e desce como se fosse 
um avental e sobe novamente se ligando na parte 
inferior do colo transverso. Ele é didaticamente dividido 
em 3 ligamentos peritoneais: Gastrofrênico, 
gastroesplênico e gastrocólico. 
 
126
 
 
 
OBS: Está seccionado nesta imagem. 
O omento menor sai da curvatura maior do estômago 
e da parte proximal do duodeno, ligando estes ao 
fígado. Didaticamente dividido em dois ligamentos: 
hepatoduodenal e hepatogástrico (estes dois em 
conjunto formam o omento menor). 
 
LIGAMENTO PERITONEAL 
Como se fossem partes do omento, ou estruturas 
duplas de peritônio que ligam o órgão a outro órgão ou 
a parede do abdome. 
Os mais importantes são: 
1) Ligamento hepatogástrico, que é a parte 
membranácea do omento menor e liga o 
estômago ao fígado. 
2) Ligamento hepatoduodenal, que é a parte 
mais espessada do omento menor, liga a parte 
proximal do duodeno ao fígado e é nele que 
passa a tríade portal (veia porta, artéria 
hepática e ducto colédoco). 
3) Ligamento Falciforme, que liga o fígado a 
parede anterior do abdome. 
4) Ligamento Gastrofrênico, que liga o 
estômago ao diafragma. 
5) Ligamento Gastroesplênico, que liga o 
estômago ao baço. 
6) Ligamento Gastrocólico, que liga o estômago 
ao colo transverso. 
 
PREGAS E FOSSAS PERITONEAIS 
Já foi visto anteriormente em parede interna do 
abdome, mas é necessário ressaltar que elas 
pertencem a esta parte da matéria também. 
DIVISÕES 
A cavidade é dividida primeiramente em dois 
compartimentos: compartimento supracólico e 
compartimento infracólico, esses dois são divididos 
pelo mesocolo transverso. Possuem comunicações 
laterais, os sulcos paracólicos direito e esquerdo 
(entre a parede e o colo ascendente, e a parede e o 
colo descendente). 
 
O compartimento infracólico é dividido pelo mesentério 
em 2, o espaço infracólico direito e o espaço infracólico 
esquerdo. O espaço infracólico direito não possui 
comunicação com a pelve, portanto pode haver 
acumulo de inflamação nesta cavidade e a formação de 
abcessos. O esquerdo tem comunicação com a 
cavidade pélvica. 
127
 
 
 
Saco menor ou bolsa omental, é um parte do 
peritônio que se separou (lembrar do esquema que ela 
fez com a luva cheia de ar, o dedo que ela meio que 
separou é a bolsa omental e o resto é a cavidade 
peritoneal) e está localizada atrás do estômago, com o 
objetivo de ajudar na movimentação do estomago 
impedindo o atrito com outras estruturas. Existe uma 
comunicação entre essa bolsa omental (saco menor) e 
o saco maior, que se chama forame omental, e está 
localizado no ligamento hepatoduodenal, 
posteriormente a tríade portal. 
 
 
OBS: Na imagem o estoma está meio que rebatido, 
estamos observando a face posterior dele. 
RECESSOS PERITONEAIS 
• Escavação Retouterina na mulher e Escavação 
Retovesical no homem, consistem em locais 
onde acumula o pus de um processo infeccioso 
quando o indivíduo está de pé (só quando há 
uma patologia tem isso, normalmente não tem 
nada nesses recessos). 
• Se o indivíduo estiver deitado, o resultado do 
processo infeccioso acumula na loja 
hepatorenal ou nos sulcos paracólicos direito e 
esquerdo. 
Do lado do jejuno e duodeno há um recesso (perguntar 
qual é) 
ÁREAS NUAS 
São regiões das vísceras que não possuem o peritônio 
e é por ali que ocorre a comunicação neurovascular do 
órgão com o corpo (locais de chegada/saída do vasos 
nos órgãos). 
EX: A aorta é retroperitoneal e os ramos dela que 
irrigam as vísceras do o abdome passam pelas áreas 
nuas dos órgãos. 
VÍSCERAS ABDOMINAIS: 
ESÔFAGO: 
Tem a função de conduzir o bolo alimentar da boca para 
o estômago, dividido em parte cervical, torácica e 
abdominal (a menor). Acompanha a coluna, é um tubo 
muscular (tem uma camada muscular circular interna 
e uma muscular longitudinal externa, no restante do 
tubo digestivo é ao contrário, aqui que é diferente). 
O esôfago não tem serosa, ou seja, não é revestido 
por membrana serosa nas partes cervical e torácica, na 
abdominal ele é revestido por parte do peritônio. Ele 
tem uma camada adventícia, isso é ruim, pois se 
houver um tumor de esôfago, há uma alta chance de 
invadir os outros órgãos. 
Possui 3 constrições, a cricofaríngea (causada pelosmm. da faringe e cartilagem cricoídea), broncoaórtica 
(causada pelo arco da aorta e brônquio principal 
esquerdo) e diafragmática (causada pelo hiato 
esofágico). 
A musculatura do esôfago vai mudando de acordo com 
a suas divisões: O terço superior é de musculo 
estriado voluntário, o terço inferior é de músculo liso 
e o terço médio é uma mistura dos dois, por isso que 
é dito que a peristalse começa na metade do esôfago. 
128
 
 
 
Atravessa o diafragma pelo hiato esofágico (nível de 
T10). A linha z (junção esofágica) é a linha de 
transição entre a mucosa gástrica e a esofágica. 
 
Ligamentos frenicoesofágicos (temos parte superior 
e inferior) fazem com que o esôfago fique fixo, não 
deixando ele se movimentar muito na peristalse e 
respiração, ou seja, fazem com que o movimento do 
diafragma e do esôfago seja independentes. 
 
A parte abdominal do esôfago é a que genuinamente 
pertence a essa parte da matéria, ela é a menor (com 
aproximadamente 1,25cm), a face anterior é coberta 
por peritônio visceral e a parte posterior pelo peritônio 
da bolsa omental. Esta parte do esôfago termina no 
óstio cárdico e se continua nas laterais esquerda como 
incisura cárdica e na direita como curvatura menor do 
estômago. 
Artérias: A. gástrica esquerda e A. esofágica 
inferior. 
Veias: Veia gástrica esquerda drena para o sistema 
venoso porta e veia esofágica drena para o sistema 
venoso ázigo. 
Drenagem Linfática: Feita para os linfonodos 
gástricos esquerdos, que drenam para os linfonodos 
celíacos. 
Inervação: feita por plexo esofágico que é formado 
por tronco vagal anterior e posterior, nervo 
esplâncnico maior (T5 a T9), nervo esplâncnico 
menor (T10 e T11) e nervo esplâncnico imo (T12), 
esses que fazem a inervação simpática, pois vem do 
tronco simpático (não fazem sinapse nos gânglios 
paravertebrais) para fazer sinapse nos gânglios pré-
vertebrais que ficam próximos as vísceras, ou seja, tem 
fibras pré-ganglionares. 
CORRELAÇÃO CLÍNICA 
- Hérnia esofágica (ou por deslizamento) e 
paraesofágica. 
 
