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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO ISABELLY FERREIRA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO (HABILITAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS) SETOR DE BIOQUÍMICA – LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS Prof a: Tatiane Fernandes Preceptora: Victor Eduardo Pinheiro MANAUS – AM 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO ISABELLY FERREIRA SILVA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO (HABILITAÇÃO EM ANÁLISES CLÍNICAS) SETOR DE BIOQUÍMICA – LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS Prof a: Tatiane Fernandes Preceptora: Victor Eduardo Pinheiro MANAUS – AM2021 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Desenvolvimento 2.1. Rotina do setor 2.1.1. Coleta de sangue 2.1.2. Procedimento 3. Exames realizados e suas correlações clínicas 3.1. Dosagem de glicose 3.1.1. Método 3.1.2. Materiais utilizados 3.1.3. Amostra 3.1.4. Procedimento do teste 3.1.5. Cálculo 3.1.6. Valores de referência 3.1.7. Significado clínico 3.2. Dosagem de proteína total 3.2.1. Método 3.2.2. Materiais utilizados 3.2.3. Amostra 3.2.4. Procedimento do teste 3.2.5. Cálculo 3.2.6. Valores de referência 3.2.7. Significado clínico 3.3. Dosagem de albumina 3.3.1. Método 3.3.2. Materiais utilizados 3.3.3. Amostra 3.3.4. Procedimento do teste 3.3.5. Cálculo 3.3.6. Valores de referência 3.3.7. Significado clínico 3.4. Dosagem de fósforo 3.4.1. Método 3.4.2. Materiais utilizados 3.4.3. Amostra 3.4.4. Procedimento do teste 3.4.5. Cálculo 3.4.6. Valores de referência 3.4.7. Significado clínico 3.5. Dosagem de ureia 3.5.1. Método 3.5.2. Materiais utilizados 3.5.3. Amostra 3.5.4. Procedimento do teste 3.5.5. Cálculo 3.5.6. Valores de referência 3.5.7. Significado clínico 3.6. Dosagem de creatinina 3.6.1. Método 3.6.2. Materiais utilizados 3.6.3. Amostra 3.6.4. Procedimento do teste 3.6.5. Cálculo 3.6.6. Valores de referência 3.6.7. Significado clínico 4. Conclusão 5. Referências bibliográficas INTRODUÇÃO 2. Desenvolvimento 2.1. ROTINA DO SETOR Este relatório tem por objetivo descrever as atividades realizadas e metodologias empregadas no setor de Bioquímica e Hematologia do Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário Fametro, localizado em Manaus-AM, durante o período de 20/05/2021 a 07/06/2021. Período no qual eu estive estagiando sob a supervisão de Victor Eduardo Pinheiro e Prof.ª: Tatiane Fernandes. Durante o estágio neste setor, anteriormente citado, foram desenvolvidas várias atividades de rotina, que abrangem desde a coleta das amostras, até o acompanhamento dos laudos. Diariamente, antes de iniciar a rotina do setor, cada aluno preparava-se com os EPI’S necessários, em seguida realizava-se a coleta de sangue quando necessário. Após isso eram dadas as orientações a respeito dos exames e métodos a serem desenvolvidos no dia. Em seguida, cada aluno preparava a bancada, separando os materiais necessários para a realização das atividades. Cada procedimento feito, era de acordo com a bula do kit que era dado. Os equipamentos principais como, Banho Maria e Espectrofotômetro são ligados assim que chegamos, e colocados em parâmetros adequados para o uso conforme a necessidade dos testes que serão realizados. Por fim, ao término de cada aula eram feitas a higienização e organização de materiais, bem como a limpeza da bancada com álcool 70% e organização de materiais, além da lavagem do material todos os dias alternando entre