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ÍCIL AOP LF AEDER CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS CONTEÚDO ONLINE GRÁTIS Português - Acentuação Gráfica e Ortografia Direito Administrativo - Ato Administrativo Direitos Humanos - Direitos e Garantias Fundamentais na Constituição Federal POLÍCIA - Língua Portuguesa - Noções de Informática - Raciocínio Lógico - Atualidades - Noções de Direito Administrativo - Noções de Direito Constitucional - Noções de Administração Pública - Noções de Administração Financeira e Orçamentária - Noções de Gestão de Pessoas nas Organizações - Noções de Administração de Recursos Materiais - Noções de Arquivologia - Legislação Aplicada à Polícia Federal CONTEÚDO AGENTE ADMINISTRATIVO CONTEÚDO DE ACORDO COM O ÚLTIMO EDITAL COLEÇÃO PREPARATÓRIA2020 FEDERAL POLÍCIA FEDERAL Agente Administrativo A apostila preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial com base no edital anterior, para que o aluno antecipe seus estudos. JN028-N0 Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998. Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br. www.novaconcursos.com.br sac@novaconcursos.com.br OBRA Polícia Federal Agente Administrativo Atualizada até 01/2020 AUTORES Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco Noção de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto Raciocínio Lógico - Profº Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil Atualidades - Profª Roberta Amorim Noções de Direito Administrativo - Profª Bruna Pinotti Noções de Direito Constitucional - Profº Ricardo Razaboni Noções de Administração Pública - Profº Fernando Zantedeschi Noções de Administração Financeira e Orçamentária - Profª Tatiana Carvalho Noções de Gestão de Pessoas nas Organizações - Profª Silvana Guimarães Noções de Administração de Recursos Materiais - Profª Silvana Guimarães Noções de Arquivologia - Profª Silvana Guimarães Legislação Aplicada à Polícia Federal - Profº Ricardo Razaboni PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO Aline Carvalho Leandro Filho Josiane Sarto Roberth Kairo DIAGRAMAÇÃO Thais Regis Higor Moreira CAPA Joel Ferreira dos Santos APRESENTAÇÃO PARABÉNS! ESTE É O PASSAPORTE PARA SUA APROVAÇÃO. A Nova Concursos tem um único propósito: mudar a vida das pessoas. Vamos ajudar você a alcançar o tão desejado cargo público. Nossos livros são elaborados por professores que atuam na área de Concursos Públicos. Assim a matéria é organizada de forma que otimize o tempo do candidato. Afinal corremos contra o tempo, por isso a preparação é muito importante. Aproveitando, convidamos você para conhecer nossa linha de produtos “Cursos online”, conteúdos preparatórios e por edital, ministrados pelos melhores professores do mercado. Estar à frente é nosso objetivo, sempre. Contamos com índice de aprovação de 87%*. O que nos motiva é a busca da excelência. Aumentar este índice é nossa meta. Acesse www.novaconcursos.com.br e conheça todos os nossos produtos. Oferecemos uma solução completa com foco na sua aprovação, como: apostilas, livros, cursos online, questões comentadas e treinamentos com simulados online. 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SUMÁRIO LÍNGUA PORTUGUESA Compreensão e interpretação de textos................................................................................................................................................. 01 Tipologia textual.............................................................................................................................................................................................. 10 Ortografia oficial.............................................................................................................................................................................................. 12 Acentuação gráfica......................................................................................................................................................................................... 15 Emprego das classes de palavras.............................................................................................................................................................. 18 Emprego/correlação de tempos e modos verbais............................................................................................................................ 18 Emprego do sinal indicativo de crase...................................................................................................................................................... 56 Sintaxe da oração e do período................................................................................................................................................................ 59 Pontuação......................................................................................................................................................................................................... 74 Concordância nominal e verbal................................................................................................................................................................... 67 Regências nominal e verbal.......................................................................................................................................................................... 78 Significação das palavras.............................................................................................................................................................................. 84 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República)..................................... 88 Adequação da linguagem ao tipo de documento............................................................................................................................. 88 Adequação do formato do texto ao gênero........................................................................................................................................... 88 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows)..................................................................................................... 01 Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice).......................................................... 13 Redes de computadores. Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet. Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e Google Chrome). Programas de correio eletrônico (Outlook Express e Mozilla Thunderbird). Sítios de busca e pesquisa na Internet. Grupos de discussão. Redes sociais....................................................................................................................................................................................................... 38 Computação na nuvem (cloud computing)............................................................................................................................................ 51 Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas............................................ 52 Segurança da informação. Procedimentos de segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.).