ESTÔMAGO: 
Localizado principalmente no epigástrio, porém pode 
mudar de localização ou tamanho dependendo do 
biótipo e condição do indivíduo. 
EX: Quando o indivíduo é muito magro ele pode chegar 
até a pelve quando em pé, e quando o indivíduo é 
obeso o estômago pode aumentar bastante de 
tamanho. 
 
Possui duas curvaturas, uma maior e uma menor, é 
um misturador e reservatório de alimentos e a ondas 
129
 
 
peristálticas vem do corpo do estômago em direção a 
região pilórica e vão permitir a passagem dos alimentos 
do antropilórico para o duodeno. O omento maior 
(relacionado a curvatura maior) e o omento menor 
(relacionado a curvatura menor) estão ligados ao 
estômago. 
 
Vai ter uma digestão enzimática transformando o bolo 
alimentar em quimo, e o alimento chega no duodeno 
mais pastoso para ser neutralizado (quilo). 
Tem um extrato longitudinal muscular externo e o 
circular interno, vai ter uma mucosa que protege o 
musculo da acidez do órgão. 
LIMITES 
Superiormente se relaciona com o lobo esquerdo do 
fígado e a cúpula do diafragma. Inferiormente e 
Lateralmente se relaciona com o colo transverso do 
intestino grosso. Anteriormente se relaciona com a 
parede anterolateral e diafragma. Posteriormente se 
relaciona com a bolsa omental e o pâncreas. 
PARTES: 
Possui 4 partes: 
1) Cárdia, região ao redor da entrada do esôfago, 
aqui temos o óstio cárdico, cárdia (o esfíncter 
em si) e a incisura cárdica. 
2) Fundo do estômago (se traçar uma linha 
horizontal desde o óstio cárdico até a parede 
do estômago), e meio que a parte superior do 
estômago. 
3) Corpo do estomago 
4) Região pilórica, a partir da incisura angular 
você passa para a região pilórica que é um 
afunilamento perceptível para a condução do 
quimo para o duodeno. Temos antropilórico, 
canal pilórico, piloro (o esfíncter em si) e o óstio 
pilórico. 
O piloro é a “porta de entrada do duodeno” e a cárdia é 
a “porta de saída do esôfago”. No óstio pilórico há um 
espessamento da parte muscular do estômago, no 
óstio cárdico não tem esse espessamento, ou seja, 
no óstio cárdico tem um esfíncter funcional, mas não é 
anatômico, pois se olhar, a parede não é diferente, já o 
esfíncter pilórico é funcional e anatômico. 
Região perto da curvatura menor é o canal gástrico 
que constitui uma passagem mais rápida quando 
estômago está vazio para líquido e comidas já bem 
mastigadas e em pequena quantidade. 
 
 
ARTÉRIAS 
O estômago é irrigado pelas artérias gástricas curtas, 
aa. gástricas posteriores, aa. gastromental direita e 
esquerda e aa. gástricas esquerda e direita. 
130
 
 
 
 
 
 
 
a. Artéria gástrica esquerda é um ramo do tronco 
celíaco. 
b. A. gástrica direita é um ramo da a. hepática 
comum. 
c. A. gastromental esquerda é um ramo da a. 
esplênica. 
d. A. gastromental direita é um ramo da a. 
gastroduodenal. 
e. Aa. gástricas curtas são ramos da a. esplênica. 
f. Aa. gástricas posteriores são ramos da a. 
esplênica. 
OBS: As gástricas se anastomosam na curvatura 
menor e as gastromentais se anastomosam na 
curvatura maior, e é dessas que vem a maior parte do 
suprimento. 
VEIAS 
Contextualizando: Atrás do colo do pâncreas existe a 
formação da aveia porta, ela é formada pela junção da 
veia esplênica e da veia mesentérica superior. 
 
As veias são homólogas, tem o mesmo nome das 
artérias. São elas: v. gástrica direita, v. gástrica 
esquerda, v. gastromental esquerda, v. 
gastromental direita, v. pré-pilórica. 
OBS: A veia porta faz a drenagem da maioria dos 
órgãos abdominais em direção ao fígado para os 
resíduos indesejado serem metabolizados. 
 
a. V. gástrica esquerda e v. gástrica direita 
drenam para veia porta. 
b. V. gastromental esquerda drena para a v. 
esplênica. 
c. V. gastromental direita drena para v, 
mesentérica superior. 
d. V. pré-pilórica drena para v, gástrica direita. 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
Sempre vai acompanhar as artérias só que no sentido 
contrário. Primeiramente a drenagem é feita para as 
curvaturas, ou seja, para os linfonodos gástricos e 
gastromentais, depois toda a drenagem vai para os 
linfonodos celíacos, que depois vai para a cisterna do 
quilo, a mais importante é a do fígado (normalmente 
sempre cai na prova), o resto vai para os linfonodos da 
artéria de onde saem os ramos que irrigam os órgãos. 
INERVAÇÃO DO ESTOMAGO 
A parte simpática é feita pelos nervos esplâncnicos 
maiores (de T6 a T9) que vão para o plexo celíaco, e 
de lá saem ramos que vão diretamente ao estômago. 
O LEITO GÁSTRICO é onde o estômago se apoia quando 
em decúbito dorsal. Formado pela cúpula esquerda do 
diafragma, baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, a. 
esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. 
131
 
 
A parte parassimpática é feita pelos troncos vagais 
posterior e anterior na curvatura menor do estômago. 
 
- O tronco vagal anterior deriva do nervo vago 
esquerdo. Ele emite ramos hepáticos e duodenais que 
vão para outros órgãos e depois continua na curvatura 
menor do estômago emitindo os ramos gástricos 
anteriores. 
- O tronco vagal posterior deriva do nervo vago direito. 
Ele vai em direção a curvatura menor do estômago, 
emite um ramo celíaco (que vai para o plexo celíaco 
inervar tanto parte anterior quanto parte posterior) e 
depois continua emitindo ramos gástricos 
posteriores. 
INSTESTINO 
DELGADO: 
Onde ocorre a maior parte da absorção da maioria dos 
nutrientes, é quase todo retroperitoneal. 
DUODENO 
O nome significa 12 dedos (25cm), tem a forma de um 
C e envolve a cabeça do pâncreas. Em sua maior parte, 
é extraperitoneal, porém seus 2 primeiros centímetros 
são revestidos por peritônio, o que garante mobilidade 
a essa parte, diferentemente da outra. Se conecta com 
o estômago por meio do piloro e com o jejuno por meio 
da flexura duodenojejunal (é sustentada pelo 
músculo suspensor do duodeno). 
 
É dividido em 4 partes: 
1) Parte superior (bulbo duodenal); 
2) Parte descendente.3) Parte inferior (horizontal). 
4) Parte ascendente. 
O trajeto de acordo com as vertebras é o seguinte: a 
parte superior tem um trajeto anterolateral a L1. A parte 
descendente vai de L1 e L3. A parte inferior atravessa 
L3. A parte ascendente vai de L3 a L2. 
 
OBS: o ducto pancreático e o ducto colédoco 
desembocam na parte descendente do duodeno na 
forma de ampola hepatopancreática, a região de 
saída dele é na papila maior do duodeno. 
 