os alunos. Ao final do dia, cada um aluno assinava sua ata de presença descrevendo o procedimento do dia. 2.1.1. Coleta de Sangue Materiais necessários: Bandeja Algodão Álcool etílico a 70% Seringa e agulha descartáveis Garrote Tubo roxo, cinza e amarelo Bandagem Adaptador para coleta a vácuo Tubos de coleta: Citrato de sódio (azul): O Citrato de Sódio Tamponado é utilizado para prova de coagulação em amostras. Diferentes concentrações de Citrato de Sódio podem ter efeitos significativos nas análises terapias anti-trombóticas, Tempo de Protombina (TP) e Tempo de Tromboplastina ativada (TTPa). Ativador de coágulo (vermelho): Possui ativador de coágulo (sílica) jateado na parede do tubo, fazendo com que o processo de coagulação da amostra seja acelerado. Utilizados para determinação em soro nas áreas de Bioquímica e Sorologia. Podem ser utilizados para tipagem ABO, RH, pesquisa de anticorpos, fenotipagem eritrocitária e teste de antiglobulina direta. Ativador de coágulo + gel (amarelo): Contém ativador de coágulo jateado na parede do tubo que faz com que o processo de coagulação seja acelerado e gel separador, para obtenção de um soro com melhor qualidade. Utilizados em rotinas de bioquímica, sorologia, imunologia, marcadores cardíacos e tumorais. EDTA (roxo): Possui EDTA jateado na parede do tubo e são utilizados em bancos de sangue. O EDTA é o anticoagulante recomendado para rotinas de hematologia por ser o melhor anticoagulante para a preservação da morfologia celular. Heparina de lítio (verde): Possuem Heparina de Lítio jateada na parede do tubo. São utilizados quando é necessário o uso de plasma para determinações Bioquímicas. Estes aditivos são anticoagulantes que ativam as enzimas antiplaquetárias, bloqueando a cascata de coagulação. Fluoreto de sódio (cinza): Utilizados na dosagem de glicose, lactato e hemoglobina glicada no plasma. O Fluoreto de Sódio é utilizado como inibidor glicolítico e o EDTA como anticoagulante, preservando a morfologia celular. 2.1.2. Procedimento Primeiramente, é feita a higienização das mãos do coletador com água corrente e sabão antisséptico, e a utilização de luvas para maior segurança, eliminando riscos de contaminação. Os materiais que possam ser necessários no momento da coleta sanguínea devem estar organizados e facilmente acessíveis. É preparados os tubos e feito a identificação do paciente com nome. Abrir a embalagem da agulha até expor o canhão e acoplar a agulha no adaptador até ficar firme. Após isso o braço do paciente é garroteado, a quatro dedos acima da fossa cubital, não ultrapassando 1 minuto. Pedir ao paciente que feche a mão e com o dedo indicador tatear para a distinção da veia. Realizada a localização da veia mais calibrosa, é feita a antissepsia do local com algodão umedecido com álcool a 70%, com movimento único ou circulares de dentro para fora. Não soprar e não tocar mais no local. Em seguida, introduzir a agulha com o bisel para cima, e introduzir logo a após o tubo a vacúolo no adaptador e empurrar até o final. Posteriormente, já pode soltar o garrote e esperar o sangue completar a quantidade desejada no tubo. Feito isso colocamos um algodão seco sobre o braço do paciente para a retirada da agulha. Separamos a agulha e desprezamos no recipiente de material perfurocortantes. Homogeneizamos a amostra e colocamos um curativo para o braço do paciente. 3. Exames realizados e suas correlações clinicas 3.1. Dosagem de glicose 3.1.1. Método: Enzimático Colorimétrico 3.1.