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Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I PNEUMONIA PAC: adquirida na comunidade ou surgi- mento até 48 horas após admissão hos- pitalar. PNC: após 48 horas de internação; 2 ou mais dias hospitalizados em até 90 dias; asilos, casa de saúde, diálise; uso anti- microbianos EV; quimioterapia ou tto de escaras nos últimos 30 dias. Diagnóstico: clínico, e em suspeita de PAC grave ou PNC pedir raio-x. Sinais e sintomas: tosse (+comum), con- fusão mental, febre, dispneia, dor torá- cica, expectoração, cefaleia, sudorese, calafrios, mialgia. Exame físicco do tórax: MV diminuidos ou abolidos (pulmão afetado-PF), ex- pansibilidade diminuída (PF), frêmito to- racovocal aumentado ( exsudato), maci- ço a percussão; Raio-x (PA e P): opacidade pulmonar; Exames complementares: hemograma, procalcitonina ou PCR (marcador de gra- vidade e acompanhamento tto). CURB-95 e CRB-65: Confusão mental = 1 ponto Ureia > 50mg/dl = 1 ponto (no CRB- 65 não tem) Frequência respiratória ≥ 30 rpm = 1 ponto Idade ≥ 65 anos = 1 ponto PAS < 90mmHg ou PAD ≤ 60mmHg = 1 ponto CURB-65 0-1 ponto: tratamento ambulatorial 2 ponto: considerar internar; inter- nação breve (tto hospitalar por 2/3 dias e continuar tto ambulatorial pós alta); 3 ou + pontos: tto hospitalar 4 a 5: avalair UTI CRB-65 0 pontos: tto ambulatorial 1-2: tto hospitalar 3-4: hospitalização urgente COX-PSO: dúvida sobre internação C- comorbidades O- oxigenação SpO2 menor que 90%> internar X- raio-x: derrame pleural, exten- são P- psicossocial: ausencia familiar, capacidade de entender a prescri- ção S-socioeconomico: acesso aos me- dicamentos, retorno para avaliação O- aceitabilidade da medicação oral Tratamento ambulatorial: Previamente hígidos: macrolídeos ou betalactâmicos Comorbidades ou antibiótico em 3 meses: betalactâmicos+ macrolí- deos ou quinolonas Tratamento hospitalar (internar): beta- lactâmicos+ macrolídeos ou quinolo- nas Tratamento em UTI: Sem risco de pseudomonas: beta- lactâmicos+ macrolídeos ou quino- lonas Com risco: betalactâmicos antip- seudomonas + quinolonas Fármacos: Macrolídeos: azitromicina 500mg VO, 1 cp VO ao dia por 5 dias ou 500mg EV. Betalactâmicos: amoxacilina 500mg VO de 8/8 horas ou ceftra- xone 2g EV 1 vez ao dia ou cefepi- me 2g EV de 8/8 horas. Quinilona respiratória: moxifloxa- cina 400 mg VO, 1 vez ao dia ou Le- vofloxacina 500mg VO 1 vez ao dia. Antipseudomonas: - Piperacilina-Tazobactam 4,5mg EV de 8/8 horas; - Cefepime 2g EV de 8/8 horas; - Meropenem 1g EV de 8/8horas (sepse). Tratamento PNC (risco de pseumonas): betalactâmicos antipseudomonas + quinolonas ou macrolídeos. Cefepime + levofloxacina ou azitro- micina ASMA Tríasde clássica: dispneia, opressão to- rácica e sibilância, podendo apresentar tosse. Diagnóstico: clínico. Exames físicos: sinais clássicos de ob- strução, como sibilância,sem ruídos ad- ventícios e ausculta do murmúrio vesi- cular diminuída, /retração do músculo esternocleidomastóideo. Tratamento: agonista beta-2 adrenérgi- co inalatóriso de curta ação + anticoli- nérgicos. Fenoterol + Brometo de inatrópico. Alta hospitalar: prednisona por 7 a 10 dias + budenosida (C.I). Agendar retor- no em 5 a 7 dias. DPOC Obstrução fixa da via aérea causada por enfisema, bronquite crônica ou ambos. Exacerbação: piora da dispneia, aumen- to de expectoração ou alteração da ca- racterística do escarro (escarro se torna purulento), sendo que sua maioria é causada por processos infecciosos bac- terianos ou virais. Quadro clínico: dispneia, tosse e acha- dos compatíveis com broncoespasmo, como sibilos, roncos e uso de muscula- tura acessória. Exacerbações graves po- dem cursar com cianose e hipoxemia. Exame físico: sibilância, taquipneia e comprometimento respiratório, como dificuldade de falar devido a esforço respiratório, uso de musculatura acess- ória e movimentos torácicos ou abdomi- nais paradoxais (assincronia entre tórax e abdome durante a respiração). Diagnóstico diferencial: TEP, IC, pneu- monia, pneumotórax. Conduta: reversão da limitação ao fluxo aéreo com broncodilatadores inalat- órios de curta ação e glicocorticoides sistêmicos, tratamento de infecções, oxigenação adequada e suporte venti- latório, se necessário. Salbutamol ou Fenoterol + Brometo de inatrópico. Casos graves: + Prednisona por 5 dias e em exarcebação antibiotico por 5 a 10 dias. IVAS Sindrome Gripal é um conjunto de si- nais e sintomas no indivíduo com qua- dro respiratório agudo, caracterizado por dois dos seguintes sintomas febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gusta- tivos. 1. Resfriado comum: Incia-se com quandro de odinofagia, seguidor por ri- norreia (coriza) e obstrução nasal. Pode ainda ter tosse, mialgia e febre, duran- do de 3-5 dias. Tratamento: Obstrução nasal: Oximetazolina aplicar 2 a 3 atomizações em cada narina de 12/12 horas; Rinorréia: Hidroxizina 200mg, to- mar xarope 25mg, 8/8 horas (4 ve- zes ao dia); Tosse persistente: Fenoterol (Bero- tec) 0,5mg/ml tomar 10 a 20 gotas, 3 vezes ao dia. Se dor ou febre: dipirona 500mg, tomar 1cp VO de 6/6 horas. 2. Sinusite: principalmente por pneu- mococos, hemófilos e moraxella (resis- tente a ATB betalactâmicos), é caracteri- zado por IVAS por mais de 1-14 dias ou febre associada de descarga nasal puru- lênta com piora noturna por 3 a 4 dias e tosse com piora noturna. Tratamento: amoxacilina 50mg/kg/dia e cefuroxima. Se alergia azitromicina. 3. Amigdalite aguda (faringite bacteria- na aguda: por streptocococos. Início Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I subto de odinofagia e febre. A faringe avermelhada com petéquias no palato mole, amígdala com exsudato e sinais de escarlatina ( língua em framboesa, si- nal do Filatov (palidez perioral), sinal de Pasti (linhas avermelhadas que não so- mem a digito-pressão). Tratamento: 1.Amoxacilina500mg______________ 30 tomar 01 cp VO de 8/8 horas por 10 dias; 2. Dipirona 500mg_________ 1 cx to- mar 1 cp VO de 6/6 horas se dor ou fe- bre; Se não melhorar em 72 horas pensar em mononucleose: pesquisa de estrep- tococos negativo, hemograma caracte- ristico, placas esbranquiçadas. Auto re- solutiva, não tem efeito e piora com amoxacilina. 4. Amgdalite viral: Por adenovírus: conjultivite, febre e faringite; Por Coxsackievirus. Nesse caso de- ve-se utilizar antiinflamatório e an- titérmico, não sendo necessário antibiótico. Recomendar alimentos em temperatura ambiente ou mais para gelado, evitar alimentos salga- dos. 5. Abcesso amigdaliano: dor de gargan- ta, febre, trismo ( limitação na abertura bucal - sinal mais marcante), disfagia. Deve-se pedir tomografia+ associar a penicilina ou clindamicina + drenagem cirurgica. 6. Otite média aguda (OMA): causada por pneumococos, hemofilos e moraxel- la. Quadro clínico: febre, irritabilidade, otalgia, otorreia purulenta. Diagnóstico:clínico+otoscopia. Tratamento: amoxacilina. Dobrar a do- se quando for menor que 2 anos, uso de tratamento recente com ATB, cre- che. Em alergias: azitromicina. Falha em 72 horas associar ao clavulanato ou ceftriaxone. Otite externa: dor no ouvido unilateral ao tirar a camiseta. EDEMA AGUDO PULMONAR Diagnóstico: clínico; EAP Cardiogênico: associado a eventos coronários isquêmicos ou na sequência de uma história de dispneia progressi- va; EAP não Cardiogênico: quadro infeccio- so; Quadro clínco: taquipneia, taquicardia e estertores em bases pulmonares, po- dendo progredir para dispneia franca, estertoração até os ápices e tosse com expectoração rósea, mimetizando um afogamento. Exame físico: palidez, sudorese fria, cia- nose de extremidades, utilização de musculatura respiratória acessória com respiração superficial, ruidosa e estase jugular. Exame complementar: ECG e Radiogra- fia de tórax. Hemograma (quadro infec- cioso), BNP (diferenciar cardiogênico de não). Conduta: oxogenioterapia (hipóxia ou acidose respiratótia) + sulfato de morfi- na EV + Diurético EV + Nitroglicerina +Nitroprussiato ou Dobutamina (insta- bilidade hemodinâmica). EmIAM trom- bolisar ou angioplastia. TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) Fragmentação e migração para os pul- mões de trombos formados no sistema venoso profundo, especialmente nos membros inferiores. Fatores de risco: idade > 50 anos, IC. DPOC, DM, HAS, tabagismo, obesidade, imobilidade ou paresia >3 dias, truama, fratura do joelho ou quadril, cirurgia ou laparoscopia, hemotransfusão, trauma, gestação, puerério, anticoncepcional ou reposição hormonal, cateres, mrca- passo, trombofilias, história prévia de TEV, síndrome nefrótica, doenças ate- roesclerórica, doença inflamatória intes- tinal. Achados clássicos: edema, empasta- mento da panturrilha e dor à dorsifle- xão do membro inferior. Exame: angiografia é o padrão ouro, confirma ou exclui diagnóstico, pode-se pedir ainda ultrassom com doppler. No eletro vemos S1,Q3 e T3. Escore de Wells (2 ou + pontos probabi- lidade elevada de TEP): câncer ativo <6 meses ou metástases (1); hemoptise (1); história de TEV (1); imobilização >2dias ou cirurgia recente <4 semanas (1); taquicardia FC>100bpm (1); edema e dor a palpação (1); não a diagnóstico alternativo mais provável que TEP (1). Alto risco: polissintomáticos com hipo- tensão arterial e/ou choque obstrutivo, definida PAS 40 mmHg em intervalo de tempo superior a 15 minutos e não rela- cionada a hipovolemia, sepse, arritmia ou medicamentos, sinais de disfun- ção/dilatação do ventrículo direito (eco- cardiograma ou tomografia computado- rizada) e extenso comprometimento ar- terial; Tratamento: Estreptoquinase (fibri- nolítico), em infusão contínua por até 120 horas, promovendo a lise lenta e progressiva do trombo). Se não melhorar fazer embolectomia percutânea ou cirurgica. Baixo risco: oligossintomáticos, ausên- cia, disfunção ou dilatação do ventrículo direito, embolia pulmonar segmentar ou periférica, biomarcadores (troponina e/ou BNP) positivos de forma isolada ou mesmo negativos Tratamento: heparina (enoxapari- na 1mg/kg 12/12h SC) e/ou anti- coagulação oral (varfarina). Outros méotdos: movimentação dos membros, meias elásticas. compressão pneumática intermintente. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TEP) A doença tromboembolismo venoso (TEV) agrega a trombose venosa profun- da (TVP) e sua principal complicação aguda, o tromboembolismo pulmonar (TEP). Fatores de risco: pacientes mais novos (-65 anos), pós-operatório, imobilização com gesso, neoplasia, quimioterapia, doença cardiovascular, TVP prévia, veias varicosas, obesidade, gestação, anticon- cepcional oral (altas doses de estróge- no), politrauma, fatores hemodinâmico (coagulação), doença inflamatória intes- tinal. Quadro clínico: edema, dor e aumento do volume do membro com empasta- mento muscular. Complicação crônica da TVP: insuficiên- cia venosa crônica e a síndrome pós-fle- bítica; Diagnóstico: edema, dor e aumento do volume do membro com empastamen- to muscular. Buscar assimetria e dor a dorsiflexão do pé (sinal de Homans) e si- nal da “bandeira” (empastamento da musculatura da panturrilha). Exame complementar mais empregado no diagnóstico da TVP: ultrassonografia com Doppler venoso. Tratamento: anticoagulação. Também pode ser com emprego de heparina não fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular (HBPM), seguida ou não pela anticoagulação oral, de acordo com a indicação clínica A partir do 2º dia de anticoagulação e repouso, início de deambulação e meias elásticas de média compressão. Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO Presença de ar livre na cavidade pleural, sendo o trauma a causa mais comum de pneumotórax hipertensivo. Quadro clínico: dor pleurítica, dispneia, palidez, sdorese, desconforto respirat- ório, hipotensão, turgênia jugular Diagnóstico: clínico, tratamento não re- quer exames complmentares. Exame físico: assimetria no hemitorax, som hipertimpânico, MV ↓, expansibili- dade presente em apenas um lado, per- cussão contralateral timpânica). Exame de imagem: radiografia do tórax. Conduta: descompressão imediata (punção simples com cateter fino no 2° espaço intercostal e na linha hemiclavi- cular). TORACOCENTESE E DRENAGEM PLEU- RAL Toracocentese: puncionar a cavidade pleural para aspirar ar ou líquido para diagnóstico ou tratamento. Punção: região dorsal em que os recessos costodiafragmáticos são mais baixos, na borda superior dos arcos costais. Paciente sentado. Drenagem pleural: ato de colocar um dreno dentro da cavidade pleura. Indicação: derrame pleural e pneu- motórax. Procedimento: é realizada no 7º ou no 8º espaço intercostal, podendo ser realizado no 2° espaço intercos- tal em pneumotórax. Paciente de- cúbito dorsal com as mãos na cabe- ça. Antissepsia seguida por aneste- sia e por fim a drenagem. Complicações: dor no local do procedi- mento, hematoma da pele e subcutâ- neo, reação vasovagal, hipovolemia, contaminação do espaço pleural, ede- ma de reexpansão pulmonar, pneumot- órax e hemotórax PARACENTESE Retirada de líquido da cavidade abdomi- nal através de uma agulha. Indicações: internados com ascite, líqui- do infectado, fístula. Contraindicação: coagullopatia, falta de acesso até o líquido alvo, comprometi- mento cardiopulmonar grave. Procedimento: anestesia, agulha fina guiada por imagem até atigir o local. In- serir fio guia, retira-la e inserir uma de maior calibre ou dreno para retirada do líquido. Volume maior que 5l: reposição com albumina 8 a 10g por L de ascite retira- da. Complicações: raras. Não precisa de je- jum. TRAUMA ABDOMINAL 1) Traumatismo fechado: impacto dire- to, causando compressão ou esmaga- mento principlamente das vísceras sóli- das abdominais e pélvicas. Instabilidade hemodinâmica: fazer FAST, se positivo fazer laparosto- mia exploradora, se negativo inves- tigar outras causas; Estabilidade hemodinâmica: - Paciente inconsciente: TC abdo- minal, larpotomia exploradora; - Paciente consciente: sinais de irri- tação peritonial se sim lapatoroti- mia exploradora, se não USG abdo- minal e se vir alterado fazer TC ab- dominal 2) Traumatismo penetrante Arma branca: Paciente instável hemodinâmica- mente: laparotomia exploradora Paciente estável: observar hematú- ria, sangramento gástrico/retal, irri- tação hemodinamica. Se sim lapa- rotomia exploradora. Se não, fazer exploração digital, se o ferimento for penetrante fazer laparotomia exploradora, se não observar. Arma de fogo: Paciente instável hemodinâmica- mente: laparotomia exploradora Paciente estável: observar hematú- ria, sangramento gástrico/retal, fe- rimento transfixante se sim laparo- tomia exploradora. Se nao pedir RX de abdome, se tiver ferimento pe- netrante fazer LE. Se não ver se o ferimento é tangencial, em transi- ção ou dorsal-obesos, nesse caso Tomografia ou laparoscopia. TRAUMA TORÁCICO A respiração paradoxal e uma das prin- cipais manifestações do tórax instável. Fazer o ABCDE do trauma. As lesões que causam risco iminente a vida são: Lesões das vias aéreas superiores: em asfixia por obstrução laríngea única indicação de traqueostomia de urgência. Pneumotórax hipertensivo; Hemotórax maciço: acumulo rápi- do de sangue no espaço pleural. Fa- zer drenagem torácica. Tamponamento cardíaco: seme- lhante ao do pneumotórax hiper- tensivo + falta de resposta à reposi- ção de fluidos endovenosos. Fazer pericardiocentese monitorizada por traçado eletrocardiográfico se im- põe como medida salvadora até que um cirurgião habilitado realize toracotomia e pericardiotomia. Pneumotórax simples: + encontra- do. Drenar com dreno tubular no 4° ou 5° espaço intercostal, anterior a linha axilar média. Contusão pulmonar: raturas cos- tais múltiplas e principalmente das três primeiras costelas, da escápula e do esterno. Tratar igual o afunda- mento torácico melhorar a oferta de oxigênio, reexpandir o pulmão (hemopneumotórax), administrar lí- quidos cautelosamente, fornecer analgesia para melhorar a ventila- ção e promover a reeducação respi- ratória Ferimento transfixante do medias- tino; Lesão traumática do diafragma: la- paroscopia. Trauma torácico com ausculta pul- monar normal,investigar FAST e se tiver líquido, realizar punção de marfan > Hematoma pericárdio. **Nunca explorar com dedo. TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO Crianças: acidentes domestícos, es- portivos e queda. Adolescente e adulto: acidentes de transito e agressão. Idosos: quedas e acidentes domés- ticos. Lesões primárias: evento traumático, com lesões imediatas e inevitáveis co- mo fraturas, hemorragias, contusão (zo- na oposta ao impacto), lesões axonal di- fusa. Atentar-se no hematoma epidural: período lúcido. Glasgow ≤12 pede tomografia. Figura 1. 1, aumento de volume de partes moles extracranianas; 2, fratura óssea com afundamen- to; 3, hemorragia subaracnoidea; 4, desvio de es- truturas da linha média/edema cerebral difuso; 5, Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I hematoma subdural; 6, hematoma epidural; 7, contusão cerebral em polo frontal (giros retos e orbitários). Lesões secundárias: edema cerebral, distúrbis vasculares (hipóxia, hiperemia, vasodilatação, perda da autorregulação, vasoespasmo. Tríade de cushing: elevação da PA + bra- dicardia + alterações respiratórias. Exames: TC de crânio (avaliação inicial); RNM (complementação e evolução), he- mograma (anemias pelos sangramen- tos); Conduta: imobilizar a coluna ( colar cer- vical), intubar se necessário, manter pa- CO2 em 35mmHg, corrigir anemias e hi- potensão aguda, corrigir as alterações hidroeletrolíicas. Sedar paciente com propofol ou midazolam + fentanil; Manter paciente em UTI, monito- rando-o (pressão intracraniana, hi- pertensão...); Expansão do volume plasmático e vasopressina sistêmico: Dopamina ou norepinefrina; Manter cabeceira elevada a aproxi- madamente 30° desde que sua pressão arterial esteja normalizada; Pacientes graves: fazer hipotermia para diminuir a cascata e aumentar a tolerância à hipóxia e reduzir a hi- pertensão intracraniana; Hipertensão intracraniana: drena- gem ventricular, caso não consiga inde-se manitol 20% em bólus. Sucralfato é administrado pela son- da desde o início. Convulsões após TCE: Difenilidan- toína 250 mg EV, seguida de 100 mg a cada 8 horas. POLITRAUMA Motivos de morte: Imediatamente ou até poucos mi- nutos depois do trauma: amputa- ção múltiplas, esmagamento múlti- plos, TCE com perda de massa en- cefálica, rotura do músculo miocár- dio. Minuitos até hora após o trauma: obstrução de vias aéreas, insufici- ência respiratória, choques, sangra- mentos e causas neurológicas (TCE); Dias e até semanas após o trauma: TCE, hemorragia intracraniana e sepse decorrente do acidente. ATLS: Imobilização cervical com colar com head block Oxigênio de alto fluxo; A ( Avaliação das vias aéreas): Checar se o paciente consegue fa- lar/ respirar. Caso seja identificado líquido, de- ve-se abrir a boca e observar pre- sença de corpo estranho ou líquido obstruindo a passagem do ar. Se paciênte tem sangramento con- tínuo ou vômito de repetição consi- derado via aérea de risco: intuba- ção. Via aérea definitiva: tubo endotra- queal com cuff insuflado , fixado e ligado a fonte de oxigênio. B (respiração): Rasgar roupa do paciente para ava- lair o tórax. Busca por lesões, retrações e abau- lamentos, homorragias. Exame físico pulmonar: expansibili- dade, ausculta (MV abolido indicati- vo de sangue ou ar entre o pulmão e gradil costal) e percussão. Tratar pneumotórax e outros acha- dos; Controle da dor em contusão pul- monar, se mesmo com analgesia a saturação continuar caindo é indi- cativo de intubação. Circulação: Tratamento de choque; Combate a hemorragia. Para avaliar usamos o volume de lí- quido perdido: Paciente grau I: paciente que per- deu nenhuma ou pouca quantidade de sangue (<750 ml), por isso não tem grandes alterações hemodinâ- micas – normotenso, pressão de pulso normal ou diminuída, diurese maior que 30 ml/h, ansioso, com frequência respiratória normal (14- 20), FC normal (<100 bpm) à faço reposição volêmica com solução cristaloide. Paciente grau II: paciente que per- deu 750 – 1500 ml de sangue – nor- motenso, pressão de pulso diminuí- da, diurese 20-30 