ARTÉRIAS 
Irrigado por, principalmente, 2 artérias: 
1) A. pancreaticoduodenal superior, esta irriga 
a parte proximal do duodeno até a entrada do 
ducto colédoco. 
(tronco celíaco -> a. hepática comum -> a. 
gastroduodenal -> a. pancreaticoduodenal 
superior). 
2) A. pancreaticoduodenal inferior, esta irriga a 
parte distal do duodeno até a entrada do ducto 
colédoco. 
(A. mesentérica superior -> a. 
pancreaticoduodenal inferior) 
132
 
 
 
OBS: Aqui há uma mudança importante, a irrigação do 
tubo digestório da parte abdominal do esôfago até a 
entrada do ducto colédoco é feita pelo tronco celíaco. A 
partir do ducto até a flexura esquerda do colo é feita 
pela a. mesentérica superior. Isso é definido 
embriologicamente. 
VEIAS 
As veias acompanham as artérias e drenam para a veia 
porta. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
Linfonodos pancreáticos e pancreáticoduodenais 
que vão para os linfonodos celíacos, a linfa também é 
drenada para os linfonodos mesentéricos 
superiores e depois todos esses vão terminar na 
cisterna do quilo. 
JEJUNO E ÍLEO 
A primeira alça livre é o jejuno, esta parte tem 
aproximadamente 6 metros e está, normalmente, 
localizada no quadrante superior esquerdo do 
compartimento infracólico, e o íleo, normalmente no 
quadrante inferior direito do compartimento infracólico. 
Nessa parte o intestino volta a ser intraperitoneal. 
 
Esta parte do intestino começa na flexura 
duodenojejunal e vai até a junção ileocecal. 
 
Embora os dois sejam muito parecidos, eles possuem 
suas diferenças que são muito importantes 
cirurgicamente. 
 
DICA: O jejuno é tudo mais (diâmetro maior, mais 
pregueado, arcadas maiores), mas o íleo tem maior 
nodos linfoides e mais gordura. 
 
ARTÉRIAS 
As artérias que irrigam o jejuno e o íleo vem da a. 
mesentérica superior (AMS), e são denominadas aa. 
jejunais e aa. ileais, a AMS envia de 15 a 18 ramos 
133
 
 
para o jejuno e o íleo. As aa. jejunais e aa. ileais se 
fundem formando os arcos arteriais, desses arcos 
saem os chamados vasos retos que levam o sangue 
ao intestino por fim. 
 
 
VEIAS 
A drenagem dessa parte ocorre pela veia mesentérica 
superior, que como já dito anteriormente, forma a veia 
porta na altura do colo do pâncreas quando se junta 
com a veia esplênica. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
Possuem vasos lactíferos que drenam um liquido 
leitoso do intestino, dai a linfa passa por 3 grupos de 
linfonodos: linfonodos justaintestinais (que ficam 
próximos a parede do intestino), linfonodos 
mesentéricos (que ficam nos arcos arteriais) e os 
linfonodos centrais superiores (parte proximal da a. 
mesentérica superior), que drenam para os linfonodos 
mesentéricos superiores e seguem o trajeto. 
INERVAÇÃO 
O estimulo chega a essa parte do intestino pelos plexos 
periarteriais que ficam na a. mesentérica superior e em 
seus ramos. Mas essas fibras nervosas chegam de 
outro local: 
A parte simpática vem dos segmentos de T8 a T10, 
por meio do troco simpático e nervos esplâncnicos 
maior, menor e imo até o plexo mesentérico 
superior, essas fibras pré-ganglionares fazem 
sinapse nos gânglios celíacos e mesentéricos 
superiores, que são gânglios pré-vertebrais, e 
continuam até chegar no intestino. 
A parte parassimpática vem dos troncos vagais 
posteriores. (DUVIDA??). 
Também há as fibras sensoriais (aferentes 
viscerais), é importante lembrar que essa parte do 
intestino não é sensível a muitas coisas, como cortes, 
queimaduras, etc, porém, é sensível a distensão, 
representada pelas cólicas. 
AÇÃO: O simpático diminui a peristalse e o 
parassimpático estimula a peristalse. 
INTESTINO GROSSO: 
134
 
 
Tem como principal função a reabsorção de água para 
a formação das fezes. Possui 4 características que 
fazem com que consigamos distinguir ele do delgado: 
1) Apêndices omentais (peritônio com gordura). 
2) Tênia (três fitas de peritônio que envolvem e 
saem a partir do apêndice), funcional como se 
fosse um elástico em uma saia franzida, o 
elástico é a tênia e as franjas são as 
saculações. 
3) Diâmetro do intestino grosso é muito maior. 
4) Saculações. 
 
DIVISÃO 
Dividido em 5 partes: Ceco, colo ascendente, colo 
transverso, colo descendente, colo sigmoide e reto. 
Mas não podemos esquecer do apêndice vermiforme 
que fica na região do ceco. 
 
CECO E APÊNDICE 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso e recebe 
o quilo pela junção ileocecal, é recoberto por peritônio, 
mas não tem mesentério, ele é ligado a parede 
abdominal pelas pregas cecais. 
 
O apêndice vermiforme é um divertículo que contêm 
massas de tecido linfoide. Ele possui mesentério 
(mesoapêndice). 
 
OBS: A apendicite (inflamação do apêndice) nos jovens 
é pelo acumulo de nodos linfoides e em adultos e 
idosos é por obstrução de fezes. 
 
O ceco é irrigado pela artéria ileocólica e o apêndice 
vermiforme é por um ramo dessa, a artéria 
apendicular. São drenados pela veia ileocólica (que 
vai para a mesentérica superior).A drenagem linfática é 
feita pelos linfonodos do mesoapêndice, os 
ileocólicos, que por fim vão terminar nos mesentéricos 
superiores. 
São inervados por fibras que vem do plexo 
mesentérico superior, as fibras simpáticas vêm da 
parte inferior torácica da medula espinal e as fibras 
parassimpáticas vem do nervo vago. 
COLO 
Dividido em 4 partes que circulam o intestino delgado. 
135
 
 
O colo ascendente fica na margem direita da cavidade 
abdominal, tem a flexura direita na divisão com o colo 
transverso (fixa abaixo das costelas 9 e 10). 
Lateralmente a ele tem o sulco paracólico direito. É 
irrigado pela artéria cólica direita e pela ileocólica 
em sua parte proximal, formam anastomoses antes de 
chegar no intestino formando o arco justacólico ou 
artéria marginal (é continuada com as a. cólica média, 
esquerda e sigmóidea) desses arcos saem os vasos 
que irrigam diretamente o intestino. Drenado pela veia 
cólica direita e ileocólica para a v. mesentérica 
superior. 
 
Colo transverso é o mais móvel pois tem mesentério 
(mesocolo), meio que atravessa o abdome de um lado 
ao outro e é separado do colo descendente pela flexura 
esquerda. A irrigação é feita pela artéria cólica média 
(ramo da mesentérica superior), aqui também tem os 
arcos arteriais/artérias marginais que são as 
anastomoses. É drenado pela veia mesentérica 
inferior. A inervação é feita pelo plexo mesentérico 
superior (fibras eferentes simpáticas e 
parassimpáticas e fibras aferentes viscerais). 
 
