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Amido de Mandioca e Trigo

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Universidade Estadual de Maringá
Departamento de Química – DQI
Disciplina: Tecnologia Química – 526/01
Atividade:
Escrever um trabalho sobre o processo de obtenção do amido e fécula de mandioca
E também sobre o processo de extração do amido trigo
Mercado consumidor e produtor
Diferenças entre estes amidos
Amido de mandioca e trigo
Os termos fécula, amido, polvilho ou goma são sinônimos, porém, é costume chamar de amido o produto encontrado em sementes e fécula o produto encontrado de tubérculos e raízes. O amido é branco, insípido, insolúvel em água fria, seus grânulos podem absorver água e inchar. Em água fria, forma uma suspensão leitosa e em água aquecida entre 60 uma 75° C forma uma substância gelatinosa, denominada goma.
· Obtenção do amido/fécula de mandioca:
O período entre a colheita e consumo não deve exceder 48 horas, ou seja, deve-se planejar a colheita de modo que haja um fluxo contínuo entre colheita e industrialização, com o mínimo de tempo de estocagem. 
As raízes da mandioca chegam para a recepção e pesagem, seguem para o depósito e a partir dali são conduzidas aos lavadores por meio de roscas sem fim ou correias transportadoras, como as raízes vem acompanhada de impurezas é preciso realizar a limpeza para evitar contaminações, as raízes são lavadas, descascadas e classificadas em lavadores, descascadores e depedradores, alimentados através de esteiras e condutores. Estes lavadores geralmente, são cilíndricos ou semicilíndricos construídos de barras de madeira reforçadas, afastadas umas das outras alguns milímetros, os equipamentos são projetados para a lavagem e o descascamento das raízes simultaneamente, com esguichos de água, as pás raspadoras arrastam as raízes pela extensão do lavador, efetuando o descascamento através da raspagem sobre grade, é retirado somente a casca marrom. em seguida as raízes seguem para trituração onde seu tamanho será padronizado de 2 a 3 cm, depois segue para a desintegração, onde passam por um cilindro rotativo, com lâminas dentadas na superfície que ralam a mandioca, causando rompimento celular e liberação do amido, em seguida essa mistura água-mandioca segue para extração que tem como objetivo separar o amido das fibras da mandioca. 
A extração é feita em peneiras cônicas rotativas onde a água entra em contracorrente para melhor separar o amido, este líquido que vem da extração segue para a purificação e a polpa resultante é levada para a rede de tratamento de efluentes da fábrica, ou para a fabricação de rações. Na etapa de purificação a água de amido é purificada com a adição de água e centrifugada para a retirada dos amidos solúveis e partículas estranhas, em seguida a peneiração é um processo usado para eliminar a popa fina, servindo para melhorar a qualidade do produto. 
A concentração tem como finalidade concentrar o amido até 20-22 graus Bé e a desidratação ocorre quando o amido concentrado passa por um filtro a vácuo, trata-se de uma tela cilíndrica, perfurada e coberta por tecidos, removível a cada oito horas em média, o desidratador leva o amido a uma umidade de 45%, para que seja posteriormente secado. Na secagem o amido desidratado segue para uma válvula rotativa que o dosa para um secador pneumático, o produto é conduzido e seco por uma corrente de ar quente, a separação do ar e amido é feita em ciclones, o ar quente atinge 150°C e apresenta, na saída da tubulação, se obtem um produto final com umidade entre 12-13%, em forma de pó e com temperatura média de 58°C que segue para um silo para ser resfriado, estocado e depois ensacado. No ensacamento o amido é transportado por alimentadores helicoidais a uma ensacadeira automática, sem contato manual em sacos que dependem da quantidade que se deseja.
As etapas de processamento e distribuição podem ser realizadas por um ou mais produtor/empresa que processa e distribui os produtos. As raízes frescas são comercializadas: nas feiras, para atravessadores, nas CEASA’s, para a agroindústrias, supermercados e sacolões/frutarias. A farinha é vendida em feiras livres e repassada para supermercados. No caso da fécula, a comercialização ocorre diretamente com as empresas que irão usá-la como insumo em diversos processos industriais. 