ml/h, ansioso/le- tárgico, com FR levemente aumen- tada (20-30), FC levemente aumen- tada (>100) faço reposição volê- mica com solução cristaloide. Paciente grau III: paciente que per- deu 1500 – 2000 ml de sangue – PA diminuída, pressão de pulso dimi- nuída, diurese 05 – 15 ml/h, ansio- so/confuso, com FR aumentada (30-40), FC alta (>120) à faço repo- sição volêmica com solução crista- loide e cogito transfusão sanguínea dependendo da resposta do pacien- te. Paciente grau IV: paciente que per- deu >2000 ml de sangue – PA dimi- nuída, pressão de pulso diminuída, diurese ausente, confuso/letárgico, com FR>35, FC alta (>140) à faço re- posição volêmica com solução cris- taloide e transfusão sanguínea obri- gatoriamente. O choque está sendo tratado da maneira correta, o melhor parâme- tro é a diurese. O paciente deve ter pelo menos 0,5 ml/kg/hora para ser considerado estável perante ao choque Após controle do choque fazer o controle das hemorragias. Sítios de hemorragia maciça que podem levar ao óbito: ossos lon- gos; pelve; cavidade abdominal e retroperitônio (peritonite >laparos- copia exploratória); hemotórax (drenagem); hemotórax macicço ( 1,5L imediato e 200-300ml por 2-3 horas consecutivas - toracotomia e CC); D- nível de consciência: Glasgow: ≤ a 8 é indicativo de intu- bação; Pupilas; Assim que o paciente estiver está- vel, deve-se pedir TC de crânio. E - exposição: Paciente nú, devendo avaliar os si- nais que possam ter passado des- percebido; Avaliar coluna vertebral; Combater a hipotermia para man- ter a coagulabilidade do paciente. No fim realizar raio-x de tórax e pelve. Indicações para intubação: vômito incoercíveis e/ou sangramento de vias aéreas que não cessa com aspi- ração, paciente não respira com a desobstrução, mesmo com analge- Tiro: tomografia cabeça, pescoço, co- luna cervical e abdome; Lesão do mediastino: toracotomia; Abdome: laparotomia; Tórax: tomografia e depois drenagem de tórax; Trajeto vascular de membro: arterio- grafia; Facada do tórax: toracotomia; Arma branca transição toracoabdo- minal: lapatoscopia (ver diafragma); Linha do mamili e linha inferior da escapula laparoscopia. (ex: 8°EID) Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I sia a saturação continua caindo, glasgow menor que 8. COMA E REBAIXAMENTO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA Alterações do nível (grau de alerta) e conteúdo. Falsas alterações de nível de consciên- cia: retirada psíquica, estado deferente, catatonia. Conduta: ABCD, avaliar sinais de trauma (inspeção e palpação do crânio), moni- torização (PA, oximetro, cardioscopio), oxogênio, acesso venoso e coleta de exames, glicemia capilar - dextro ( se não for possível descartar hipoglicemia dar Glicose IV (100 mL de G50%) + tia- mina IV (100 mg), colher gasometria ar- terial, se epilepsia (enitoína IV; 20 mg/kg). Após estabilização, deve-se realizar ava- liação neurológica: Nível de consciência (Glasgow); Pupilas e fundo de olho; Motricidade ocular extrínsica; Padrão respiratório; Padrão motor. Escala de Glasgow Abertura ocular: espontânea (4), co- mando verbal (3), estímulo doloroso (2), ausente (1); Melhor resposta motora: obedece ao comando (6), localiza estimulo doloroso (5), retira membro a dor (4), flexão anormal - decorticação (3), extensão anormal - descerebração (2), ausente (1); Melhor resposta verbal: orientado (5), confuso (4), palavras inapropriadas (3), sons (2), ausente (1). Morte encefálica Tempo de observaçao: 6 horas. Consciência: escala de coma de Glas- gow = 3 (exceto respostas medulares). Pupilas: médias ou midriáticas e ausên- cia Motricidade ocular: manobra óculo-ce- fálica e óculo-vestibular negativa; Resposta motora: sem a estimulação dolorosa; Reflexos: axiais da face corneo, mandi- bular e faríngeo ausente. Reflexo cutâ- neo-plantar irrelevante. Respiração: realizar obrigatoriamente apneia oxigenada para atingir o estímu- lo respiratório máximo (paCO2 = 55-60 mmHg) sem que ocorram movimentos respiratórios espontâneos. MENINGITE Tríadeuniversal: cefaleia, febre e alte- ração do nível de consciência. Exames complementares: exame de sangue (hemograma completo, HIV, hemcultura, PCR), líquido cefalorraqui- diano (PCR, pressão da abertura na pun- ção...), tomografia de crânio, RMN de cranio. Análise do liquido cefalorraquidiano Meningite bacteriana: glicose < 10 ou de 40-45, proteína > 250, celularidade >1000. Etiologia + comum: S. pneumo- niae; Tratamento: ceftriaxona e vanco- micina. Meningite bacteriana aguda da co- munidade: associar com corticoste- roide. Dexametasona 10mg, antes ou com a primeira dose de antibio- ticoterapia, repetir a cada 6 horas nos 4 primeiros dias. Profilaxia em contatos domiciliares de pacientes com meningite: dose única de ciprofloxacina 500 mg VO ou Rifampicina. Tempo de tratamento: 10 a 14 di- as. Depois terapia específica p/ pneu- mococos: Penicilina G ou ampicili- na, ou cefalosporina de 3º geração por 10-14 dias Meningite viral: Aciclovir 10 mg/kg, 8/8h por 3 semanas (em varicéla zóster por 10-14 dias). Complicação: nefrotoxicidade devi- do à deposição de cristais da medi- cação, podendo ser prevenida com boa hidratação e controle da taxa de infusão. Presença de vasculites: Prednisona 1mk/kg VO por 5 dias. Meningite fúngica: Anfotericina B (0,7 a 1 mg/kg/dia) e 5-flucitosina (100 mg/kg/dia) por 2 semanas, seguido por terapia de consolidação com o flucona- zol (400 mg/dia) por pelo menos 8 se- manas. AVC AVC Isquêmico (80%): Etiologia: idade (+55 anos), sexo,et- nia (afro), histórico familiar, HAS, DM, dislipidemia, dieta, sedentaris- mo, razão cintura quadril aumenta- da, tabagismo, etilismo excessivo, depressão, Quadro clínico: déficit neurológico focal de início súbito com piora pro- gressiva nas primeiras 24 horas. Po- de apresentar sonolência precoce, déficit motor e sensitivo, afasia (an- terior),diploplia e tontura (circula- ção posterior). Exames: tomografia de crânio sem contraste, eletrocardiograma, raio X de tórax, ecocardiograma, USG Doppler de carótidas e perfil lipídi- co e glicemia de jejum. Conduta: monitorar, corrigir 02, pe- dir exames, fazer protocolo FAST (face, arm, speech and time - paci- ente fala “o céu é azul”). Antes de a decisão de tratamento trombolítico ser tomada, a pressão só deverá ser tratada nos casos em que esti- ver maior que 220 mmHg (sistólica) e/ou a diastólica maior que 120 mmHg. Após tomografia, analisar os critérios para trombolizar: Critérios de exclusão: tomografia com hemorragia, diagnósticos dife- renciais como tumor ou lesão infla- matória cerebral ou edema cere- bral ou isquemia hiperaguda em mais de um terço do território da artéria cerebral média (apagamen- to de sulcos, perda da diferencia- ção entre a substância branca e cin- zenta e desvio de estruturas, como apagamento dos ventrículos). Na ausência de hemorragia ou hi- podensidade bem definida, os si- nais precoces de isquemia indepen- dente da extensão não devem ser considerados como contraindicação para trombólise. Outros critérios de exclusão: IAM, glicemia >400, aborto, PA > 180/105, aborto recente, cirurgia de grande porte ou trauma há 14 dias, AVC nos últimos 3 meses e ou- tros. Terapia de reperfusão por trombolí- ticos IV ( Alterplase r-PA 0,9 mg/kg do peso corporal com 10% adm em bólus de até 1 hora), Nos pacientes trombolisados, a pressão arterial deverá ser mantida abaixo de 185 mmHg (sistólica) e de 110 mmHg (diastólica); AVC Hemorrágico: teremos déficit neu- rológico com pico hipertensivo. Reali- zar TC para diferenciar da isquêmica. PUNÇÃO LIQUÓRICA Usa-se para diagnóstico de: infecção do SNC e hemorragia subaracnoidea. Contra-indicação: edema papilar, crise convulsiva, alteração do nível de consci- ência, plaquetas menor que 50K, RNI Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I superior a 1,5, feridas no local da pun- ção, sepse, uso de antiagregantes e anti- coagulates, coagulopatias. Complicações: herniação cerebral, in- fecção, sangramento, dor lombar, sinto- mas radiculares, dor de cabeça e mais raramente diplopia e perda auditiva. Local da punção liquórica: parte superi- or das cristas ilíacas, com a reunião dos polegares na linha média. A bissecção da linha que une a parte superior de ambas as cristas ilíacas identifica o es- paço intervertebral L3-L4 ou a ponta do processo espinhoso L4. Os interespa- ções mais seguros para PL são: L3-L4, L4-L5 e L5-S1. Estruturas que a agulha vai passar: pe- le, tecido subcutâneo, ligamento su- praespinhal, ligamento interespinhal, li- gamento amarelo, espaço epidural pos- terior, dura-máter, aracnoide e espaço subaracnoide. Colher 3-4ml (60-80 gotas). SEPSE Agente agressor que induz resposta in- flamatória que leva a hipercoagulabili- dade e consequentemente isquemia e disfunção orgânica, o que cursa com trombose na microcirculação. Diagnóstico: clínico. Indenificação: pelo quick SOFA, e se ti- ver 2 ou + aplica o SOFA: Hipotensão ≤100 mmhg (PAS < 90 e PAD <60). Glasgow≤13 Frequencia respiratória ≥22 bpm SOFA Conduta Primeira hora: Infeccioso: colher cultura (não pre- cisa esperar) + ATB de amplo es- pectro até 1hora após reconheci- mento do diagnóstico. (de acordo com o foco) Checar cultura em 2-3 dias para re- avaliar ( 2 hemocultura+ específica do foco). Hipotensão ou lactato > 4mmol/L: adm 30ml/kg de cristaloides (rin- ger lactato); (esperar resposta em 3 horas) Vasopressor para manter PAM > 65mmHg: Noradrenalina (pode as- sociar com adrenalina ou vasopres- sina) - < 65 vira choque sépitoco apartir daqui. Lactato arterial, caso inicial > 2mmol/L, sendo que o objetivo é que ele diminua 10%; Usar dopamina se for cardiopata ou saturação <70%; Meta após primeira hora: PAM >65mmHg. Diurese > 0,5ml/Kg/h. Lactato: queda de 10% por ho- ra, visando normalização. PVC (pressão venosa central) 8-12, sem ventilação mecânica, 12-15 com VM (mmHg) Saturação venosa central > 70% Obs: focos infecciosos devem ser drenados em até 12 horas; Em permanência da hipoperfusão tecidal ( lactato continua alto ou sat < 70%): dobutamina; Em queda da PA após reposição volêmica + vasopressor