O colo descendente fica do lado esquerdo e possui o 
sulco paracólico (esquerdo) lateralmente a ele. O colo 
sigmoide tem formato de S e possui o mesocolo 
sigmoide. Irrigado pela artéria cólica esquerda e pela 
artéria sigmóidea, essas derivam da artéria 
mesentérica inferior. São drenados pela veia 
mesentérica inferior. Inervado simpaticamente por 
fibras de nervos esplâncnicos lombares, plexo 
mesentérico superior e plexo mesentérico 
periarterial da AMI, parassimpaticamente por fibras 
de nervos esplâncnicos pélvicos. 
E por fim o reto e o canal anal. 
 
 
136
 
 
IRRIGAÇÃO DO INTESTINO DE ACORDO 
COM A DIVISÃO EMBRIOLÓGICA. 
INTESTINO ANTERIOR 
Vai da parte abdominal do esôfago até a papila maior 
do duodeno e é irrigado pelo tronco celíaco. 
De onde saem três artérias, uma vai na direção do 
baço a artéria esplênica (vai dar artérias gástricas 
curtas, posterior e a gastromental esquerda), uma pro 
fígado a artéria hepática comum (vai dar a artéria 
gástrica direita, a hepática própria, a gastroduodenal – 
essa última vai dar ateria gastromental direitae artéria 
pancreaticoduodenal superior), e outra para o 
estomago a artéria gástrica esquerda. 
 
INTESTINO MÉDIO 
Vai da papila maior do diafragma até a flexura esquerda 
do colo (L1), aqui são ramos da artéria mesentérica 
superior. 
Vai dar artéria pancreaticoduodenal inferior, artérias 
jejunais, artérias ileais, artéria ileocólica, artéria 
cólica direita e artéria cólica média. 
 
INTESTINO POSTERIOR 
É a partir da flexura esquerda do colo (L3), os ramos 
que irrigam essa parte vêm da artéria mesentérica 
inferior. 
Vai dar artéria cólica esquerda, artéria sigmóidea e 
se continua como artéria retal superior. 
INERVAÇÃO GERAL 
SIMPÁTICO 
T5 a T9: nervo esplâncnico maior fibra pré-ganglionar 
vai para o gânglio celíaco e gânglio mesentérico 
superior. 
T10 T11: nervo esplâncnico menor fibra pré-ganglionar 
vai para os gânglios mesentéricos superiores e 
aorticorenais. 
T12: Nervo esplâncnico imo fibra pré-ganglionar vai 
para gânglios aorticorenais. 
As fibras pós-ganglionares dos gânglios celíacos vão 
inervar baço, estômago, pâncreas, fígado. 
As fibras pós-ganglionares do mesentérico superior vão 
para intestino delgado e intestino grosso (até colo 
transverso) 
L1 e L2 dão nervo esplâncnico lombar que gera fibras 
pré-ganglionares para os gânglios mesentéricos 
inferiores, que vão soltar fibras pós-ganglionares que 
vão inervar intestino grosso (colo descendente, 
sigmoide e reto). 
 
PARASSIMPÁTICO 
Crânio -> nervo vago -> gânglios viscerais -> todas as 
vísceras até o colo transverso. 
Nervo esplâncnico pélvico (S2, S3, S4) -> gânglios 
viscerais -> colo descendente, sigmoide, reto e órgãos 
pélvicos. 
DRENAGEM LINFATICA DO INTESTINO 
GROSSO. 
137
 
 
 
FÍGADO: 
É a maior glândula do corpo, produz bile, faz a 
desintoxicação, glicogênese, atua no metabolismo, 
atua em todo o processo hematopoiético do feto 
(produz as celulas sanguíneas do feto), absorve 
nutrientes como proteínas e carboidratos, a gordura é 
emulsificada pela bile. 
Se localiza no quadrante superior direito, mais 
especificamente no hipocôndrio direito, epigástrio e 
parte do hipocôndrio esquerdo (da 7ª a 11ª costela). 
 
É consistente, arroxeado, com aproximadamente 1,5 
kg, é 2,5% do peso corporal no adulto e 5% do peso 
corporal da criança (é maior por causa da produção de 
celulas sanguíneas). 
É um órgão peritonizado (envolvido por peritônio), 
porém possui a área nua do fígado, que se comunica 
diretamente com o diafragma. 
 
Tem uma face diafragmática que é convexa, lisa e 
voltada para a cúpula do diafragma e uma face visceral 
que é voltada para as vísceras, e possui a porta do 
fígado que é por onde entra a tríade portal. 
138
 
 
 
 
Há um recesso subfrênico (D e E, divididos pelo 
ligamento falciforme) que fica entre o diafragma e o 
fígado, tem o recesso sub-hepático, logo abaixo do 
fígado. 
 
Ligamento falciforme liga o fígado a parede 
anterolateral do abdome, separa a face diafragmática 
em lobo esquerdo e direito (muito maior). Forma os 
ligamentos coronais quando chega na parte superior 
do fígado pois ele meio que se abre, ai se divide em 
lâminas. 
DICA: O alfinete só vai identificar o ligamento falciforme 
quando estiver fixado na a partir da face diafragmática. 
Se for a partir da face visceral ele indicará ou 
ligamento redondo do fígado ou ligamento venoso. 
 
A junção das lâminas do ligamento falciforme nas 
extremidades superior esquerda e direita do fígado 
formam os ligamentos triangular esquerdo e 
triangular direito. 
 
 
139
 
 
A área nua do fígado é delimitada pela lâmina que se 
abre do ligamento falciforme na parte anterior e 
posterior do lado direito. 
SEPARAÇÕES ANATÔMICAS DO FÍGADO 
Na face visceral é possível ver os 4 lobos do fígado 
separados, o lobo esquerdo, o lobo direito, e possui 
mais outros dois lobos, o lobo caudado e o lobo 
quadrado. 
 
DICA: Caudado é C que é veia cava. E o outro é 
quadrado. 
Possui a Fissura sagital esquerda e o leito da vesícula 
biliar e a veia cava inferior formam um plano que serve 
de orientação para definirmos a fissura sagital direita. 
 
SEPARAÇÃO FUNCIONAL DO FÍGADO 
O fígado é segmentado, como o pulmão, porém não é 
visível, a segmentação anatômica não corresponde a 
segmentação funcional do fígado. 
São as estruturas da tríade portal que fazem essa 
separação funcional e no final haverá 8 segmentos 
hepáticos, ou seja, cada segmento hepático vai ser ter 
um ramo da veia porta, da artéria hepática própria e o 
ducto hepático. 
OBS: A divisão funcional é feita pela segmentação 
primária, secundária e terciaria da tríade portal (2,4,8), 
como se fosse uma progressão, por isso no final há 8 
lobos 
As veias hepáticas são intersegmentares, ou seja, 
passam entre os segmentos e vão desembocar na veia 
cava inferior. 
O lobo caudado é considerado um terceiro fígado pois 
sua vascularização é independente da divisão da 
tríade. Ele é o 1º segmento hepático, a partir dele a 
numeração é em sentido horário. 
 