........................................................................................................................52 Procedimentos de backup............................................................................................................................................................................. 58 Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage)...................................................................................................................... 59 RACIOCÍNIO LÓGICO Estruturas lógicas........................................................................................................................................................................ 01 Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões................................................................. 03 Lógica sentencial (ou proposicional).................................................................................................................................... 09 Proposições simples e compostas......................................................................................................................................... 09 Tabelas verdade. ........................................................................................................................................................................ 12 SUMÁRIO Equivalências............................................................................................................................................................................... 23 Leis de De Morgan..................................................................................................................................................................... 23 Diagramas lógicos...................................................................................................................................................................... 28 Lógica de primeira ordem........................................................................................................................................................ 31 Princípios de contagem e probabilidade.............................................................................................................................. 31 Operações com conjuntos........................................................................................................................................................ 33 Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais........................................................... 36 ATUALIDADES Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia, suas inter-relações e suas vinculações históricas.................................................................................................................................. 01 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Noções de organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração............ 01 Administração direta e indireta.................................................................................................................................................................. 03 Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista........................................................................ 05 Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies.......................................................................... 09 Agentes públicos. Legislação pertinente. Lei nº 8.112/1990. Disposições constitucionais aplicáveis. Disposições doutrinárias. Conceito. Espécies. Cargo, emprego e função pública........................................................................................... 14 Poderes administrativos. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. Uso e abuso do poder........................... 20 Licitação. Princípios. Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. Modalidades. Tipos. Procedimento...................... 27 Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle judicial. Controle le- gislativo.................................................................................................................................................................................................................. 34 Responsabilidade civil do Estado. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. Responsabilida- de por ato comissivo do Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a demons- tração da responsabilidade do Estado. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Esta- do.......................................................................................................................................................................................................................... 42 Regime jurídico-administrativo. Conceito. Princípios expressos e implícitos da administração pública...................... 47 Decreto nº 1.171/ 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal)............... 52 Resoluções 1 a 10 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República................................................................................... 63 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Constituição Federal, Conceito, classificações, princípios fundamentais............................................................................. 01 Capítulo III Segurança Pública: artigo 144.................................................................................................................................... 03 SUMÁRIO Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos sociais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos...................................................................................................................................................... 05 Organização político-administrativa............................................................................................................................................. 08 União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios..................................................................................................... 10 Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos.................................................................................................... 14 Poder executivo. atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado.............................................. 18 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios de departamentalização............................................................................................................................................................. 01 Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; organização adminis- trativa da União; administração direta e indireta........................................................................................................................................ 23 Gestão de processos........................................................................................................................................................................................ 23 Gestão de contratos.......................................................................................................................................................................................... 