ou depen- dencia de vasopressor: corticoide (hidrocortisona 200mg/dia ou bomba de infusão 50mg EV de 6/6horas); Controle glicêmico: se a glicemia > 180mg/dl 2 vezes consecutivas: in- sulina venosa com meta de 120- 180. Em acidose metabólica grave ( pH < 7,15): bicarbonato de sódio. CHOQUE A hipoperfusão tecidual (hipóxia celu- lar, tecidual e orgânica). É causado pela incapacidade do sistema circulatório de suprir as demandas celulares de oxigê- nio, por oferta inadequada de oxigênio e/ou por demanda tecidual aumentada de oxigênio. Diagnóstico: clínico + laboratorial; Presença de 4 ou + critérios clínicos: aparência ruim, alteração do estado mental, hipotensão > 30min, FC >100bpm, FR>20irp, débito urinário <0,5mL/kg/h, lactato > 4mmol/L ou >32mg/dL, excesso de bases <-4mEq/L. Hipoperfusão tecidual: PAS <90mmHg ou PAM <70mmHg associado com taqui- cardia. Janelas de perfusão tecidual: Pele: fria, úmida, cianose, palidez li- vedo, tempo de enchimento capilar prolongado, gradiente temperatura central-periférica > 7° (má perfusão periférica); Rim: débito urinário <0,5mL/kg/h; SNC: estado mental alterado, topor, desorientação e confusão. Critérios laboratoriais: gasomentria com hiperlactatemia (> 2mmol/L ou 18 mg/dL) Mecanismos de choque: Hipovolêmico: redução do volume intravascular. Ex: hemorragia ou perda de fluidos (diarreia, necrólise epidérmica tóxica, diurese osmóti- ca). Cardiogênico: redução do débito cardíaco por falha da bomba cardía- ca. Ex: IAM, cardiomiopatia estágio final, miocardite ou arritmias. Obstrutivo: redução do débito car- díaco por causa extracardíacas, ge- ralmente associada a falência de VE. Resulta de um bloqueio mecâ- nico ao fluxo sanguíneo na peque- na circulação ou na circulação sis- têmica. As embolias pulmonares maciças ou submaciças produzem bloqueio significativo da circulação mediante um mecanismo direto dos coágulos sanguíneos e indire- tamente por liberação de vaso- constritores. Ex: emboliapulmonar, tamponamento cardáico ou pneu- motórax. Distributivo: vasodilatação sistêmi- ca. Ex: sepse, anafilaxia, crise adre- nal aguda, pancreatite. - Choque séptico: sepse com neces- sidade de terapia vasopressora (drogas vasoativas) e presença de níveis elevados de lactato (> 2mmol/L ou 18 mg/dL), apesar da ressuscitação volêmica adequada. Tratamento: suporte hemodinâmico e ventilatório. Otimizar pré-carga: reposição voê- mica. Se hemorrágico administra- ção de 1L de cristaloides inicialmen- te, seguida de hemocomponentes. Se não hemorrágico ressucirar com hemocomponentes, mas priorizar os cristaloides. No choque séptico, deve ser administrado o Ringer Lac- tato. Otimizar a pós-carga: pressão arte- rial invasiva para monitorar a PAM e cateter venoso centrar para adm: Norepinefrina (usar Epinefrina em choque anáfilático; nitroglicerina em ICD; nitroprussiato de sódio Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I em crise hipertensiva). Otimizar débito cardíaco: dobuta- mina 2mg/kg/min (PAS <80mmHg associar + vasopressor). Doses cres- cente: taquiarritmias. Otimização da oxigênação: oxigê- nio suplementar + gasometria arte- rial. Associar ventilação mecânica invasiva se dispneia grave, hipoxe- mia, acidemia grave, rebaixamento do nível de consciência. Suporte transfusional: para man- ter um alvo de hemoglobina (Hb) acima de 7g/dL. Redução consumo de oxigênio: evi- tar hipertermia, controlar a dor, re- duzir ansiedade, reduzir trabalho respiratório. ANAFILAXIA Hipersensibilidade sistêmica grave cua- sada por alimentos, insetos, drogas (AINES), látex e outros. Quadro clínico: comprometimento da pele (urticária, rubor facial prurido, an- gioedema, rash morbiliforme), respirat- ório (rinorreia, congestão, espirros, es- tritor, disfonia, dispneia, cianose), car- diovascular (hipotensão, dor torácica, taqui/bradcardia), TGI (dor abdominal, náusea, diarreia), SNC (sensação de morte, alteração do nível de consciên- cia, tontura, cefaleia). Diagnóstico: clínico. Podemos solicitar a dosagem de triptase e histamina. Tratamento: Adrenalina IM 0,3 a 0,5mg. Monitorizar, ofertar O2 se necessá- rio, reposição volêmica de solução cristalóide se hipotensão. Corticoide para evitar fase tardia: metilprednisolona EV 1-2 mg/kg ou hidrocortisona EV 200 a 300 mg por via intravenosa. Alta (pacientes com manifestão cutâ- nea persistente): anter prednisona 40 mg por 3 a 5 dias. INTOXICAÇÃO EXÓGENA ABCDE; Anamnese e exame físico; Descontaminação; Lavagem gástrica: até 60min da in- gestão. Contraindicado em soda caustica e petróleo; Carvão ativado: contraindicado em gestante, RN, cirurgia abdominal re- cente, caustico, ácido. Pode levar a broncoespasmo e constipação; Lavagem instestinal: drogas; Hidrataçõa e diurético; Alcalinizar: pk ácido; Acidificação: pk alcalino; Diálise; Antídotos. CELULITE E ERISIPELA Infecções cutâneas que se desenvol- vem a partir da entrada de bactéria (principalmente streptococos). Erisipela: mais suprficial (derme e rede linfática superficial); Celulite: mais profunda (derme mais profunda e gordura subcutânea). Quadro clínico: pele com eritema, ede- ma e aumento de temperatura. Tratamento: 1. Teparia oral: Clindamicina, amoxa- cilina/clavulonato e tetraciclinas; 2. Maior gravidade: ciprofloxacina com clindamicina 3. Resposta inflamatória sistêmica: : Oxacilina em dose de 1 a 2 g a cada 4 a 6 horas via parenteral; 4. Se não tiver resposta: vancomicina. Se erisipela maior suspeita: cefazolina ou o ceftriaxone 2 g ao dia ou penicili- na cristalina EV. NAÚSEA E VÔMITOS Dieta predominantemente líquida que causa esvaziamento gástrico mais rápi- do: refeições frequentes, pequena quantidade, sem gordura; Domperidona ou Bromoprida: 10 mg 3 a 4 vezes ao dia Metoclopramida 10 a 20 mg a cada 6 horas. FEBRE Elevação da temperatura (>37,8°) resul- ta de alterações do sistema nervoso central com modificação do ponto de regulação da temperatura para um limi- ar mais elevado. Quadro clínico: vasoconstrição periféri- ca, diminuição da sudorese, sensação de frio, calafrios e tremores; Tratamento: Paracetamol 500mg 1cp VO de 6/6horas. DOR Dor leve (1-3): analgésico não opióide ( dipirona, paracetamol ou AINES) e/ou adjuvantes (como antidepressivos e an- ticonvulsivantes). Dor moderada (4-6): opioide fraco (tra- madol ou codeína) + não opidóide e/ou adjuvantes. Dor intensa (7-10): opioide forte (mor- fina, metadona, oxícodona, fentanil) + não opióide e/ou adjuvantes. SÍNCOPE Perda transitória da consciência e do tô- nus postural (pelo menos 10 segundos de interrupção completa do fluxo san- guíneo ou de entrega de nutrientes) com recuperação rápida e espontânea sem intervenção médica. Etiologia:vasovagal por emoção (medo, dor, fobia) ou ortostatismo (em pé). Tratamento: não medicamentoso é efi- caz, devendo informar sobre o bom prognóstico e como evitar gatilhos e a possibilidade de repetição dos eventos. VERTIGEM Tontura rotatória, na qual o paciente tem a sensação de que ele ou o ambien- te estão girando. É acompanhada de instabilidade, náuseas e vômitos. Sindrome vestibular aguda: e vertigem de início rápido, náuseas, vômitos e de- sequilíbrio, com duração de dias a se- manas. HITS benigno (periférico): VRO al- terado e nistagmo que não muda de direção e Ausência de desalinha- mento vertical do olhar; HITS maligno (central): VRO nor- mal e/ou nistagmo que muda de di- reção e/ou presença de desalinha- mento vertical do olhar. Neurite vestibular: reativação do vírus herpes, levando a vertigem de início agudo ou subagudo, durante dias, com melhora progressiva. Vertigens recorrentes no PS: VPPB (ver- tigem posicional paroxística benigna), doença de Ménière e migrânea vestibu- lar. Tratamento: Dimenidrinato 50 mg EV ou VO 8/8 ou 6/6 h. Meclizina 25 mg VO 8/8 ou 6/6 h. DELIRIUM Distúrbio de vigilância e aumento do ní- vel de distração, incapacidade de man- ter coerência de pensamento e excutar uma série de movimentos com objetivo definido. Testes: minuexame do estado mental e escala de CAM (mais indicada). Etiologia: medicamentosa (uso de mais de 3 medicações como anticolinérgicos, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes, opióides, antidepressivos, antiparkinso- nianos, benzodiazepínicos, digoxinas, B- bloqueadores), hipo ou hiperglicemia, hipo ou hipernatremia, uremia, encefa- loatia hepática, hipoxemia grave, intoxi- cação aguda. Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I Realizar dextro. Derium leve a moderado: não é neces- sário medicamentos. Delirium moderado a grave: haloperi- dol VO ou IM 1 a 5 mg. Observar paci- ente por 20min e aumentar a dose se necessário. CEFALEIA Cefaleias primárias: maioria dos atendi- mentos, as mais comuns são a migrânea, a cefaleia tensional e as cefaleias trigê- mino-autonômicas (cuja forma mais co- mum é a cefaleia em salvas). Cefaleias secundárias: menor frequência e maior gravidade Migrânea: mais comum no pronto aten- dimento, apresenta-se por dor unilate- ral, pulsátil, de moderada a forte inten- sidade, associada a foto e/ou fonofobia, náusea e/ou vômitos e piora com esfor- ço. Tratamento agudo de migrânea: controle + acompanhamento pós-alta + hidrata- ção adequada + tratamento medicamen- toso. Não precisa de exames de imagem, só pedir exame se apresentar sinais de alar- me. Cefaleia tensional: cefaleia de leve a moderada intensidade, bilateral ou holo- craniana, não pulsátil (em pressão ou aperto), sem outros sintomas associados. Cefaleia em salvas: e cefaleia de forte intensidade, unilateral, acometendo regi- ão periorbitária e temporal, acompanha- da de sintomas autonômicos ipsilaterais (hiperemia conjuntival, lacrimejamento e ptose, congestão nasal unilateral e ru- bor facial) e sensação de agitação ou in- quietação durante a crise. CRISE HIPERTENSIVA Urgência Hipertensiva: elevação da PA sem lesões de órgãos alvos Emergência hipertênsiva: PAS > 180 mmHg e PAD > 120 mmHg com lesões em órgãos alvos (encefalopatia, AVC, IAM, EAP) Anamnese: perguntar se passou por al- gum momento de ansiedade, dor, sal, AINES,corticoides, alcool (pode aumen- tar a PA), uso de drogas ilícitas > pseu- docrise hipertensiva (benzodiazepíni- cos VO e posterior avaliação). Exame físico: PA nos dois braços e even- tualmente nos 4 membros ( min 3 medi- das); Exame neurológico: nível de conscien- cia, agitação, sonolencia, defict de for- ça, rigidez de nuca (hemorragia subarac- noide); Exame de fundo de olho (fundoscopia): estreitamento de arteria, hemorragias e papiledema. Sintomas: agitação, delírio, disturbios visuais, nausea, vomito, desconforto to- rácico, dispneia. Exames complementares: solicitar ape- nas em EH: hemograma completo, ureia e creatinina (rim), eletrólitos e urina (proteinúria, leucocituria e hematuria), bilirrubina, LDH... Conduta: perguntar sobre acompanha- mento médico e adesão ao tratamento (fazer cartinha para unidade de saúde). UH: Na maioria dos pacientes, não é necessário controle da PA no pronto-socorro. Se necessário: captopril (6,25-12,5 mg), clonidina (0,2 mg) e hidralazi- na (12,5-25 mg). Objetivo:redução de 20 a 30 mmHg na pressão sistólica em algumas ho- ras. Todos os pacientes em UH de- vem ter retorno precoce, de modo que suas medicações possam ser ajustadas com um objetivo de PA menor que 160 × 100 mmHg. Devem ser encaminhados para acompanhamento ambulatorial ou reavaliação ambulatorial precoce. EH: Nitroprussiato de sódio (Nitra- to): Diluição: 1 ampola (50 mg/2 mL) em 248 mL de SG 5%, protegi- do da luz – 200 µg/mL; Dose: 0,25- 10 µg/kg/min Obs.: deve ser reali- zada em equipo protegido da luz Contra indicação: Infarto agudo do miocárdio, gestante Meta: 20-25% de minutos a 1 hora; 2-6 horas: reduzir para 160/100 24-48h: reduzir para níveis normais Uso da nifedipina, especialmente su- blingual, é contraindicado nessa situa- ção, pois reduz rapidamente a pressão arterial, podendo desencadear um aci- dente vascular encefálico, entre outros eventos adversos --> sintomas neuroló- gicos INSUFICIENCIA CARDÍACA AGUDA DES- COMPENSADA Alteração funcional ou estrutural cardía- ca que ocasiona suprimento sanguíneo inadequado para atender às necessida- des metabólicas do organismo ou o faz às custas de altas pressões de enchi- mento cardíaco. Etiologia: cardiopatia isquêmica crônica associada à hipertensão arterial. Achados clinicos: ortopneia e a disp- neia paroxística noturna são os achados mais específicos; Exames físico: estertores crepitantes em todos os campos pulmonares (con- gestão), B3 e B4, edema periférico (MMI), estase venosa jugular. Exames complementares: Raio X de tórax (congestão), ECG (isquemia, arrti- mia, baixa voltagem), troponia (marca- dor de lesão), peptídeo B ( acima de 500 sugestivos de IC. Tratamento geral: estabilizar hemodina- micamente, oxigenar, alivio dos sinto- mas, monitorizar (PA, peso, saturação e eletrocardiograma), aumentar diurése e controle da FC. Perfil A: sem congestão em repou- so e sem sinais de má-perfusão te- cidual (quente e seco). Correção dos distúrbios hidroelétrolíticos, di- goxina 0,25 a 0,5mg EV em pacien- tes sem uso prévio com FA. Perfil B: congestão em repouso e sem sinais de má-perfusão tecidual (quente e úmido). Diurético devido a congestão: Fu- rosemida EV 0,5-1mg/kg/dose; Vasodilatadores: nitroglicerina (10 µg/min – 200 µg/min) ou nitro- prussiato (0,3 µg/kg/min – 10 µg/kg/min) Manter BB, IECA ou BRA (se PAS <85mmHg considerar suspender e adicionar dobutamina) Perfil C: congestão em repouso e si- nais de má-perfusão tecidual (frio e úmido). Retirar BB, IECA ou BRA; Diurético: Furosemida EV Dobutamina quando PAS maior ou igual a 80mmHg: apenas se estiver mal perfundido e com queda no débito urinário. Norepinefrina se PAS <75mmHg; Considerar balão intra-aortico e dis- positivo de assitência ventricular Perfil L: sem congestão em repouso e má-perfusão tecidual (frio e seco). Reposição volêmica e inotrópico Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I conforme necessidade (Dobutami- na) Alta: Melhora dos sintomas: terapia oral, melhorar terapia de IC, orien- tar causas da descompensação; Melhora inicial sem atingir a meta: doses mais altas de diuréticos asso- ciar a um tiazídico (Hidroclorotiazi- da 25-100mg VO 1-2 vezes ao dia), vasodilatador EV, realiar terapeut- cas, roscos, diagnósticos; Piora: doses mais altas de diuréti- co, associar segunda classe de diur- ético; monitorização invasiva; cate- terismo de câmaras direitas; iniciar inotrópico ou vasopressor; instalar dispositivo de assistência ventricu- lar. DM E SUAS COMPLICAÇÕES Cetoacidose diabética: deficiência abso- luta de insulina, afetando mais jovens DM1, apresentando sintomas de início abrupto marcado por poliúria, polidp- sia, polifagia e mal-estar indefinido, dor abdominal, náusea e vômitos. Teremos: glicemia > 250 mg/dL, acidose metabólica (pH < 7,3 e bi- carbonato <18) e presença de cor- pos cetônicos na urina (cetonúria). Estado hiperosmolar hiperglicêmico: deficiência relativa, idosos DM2 e os sintomas são raros, marcado por desi- dratação. Teremos: glicemia > 600mg/dL, sem acidose metabólica ou ceto- núria. Etiologia: não aderência do tratamen- to/uso inadequado da insulina ou infec- ção (indicativo quando febre). Tratamento: o tratamento da CAD é muito parecido com o do EHH, diferen- ciando principalmente na administração de bicarbonato para correção da acido- se metabólica, e consiste em: Hidratação: incia-se adm SF 0,9% de 1L a 1,5L EV até correção do choque e hipotensão (fase de ex- pansão), e após estabilizar adm 350 a 500ml de solução salina por hora. Se nível sérico de Na+ for > 135mEq/L iniciar com NaCl 0,45%, se Na+ < 135mEq/L iniciar com NaCl 0,9%. Potássio: começar após resultado sérico de potássio. K < 3,3 mEq/L: não inciar insulina (risco de hipopotassemia. Realizar reposião de potássio 25mEq por vez (1amp no soro de 500ml e cor- rer em 6 horas); K 3,3 a 5,2 mEq/L: adm insulina e reposição simultâneamente. Repor 25mEq por litro infundido; K > 5,2 mEq/L: adm insulina e não repor potássio inicialmente. Moni- torar potássio a cada 2 a 4 horas, e repor caso esteja abaixo desse va- lor. Insulina: inicialmente administrar 100ml de SF + 0,1 UI,kg EV em bo- lus e depois 0,1 Ul/kg por hora. Pa- ciente 70kg: 7Ul em bolus depoois 7UI por hora (7ml). Realizar glice- mia capilar a cada 1 hora. Bicarbonato: só se o pH < 7 ou hi- perpotassemia grave. Repor EV 100mEq de bicarbonato de sódio a 8,4% diluídos em 400ml de SF. Dosar a gasometria e potássio de 6 em 6 horas. Resolução da CAD: glicemia <200mg/dL, pH >7,3, bicarbonato >15mEq, ânion gap <12. Resolução do EHH: glicemia <250 a 300mg/dL. Osmolaridade <315mE- qOsm/kg. Reversão dos sintomas neu- rológicos. Assim que paciente se alimentar: apli- car insulina 0,5 a 1UI/kg (metade NPH e metade regular) esperar 1 hora e des- ligar a bomba de infusão para não dar cetoacidose rebote. Hiperglicemia: insulina regular 10UI SC e hidratação. PACIENTE QUEIMADO Úlcera de Curling: úlcera de estresse mais comum em pacientes grande queimados. Devemos sempre suspeitar de compro- metimento das vias áreas após inalação de fumaça e consequente edema causa- do pela queimadura. Conduzimos as- sim: Interrupção do processo de quei- madura: remover toda roupa (exce- to a aderida à pele), lavar a área contaminada com produtos quimi- cos ou em pó com solução salina ou banho quente, e por fim cobrir o paciente com lençol quente, limpo e seco para previnir a hipotermia; Controle das vias aéreas: devemos intubar no caso de obstrução, ex- tensão da queimadura, quemadu- ras facias extensas e profundas, queimaduras no interior da boca, edema significativo, dificuldade pa- ra deglutir, comprometimento res- piratório, diminuição dos níveis de consciencia. Assegurar a ventilação adequada: preocupação relacionada a hipóxia, intoxicação por monóxido de carbo- no e lesão por inalação de fumaça. Devemos adm oxigênio com ou sem intubação. Em razão da meia vida da HbCO pode ser reduzida a 40 minutos pela inalação de oxigê- nio 100% - sendo assim qualquer doente pode ter sido exposto ao CO deve receber oxigênio de alto fluxo (100%)através de uma masca- ra de não-reinalação. Reanimação do choque: infusão com solução cristaloide isotônica, de preferencia Ringer lactato. 2 mL de ringer lactato X peso do pacien- te em KG X % da superfície corp- órea queimada. Metade do volume total estimado deve ser administra- do nas primeiras 8 horas após a queimadura e o restante nas de- mais 16 horas. Devemos ainda in- serir um cateter urinário em todos os pacientes que estão recebendo fluidos de reanimação para monito- rização da saída de urina para avali- ar a perfusão. Área de superfície corpóra quei- mada: regra dos 9. Profundidade da queimadura: Primeiro grau: queimaduras super- ficiais caracterizadas por eritema, dor, ausência de bolha. Segundo grau: Espessura parcial su- perficial: são queimaduras úmidas, dolorosas e hipersensíveis, caracte- rizadas pela aparência rósea e dolo- rosa ao toque. Espessura parcial profunda: são mais secas, menos dolorosas, com bolhas, avermelhadas ou mancha- das na aparência e menos doloro- sas ao toque Terceiro grau: costumam ser escu- ras com aparência de couro, a pele também pode apresentar-se trans- Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I lucida com aspecto de cera, a su- perfície é indolor e normalmente seca, pode ser vermelha e não mu- dar de cor à compressão local. Manutenção da circulação periféri- ca: atentar-se a dor maior que a es- perada, inchaço, parestesia. Deven- do retirar adornos, ver se há pre- sença de cianose, avaliar pulsos. A pressão compartimental >30 mmHg pode causar necrose do músculo. Sonda gástrica: Deve ser colocada e mantida aberta se o doente apre- sentar náusea, vômitos, distensão abdominal ou se a queimadura en- volver mais de 20% Imunização anti-tetanica; ATB: não indicado na fase inicial. Critérios de transferência: queimadura de 3° grau, espessura parcial > 10%, queimaduras elétricas, queimaduras químicas, lesão por inalação, associado a trauma, crianças sem pediatra no lo- cal, necessidade de suporte especual e queimaduras envolvendo face, mãos, pés, genitálias, períneo ou pele sobre articulações. ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) A principal causa de morte fora dos hos- pitais é a falta de atendimento. A segun- da é o socorro inadequado. Protocolo para verificação de vítima de arma de fogo - MARCH: Hemorragia maçica: torniquete o mais alto possível; Vias aéreas: sonda nasofaríngea; Respiração: curativo de três pon- tas; Circulação; Hipotermina e trauma na cabeça. EXAMES UROLÓGICOS Toque retal: avaliar a próstata através do toque, a próstata se localiza na face anterior da parede retal, sendo que quando normal apresenta um tamanho de uma noz, com limites nítidos, super- fície lisa, sulco mediano longitudinal bem individualizado e pequena mobili- dade, com consistência elástica. Em in- fecções agudas é dolorosa e amolecida, e cônicas é rígidas e superfície irregular; Manobra de Giordano:(percussão ma- nual das regiões para-vertebrais) quan- do acompanhada de dor intensa carac- teriza situações de distensão aguda da cápsula renal (pielonefrite aguda, hidro- nefrose). LITÍASE URINÁRIA Medidas gerais: aumentar a ingestão de líquido (2-3L/dia), suco cítrico (prote- tor), diminuir ingestão de sódio, diminu- ir ingesta de proteína animal, exercicios físicos moderados. Quadro clínico: dor lombar (relaciona- da a obstrução no ureter e hidronefro- se); Conduta: pedir exame de urina (hema- túria e leucócitos) e raio-x simples de abdome. Quando não conseguir ver: ul- trassom de rins e vias urinárias > uroto- mografia (padrão ouro). Locias comuns: JUP (uretero pelvica), transição dos vasos iliacos ,JUV(Junção ureterovesical). Cálculos baixos: abaixo da transição dos vasos ilicos: menor que 0,8mm ou 1cm--> tera- pia expulsiva maior que 0,8mm ou 1cm > urete- rolitotripsia Cálculos altos (proximais): acima da transição dos vasos iliacos: até 2cm : ureteroscopia flexivel maior que 2cm ou calculo renal: ne- frolitotripsia percutânea *passar duplo J casos não consiga de- sobstruir. Crise aguda: Pedir profenid, buscopan composto, se melhorar a dor pode inici- ar a investigaçãoàexame de urina e raio x. Se fizer diagnóstico encaminhar a um urologista e manter analgesia. Se não melhorar a dor vamos para segunda li- nha de tratamento tramal endovenoso. Se melhorar dispensar com analgesia e encaminhar para um urologista. Se não melhorar deve-se internar e operar. Se não tiver urologista encaminhar o paci- ente. Nunca usar morfina, uma vez que vicia. Se paciente tiver febre significa que tem calculo e infecção associado, devendo internar. Buscopan composto EV: injeção in- travenosa lenta, a duração da apli- cação deve ser de no mínimo 5 mi- nutos. Adultos: aplicar 1 ampola de 5 ml, até 2 - 3 vezes ao dia, com in- tervalo de 6 a 8 horas. Cetoprofeno: 100 mg a 300 mg ao dia. Dose máxima diária recomen- dada: 300 mg. Dissolver o conteúdo do frasco contendo 100 mg em 100 a 150 mL de solução isotônica de glicose ou de cloreto de sódio, ime- diatamente antes do uso. O produ- to deve ser administrado por infu- são intravenosa lenta, aproximada- mente por 20 minutos. Terapia expulsiva: Tamsulosina (Al- fa-bloqueadores). INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU) 1.Cistite: e pela presença de patógenos microbianos na beixiga, normalmente e. coli. Tráde clássica: disúria ( dor ou dificulda- de de micção), poláciúria, sensação de urgência e dor suprapúbica. (hematúria em 25% dos casos); Diagnóstico: clínico, podendo pedir exa- me de urina tipo I ( confirma piúria ou presença de bactérias) e urocultura. Tratamento: Mulher: Nitrofurantoína 100 mg 12/12 horas (usar por 5 dias) Gestante: Cefadroxil, cefalexina ou amoxicilina por 7 dias; Homens: tratamento por 7 dias. Idosas: ciprofloxacina 250 mg 12/12 horas por 3 dias. 2. Pielonefrite (rim) Quadro: febre ( 90% dos casos); sinto- mas da cistite como disúria, poláciúria (80% dos casos), sinal de Giordano, dor costovertebral, náuseas e vômitos. Exames: exame de urina (urina tipo 1 ou sedimento urinário) e urocultura com antibiograma. Tratamento por 7 a 14 dias: Ciprofloxacina: 400 mg IV ou 500 mg VO de 12/12 horas. Ceftriaxone: 1 a 2 g IM/IV, uma vez ao dia. PANCREATITE Diagnóstico: clínico + laboratorial; Presença de pelo menos dois de três critérios para a confirmação desta do- ença): 1. Dor abdominal de forte intensidade sugestiva de pancreatite aguda; 2. Aumento dos níveis de amilase/li- pase sérica, 3 vezes acima do limite superior da normalidade; 3. Achados radiológicos característi- cos da doença à tomografia de ab- dome ou ressonância magnética Quadro clínico: dor abdominal no epi- gástrico e/ou hipocôndrio direito que Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I irradia para região dorsal, geralmente acompanhada de náuse e vômitos, po- dendo observar ainda presença de he- matomas e de equimose na região pe- riumbilical (sinal de Cullen), nos flancos abdominais (sinal de Grey-Turner) ou nas regiões inguinais (sinal de Fox). Laboratório: aumento dos níveis de amiláse e lipáse sérica (3x acima do nor- mal). Exame de imagem: tomografia de abdo- me (melhor método, mas só solicitar em dúvidas de diagnóstico ou pacreati- te aguda grave), raiox de abdome (3 po- sições) ou ultrassom de abdome. Tratamento: Jejum nas primeiras horas, reposi- ção hidreletrolítica (hiperidratação nas formas graves), via endoveno- sa, analgésicos, antiespasmódicos, antieméticos e procinéticos. - este tipo de medidas, na maioria das ve- zes, é suficiente para controlar o quadro, sem necessidade da admi- nistração de outros fármacos, fun- damentalmente, na pancreatite aguda leve. Uso de antibióticos: não existe um consenso sobre o uso em profiláxia, mas alguns centros utiliza ciproflo- xacino com o metronidazol, duran- te 14 dias Cirurgia: pacreatite necrosante, ca- racterizados por laparotomia com necrosectomia, drenagem da cavi- dade e reoperações de demanda. HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA 1. Sangramento não varicoso (80%): doença da úlcera péptica (30-50%), la- cerações de e Mallory-Weiss (15-20%), gastrite ou duodenite (10-15%),esofagi- te (5-10%), malformações arterioveno- sas (5%), tumores (2%) e outras (5%). Tratamento: endoscopia dentro de 24 horas ( injeção de epinefrina, sondas térmicas e coagulação, bem como a aplicação de grampos sobre o vaso responsável pelo sangra- mento)+ IBP (omeprazol) Esofagite:supressores de secreção ácida + endoscocopia; Laceraçoes de mallory: pacientes alcoólatras após um período de náuseas e vômitos intensos e segui- dos de consumo excessivo de álco- ol, mas podem ocorrer em qual- quer paciente que tem uma hist- ória de vômitos repetidos: 90% au- tolimitado. 2. Hipertensão portal (20%): varizes esofagogástricas (>90%), gastropatias por hipertensão portal. Relacionadas a cirrose. ABC + reposição hídrica; Insfusão de vasopressina ou oc- treotide; Banda de ligadura endoscópica (es- cleroterapia); Sangue cessou: vasopressina/oc- treotide por 3-5 dias, completar 7 dias de antibioticos (quinolona), re- petir ligadura endoscópica a cada t10-14 dias até elimado; Não cessou: tamponamento com balão, considerar TIPS ou cirurgias. Terapia clínica para prevenir a recor- rência: uso de um betabloqueador não seletivo, tal como o nadolol, e um agen- te antiulceroso, tal como um inibidor da bomba de prótons (IBP) ou Carafate ® . Esses agentes são combinados com a li- gadura por cerclagem posicionada por via endoscópica, repetida a cada 10 a 14 dias, até que todas as varizes te- nham sido erradicadas. HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA Quadro clínico: hematoqueizia (sangue vermelho vivo, brilhante até com coágu- los escuros). Deve-se identificar a fonte pontecial de hemorragia antes de fazer a terapeuti- ca. 1) Deve-se excluir o sangramento anor- retal por meio do toque retal e anusco- pia; 2) Aspiração do líquido da SNG que con- tenha bile a ausência de sangue para descartar HDA; Coloscopia é a principal ferramenta do diagnóstico, deve-se preparar um polie- tilenoglicol, seja por via oral seja por uma sonda NG, para melhorar a visuali- zação. Doença diverticular: mais comum do lado esquerdo, sendo a colonos- copia o melhor método diagnósti- co. Após identificação do divertícu- lo sangrante, pode-se fazer a inje- ção de epinefrina para controlar o sangramento, bem como utilizar eletrocautério ou os clipes en- doscópicos. Se esses métodos não funcionarem, a angiografia com embolização deve ser considerada. Angiodisplasia: lesões secundárias à dilatação progressiva dos vasos sanguíneos normais, levando a he- morragia do lado direito do cólon. Colonoscopia ou angiografia me- lhor método. Lesões tratar com ele- trocautério e veias dilatadas com vasopressina intra-arterial, emboli- zação seletiva com Gelfoam® , ele- trocoagulação endoscópica ou in- jeção de agentes esclerosantes. Ca- so não resolva ressecção segmen- tar. Neoplasia: indolor, natureza lenta. Colonoscopia. Doenças anorretal (hemorroidas, fissuras anais, neopladias colorre- tais): Sangramento pouco volumo- so que se apresenta como sangue vermelho-brilhante expelido pelo reto, que é encontrado no vaso sa- nitário e no papel higiênico. - Herroidas internas: indolor + pro- lapso. Tratar com agentes que au- mentam o volume fecal, pela adi- ção generosa de conteúdo de fibras na dieta e hidratação adequada. - Fissura anal: sangramento doloro- sos após evacuação. Trata-se com medidas que aumentem o volume das fezes (p. ex., Metamucil ® ), pe- lo aumento da ingestão de água, por uso de emolientes das fezes e por pomadas com nitroglicerina de uso tópico ou diltiazem para alívio do espasmo esfincteriano e para promover a reparação tecidual. Colite ulcerativa: 20 evacuações sanguinolentas por dia, associadas a dor abdominal em cólica, tenes- mo e, ocasionalmente, dor abdomi- nal. Diagnóstico clínico + endosco- pia flexivel com biopsia. Tratamen- to: esteroides, compostos com áci- do 5-aminossalicílico (ASA), agen- tes imunomoduladores e cuidados de suporte Doença de crohn: evacuação com muco sem sangue. Diagnóstico: en- doscopia e exames radiológicos contrastados. Tratamento: esteroi- des, antibióticos, imunomodulado- res e