A fissura sagital direita corresponde ao local onde 
ocorre a divisão de lobo esquerdo e direito na face 
visceral, e se continua como uma linha imaginaria 
(cantlier) na face diafragmática, essas duas formam 
a fissura portal principal que é o local onde a tríade 
vai se dividir e possibilitar a divisão funcional do fígado 
e corresponde o local onde há a veia hepática 
média/intermedia. 
A veia hepática esquerda e direita vão fazer divisão 
medial e lateral, respectivamente, dos segmentos. 
OBS: Essa segmentação é boa como no caso do 
pulmão que em caso de doença isolada em algum 
segmento, como um câncer, pode tirar um segmento 
sem prejudicar muito a estrutura hepática como um 
todo. 
IRRIGAÇÃO DO FIGADO 
O fígado recebe os nutrientes do trato gastrointestinal 
pela veia porta, e diferentemente da circulação 
sistêmica o sangue drenado para o fígado não é tão 
pobre em oxigênio, por isso o suprimento é adequado, 
além disso, recebe da artéria hepática própria um 
suprimento sanguíneo que corresponde a 
140
 
 
aproximadamente 25% do total (o resto vem da veia 
porta). 
 
Cirrose hepática (começa a ter tecido fibroso e fz com 
que não seja mais eficiente). 
DRENAGEM LINFÁTICA DO FIGADO: 
Um quarto ou metade da linfa formada no corpo passa 
no fígado por isso que é importante falar. 
Separamos os vasos linfáticos em superficiais e 
profundos. 
OBS: O fígado além de ter o peritônio ele tem uma 
cápsula fibrosa ao seu arredor que permite seus 
movimentos e seu aumento quando necessário. A 
Esquistossomose é um exemplo de doença que pode 
causar a hepatomegalia e esplenomegalia. 
Os linfonodos superficiais ficam na capsula fibrosa 
do fígado que é subperitoneal e os linfonodos 
profundos ficam no tecido conjuntivo que acompanha 
as estruturas da tríade portal e veias hepáticas. 
PARTE ANTERIOR 
Consiste na parte anterior da face diafragmática e face 
visceral, como se fosse um corte frontal no figado. 
Tanto os vasos linfáticos superiores e profundos da 
parte anterior drenam para os linfonodos hepáticos, 
depois vão para os linfonodos celíacos e depois para 
a cisterna do quilo e finalmente para o ducto torácico 
PARTE POSTERIOR 
Consiste na parte posterior das duas faces do fígado. 
Os vasos linfáticos superficiais vão para a área nua do 
fígado e depois vao para os linfonodos frênicos, 
porém, podem também se unir aos linfonodos 
profundos que acompanham as veias hepáticos, vão 
para o trajeto da veia cava inferior, para os 
linfonodos mediastinais posteriores e depois para 
ducto torácico e linfático. 
 
INERVAÇÃO 
Os nervos que inervam o fígado são derivados do 
plexo hepático, porém o nervo esplâncnico maior 
não, ele vem do plexo celíaco, esses fazem a 
inervação simpática e a parassimpática é feita pelos 
ramos dos troncos vagais anterior e posterior (nervo 
vago). 
VESÍCULA BILIAR 
A bile produzida sai por ductos hepáticos esquerdo e 
direito que se unem e formamo ducto hepático 
comum, que se junta com o ducto cístico para formar 
o ducto colédoco. A bile sai pela ampola 
hepatopancreática na ampola maior do duodeno. 
Trígono cisto-hepático (triangulo formado pelos ducto 
cístico, ducto hepático comum e face visceral do fígado) 
é a referência do local onde a artéria cística vai se 
originar da artéria hepática direita (Que é ramo da 
hepática própria, que é ramo da hepática comum, que 
é ramo do tronco celíaco). 
 
141
 
 
 
OBS: Sempre que tiver uma situação de cálculo de 
vesícula a indicação é cirúrgica, pois se ele descer e 
entupir a ampola, a bile pode refluir para o pâncreas e 
gerar uma pancreatite. 
 
OBS: A orientação das estruturas da tríade portal é: 
Ducto colédoco a direita e anterior, a artéria hepática a 
esquerda e anterior e a veia porta posterior (orientação 
das estruturas da tríade portal. 
ANASTOMOSES PORTOSSISTÊMICAS 
São anastomoses que comunicam o sistema venoso 
porta com sistemas venosos sistêmicos. Isso 
proporciona uma via de circulação colateral caso a 
veia porta se obstrua ou seja fisicamente comprimida. 
Quando ocorre essa obstrução da veia porta, acontece 
o refluxo sanguíneo, pois a veia porta e suas 
tributárias não possuem valvulas. Como esse 
sangue necessita chegar ao coração para ser 
bombeado aos pulmões e oxigenado, ele precisa 
encontrar um outro caminho para isso, esse caminho 
são as anastomoses entre o sistema porta e o 
sistêmico, como na tela submucosa na região 
inferior do esôfago, tela submucosa do canal anal, 
região paraumbilical e nas áreas nuas de órgãos. 
Esse sangue pressiona as veias que não possuem um 
grosso calibre e acaba gerando varizes. 
EX: No caso da do esofago tem a Hematêmese (vomito 
com sangue), em pessoas com cirrose as veias podem 
ficar varicozadas e estourar, provocando sangramento, 
na região do esofago esse sangramento acaba indo 
para o estomago ocasionando vômitos com sangue. 
 
PANCREAS 
Localizado em L1 e L2, o colo dele é no plano 
transpilórico, é retroperitoneal, e se estende desde a 
cabeça do duodeno até o baço. A veia porta se forma 
posteriormente ao seu colo e ele é dividido em 4 
partes: Cabeça, Colo, Corpo, Cauda. 
 
É uma glândula mista que produz o suco pancreático 
(exócrina) e insulina e glucagon (endócrina). 
O suco pancreático é secretado para o duodeno pelo 
ducto pancreático principal, até a ampola 
hepatopancreática, onde se encontra com o ducto 
colédoco (fica num sulco na parte posterossuperior da 
cabeça do pâncreas) que leva a bile. A ampola 
hepatopancreática desemboca na papila maior do 
142
 
 
duodeno. Pode haver um outro ducto, que é o ducto 
pancreático acessório, que vai desembocar na papila 
menor do duodeno, conduzindo também suco 
pancreático. 
 
ARTÉRIAS 
Artérias pancreaticoduodenal superior e inferior 
(posteriores e anteriores) que formam anastomoses 
que irrigam a cabeça e o colo do pâncreas, as outras 
partes são ramos da artéria esplênica. 
 
VEIAS 
Drenagem venosa é pelas veias homólogas as artérias 
que no final drenam para a VMS e veia esplênica que 
por fim drenam para a veia porta (lembrando que esta 
se forma posteriormente ao colo do pâncreas). 
 
INERVAÇÃO: 
É inervado por meio das fibras simpáticas e 
parassimpáticas do plexo celíaco e plexo mesentérico 
superior, que chegam ao pâncreas por meio do s plexos 
periarteriais. 
Essas fibras derivam do nervo vago e dos nervos 
esplâncnicos abdominopélvicos que passam pelo 
diafragma. 
AÇÃO: as fibras parassimpáticas são secretomotoras e 
as simpáticas ao contrário. 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos 
pancreaticoesplênicos em sua maior parte, outros 
drenam para os linfonodos pilóricos, que no fim vão 
chegar aos linfonodos celíacos e mesentéricos 
superiores para ir a cisterna do quilo. 
OBS: Processo uncinado, é uma estrutura na cabeça 
do pâncreas. 
 