28 Noções de processos licitatórios................................................................................................................................................................... 37 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Orçamento público......................................................................................................................................................................................01 Conceito........................................................................................................................................................................................................... 01 Técnicas Orçamentárias............................................................................................................................................................................. 01 Princípios orçamentários........................................................................................................................................................................... 04 Ciclo Orçamentário...................................................................................................................................................................................... 07 O orçamento público no Brasil................................................................................................................................................................. 09 Plano Plurianual na Constituição Federal........................................................................................................................................... 09 Diretrizes orçamentárias na Constituição Federal........................................................................................................................... 11 Orçamento anual na Constituição Federal......................................................................................................................................... 13 Estrutura programática.............................................................................................................................................................................. 14 Créditos ordinários e adicionais............................................................................................................................................................. 16 Programação e execução orçamentária e financeira.................................................................................................................... 19 Descentralização orçamentária e financeira...................................................................................................................................... 19 Acompanhamento da execução.............................................................................................................................................................. 19 Receita pública............................................................................................................................................................................................. 22 Conceito.......................................................................................................................................................................................................... 22 Classificação segundo a natureza......................................................................................................................................................... 22 Etapas e estágios.......................................................................................................................................................................................... 22 Despesa pública........................................................................................................................................................................................... 25 SUMÁRIO Conceito........................................................................................................................................................................................................... 25 Classificação segundo a natureza.......................................................................................................................................................... 25 Etapas e estágios......................................................................................................................................................................................... 25 Restos a pagar............................................................................................................................................................................................... 31 Despesas de exercícios anteriores.......................................................................................................................................................... 33 Lei de Responsabilidade Fiscal................................................................................................................................................................. 34 Conceitos e objetivos................................................................................................................................................................................. 34 Planejamento................................................................................................................................................................................................. 34 NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS Conceitos, importância, relação com os outros sistemas de organização.............................................................................. 01 A função do órgão de Gestão de Pessoas: atribuições básicas e objetivos, políticas e sistemas de informações gerenciais........................................................................................................................................................................................................... 01 Comportamento organizacional: relações indivíduo/organização, motivação, liderança, desempenho..................... 07 NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Classificação de materiais. Tipos de classificação............................................................................................................................... 01 Gestão de estoques....................................................................................................................................................................................... 08 Compras. Modalidades de compra. Cadastro de fornecedores.................................................................................................. 12 Compras no setor público. Edital de licitação........................................................................................................................................ 17 Recebimento e armazenagem. Entrada. Conferência. Critérios e técnicas de armazenagem............................................. 20 Gestão patrimonial. Controle de bens. Inventário. Alterações e baixa de bens..................................................................... 23 NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA Conceitos fundamentais de arquivologia............................................................................................................................... 