compostos do ASA. Colite por C. difficile: diarreia ex- plosiva e com odor desagradável, em paciente com uso prévio de an- Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I tibiótico ou com história de hospi- talização. Isquemia mesentérica: dor abdo- minal e diarreia sanguinolenta. Confirmado por endoscopia com tubo flexivel , que revela a existên- cia de edema, hemorragia e uma delimitação entre a mucosa normal e anormal. O tratamento enfoca os cuidados de suporte, que consis- tem em repouso intestinal, antibió- ticos intravenosos, suporte cardio- vascular e correção das condições de baixo fluxo Indicação operatória: leucocitose acen- tuada, febre, aumento na necessidade hídrica, taquicardia, acidose e peritoni- te. APEDICITE AGUDA (ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO -AAI) Quadro clínico: dor abdominal ini- cialmente periumbilical que migra para FID, acompanhado de anore- xia, náusea e vômitos, hiporexia. Exame físico: sinal de blumberg (DB+ a palpação da fossa ilíaca di- reita), Rovsing (dor na FID quando se palpa a FIE por conta do retorno gasoso), Lapinsk (dor a compressão do FID quando paciente elevar membro inferior direito), obtura- dor (dor durante a rotação interna passiva da coxa direita flexionada. Exame laboratorial: hemograma com leucocitose discreta com pre- domínio de neutrófilos; Tratamento: apendicectomia. Fa- zer antibioticoprofilaxia 1 hora an- tes da cirurgia. COLECISTITE AGUDA (AAI) Quadro clínico: dor persistente no hipocôndrio direito, associado a náuseas e vômitos. Exame físico: Sinal de Murphy pre- sente (interrupção brusca da inspi- ração profunda à palpação do pon- to cístico - angulo do rebordo costal direito com a borda externa do musculo reto abdominal). Exames de imagem: ultrassom de abdome, em dúvida TC de abdome. Tratamento: colecistectomia vi- deolaparoscópica. Pacientes sem indicação cirurgica fazer tratamen- to com antibioticoterapia (cefazoli- na, cefuroxima, furoquinolonas, metronidazol) e drenagem da vesi- cula biliar. PANCREATITE AGUDA (AAI) Etiologia: litíase biliar (70%), etilis- mo; Quadro clínico: dor em faixa, no abdome superior e no dorso asso- cioado por vômitos e náuseas. Pre- sença de manchas equimóticas pe- riumbilicais (sinal de cullen) ou nos flancos (sinal de grey turner). Exame laboratorial: amilase e lipá- se sérica. Exame de imagem: TC de abdome contrastado (escolha). Ultrassom abdominal confirma etiologia biliar. RMN alternativa. Diagnóstico: 2 dos 3 achados: dor abdominal consistente com pan- creatite aguda, lipase sérica ou ami- láse 3vezes maior que o limite su- perior de referência, achados na to- mografia ou RNM. Tratamento: olhar resumo acima. DIVERTICULITE AGUDA (AAI) Quadro clínico: dor fossa ilíaca es- querda e febre persistente. Exame padrão-ouro: tomografia de abdome e pelve. Não fazer colo- noscopia na fase aguda. Tratamento: internação hospitalar para jejum, reposição volêmica, antiespasmódicos, antibioóticote- rapia venosa contra gram-negativo e anaeróbicos; analgesia observar por 48 a 72 horas. Falha terapeutica ou diverticulite complicada, presença de coleção pelvica: cirurugica; Tratamento cirurgica: ressecção ci- rurgica, anastomose primária, cirur- gia de Hartmann por laparotomia. Orientar dieta rica em fibra. ABDOME AGUDO PERFURATIVO Etiologia: úlcera péptica, relato co- mum de uso de AINES ou de AAS. Perfuração no estômago e duodeno está ligada a úlceras associadas a álcool, corticóides e AINES. Quadro clínico: dor súbita e inten- sa de inicio bem determinado. Exame físico: abdome em tábua com contratura generalizada. Sinal de Joubert (som timpânico à per- cussão do hipocôndrio direito pela interposição gasosa) Diagnóstico: pneumoperitônio no raio-x (exame de escolha - ortosta- se em AP = decúbito lateral esquer- do) ou tomografia de abdome. Tratamento: laparotomia explora- dora. ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO Etiologia: hérnias estranguladas e diverticulo de Meckel (crianças); hérnias e bridas (adulto/jovem); aderência, ílio biliar, tumores (ido-sos). Quadro clínico: dor abdominal tipo cólica associada a distensão, vômi- to e história de parada de elimina- ção de flatos e fezes. Exame físico: ruídos hidroaéreos ausente ou de timbre metálico ( obstrução mecânica ao transito in- testinal). Radiografia simples de abdome (exame de escolha): gás no intesti- no delgado com níveis hidroaéreos e dilatação da alças; “empilhamen- to de moedas”. Obstrução intestinal alta (intestino delgado: dor abdominal em cólica, periumbilical, vômitos precoces bili- osos, obstipação tardia. Obstrução intestinal baixa (trasi- ção ileocecal e intestino grosso): dor abdominal em abdome inferior ou flanco (em cólica), vômitos tar- dios fecaloides, obstipação absolu- ta e distensão predominantes. Tratamento incial: monitorização, hidratação, descompressão naso- gástrica, oxigênio se necessário, analgesia e antibioticoterapia. Pneumoperitônio no exame de imagem, com ou sem sinais sugesti- vos de obstrução ou isquemia, fa- zer o tratamento definito (cirurgi- co). Tratamento cirurgico: em estagna- ção de quadro após algumas horas (limite 48 horas). ABDOME AGUDO HEMORRÁGIO Dor abdominal relacionada a qua- dro clínico de choque hemorrágico por sangramento intracavitários. Etiologia: gravidez ectópica rota e rotura de aneurisma da aorta ab- dominal. Mulher em idade fertil com quadro pedir beta-HCG e testw qualitativo. Diagnóstico: dor abdominal súbita de localização difusa, associado a taquicardia, queda da PA, palidez, sudorese fria e agitação. Sinal de cullen e grey turner podem estar presentes. Tratamento: O tratamento inicial envolve a reposição volêmica; o tra- tamento da gravidez ectópica é ci- Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I rúrgico, e o do aneurisma pode ser feito por via intravascular, coloca- ções de próteses ou derivações vas- culares. ABDOME AGUDO VASCULAR Alto índice de mortalidade, relacio- nado a privação de oxigênio e nu- trientes para o tecido manter o me- tabolismo e integridade celular. Etiologia mais comum: embolia da artéria mesentérica superior. Quadro clínico: dor abdominal tipo cólica, normalmente desencadea- da no período pós-prandial e que melhoram espontâneamente. Exame físico: dissociação entre queixas e exame físico, uma vez que não tem sinais de peritonite. Ao toque pode apresentar fezes mucossanguinilentas “geleia de framboesa”. Exames complementares: radio- grafia simples de abdome com “al- ças carecas”; enzimas séricas au- mentadas. Conduta: medidas de suporte geral (monotirazação, reposição volêmi- ca, oxigênio, analgesia + antibioti- coprofilaxia + anticoagulante (se oclusão vascular) e investigação di- agnóstica. Solicitar tomografia (es- colha) e/ou angiografia (padrão- ouro) e procurar sinais de pneuma- tose, espessamento de parede ins- testinal, infartos, falha de enchi- mento arterial, trombos, oclusão, vasos colaterais dilatados. Tratamento definitivo: angioplas- tia, laparotomia + embolectomia + revascularização aberta. DOR ABDOMINAL Sinais de gravidade: sintomas persisten- te, peritonite, parada de eliminação de flatos, vômitos incoercíveis, sinais vitais (pulso -taquicardia e pulso fisiforme, dar alta apenas em FC normal). Eminência de rotura de aneurisma de aorta: massa palpável no meso- gastrico (diamentro > 5cm). Contro- lar FC + tomografia + cirurgião vas- cular. Isquemia mesentérica: dor súbita, obstrução da a.mesentérica superi- or, abd flácido, pouca alteração da dor à palpação. Abdome agudo perfurativo: causa mais comum é a úlcera péptica, ho- mens de 60-50 anos, tabagismo, mulheres usuárias de AINES, dor subta, taquicárdico, dor abdominal a palpação, contratura involuntária, peritonite difusa, sinal de jobert( timpanismo na cúpula diafragmáti- ca). Peritoninte: dor a descompressão, dor a palpação de único dedo, dor a percussão; Pancreatite: dor epigástrica em fai- xa “queimação”, vomitos intensos, defesa abdominal involuntária de andar superior ( contratura muscu- lar apenas no andar superior), desi- dratação, diagnóstico laboratorial (amiláse); Cólica renal: dor em fossa ilíaca ir- radiadas para dorso ou testículo, dor flutuante associada a nausea, sempre unilateral. Atentar-se com febre, disuria, urina I alterada (Pie- lonefrite obstrutiva). Obstrução intestinal: para de eva- cuar e eliminar flatos, distensão do abdome e vômito. Deve-se obser- var o nível de obstrução do Rx ( si- nal de nível hidroaéreo - paciente em pé,empilhamento de moedas - paciente deitado). Alta para dor abdominal sem risco: quadro iniciais de doenças graves, nun- ca com ATB (tarda sinal de gravidade) e analgesia pesada, orientação quanto aos fatores de risco e retorno se não melhora dos sinomas). DOR TORÁCICA Etiologia: IAM, pericardite, dissecção de aorta (pulsos assimétricos, diferença pressórica), pneumonia, TEP, causas do TGI (esôfago, estômago, vesícula biliar, pâncreas), causas psicossomáticas. Fatores de risco: tagabismo, etilismo, obesidade, DM, HAS, antecedentes fa- miliares (mulher abaixo de 55 anos e homem abaixo de 65 anos). Quadro clínico: dor em opressão, quei- mação, pontada, que irradia para om- bro, cervical, epigástrico, mandíbula. Pi- ora com frio, esforço, estresse, alimen- tação. Posição de levine (mão no peito, cabeça baixa). Melhora em repouso. Dor pontual, bem localizada, súbi- ta, curta duração. Angina 2-10 min e IAM mais que 30 min. Eletrocardiograma: supra de ST, infra ST e inversão da onda T. Parede anterior: V1-V6 (ADA) Parede lateral alta: D1, AVL (A. Cir- cunflexa Parede inferior: D2, D3, AVF (ACD e ACE); Ventrículo direito: V3r, V4r (ACD); Infarto Posterior: V1,V2,V7,V8 (ACD). Biomarcadores: mioglobina, CKMB, tro- ponina Tratamento IAMCSST: MONABCH Morfina EV 2 a 8mg; Oxigênio; Nitratos: dinitrato de isossorbida (isordil) 5mg sublingual. ou nitro- glicerina. Contraindicação: hipoten- sao, bradicardia, infarto ventrículo direito, usos de inibidires da fosfo- diesterase 5. AAS VO 160-325mg. Contraindica- do em úlceras pépticas, hepatopati- as. Betabloqueadores: metoprolol 50mg VO; Clopidogrel 