BAÇO 
Localizado no hipocôndrio esquerdo da 9ª a 11ª 
costela e não é palpável, tem a forma e tamanho de um 
punho fechado. 
Possui uma face diafragmática que é convexa e tem 
uma face visceral. Tem uma capsula fibrosa, mas ele 
é mais maleável, não é vital. 
É um órgão linfoide com função de hemocaterese 
(destruição de hemácias e plaquetas), mas esse papel 
pode ser assumido por outras estruturas, é 
peritonizado e pode, quando com patologia, aumentar 
de tamanho (esplêniomegalia). 
Fica sobre o ligamento frenocólico, em seu hilo tem dois 
ligamentos, o gastroesplênico e o esplenorrenal, a 
cauda do pâncreas esta em contato com o hilo. 
A margem superior é entalhada, possui margem 
inferior e anterior. Polo posterior e polo anterior. 
Áreas gástrica, renal e cólica. 
143
 
 
 
ARTÉRIAS: 
É feita pela artéria esplênica, que emite ramos que 
irrigam o baço. 
VEIAS: 
É feita pela veia esplênica que vai levar para a VMS e 
por fim na veia porta. 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
Feita pelos linfonodos pancreaticoesplênicos que 
vão para os celíacos e depois para cisterna do quilo. 
INERVAÇÃO: 
São inervados por fibras do plexo celíaco que seguem 
pela artéria esplênica por intermédio de nervos 
esplênicos. 
PAREDE POSTERIOR, DIAFRAGMA, 
ÓRGÃOS URINÁRIOS. 
A parede posterior do abdome é uma estrutura 
entalhada pela coluna vertebral, assim como no tórax, 
porém na região paravertebral há um conteúdo, que 
são os musculos paravertebrais. 
DIAFRAGMA: 
É um músculo que divide duas regiões do tronco (tórax 
e abdome), a forma convexa é voltada para o tórax e a 
côncava para o abdome, pode alcançar desde a 5ª 
costela ou 4º espaço intercostal na respiração ou pode 
ficar quase todo plano na expiração total. 
VISTA ABDOMINAL: 
Possui fixações na região do esterno, costelas, sua 
fixação na região lombar forma alguns ligamentos: 
1. Ligamento arqueado mediano (fica no hiato 
aórtico e passa a aorta descendendo e 
ascendendo o ducto torácico); 
2. Ligamento arqueado medial (se relaciona 
com o músculo psoas maior e tem a relação 
com a passagem do tronco simpático); 
3. Ligamento arqueado lateral (se relaciona 
com o músculo quadrado do ombro). 
 
Também é fixado por dois pilares, o pilar esquerdo e 
direito do diafragma. 
OBS: O esplâncnico maior, o menor, e as vezes o imo 
e a formação das veias ázigo e hemiázigo passam nos 
pilares do diafragma. 
 
ABERTURAS DO DIAFRAGMA 
O hiato aórtico é circundado pelo ligamento arqueado 
mediano que é formado na curvatura entre os dois 
pilares do diafragma na região mais mediana. Por ali 
passa a aorta na sua descida e o ducto torácico 
subindo. 
O hiato esofágico, que é formado basicamente pelo 
pilar direito do diafragma, na contração do diafragma o 
hiato é comprimido simulando como se fosse um 
esfíncter, fazendo com que não haja refluxo do bolo 
alimentar em relação ao esôfago. Por ali passam a 
parte abdominal do esôfago, os troncos vagais (anterior 
e posterior) e ramos de vasos gástricos esquerdos. 
A abertura na região tendínea é o forame da veia cava 
inferior, e vai ter relação anatomica com os ramos 
terminais do nervo frênico direito e a passagem de 
vasos linfáticos que vão drenar a área nua do fígado 
para os linfonodos mediastinais e frênicos médios. 
144
 
 
 
 
ARTÉRIAS: 
Irrigado pelas artérias pericardiofrênicas, artéria 
musculofrênica (essas vêm da a. torácica interna), 
artérias frênicas superiores (últimos ramos da aorta 
torácica) e artérias frênicas inferiores (primeiros 
ramos da aorta abdominal). 
VEIAS: 
Drenagem ocorre pelas veias pericardiofrênicas e 
musculofrênicas, veia frênica inferior direita (que 
vai para cava inferior) e veia frênica inferior esquerda 
(drena para a veia renal esquerda). 
INERVAÇÃO: 
A inervação motora e sensitiva se dá pelo nervo 
frênico, que vem do plexo cervical. 
Mas a região sensitiva lateral pode ser inervada pelos 
nervos intercostais e subcostais, porém não é 
predominante. 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
A linfa pode drenar ascendendo para linfonodos 
frênicossuperiores (que vão levar a linfa para 
linfonodos paraesternais, pré-vertebrais e frênicos), ou 
descendendo para linfonodos lombares superiores. 
OBS: Na parte inferior do diafragma os vasos linfáticos 
são mais calibrosos, o que constitui o principal meio de 
absorção do liquido peritoneal e de substancias 
introduzidas por injeção intraperitoneal. 
PAREDE POSTERIOR DO ABDOME 
Formada pelo esqueleto vertebral de L1 a L5 e os 
discos intervertebrais interpostos, músculos psoas 
maior e psoas menor, músculo quadrado do lombo, 
nervos lombares de L1 a L5 nessa área. O plexo 
somático é o lombar, existirão os plexos viscerais aqui 
também. Os vasos são os grandes vasos que é a aorta 
abdominal a VCI, a gordura vai ser extremamente 
variável, tanto a extraperitoneal como a que vai 
sustentar os rins. 
LÂMINAS DA APONEUROSE 
TORACOLOMBAR 
• Lâmina Anterior: Formada pela fáscia e pela 
parte tendínea do músculo quadrado do lombo. 
• Lâmina Média: Formada pela parte tendínea 
dos músculos transverso do abdome e interno 
do abdome. 
• Lâmina Posterior: Formada pelas partes 
tendíneas dos músculos eretor da espinha e 
latíssimo do dorso. 
 
MÚSCULOS 
1. Psoas maior: se fixa nos processos transversos 
das vertebras e no trocânter menor do fêmur, 
fica ao lado das vértebras lombares e o plexo 
lombar fica na parte posterior desse músculo. 
2. Psoas menor: fica anterior ao psoas maior e é 
menor. 
3. Ilíaco: É um músculo triangular que vai desde o 
sacro até o fêmur e se junta com o psoas maior 
para formar o m. iliopsoas. 
4. Iliopsoas. 
5. Quadrado do lombo: É um músculo largo, está 
associado com o ligamento arqueado lateral 
permitindo com que o nervo subcostal passe 
anteriormente a ele. 
145
 
 
 
 
 
 
INERVAÇÃO: 
Os nervos dessa região são os nervos lombares que 
vao ter relações, o 
Nervo subcostal: tem relação com o ligamento 
arqueado lateral, é ramo anterior de T12, inerva 
músculo oblíquo externo e pele. 
Ramo anterior de L1: está relacionado com o 
ligamento arqueado medial, e ele se divide em 
iliohipogástrico (mais superior) e ilioinguinal (que é 
mais inferior). 
Nervo genitofemoral: fura o músculo psoas maior e 
descende na sua face anterior, e no terço final se dividi 
em ramo genital e ramo femoral. 
Nervo cutâneo lateral da coxa: passa posterior ao 
psoas maior e vai para a fossa ilíaca, vai inervar a parte 
lateral da coxa. 
Nervo obturatório e nervo femoral: margeando o 
músculo psoas maior medialmente temos o nervo 
obturatório, que vai para o canal obturatório (vai ser 
dissecado melhor em pelve), e margeando lateralmente 
o músculo psoas maior temos o nervo femoral, que é 
distinto, grande e mais grosso, e vai em direção a coxa. 
Esses formam o plexo lombar que vao de L1 a L4. 
146
 