01 O gerenciamento da informação e a gestão de documentos......................................................................................... 04 Diagnósticos, protocolos, arquivos correntes e intermediário....................................................................................... 04 Avaliação de documentos e arquivos permanentes............................................................................................................ 04 Tipologias documentais e suportes físicos......................................................................................................................... 09 Microfilmagem............................................................................................................................................................................ 09 Automação................................................................................................................................................................................... 09 Preservação, conservação e restauraçãode documentos............................................................................................. 09 SUMÁRIO LEGISLAÇÃO APLICADA À POLÍCIA FEDERAL Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras providências............................................................................................................................................................................................. 01 Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências.............................................................................................................................................. 05 Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração................... 08 Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento..................................................................................................................................... 22 Lei nº 12.830/2013: dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia...................................................... 28 LÍNGUA PORTUGUESA ÍNDICE Compreensão e interpretação de textos............................................................................................................................................................ 01 Tipologia textual.......................................................................................................................................................................................................... 10 Ortografia oficial.......................................................................................................................................................................................................... 12 Acentuação gráfica..................................................................................................................................................................................................... 15 Emprego das classes de palavras........................................................................................................................................................................... 18 Emprego/correlação de tempos e modos verbais......................................................................................................................................... 18 Emprego do sinal indicativo de crase.................................................................................................................................................................. 56 Sintaxe da oração e do período.............................................................................................................................................................................. 59 Pontuação...................................................................................................................................................................................................................... 74 Concordância nominal e verbal............................................................................................................................................................................. 67 Regências nominal e verbal.................................................................................................................................................................................... 78 Significação das palavras......................................................................................................................................................................................... 84 Redação de correspondências oficiais (conforme Manual de Redação da Presidência da República)..................................... 88 Adequação da linguagem ao tipo de documento......................................................................................................................................... 88 Adequação do formato do texto ao gênero..................................................................................................................................................... 88 1 LÍ N G UA P O RT U G U ES A COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. Interpretação Textual Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma informação que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. Intertexto - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Interpretação de texto - o objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fundamentações), as argumentações (ou explicações), que levam ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, em uma prova, o candidato deve: Identificar os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). Comparar as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto. Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade. Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras. Condições básicas para interpretar Fazem-se necessários: conhecimento histórico- literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; capacidade de observação e de síntese; capacidade de raciocínio. Interpretar/Compreender Interpretar significa: Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. Através do texto, infere-se que... É possível deduzir que... O autor permite concluir que... Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Compreender significa Entendimento, atenção ao que realmente está escrito. O texto diz que... É sugerido pelo autor que... De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação... O narrador afirma... Erros de interpretação Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação. Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido. Contradição = às vezes o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errar a questão. Observação: Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova de concurso, o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada mais. Coesão e Coerência Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se vaidizer e o que já foi dito. São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de adequação ao antecedente. Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, a saber: que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condições da frase. qual (neutro) idem ao anterior. quem (pessoa) cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possuído. como (modo) onde (lugar) quando (tempo) quanto (montante) Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O). Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce 2 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Dicas para melhorar a interpretação de textos • Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais in- formação você absorver com a leitura, mais chan- ces terá de resolver as questões. • Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- pa a leitura. • Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. • Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma conclusão). • Volte ao texto quantas vezes precisar. • Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as do autor. • Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor compreensão. • Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão. • O autor defende ideias e você deve percebê-las. • Observe as relações interparágrafos. Um parágra- fo geralmente mantém com outro uma relação de continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- que muito bem essas relações. • Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja, a ideia mais importante. • Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da resposta – o que vale não somente para Inter- pretação de Texto, mas para todas as demais ques- tões! • Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con- clusão. • Olhe com especial atenção os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- tem a outros vocábulos do texto. SITES Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/09- dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- provas> Disponível em: <http://www.portuguesnarede. com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. html> Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/ cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm> EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1AAA A valorização do direito à vida digna preserva as duas faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala- se, singulariza-se em sua individualidade. O direito é o instrumento da fraternização racional e rigorosa. O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizável de justiça social. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a revelação da justiça. Quando os descaminhos não conduzirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na vida mais digna para que a convivência política seja mais fecunda e humana. Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB, Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1 (com adaptações). Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano tem direito a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobrevivência das espécies. b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses. c) de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos. d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros. e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. Resposta: Letra E. Em “a”, de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobrevivência das espécies = incorreta Em “b”, de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário para defender seus interesses = incorreta Em “c”, de demandar ao sistema judicial a concretização de seus direitos = incorreta Em “d”, à institucionalização do seu direito em detrimento dos direitos de outros = incorreta Em “e”, a uma vida plena e adequada, direito esse que está na essência de todos os direitos. O ser humano tem direito a uma vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus deveres plenamente, como prescrevem todos os direitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da qual todos os direitos se conjugam (...). 2. (PCJ-MT - DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE-2017) Texto CG1A1BBB Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce Liz Realce 3 LÍ N G UA P O RT U G U ES A regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos agentes do poder popular, que o Estado polariza e exerce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em nome do qual é pronunciada. Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do processo. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com adaptações). Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos demais poderes. c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais. d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magistratura e o sistema democrático. e) os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do governo federal. Resposta: Letra A. Em “a”, o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel com fundamento no princípio da soberania popular. Em “b”, os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo voto popular, como ocorre com os representantes dos demais poderes = incorreta Em “c”, os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, exercem o poder que lhes é conferido em nome de seus nacionais = incorreta Em “d”, há incompatibilidade entre o autogovernoda magistratura e o sistema democrático = incorreta Em “e”, os magistrados brasileiros exercem o poder constitucional que lhes é atribuído em nome do governo federal = incorreta A questão deve ser respondida segundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes emana do povo e em seu nome é exercido (...). 3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – CESPE – 2017) Texto CG1A1CCC A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte; promove a desonestidade, a venalidade, a relaxação; insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas. De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. E, nessa destruição geral das nossas instituições, a maior de todas as ruínas, Senhores, é a ruína da justiça, corroborada pela ação dos homens públicos. E, nesse esboroamento da justiça, a mais grave de todas as ruínas é a falta de penalidade aos criminosos confessos, é a falta de punição quando ocorre um crime de autoria incontroversa, mas ninguém tem coragem de apontá-la à opinião pública, de modo que a justiça possa exercer a sua ação saneadora e benfazeja. Rui Barbosa. Obras completas de Rui Barbosa. Vol. XLI. 1914. Internet: <www.casaruibarbosa.gov.br> (com adaptações). Infere-se do texto CG1A1CCC que I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas. II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos homens, que, desanimados, ficam à mercê do destino. Assinale a opção correta. a) Apenas o item I está certo. b) Apenas o item II está certo. c) Apenas os itens I e III estão certos. d) Apenas os itens II e III estão certos. e) Todos os itens estão certos. Resposta: Letra B. I - a injustiça faz que as “gerações que vêm nascendo” sejam mais desonestas e rudes que as gerações passadas = incorreta II - a injustiça é considerada um empecilho à atuação íntegra e idônea das gerações futuras. III - a injustiça é responsável pela degradação dos homens, que, desanimados, ficam à mercê do destino = incorreta Com base na leitura do texto, a única afirmação correta é a de que a injustiça impede a atuação honesta, idônea das gerações futuras, pois (...) semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão (...). 