Os consumidores de fécula, podem ser classificados como consumidores intermediários, isto é, adquirem o produto para ser utilizado como insumo em diversos processos industriais. Enquadram-se nessa categoria os consumidores que compram pequenas quantidades que podem ser encontradas no comércio varejista e no mercado atacadista. Incluem-se também os consumidores que transacionam grandes volumes negociados diretamente com as fecularias, como os importadores. O negócio de fécula, atualmente, mostra-se como um dos mais promissores devido ao mercado internacional, o consumo desse produto no Brasil gira em torno de 500 mil toneladas por ano.
· Obtenção do amido de trigo:
Na recepção é realizado testes de controle de qualidade do trigo, como peneiramento, densidade, conteúdo proteico e de glúten, umidade, dureza, falling number de hogberg, depois é feito uma pré-limpeza para retirada de impurezas maiores, em seguida é estocado em silos. A primeira limpeza é feita para eliminar todas as impurezas como sementes estranhas, terras, areia, pedras e outros, utilizando peneiras e imas, isso porque a presença de impurezas causa danos aos equipamentos e influencia na qualidade da farinha. No condicionamento é feito o fortalecimento do invólucro externo do trigo que não irá pulverizar durante a moagem o que facilita a separação do endosperma do farelo assegurando que a moagem dará a quantidade de amido danificado, proporcional com a dureza do trigo e o uso final da farinha, adiciona-se água ao grão deixando umedecer a quantidade de água utilizada e o tempo de umedecimento variam de acordo com o tipo de trigo. 
A moagem da farinha divide-se em 6 etapas: 
- Sistema de trituração: estágios de moagem do trigo, conjunto de três a cinco rolos estriados que trituram o grão para extrair o máximo de endosperma para a produção da farinha branca.
- Extração e classificação: separação dos materiais moídos depois de cada um dos rolos de trituração, utilizando peneiras oscilatórias separando a fração de semolinas, farinha e farelo. 
- Sistema de extração: rolos finamente estriados para remoção final do farelo do sistema que segue para a purificação;
- Purificação: limpeza das semolinas (fragmentos do endosperma) mediante classificação e aspiração, removendo os fragmentos do farelo. 
- Sistema de redução: redução da semolina em farinha por um conjunto de até doze pares de moinhos de rolos. A primeira seção dos rolos atua sobre os estoques de semolina limpa, do primeiro e do segundo separadores de trituração, aqui tem a produção de farinhas mais brancas, para a panificação. A seção intermediária atua sobre os resíduos da primeira e sobre os estoques de pior qualidade dos últimos purificadores e os dois ou três rolos finais agem sobre os estoques residuais das duas primeiras seções e gera farinhas de qualidade inferior.
Finalização da farinha é feita para separar a farinha dos outros materiais, no final do processo de separação as farinhas provenientes de diversas máquinas são misturadas, produzindo o que se chama de farinha de “corrida contínua”. Obtêm-se a farinha branca que são os farelos de trigo grossos e finos, para uso como ingredientes em produtos de panificação, alimentos saudáveis e cereais, a ração de trigo, que pode ser usada como alimento para animais, contendo os farelos mais finos e possivelmente o gérmen de trigo, e as farinhas de grau inferior. Por fim seguem para os silos para posterior envase e armazenagem.
No Brasil, as áreas de cultivo do trigo estão concentradas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com maior expressividade na região Sul, responsável por mais de 90% da produção nacional do grão em função das condições climáticas favoráveis. Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul são os principais produtores nacionais, responsáveis por 52,1% e 35,3% de toda a produção do país,respectivamente. Entre os anos de 2000 a 2015, a capacidade de armazenagem para as duas regiões aumentou cerca de 60%, esse aumento não foi suficiente para superar o quantitativo de produção de grãos, que cresceu cerca de 50% no Paraná e 60% no Rio Grande do Sul. A produção de trigo representa, cerca de 8% da produção total de grãos nos estados analisados.