 
 
Temos também o tronco simpático, que tem uma 
relação com o ligamento arqueado medial e seus 
últimos 4 gânglios tem relação com a inervação dessa 
parte do abdome. 
A inervação em relação a parede e membros inferiores 
se dá por meio de ramos comunicantes brancos, 
sinapses nos gânglios e ramos comunicantes 
cinzentos. 
Os nervos esplâncnicos maior, menor e imo saem 
da parte medial do tronco simpático carregando fibras 
pré-ganglionares até os gânglios pré-vertebrais para a 
inervação das vísceras. 
EX: Gânglio celíacos, gânglios aorticorenais, gânglio 
mesentéricos superior e inferior, essas estruturas vão 
formar plexos nas vísceras. 
OBS: O nervo vago acessa a parte abdominal pelo hiato 
esofágico através dos troncos vagais anterior e 
posterior, mas não está relacionado a inervação da 
parede. 
ARTÉRIAS: 
A aorta se divide em ramos impares, anteriores que 
vão para órgão impares, ramos pares que vão para 
órgãos pares, e ramos paralaterais que vão para a 
parede. 
Os ramos de superior para inferior são: 
1. Artéria Frênica Inferior. 
2. Artéria Suprarrenal. 
3. Tronco Celíaco. 
4. Artéria mesentérica superior. 
5. Artérias renais esquerda e direita. 
6. Artérias gonodais. 
7. Artéria mesentérica inferior. 
8. Artéria Sacral mediana. 
9. Artérias ilíacas comuns esquerda e direita. 
10. Artérias lombares (saem da parte posterior da 
aorta). 
As artérias ilíacas externas dão origem as artérias 
epigástricas inferiores e circunflexa ilíaca profunda. 
 
 
VEIAS 
As veias têm o mesmo nome e mesmo trajeto das 
artérias e as acompanham, com exceção das que vem 
do tubo digestório, pois a drenagem do tubo digestório 
é feita para a veia porta e só depois essa desembocará 
na veia cava. 
OBS: As veias suprarrenal e gonadal esquerdas não 
drenam diretamente para a veia cava, elas drenam para 
a veia renal esquerda. (quando estudarmos testículos 
vamos ver um problema que é mais comum de 
acontecer no testículo esquerdo por causa do ângulo 
que a veia gonodal faz com a veia renal esquerda). 
147
 
 
Por fim, a veia cava inferior drena o sangue da parede 
abdominal e dos órgãos retroperitoneais, sem contar os 
membros inferiores e outras partes do tórax. 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
A drenagem linfatica ocorre basicamente em 3 troncos, 
troncos lombares esquerdo e direito (linfa da região 
retroperitoneal que não é do tubo digestório, da pelve e 
de membros inferiores), o tronco intestinal (recebe a 
linfa dos linfonodos pré-aórticos que drenam a linfa do 
celíacos e mesentéricos, que drenam a linfa do sistema 
digestório e alguns outros órgãos), e todos caem na 
cisterna do quilo também. 
 
RINS: 
Enquanto o figado faz eliminação e preparação 
metabólica das coisas que entram no corpo, os rins 
fazem a mesma função para eliminar os resíduos. 
Responsáveis por grande parte do nosso equilíbrio 
metabólico. Mantem o pH do sangue, controle hídrico 
do sangue. 
São órgãos pares retroperitoneais na região entre 
T12 e L3, tem 10 cm no eixo vertical, de largura 5 cm e 
espessura 2,5 cm. Tem a forma de um grão de feijão 
(reniforme). 
Envolto por estruturas: 
1. Peritônio parietal. 
2. A gordura externamente a fáscia renal recebe 
o nome de gordura pararrenal, e não tem 
nenhuma diferença do tecido extraperitoneal. 
3. A fáscia renal que se adere a lâmina anterior 
da aponeurose toracolombar. 
4. A gordura profundamente a fáscia renal é 
chamada de gordura perirrenal ou cápsula 
adiposa do rim (esta se estende até o seio 
renal) 
A fáscia renal corrobora para a manutenção da 
localização do figado, e junta com as gorduras que o 
revestem fornece sustentação para estes órgãos. 
OBS: falou de anorexia, o figado cai (desloca sua 
posição pois não há mais a gordura de sustentação), 
torção dos vasos gerando insuficiência renal. 
CORRELAÇÃO: A fáscia renal não envolve só rins e 
vasos renais, inferiormente ela é aberta e se continua 
de maneira não uniforme com o ureter e forma a fáscia 
periureteral. 
148
 
 
 
PARTES DO RIM 
O rim possui uma capsula fibrosa do rim que envolve 
seu parênquima, possui polo superior que se 
relaciona com a glandula suprarrenal e o polo inferior 
que se relaciona com o ureter. 
Ele possui a face anterior (voltada para o peritônio 
parietal), face posterior (relação com o músculo da 
parede posterior do abdome), na sua margem medial 
possui o hilo renal, onde adentram as artéria e nervos 
e saem veia renal ureter e vasos linfáticos, possui uma 
margem lateral. 
Em relação a organização dos vasos que passam pelo 
hilo renal temos: Mais anteriormente a veia renal, a 
média é a artéria renal e a posterior é o ureter. 
 
RELAÇÕES 
O rim direito vai ter relação com o fígado, a flexura 
direita do colo, o jejuno e o duodeno. 
O rim esquerdo vai ter relação com o estômago, 
pâncreas, jejuno, baço e flexura esquerda do colo. 
As relações posteriores são as mais relevantes para 
saber: Tem relação com a 12ª costela no polo 
superior e se relaciona inferiormente com o psoas 
maior, quadrado do lombo e nervo L1 e seus ramos. 
OBS: Na cirurgia é evitado ao máximo invadir o 
peritônio, por isso nas cirurgias renais, o acesso é feito 
posteriormente,pois ele é um órgão retroperitoneal e 
por ele estar numa posição mais posterior no corpo. 
 
ANATOMIA INTERNA DO RIM 
3 regiões bem distintas: 
1. A central que é o seio renal (uma cavidade) 
que é infundida pela gordura da cápsula renal. 
2. Medula renal que é em forma de pirâmides 
com base voltadas para o córtex e ápice para a 
região coletora. 
3. A mais periférica, que se chama córtex renal. 
A região individual de cada pirâmide são os cálices 
renais menores, que se juntam e formam os cálices 
renais maiores e que se juntam e formam a pelve 
renal que se localiza no seio renal. 
 
149
 
 
 
O ápice da pirâmide renal parece um chuveiro, por isso 
é chamado de papila renal e é cribiforme (cheia de 
furinhos). O córtex também invagina e divide as 
pirâmides, o que denominamos colunas renais. 
 