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Banho-Maria Tubos de ensaio Pipetas AmostraReagente Padrão Cubeta Cronômetro 3.1.3 Amostra Plasma, soro, líquor e líquidos ascítico, pleural e sinovial. A amostra de sangue deve ser obtida após um jejum de no mínimo 8 horas ou de recomendação médica. Coletar o sangue usando o anticoagulante contendo antiglicolítico. 3.1.4. Procedimento do teste Identificar 3 tubos de ensaio, com “Branco”, “Teste” e “Padrão”. Tubos Branco Teste Padrão Amostra —— 10μL —— Padrão (1) —— —— 10μL Reagente de Cor (2) 1000μL 1000μL 1000μL Fonte: Bula (KIT ANALISA, 2018) Após preparar os tubos, os tubos são homogeneizamos e levado para incubar em banho maria a 37ºC por 10 minutos. Feito isso, as amostras dos tubos são colocadas nas cubetas, e levadas ao espectrofotômetro com leitura em 500 nm. Ler a absorbância do padrão (AP) e da amostra teste (AT), zerando o aparelho com o branco. Estável por 30 minutos. 3.1.5. Cálculo Glicose: Amostra ————— x 100 mg/dl Padrão Fator de calibração: 100 ————— Padrão Glicose: Amostra x Fator de calibração mg/dl 3.1.6. Valores de Referência Interpretação dos resultados da glicemia de jejum 1- Glicose entre 65 a 99mg/dl: Glicemia normal 2- Glicose entre 100 e 125mg/dl: Glicemia alterada (Pre- diabetes) 3- Glicose ≥ 126mg/dl: Diagnóstico provisório de diabetes mellitus 4- Glicose ≥ 200mg/dl: Diabetes 3.1.7. Significado clínico Glicose alta: Quando o nível de glicose está entre 100-125 mg/dl, significa que a glicemia de jejum está alterada e requer mudanças de hábitos de vida, como investir em uma alimentação saudável rica em fibras e em atividade física regular. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode auxiliar no controle dos níveis de glicemia. (https://laboratorioexame.com.br/saude/glicemia-de-jejum) Glicose baixa: A glicose baixa, ou hipoglicemia, pode ocorrer em qualquer pessoa. Caracteriza-se por glicemia abaixo de 70mg/dl e pode estar relacionada com longos períodos de jejum, atividade física, uso de medicamentos e consumo de bebida alcoólica. (https://laboratorioexame.com.br/saude/glicemia-de-jejum) 3.2 Dosagem de Proteína total As proteínas são enzimas essenciais para o funcionamento do organismo e possuem variadas funções dentro do corpo, que vão desde ajudar o sistema imunológico a até mesmo permitir a formação dos músculos. No exame de proteínas totais e frações são medidas as quantidades de proteínas presentes na circulação sanguínea do indivíduo, permitindo mensurar os valores de componentes como albumina e globulina, além dos valores totais de proteína. (https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/analises-clinicas/proteina-total-fracoes) 3.2.1. Método: Biureto 3.2.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Tubos de ensaio Pipetas Cubetas Amostra Reagente Padrão 3.2.3. Amostra Soro e líquidos (ascítico, pleural e sinovial). O soro deve ser obtido o mais breve possível. No soro as proteínas são estáveis por até 7 dias a temperatura entre 15 e 25°C ou ate 30 dias entre 2 e 8°C. 3.2.4. Procedimento do Teste Colorimetria Identificar 3 tubos de ensaio com “Branco”, “Amostra” e “Padrão” e proceder: Branco Amostra Padrão Reagente de uso 1,0ml 1,0ml 1,0ml Amostra —— 0,02ml —— Padrão —— —— 0,02ml Fonte: Bula (KIT INVITRO, 2018) Em seguida preparado os tubos, homogeneizar e aguardar 15 minutos entre 15 – 25°C. Após dado os minutos, desprezar as amostras do tubo em cubetas e efetuar a leitura fotométrica em 550nm, apertando o zero no branco. Estável por 3 horas. 