A produção de trigo brasileira é notadamente inferior à demanda de abastecimento e faz com que a produção seja totalmente absorvida pelo consumo interno. O consumo nacional de trigo apresenta uma previsão de acréscimo da ordem de 1,31% ao ano, estimada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A produção interna de trigo prevista para a safra 2016/17 foi de 6,70 milhões de toneladas, com projeção para 2018/19 de 7,89 milhões de toneladas, e o consumo para esse período está estimado em 12,25 milhões de toneladas. Apesar da expansão da produção prevista para os próximos anos, o abastecimento interno ainda é dependente de importações de trigo devido à qualidade do produto, uma vez que o trigo produzido em solo brasileiro possui uma menor concentração de proteínas formadoras do glúten, utilizado pela indústria de panificação. Assim, mesmo que o Brasil atingisse a autossuficiência na produção, ainda seria necessária a importação do produto. Da farinha produzida pelos moinhos nacionais, 90% tem como destino as indústrias de panificação, massas e biscoitos, o restante é comercializado aos canais de distribuição.
· Diferença entre os amidos de mandioca e trigo.
A fécula de mandioca, conhecida também como polvilho sendo classificado como doce ou azedo de acordo com a acidez, é um polissacarídeo natural, constituído de cadeias lineares (amilose) e cadeias ramificadas (amilopectina). A fécula de mandioca é constituída, em média, por 18% de amilose e 82% de amilopectina. Como características físicas e Respingos Lábio para fécula de mandioca são: máximo de 13% de água, máximo de acidez correspondente a 1,0 ml de soluto Normal / 100g, máximo de 0,5% de cinzas e mínimo de 80% de amido. Quanto à finura, 99% devem passar em uma peneira de padrão USA-140 (0,0041 pol). É preciso que a cor seja o mais uniforme possível e com isenção de odores e sabores desagradáveis. A umidade deve ser entre 10-12,5. O pH deve estar compreendido entre 4,5 e 6,5. A viscosidade tem padrões definidos de acordo com o destino do amido. 
O trigo só é destinado para produção comercial de amido, quando sua proteína apresenta qualidade muito baixa para panificação ou quando sofreu problemas com geadas durante seu cultivo, sendo descartado da produção de farinhas. O amido é constituído de amilose e de amilopectina, no geral, a relação amilose/ amilopectina no amido gira em torno de 1:3. Entretanto, essa relação depende da origem do amido e é em função dela que existem diferenças nas características dos amidos de fontes vegetais distintas. O amido do trigo apresenta uma concentração de amilose em torno de 25%. Sua densidade varia de 1,2 a 1,4 e o pH do amido está em torno de 6,5 a 7,0.
· Usos em comum dos amidos de trigo e mandioca.
Os amidos podem ser utilizados nas indústrias de alimentos, têxtil, de papel, química, siderúrgica, farmacêutica, mineração, petrolífera, de pavimentação asfáltica, plásticos, de colas, cosméticos, tintas, de embutidos de carne, de cervejas, produção de embalagens biodegradáveis, em substituição aos derivados do petróleo, entre outros.
Referências
https://www.researchgate.net/publication/216897517_Desenvolvimento_de_biofilmes_a_partir_da_fecula_de_mandioca
https://www.researchgate.net/publication/301799801_Fabircacao_de_amido_de_mandioca
https://pt.slideshare.net/tatytaires/processamento-mandioca-fcula#:~:text=Desintegra%C3%A7%C3%A3o%20%2D%20%C3%89%20feita%20atrav%C3%A9s%20do,e%20consequente%20libera%C3%A7%C3%A3o%20do%20amido.
http://tecgraosecereais.blogspot.com/2011/11/moagem-do-trigo.html
http://www.fecilcam.br/anais/vii_eepa/data/uploads/artigos/12-06.pdf
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_cerrados/mercado.htm
MandiocaZ-ZAnaliseZMensalZ-ZMarcoZ-Z2020.pdf
https://www.conab.gov.br/uploads/arquivos/17_04_25_11_40_00_a_cultura_do_trigo_versao_digital_final.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/79074/1/Anais-Fecula-silva.pdf
https://core.ac.uk/download/pdf/15442388.pdf
https://www.cepea.esalq.usp.br/br/metodologia/metodologia-fecula-de-mandioca.aspx
https://www.embrapa.br/contando-ciencia/alimentacao-e-saude/-/asset_publisher/zXq9MwPJkl46/content/utilidades-da-mandioca/1355746?inheritRedirect=false#:~:text=Conhecida%20tamb%C3%A9m%20como%20goma%2C%20%C3%A1mido,de%20cervejas%20e%20de%20alimentos.

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