A unidade funcional do rim se localiza no córtex renal, 
que é o néfron. 
A pelve renal tem duas formas, a dendrítica (delgada) 
e uma ampolar (que é dilatada), é interessante saber 
que há uma em que os cálculos renais podem ocorrer 
mais frequência, que é a pelve ampolar, pois há um 
espaço para o armazenamento desses cálculos. 
 
Os rins possuem uma segmentação interna que não 
é visível, ela é funcional, assim como no fígado. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
A vascularização é simples artéria e veia renal que são 
bem perpendiculares. A veia renal esquerda é mais 
longa que a veia renal direita, e a artéria renal 
esquerda é mais curta que a artéria renal direita, 
isso ocorre devido a distância dos grandes vasos em 
relação aos antímeros. 
Os vasos renais são ramos anatômicos funcionais, 
pois não fazem anastomoses nas suas regiões finais, 
tem ramos segmentares: 
a. Ramos segmentar superior. 
b. Ramo segmentar anterior superior. 
c. Ramo segmentar anterior inferior. 
d. Ramo segmentar inferior. 
e. Ramo segmentar posterior. 
150
 
 
 
OBS: Na imagem acima só é possível identificar os 4 
primeiros da lista, o ramo posterior está atrás destes, 
mas não é possível vê-lo. 
Os rins são cirurgicamente ressecáveis pois 
possuem segmentos, parecido com o pulmão e o 
figado, eles são passíveis de hipertrofia, quando há 
um rim só por vários motivos ele aumenta de tamanho, 
amplia sua função, etc. 
VARIAÇÕES ANATÔMICAS DAS ARTERIAS 
As artérias são chamadas de extra hilares quando se 
dividem antes de entrar no hilo e não entram nele, elas 
acessam ao rim pelo lado de fora, ou polares quando 
após se dividirem elas entram nos rins em seus polos. 
 
 
OBSERVAÇÕES 
Os rins têm muitas variações anatômicas como o rim 
lobulado, que é a característica do rim na infância, 
porém ele pode se manter na vida adulta. 
 
Os rins, assim como outras estruturas do abdome, 
podem ser encontrados na parte torácica do corpo, 
acima do diafragma, pois podem passar pelos trígono 
esternocostal e o trígono (?) que são as partes frágeis 
do diafragma que possibilitam a passagem de 
estruturas do abdome para o tórax, o nome desse caso 
é rim ectópico intratorácico, mas ele pode ser 
encontrado em outros lugares diferentes de sua 
posição inicial, condição tal que é chamada de rim 
ectópico. 
 
 
Transplante renal: 
O transplante de rim é feito na cavidade pélvica, o 
saudável é implantado na fossa ilíaca, e liga os vasos 
renais nos vaso ilíacos, é colocado nessa região pois o 
rim fica repousado na cavidade, o rim sempre optado 
pelos médicos para o transplante é o direito, pois 
possui uma anatomia vascular melhor e mais favorável 
para a realização do procedimento com sucesso. 
URETERES: 
São tubos musculomucosos que vao coletar e drenar 
a urina formada a partir da pelve renal em direção a 
bexiga. 
O seu trajeto é retilíneo e paralelo aos processos 
transversos. Tem uma parede constituída por músculo 
longitudinal e músculo circular, ou seja, se possui 
parede muscular, ele realiza peristaltismo. 
151
 
 
 
OBS: Essa parede de músculo circular e músculo 
longitudinal é mentira, a musculatura é helicoidal com 
comprimentos diferentes. 
Vão sofrer constrições, a primeira é entre a pelve 
renal e o seu início (a curvatura é a primeira constrição), 
a segunda é quando ele cruza os vasos ilíacos 
externos, e a terceira é quando adentra na bexiga 
urinária pelo musculo detrusor da bexiga, tem alguns 
que consideram a constrição feita pelos vasos gonadais 
também. 
 
A fáscia renal se estende até o ureter formando a fáscia 
ureteral, e a gordura perirrenal se estende até o ureter 
formando a gordura periureteral. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
A vascularização dele é vasta e muito frágil, é vasta 
pois podem ocorrer dos vasos renais, gonadais, 
pélvicos e criar muitas anastomoses ao redor dele, 
porém a manipulação do ureter pode causar 
rompimento desses vasos, ocasionando o infarto do 
ureter, gerando insuficiência renal. Tem vários de 
acordo com a região que passam. 
 
As variações do ureter são muito comuns, ele pode ser 
trífido, bífido, etc. 
 
GLANDULA SUPRARRENAIS: 
São pares e estão relacionadas com o polo superior dos 
rins, a direita tem a característica piramidal e a 
esquerda é semilunar. 
152
 
 
 
 
Sua principal fixação é pela fáscia renal nos pilares 
do diafragma, elas são muito frouxamente aderidas 
ao polo superior dos rins. Tem o nome associado 
mais pela posição anatomica, não são órgãos 
dependentes e sim adjacentes aos rins. 
Tem uma importância hormonal grande, É dividida 
em duas partes, o córtex (mais amarelo), e parte 
medular (mais escura). A medula funciona como um 
neurônio pós-ganglionar simpático produzindo 
adrenalina e noradrenalina, e o córtex produz um grupo 
de 3 hormônios: aldosterona, cortisol e andrógenos. 
 
VASCULARIZAÇÃO: 
Tem 3 vasos arteriais: 
1. Artérias suprarrenais superiores (frênica 
inferior). 
2. Artérias suprarrenais medias (direto da 
artéria aorta abdominal). 
3. Artérias suprarrenais inferiores (ramo das 
artérias renais). 
A drenagem venosa é feita pelas veias suprarrenais 
direita e esquerda, sendo que a direita drena direto 
para veia cava inferior e a esquerda drena para a veia 
renal esquerda. 
OBS: CUIDADO! É muito fácil de confundir com um 
tecido extraperitoneal. 
DRENAGEM LINFÁTICA DESSE ÓRGÃOS 
URINÁRIOS 
Rins: vão drenar principalmente para os linfonodos 
lombares. 
Glândulas suprarrenais: vão drenar principalmente 
para os linfonodos lombares. 
Ureteres: Como são órgãos alongados e grandes em 
comprimentos sua drenagem é dividida em 3 partes: 
a. Sua parte superior drena para linfonodos 
lombares 
b. Sua parte média drena para linfonodos 
ilíacos comuns. 
c. Sua parte inferior drena para linfonodos 
ilíacos internos e externos. 
 
INERVAÇÃO DESSE ÓRGÃOS URINÁRIOS: 
Rins: são inervados por fibras do plexo renal, que é 
basicamente formado por fibras dos nervos 
esplâncnicos toracoabdominais. 
153
 
 
Glândulas Suprarrenais: Inervadas pelas fibras do 
plexo celíaco e por fibras dos nervos esplâncnicos 
toracoabdominais. 
Ureteres: são inervados por fibras nervosas dos 
plexos renal, aórtico abdominal e hipogástrico 
superior e possui fibras aferentes sensitivas que 
acompanhas as fibras simpáticas até a medula (é 
importante lembrar que por ser um órgão longo, o ureter 
receberá inervação de diferentes partes do corpo). 
ADENDOS FINAIS INTERESSANTE 
#BONSPRAESTUDAR 
ÓRGÃOS RETRO/SUBPERITONEAIS 
 
ÓRGÃOS PERITONEAIS 
 
REGIÕES E SUAS RELAÇÕES 
 
 
 
 
154

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