3.2.5. Cálculo Proteína total: Amostra ————— x 4 g/dl Padrão Fator de calibração: 4 ——— Padrão Proteína Total: Amostra x Fator de calibração g/dl 3.2.6. Valores de Referência Soro: Recém-nascido: 5,8 a 8,9 g/dl Até 6 anos: 5,6 a 8,5 g/dl Adultos: 6,0 a 8,0 g/dl 3.2.7. Significado clínico Proteína total alta: Hiperproteinemia corresponde ao aumento do nível de proteínas totais no sangue. Nesses casos, há suspeita de forte desidratação do paciente ou ocorrência de doenças como o mieloma. Proteína total baixa: Hipoproteinemia correspondente a casos de insuficiências hepáticas como a cirrose, doenças que causam má absorção intestinal e doenças renais. (https://saude.ccm.net/faq/1678-proteinas-totais-definicao) 3.3. Dosagem de Albumina A albumina é a proteína mais abundante no plasma, perfazendo cerca de 50% do total de proteínas. É sintetizada no fígado e contribui com 80% da osmolaridade do plasma sanguíneo, constituindo, também, uma importante reserva proteica, bem como um transportador de ácidos graxos livres, aminoácidos, metais, cálcio, hormônios e bilirrubina. A albumina também tem função importante na regulação do pH sanguíneo, atuando como ânion. (https://www.ufrgs.br/lacvet/servicos/componentes-do-perfil-bioquimico/albumina/) 3.3.1. Método: VBC (Verde de bromocresol) 3.3.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Tubos de ensaio Pipeta Amostra Reagente Padrão 3.3.3. Amostra Plasma e Soro. O plasma ou soro deve ser obtido o mais breve possível; nestes a albumina é estável por 7 dias à temperatura entre 15 e 25°C ou por 1 mês, entre 2 a 8°C. 3.3.4. Procedimento do Teste Colorimetria Identificar 3 tubos de ensaio com “Branco”, “Amostra” e “Padrão”. Proceder: Branco Amostra Padrão Reagente 1,0ml 1,0ml 1,0ml Plasma ou soro —— 5μL —— Padrão —— —— 5μL Fonte: Bula (KIT INVITRO, 2018) Seguidamente após preparar cada tubo, homogeneizar bem e aguardar 10 minutos entre 15 – 25 °C. Desprezar as amostras em cubetas e levar para a leitura fotométrica em 630nm, acertando o zero com o tubo branco. Estável por 60 minutos 3.3.5. Cálculo Albumina: Amostra x 10 g/dl 3.3.6. Valores de Referência 3,5 a 5,5 g/dl ou 35 a 55 g/l Valores altos: Desidratação, Valores baixos: Desnutrição, inflamações, alterações intestinais. 3.3.7. Significado Clínico Albumina alta: Desidratação. (https://www.ufrgs.br/lacvet/servicos/componentes-do-perfil-bioquimico/albumina/) Albumina baixa: Hipoalbuminemia é a diminuição do parâmetro de albumina. Os índices diminuídos são encontrados em patologias hepáticas, doenças crônicas e em situações que levem à perda proteica, como doenças intestinais. Doenças renais que culminem com perda proteica também podem resultar em valores diminuídos. A não ingesta alimentar de fontes proteicas é associado a quadros de hipoalbuminemia. Há relatos na literatura de diminuição de albumina sérica em processos inflamatórios, sendo considerada uma proteína de fase aguda negativa. Em queimaduras graves e de longa extensão é relacionada com a diminuição na síntese de albumina. (https://ibapcursos.com.br/albumina-alta-ou-baixa-no-sangue-entenda-os-resultados-de-exames/) 3.4 Dosagem de Fósforo O fósforo é um mineral que se combina a outras substâncias para formar compostos fosfatados orgânicos e inorgânicos. Os termos fósforo e fosfato costumam ser análogos no que se refere ao exame realizado, mas o que é dosado é a quantidade de fosfato inorgânico presente no sangue. Os fosfatos são vitais para produção de energia, funcionamento de músculos e nervos e crescimento