300mg ( <75 anos) ; Heparina: enoxaparina 30mg EV. Decidir angioplastia primária ou fibrin- ólise. Ver tempo de transferência que tem que ser menor que 120 minutos. DISTÚRBIO DO POTÁSSIO Hipercalemia: potássio maior que 5,5m Eq/L. Principal etiologia: excreção defei- tuosa do potássio na urina causada por infuciência renal, hiperaldoste- renismo, acidose tubular renal do tipo IV, sobrecarga oral, adm de KCL, hemólise, uso de bloqueado- res neuromusculares. Quadro clínico: fraqueza muscular e arritmias; ECG: onda T apiculada e intervalo QT curto, seguido por QRS alargado com amplitude diminuiída e ondas P largas ou ausentes. Pode levar a uma FVTV. Tratamento: monitorização cardía- ca + checar med em uso + exames (ureia e creatinina, gasometria arte- rial); Estabilizar membrana cardíaca: glu- conato de cálcio a 10% 10 a 20ml IV em 2 a 5 minutos; Reduzir potássio pelo balanço inter- no: - Glicose + Insulina: à glicose 50% 25g (50 ml) + 10 U de insulina regu- lar IV em 15 a 30 minutos de 4/4h; - Fenoterol (Berotec): : inalação Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I com berotec 10 – 20 gotas em 2ml de soro fisiológico; - Bicarbonato de sódio: – início de ação em 10 a 15 minutos: 1 mEq/kg IV em 15 minutos. Reduzir aumentando a excreção: - Furosemida (diurético de alça); - Sorcal (poliestireno sulfonato de cálcio) 15g + 20 – 100 ml de água VO 3x ao dia Hipocalemia: potássio menor que 3,5 mEq/L. Etiologia:perdas urinárias por diur- éticos/ perdas gastrointestinais por vômitos, diarreias, uso de SNE aberta Quadro clínico: vômitos, distensão abdominal, íleo paralítico, letargia, bradicardia, fraqueza muscular (in- clusive diafragma), rabdomiólise. EGC: depressão do segmento ST, prolongamento do intervalo QT, di- minuição da amplitude da onda T, aparecimento da onda U, bloqueio átrio-ventricular, bradicardia. Tratamento: ( para cada 0,3mEq/L temos déficit de 100mEq, ex: K+ de 3,8 para 2,9 (0,9 > déficit de 300). - Potássio < 3 ou sintomático: EV 2 amp (52mEq)diluídas em 0,9% 1L em BIC em 4 a 6 horas. - Potássio 3-3,5: KCI xarope 6% 10- 15ml VO de 8/8 horas. - Complicações em não respeito da dose e tempo: flebite e arritmias. DISTURBIO DO MAGNÉSIO Grupo de risco: polifarmácia e desnutri- ção; Reposição: Sulfato de magnésio EV a 10% diluído em solução salina 1 a 3g lentamente (1-3 horas). Uso: eclâmpsia, sepse, arritimias, bron- coespasmo, neuroproteção. DISTÚRBIO DO SÓDIO É uma das principais alterações de ido- sos em uso contínuo de direferentes classes medicamentosas. Hiponatriemia: sódio menor que 135mEq/L. - a redistribuição osmótica da água, baixa oferta de sódio e oferta hídrica aumentada, são causas da hi- ponatremia. Quadro clínico: cefaleia, náuseas e vômitos. Crises convulsivas, insufici- ência respiratória,letargia, fraque- za, alterações comportamentais, alucinações, incontinência urinária ou fecal, anisocoria, atividade epi- léptica. Tratamento: infusão de solução sa- lina hipertônica + restrição hídrica+ diurético de alça (furosemida 20 a 40mg). Controle: a cada 4-6 horas até atin- gir nível acima de 130mEq/L. O máximo permitido de reposição é 12mEq/L; Água corporal: homem é 0,6 x pe- so, mulher é 0, x peso. Solução de NaCl3%= 513mEq/L 1. Água corporal total x (Na+ desejado - Na+ do paciente) - 1 2. Valor encontrado - x 515mEq- 1L Felipe, 40 anos, 60kg, com Na+ 120mEq. 36X (132-120) - 1 =396 mEq - x 513mEq - 1L > x= 0,7L Hipernatremia: sódio maior que 145mEq/L. Quadro clínico: sede intensa no iní- cio do quadro,diminuindo durante a progressão do distúrbio; hipoten- são ortostática e a taquicardia; alte- ração do estado mental, irritabilida- de, espasmo muscular, hiper-refle- xia e espasticidade, convulsão (em crianças), febre, náuseas, vômitos. Tratamento: restabelecimento do déficit volêmico + correção do défi- cit de água livre. 1. Na+ da solução (77)- Na+ do paciente/ Água corporal +1 2. Valor encontrado - 1L (Na+ que quer chegar-Na+ pacien- te) - x Felipe, 37anos,100kg,Na+ 148mEq/L que- rendo chegar em 145 mEq. 77-148/60-1= 1,16mEq/L Na+ desejado= 148-145= 3mEq/L 1,16-1L 3-x= 2,58L O máximo permitido de reposição é 12mEq/L; Água corporal: homem é 0,6 x pe- so, mulher é 0, x peso. Solução de NaCl 45%= 77mEq/L DIARREIA Plano A O tratamento para usuários com diar- reia sem desidratação pode ser realiza- do no domicílio, sempre orientando os cuidadores sobre o caráter autolimitado da doença. Não suspender ou modificar a dieta habitual, porém oriente maior oferta líquida. Caso haja vômitos, recomende o fracionamento da dieta pode me- lhorar a aceitação. A solução de reidratação oral (SRO) deve ser oferecida à vontade após cada evacuação, porém não deve ser misturada com outros lí- quidos como chás, leite ou refrige- rante. Plano B Quando o usuário já apresenta alguns sinais de desidratação, porém sem gra- vidade, deve permanecer na UBS para realizar a reidratação. Pode-se realizar controle da diur- ese, usando saco coletor, se neces- sário, Nesse momento, suspender a ali- mentação enquanto o usuário per- manecer desidratado. Deve-se iniciar a Terapia de Reidra- tação Oral (TRO) com SRO em pe- quenos volumes, aumentando a frequência da oferta aos poucos. Desidratação leve (perda de 3% a 5% do peso corporal) devem rece- ber 50ml/kg de SRO mais a reposi- ção das perdas continuadas em um período de quatro horas. Desidratação moderada (6% a 9% do peso corporal) devem receber 100ml/kg de SRO mais a reposição de perdas continuadas, em um pe- ríodo de quatro horas. Deve-se evitar o uso de antitérmico caso haja febre. O Plano B termina quando desapa- recem os sinais de desidratação, a partir do qual se deve adotar ou re- tornar ao Plano A. Plano C Deve-se iniciar o Plano C quando o paci- ente apresentar dificuldade de injestão de líquidos devido à hiperêmese, qua- dro de desidratação grave ou colapso circulatório (choque). Essa situação se constitui em emer- gência médica e o usuário deverá Beatriz Marinelli, 9° termo Resumão: Urgência & Emergência I ser transferido o mais rapidamente possível. Para a reidratação de adultos, al- guns pontos são importantes: - Administrar, por via venosa perifé- rica (duas veias de bom calibre – scalp 19), volumes iguais de soro fi- siológico 0,9% e ringer lactato em, aproximadamente, 10% do peso do paciente, em cerca de duas horas. -Reavaliar o paciente após duas ho- ras, se persistirem os sinais de cho- que, repetir a prescrição; caso con- trário, iniciar balanço hídrico com as mesmas soluções. -Administrar a solução de SRO em doses pequenas e frequentes, tão logo o paciente a aceite. -Suspender a hidratação endoveno- sa quando o paciente estiver hidra- tado, com boa tolerância ao SRO e sem vômitos. Presença de muco, pus ou sangue acompanhado de febre é indicativo de antibioticoterapia. DENGUE Quadro clínico: febre (39° a 40°) de início abrupto com duração máxi- ma de 7 dias, associado a cefaléia, mialgia, artralgia, dor retroorbitá- ria. Prova do laço: PAS+PAD/2. Pacien- te com PA de 100,60mmHg. 160/2=80. Deve-se insuflar mangui- to até 80mmHg e manter por 5min no adulto (3min crianças). Fazer quadrado de 2,5cm no antebraço. Positivo quando houver 20 ou mais petéquias (10 crianças). Solicitar hemograma; Grupo A (sem sangramento espon- tâneo ou induzido): hidratação 80ml/kg/dia sendo 1/3 com solu- ção salina e 2/3 líquido caseiro + Di- pirona+ bromoprida. Prurido é au- tolimitada, durando 36-72 horas. Notificar e retorno se sinais de alar- me. Grupo B (com sangramento da pe- le espontâneo ou induzido): hidra- tação 80ml/kg/dia sendo 1/3 com solução salina e 2/3 líquido caseiro + Dipirona+ bromoprida. Prurido é autolimitada, durando 36-72 horas. Notificar e preencher o cartão de acompanhamento da dengue. Re- torno para reavaliação do paciente deve ser diária. Grupo C (presença de sinal de alar- me): dor abdominal intensa, vômi- tos persistêntes, sangramento de mucosa, desconforto respiratório, diminuição da diurése e outros. Hi- dratação venosa rápida+ ultrassom para observar possível derrame ca- vitário. Manter paciente em leito de internação por no minímo 48 horas. Hidratação 20ml/kg/h em duas horas. Reavaliação clínica e de hematócrito em 2 horas. Após me- lhora iniciar fase de manutenção 25 ml/kg em 6 horas. Se melhora: Se- gunda fase: 25 ml/kh em 8 horas, sendo 1/3 com soro fisiológico e 2/3 com soro glicosado . Grupo D (com sinais de choque): leito de terapia intensiva, reavalia- ção clínica a cada 15 a 30 min. Fa- zer reposição volêmica. PICADA DE ESCORPIÃO Leve: manifestações locais, dor, pa- restesia, sudorese. Não é indicado soro, fazer botão anestésico. Moderado: dor intensa, manifesta- ções sistêmicas do tipo sudorese discreta, náuseas, vômitos, taqui- cardia, taquipnéia, hipertensão le- ve. Aplicar 3 soros anti escorpião. Grave: todos os anteriores mais su- dorese profunda, vômitos incoercí- veis, salivação excessiva, agitação com prostação, bradicardia, IC, ede- ma pulmonar, choque, convulsão e coma. Aplicar 6 amp de Soro anti escorpião. PARADA CARDIORESPIRATÓRIA 30 compressões para 2 movimen- tos respiratórios (100 compressões por minuto), fazendo 5 ciclos, que dá em média 2 minutos. Depois chegar pulso. Ritmos cardíacos não chocáveis: assistolia, atividade elétrica sem pulso (BAV, BAVT e outros que não se ecaixam em assitolia, FV,TV). Não há indicação de choque; Acesso venoso e aplicar adrenalina 1ml (1mg) na ampola a cada 3 min nos membros seguida de flush de 10/20ml de àgua destilada e depois elevar o membro. Fazer a cada 3 min até acabar a reanimação. Ou seja, compressão cardíaca e mo- vimentos respiratórios (30:2 x5) + adrenalina. Ritmos cardíacos chocáveis: Fibri- lação ventricular, taquicardia ven- tricular. Assionar o cardiodesfibrilador. Ao acabar o choque voltaremos a fazer as compressões torácicas e movi- mentos respiratório. Após 5 cliclos, devemos checar os pulsos e verificar o ritmo cardíaco. Se o ritimo for chocável, repetir procedimento; Se não for chocável, coduta do não chocável. A partir do momento que damos o 3º choque
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