4. (SERES-PE – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – CESPE – 2017) Texto 1A1AAA Após o processo de redemocratização, com o fim da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram mais desafios para a cidadania brasileira, como a violência urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais. No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir de 1980, impacto do processo de modernização pelo qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo colocou em circulação bens de alto valor e, consequentemente, 4 LÍ N G UA P O RT U G U ES A aumentou as oportunidades para o crime, inclusive porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço social mais anônimo, menos supervisionado. Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem menos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais importância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário dividir as tarefas de controle com organizações locais e com a comunidade. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pública e garantia dos direitos individuais: os desafios da polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasileira de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. – mar./2011, p. 84-5 (com adaptações). De acordo com o texto 1A1AAA, a restauração da democracia no Brasil evidenciou a) a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas. b) o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo. c) a existência de problemas sociais que dificultam a consolidação da cidadania. d) a modernidade do mercado interno e das instituições públicas brasileiras. e) o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da violência urbana e do desemprego. Resposta: Letra C. Em “a”, a diminuição do controle social decorrente do aumento da mobilidade de pessoas = incorreta Em “b”, o crescimento da produção de bens de alto valor decorrente do aumento do poder de consumo = incorreta Em “c”, a existência de problemas sociais que dificultam a consolidação da cidadania. Em “d”, a modernidade do mercado interno e das instituições públicas brasileiras = incorreta Em “e”, o medo nas metrópoles provocado pelo aumento da violência urbana e do desemprego = incorreta Ao texto: Após o processo de redemocratização, com o fim da ditadura militar, em meados da década de 80 do século passado, era de se esperar que a democratização das instituições tivesse como resultado direto a consolidação da cidadania — compreendida de modo amplo, abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram mais desafios para a cidadania brasileira, como a violência urbana — que ameaça os direitos individuais — e o desemprego — que ameaça os direitos sociais (...). = problemas sociais que dificultam a consolidação da cidadania. 5. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2AAA Tinha chegado o tempo da colheita, era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante, entretanto eu tinha um peso enorme no coração. Sim, eu estava triste, e não sabia a que atribuir minha tristeza. Era a primeira vez que me afligia tão incompreensível pesar. Minha filha sorria para mim, era ela gentilzinha, e em sua inocência semelhava um anjo. Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... Ainda não tinha vencido cem braças de caminho, quando um assobio, que repercutiu nas matas, me veio orientar acerca do perigo iminente que aí me aguardava. E logo dois homens apareceram e me amarraram com cordas. Era uma prisioneira — era uma escrava! Foi embalde que supliquei, em nome de minha filha, que me restituíssem a liberdade: os bárbaros sorriam-se das minhas lágrimas e me olhavam sem compaixão. Julguei enlouquecer, julguei morrer, mas não me foi possível... a sorte me reservava ainda longos caminhos. Meteram-me a mim e a mais trezentos companheiros de infortúnio e de cativeiro no estreito e infecto porão de um navio. Trinta dias de cruéis tormentos e de falta absoluta de tudo quanto é mais necessário à vida passamos nessa sepultura, até que aportamos nas praias brasileiras. Para caber a mercadoria humana no porão, fomos amarrados em pé e, para que não houvesse receio de revolta, acorrentados como os animais ferozes das nossas matas, que se levam para recreio dospotentados da Europa. Davam-nos a água imunda, podre e dada com mesquinhez; a comida má e ainda mais porca: vimos morrer ao nosso lado muitos companheiros à falta de ar, de alimento e de água. É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura, asfixiados e famintos. Maria Firmina dos Reis. Úrsula. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004, p. 116-7 (com adaptações) No texto CB3A2AAA, o trecho “como o rosto de um infante” introduz uma ideia de a) comparação. b) contraste. c) adição. d) compensação. e) intensidade. Resposta: Letra A. (..) era uma manhã risonha, e bela, como o rosto de um infante. A conjunção estabelece uma comparação – manhã risonha e bela como (igual ao) rosto de um infante. 5 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 6. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) No texto CB3A2AAA, ao utilizar a expressão “Ah! Nunca mais devia eu vê-la...”, a narradora manifesta a) uma surpresa. b) um lamento. c) um desejo. d) uma recomendação. e) uma dúvida. Resposta: Letra B. No contexto: (...) Desgraçada de mim! Deixei-a nos braços de minha mãe e fui-me à roça colher milho. Ah! Nunca mais devia eu vê-la... = representa tristeza, lamento. 7. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2BBB O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das Constituições democráticas modernas. A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo tempo, o processo de democratização do sistema internacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do mesmo movimento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que não tenha a guerra como alternativa, somente quando existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Estado, mas do mundo. Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adaptações). De acordo com o texto CB3A2BBB, a condição necessária para que os direitos humanos sejam reconhecidos e efetivamente protegidos nos Estados é a a) soberania. b) lei. c) democracia. d) cidadania. e) paz. Resposta: Letra E. Ao texto: A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. 8. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Depreende-se do texto CB3A2BBB que o avanço do processo de democratização do sistema internacional depende da a) flexibilização das fronteiras dos Estados. b) eliminação de regimes autoritários. c) manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados. d) sobreposição dos direitos humanos aos interesses individuais dos Estados. e) existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífica de conflitos. Resposta: Letra D. Em “a”, flexibilização das fronteiras dos Estados = incorreta Em “b”, eliminação de regimes autoritários = incorreta Em “c”, manutenção de mecanismos que preservem interesses ideológicos e materiais dos Estados = incorreta Em “d”, sobreposição dos direitos humanos aos interesses individuais dos Estados. Em “e”, existência, em todos os Estados, de condições mínimas para a solução pacífica de conflitos = incorreta Texto! (...) o processo de democratização do sistema internacional, que é o caminho obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. As questões de Interpretação/compreensão textual, muitas vezes, apresentam as respostas “explícitas”, bastando à (ao) candidata(o) voltar ao texto quando precisar - ou, então, destacar as ideias principais durante a leitura. 