ósseo. Também têm papel importante como tampões, ajudando a manter o equilíbrio ácido-básico. O fósforo provém junto com a dieta. É encontrado em muitos alimentos e é rapidamente absorvido nos intestinos. Cerca de 70% a 80% dos fosfatos do organismo encontram-se combinados com cálcio para formar ossos e dentes, cerca de 10% são encontrados em músculose aproximadamente 1% no tecido nervoso. O restante encontra-se no interior das células em todo o corpo onde é usado principalmente para armazenar energia. (https://labtestsonline.org.br/tests/fosforo) 3.4.1. Método: Colorimétrico – Fosfomolibdato 3.4.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Tubos de ensaio Pipetas Cubetas Água destilada Padrão Amostra Redutor Molibdato Tampão Cronômetro 3.4.3.Amostra Soro, plasma, urina e liquido amniótico. 3.4.4. Procedimento do Teste Identificar 3 tubos de ensaio, com “Branco”, “Teste” e “Padrão”. Proceder: Tubos Branco Teste Padrão Água destilada 2,5ml 2,5ml 2,5ml Padrão (1) —— —— 0,1ml Amostra —— 0,1ml —— Redutor (2) 1 gota 1 gota 1 gota Misturar. Molibdato (3) 1 gota 1 gota 1 gota Agitar fortemente. Nesta fase ocorre turvação. Colocar os tubos em banho de água fria a 20 - 25°C por 3 minutos. Tampão (4) 2 gotas 2 gotas 2 gotas Agitar fortemente. Colocar os tubos em banho de água fria 20 a 25°C por 5 minutos. Desprezar as amostras em cubetas e fazer a leitura fotométrica em 650nm, acertando o zero em absorbância com o tubo branco. Estável por 15 minutos. Fonte: Bula (KIT ANALISA, 2018) 3.4.5. Cálculo Fator de calibração = 5 ———— Padrão C.Teste: Amostra x FC mg/dl 3.4.6. Valores de referência Soro ou Plasma Adultos: 2,5 a 4,8 mg/dl 3.5.7. Significado Clínico Valores Elevados: Hiperfosfatemia: A concentração de fósforo no soro está aumentada na insuficiência renal (aguda ou crônica) , e no hipoparatireoidismo, hipervitaminose D, acromegalia, rabdomiólise, e nas situações de lise tumoral aguda (por exemplo, quimioterapia do linfoma). A hiperfosfatemia pode ocorrer após a administração de laxativos e enemas de retenção contendo fosfato. ( bula) Valores Diminuídos: Hipofosfatemia: A concentração de fósforo está diminuída na fase de absorção dos carboidratos (glicose é demais açúcares são fosforilados ao penetrar nas células). Ocorre no hiperparatireoidismo, raquitismo, deficiência de vitamina D, esteatorreia e em algumas doenças com reabsorção tubular de fosfato deficiente (síndrome de Fanconi). (bula) 3.5. Dosagem de Ureia A ureia constitui o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo, sendo que 90% deste analito é excretado pelos rins e o restante eliminado pelo trato gastrintestinal e pela pele. Apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo, não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a ureia é um preditor fraco da filtração glomerular, pois 40%-70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva tubular, que é dependente do fluxo urinário. ( http://www.rbac.org.br/artigos/biomarcadores-da-funcao-renal-do-que-dispomos-atualmente/) 3.5.1. Método: Enzimático Colorimétrico 3.5.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Banho-Maria Tubos de ensaio Pipetas Cubetas Reagente Padrão Amostra Cronômetro 3.5.3. Amostra Soro, plasma ou urina. 3.5.4. Procedimento do teste 1- Técnica com reagente único Zerar o aparelho com água destilada. Em uma cubeta mantida a temperatura de trabalho colocar: Reagente Único 1ml Amostra ou padrão 10μL Misturar imediatamente (sem inversão) e disparar simultaneamente o cronômetro. Ler a absorbância após 60 segundos (D1 ou P1) e continuar a incubação. Medir novamente a absorbância (D2 ou P2) aos 120 segundos (60 segundos depois da primeira leitura). Fonte: Bula (KIT 3.5.5. Cálculo Fator de calibração = 0,60 ————— P1 – P2 Ureia = (A1 – A2) x Fc g/dl 3.5.6. Valores de referência Soro ou plasma: 0,10 – 0,50 g/l como ureia (4,7 – 23,4 mg/dl como BUN). 3.5.7. Significado clínico Ureia Alta: A concentração elevada de ureia pode indicar alguma inadequação no processo de filtragem do sangue pelos rins. As situações geralmente associadas a essa inadequação são: · Insuficiência renal; · Obstrução do trato urinário; · Desidratação; · Queimaduras graves; · Excesso de proteínas na alimentação; · Uso de medicamentos como corticóides; · Sangramento gastrointestinal; Ureia baixa: O nível baixo de ureia no sangue pode indicar alterações musculares, falta de proteína na alimentação, desnutrição ou insuficiência hepática, mas, em geral, o nível baixo de ureia não é um dado preocupante. (https://nefroclinicas.com.br/o-que-e-ureia/) 3.6. Dosagem de Creatinina A creatinina é um resíduo produzido nos músculos de uma substância chamada creatina, que faz parte das reações que produzem a energia necessária para a contração muscular. A produção de creatinina ocorre em uma velocidade relativamente constante e é quase toda excretada pelos rins. Por isso, seu nível no sangue é uma boa medida da função renal. Além disso, a creatinina é um marcador muito conhecido e utilizado há décadas na detecção de doenças renais e a sua dosagem periódica é recomendada para avaliar como está o funcionamento dos rins. (https://labtestsonline.org.br/tests/creatinina) 3.6.1. Método: (Jaffé) – Método Cinético Colorimétrico 3.6.2. Materiais Utilizados Espectrofotômetro Banho-Maria Tubos de ensaio Pipetas Água destilada Tampão Ácido pícrico Amostra Cubetas Cronômetro 3.6.3. Amostra Soro, plasma ou líquido amniótico. Sob refrigeração (2-8 °C), a creatinina no soro ou plasma é estável por 07 dias. Amostras de plasma podem ser obtidas com quaisquer anticoagulantes. 3.6.4. Procedimento do Teste Preparo do reagente de trabalho: Adicionar 4 (quatro) partes do conteúdo do frasco de tampão (1), com 1 (uma) parte de ácido pícrico (2) e homogeneizar bem. Estável por 24 horas em temperatura ambiente. Dosagem de soro, plasma ou líquido amniótico e urina diluída: Condições para o teste Temperatura de trabalho 37°C ± 0,5°C Comprimento de onda 510nm 1-Acertar o zero do aparelho com água destilada. 2-Pipetar em tubo de ensaio: Volume Reagente de trabalho 1,0ml Amostra 0,1ml 3-Homogeneizar e colocar em banho-maria a 37°C. Acionar o cronômetro. 4-Medir as absorbâncias ao 30 e 90 segundos, respectivamente A1 e A2. A diferença entre as duas leituras é proporcional à concentração de creatinina na amostra. Fonte: Bula(KIT INTERKIT, 2016). 3.6.5. Cálculo Creatinina: (A2 – A1) x Fc 3.6.6. Valores de referência Soro e Plasma: 0,4 – 1,3 mg/dl 3.6.7. Significado Clínico Valores altos de creatinina podem indicar danos nos rins e outros problemas, incluindo: · Infecção renal; · Insuficiência renal; · Desidratação; · Bloqueio do trato urinário; · Intoxicação com metanol; · Rabdomiólise (destruição das fibras musculares); · Pré-eclâmpsia (pressão alta na gravidez). Creatinina baixa: Podem indicar quadros de desnutrição ou perda de massa muscular causada pelo avançado da idade ou por doenças como distrofia muscular e miastenia grave. CONCLUSÃO Referências
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