9. (PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS DE TÉCNICO MUNICIPAL – NÍVEL MÉDIO – CESPE – 2017) Texto CB3A2CCC Fala-se, às vezes, na necessidade que tem a democracia de se defender do que lhe possa ameaçar. Quase sempre, porém, lamentavelmente, o que se vem considerando como ameaças à democracia é o que na verdade a justifica como democracia: a presença atuante do povo no processo político nacional; a voz das classes trabalhadoras que se mobilizam e se organizam na reivindicação de seus direitos; a presença inquieta da juventude brasileira cuja palavra nos é indispensável... Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participação dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo. Paulo Freire. In: Ana Maria Araújo Freire (Org.). Paulo Freire: uma história de vida. Indaiatuba, SP: Villa das Letras, 2006, p. 405 (com adaptações) 6 LÍ N G UA P O RT U G U ES A Assinale a opção que apresenta a tese central do texto CB3A2CCC. a) As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos. b) A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. c) A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental para a defesa da democracia, é passiva. d) A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional. e) As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático. Resposta: Letra B. Em “a”, As classes trabalhadoras precisam se organizar para lutar pelos seus direitos = incorreta Em “b”, A democracia é ameaçada pelas pessoas que temem a participação popular no processo político nacional. Em “c”, A juventude brasileira, cuja atuação é fundamental para a defesa da democracia, é passiva = incorreta Em “d”, A democracia dispensa a participação efetiva do povo no processo político nacional = incorreta Em “e”, As organizações estudantis representam uma ameaça para o processo democrático = incorreta Segundo o texto, (...) Os que procuram “defender” a democracia contra o “perigo” da participação dos trabalhadores e dos estudantes na reinvenção necessária da sociedade sonham com uma democracia sem povo = o termo em destaque mostra que essas pessoas, sim, representam perigo à democracia. 10. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Texto CB1A1BBB Estranhamente, governos estaduais cujas despesas com o funcionalismo já alcançaram nível preocupante ou que estouraram o limite de gastos com pessoal fixado pela Lei Complementar n.º 101/2000, denominada Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), estão elaborando sua própria legislação destinada a assegurar, como alegam, maior rigor na gestão de suas finanças. Querem uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Examinando-se a situação financeira dos estados que preparam sua versão da lei de responsabilidade fiscal, fica difícil aceitar a argumentação. Desde maio de 2000, quando entrou em vigor a LRF, esses estados, como os demais, estão sujeitos a regras precisas para a gestão do dinheiro público, para a criação de despesas e, em particular, para os gastos com pessoal. Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam interessadosem torná-las ainda mais rigorosas? Não foi a lei que não funcionou, mas os responsáveis pelo dinheiro público que, por alguma razão, não a cumpriram. De que adiantaria, então, tornar a lei mais rigorosa, se nem nas condições atuais esses responsáveis estão sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise. Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adaptações). De acordo com o texto, as normas da LRF dispõem principalmente sobre gastos com pessoal, pois esse tipo de gasto causa mais problemas para os responsáveis pela gestão do dinheiro público. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. A Lei de Responsabilidade Fiscal dispõe sobre gastos em geral, não apenas com pessoal. O texto aborda apenas este, mas não afirma ser o único alvo da LRF. 11. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Segundo o texto, o objetivo de se propor uma nova lei de responsabilidade fiscal, mais rígida quanto à proteção do dinheiro público, é desconfigurar a LRF. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. No texto, o objetivo apresentado é: Querem uma nova lei de responsabilidade fiscal para, segundo argumentam, fortalecer a estrutura legal que protege o dinheiro público do mau uso por gestores irresponsáveis. Para o autor, sim, haverá desconfiguração. 12. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, o descumprimento das normas da LRF em alguns estados decorreu do fato de a própria lei ser pouco clara em relação aos gastos públicos e também da incapacidade dos gestores do dinheiro público de adaptar as contas estaduais à realidade financeira do país. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Texto: O verdadeiro problema é a dificuldade do setor público de adaptar suas despesas às receitas em queda por causa da crise. 13. (TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO – ÁREA ADMINISTRATIVA – CESPE – 2016) Para o autor do texto, é um contrassenso a proposta de tornar a LRF mais rigorosa. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Resposta no texto: Por que, tendo descumprido algumas dessas regras, estariam interessados em torná- las ainda mais rigorosas? 7 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 14. (PC-PE – CONHECIMENTOS GERAIS – AGENTE DE POLÍCIA – CESPE – 2016) Texto CG1A01BBB Não são muitas as experiências exitosas de políticas públicas de redução de homicídios no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continuidade. O Pacto pela Vida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é identificado como uma política pública exitosa. O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à redução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de eleger a segurança pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar quando se pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que o tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas autoridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de modo simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia. O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto de ações com o objetivo de reduzir a violência e, em especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade no início do mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram a construção da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes violentos letais intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes. Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em disputa tanto do ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas (como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate com a sociedade civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2014. Internet: <https://igarape.org.br> (com adaptações). O Pacto pela Vida é caracterizado no texto CG1A01BBB como uma política exitosa porque a) teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco. b) tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade. c) definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência. d) foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade. e) resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Resposta: Letra E. Em “a”, teve como objetivos a redução da criminalidade e o controle da violência no estado de Pernambuco = incorreta Em “b”, tratou a questão da violência como um problema social complexo e inaugurou uma estratégia de contenção desse problema compatível com sua complexidade = incorreta Em “c”, definiu, no estado de Pernambuco, um novo paradigma de segurança pública, embasado em uma rede de ações de combate e de repressão à violência = incorreta Em “d”, foi fruto de um plano acertado que elegeu a área da segurança pública como prioridade = incorreta Em “e”, resultou em uma redução visível no número de crimes contra a vida no estado de Pernambuco. Exitosa porque obteve êxito, como comprova o resultado: diminuição de quase 40% dos homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013. 15. (INSS – TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 2003) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em seu discurso na reabertura do Congresso que o “vírus da inflação voltou a ser uma ameaça real”. Em sua fala de 21 minutos aos senadores e deputados, o presidente alertou também para a piora do cenário econômico internacional e afirmou que o aperto fiscal de seu governo durará o “tempo necessário”. Segundo Lula, “teremos tempos difíceis pela frente. O mundo entrou em um período de maiores incertezas”. Folha de S. Paulo, 18 fev. /2003, capa. (Com adaptações.) Infere-se do texto que o atual governo brasileiro não acredita que uma guerra contra o Iraque de Saddam Hussein possa acarretar dificuldades econômicas mais acentuadas para países como o Brasil, quase autossuficiente em petróleo. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. O texto não aborda este tema. 16. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Tempo livre A questão do tempo livre — o que as pessoas fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu desenvolvimento — não pode ser formulada em generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — aliás, antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e muito mais grato -, opõe-se a outra: à de tempo não-livre, aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos acrescentar, na verdade, determinado de fora. O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime- lhe traços essenciais. Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém 8 LÍ N G UA P O RT U G U ES A as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar uma divisão tão simples entre as pessoas emsi e seus papéis sociais. Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas estão ao menos subjetivamente convictas de que agem por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do horário de trabalho. A indagação adequada ao fenômeno do tempo livre seria, hoje, esta: “Com o aumento da produtividade no trabalho, mas persistindo as condições de não- liberdade, isto é, sob relações de produção em que as pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com o tempo livre?” Se se cuidasse de responder à questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa a suspeita de que o tempo livre tende em direção contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a sua não-liberdade em si mesma. T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82. (Com adaptações.) Como, de acordo com o texto, as características essenciais ao “tempo livre” se baseiam na oposição entre este e o “tempo não-livre”, é correto concluir que as formas de uso do “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Segundo o texto, (...) o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade (...), e como esta sofre mudanças com o passar do tempo, não podemos afirmar que as formas de “tempo livre” serão as mesmas em qualquer época. 17. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Conclui-se da leitura do texto que tanto o “tempo não-livre” quanto o “tempo livre” são condicionados pela sociedade. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Busquemos no texto: (...) Além do mais, muito mais fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação geral da sociedade (...) Em uma época de integração social sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o que resta nas pessoas, além do determinado pelas funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. 18. (INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Do primeiro parágrafo do texto, depreende-se que a ideia de tempo livre, isto é, a de tempo não ocupado pelo trabalho, não é nova. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Ao texto! (...) A expressão, de origem recente, aliás; antes se dizia ócio, e este era privilégio de uma vida folgada. 19. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Um dos indicadores de saúde comumente utilizados no Brasil é a esperança de vida ao nascer, que corresponde ao número de anos que um indivíduo vai viver, considerando-se a duração média da vida dos membros da população. O valor desse índice tem sofrido modificações substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram e as conquistas da ciência e da tecnologia são colocadas a serviço do homem. A julgar por estudos procedidos em achados fósseis e em sítios arqueológicos, a esperança de vida do homem pré-histórico ao nascer seria extremamente baixa, em torno de 18 anos; na Grécia e na Roma antigas, estaria entre 20 e 30 anos, pouco tendo se modificado na Idade Média e na Renascença. Mais recentemente, têm sido registrados valores progressivamente mais elevados para a esperança de vida ao nascer. Essa situação está ilustrada no gráfico abaixo, que mostra a evolução da esperança de vida do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000. M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: Epidemiologia e saúde. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 68. (Com adaptações.) No Brasil, o fenômeno do aumento da esperança de vida ao nascer atinge de maneira uniforme todas as classes sociais, pois esse indicador não é influenciado pela renda familiar. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Voltemos ao texto: (...) O valor desse índice tem sofrido modificações substanciais no decorrer do tempo, à medida que as condições sociais melhoram, influência da renda familiar. 9 LÍ N G UA P O RT U G U ES A 20. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) Texto I Envelhecimento, pobreza e proteção social na América Latina O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas posteriores, a proporção desse grupo no total da população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Por outro lado, o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos, em face da redução do contingente populacional em idade ativa, fez com que o envelhecimento populacional entrasse na agenda das políticas públicas pelo lado negativo, ou seja, ele é visto como “um problema”. A. A. Camarano e M.T. Pasinato. Texto para discussão. Brasília: IPEA, 2007. Texto II Os impactos sociais da velhice Idade Ativa — No caso da previdência, os idosos são o grande problema? Ana Amélia Camarano — Eu acho que esse é outro engano. Claro que você tem mais gente idosa e gente vivendo mais. Agora, o que acontece é que o nosso modelo de previdência é o mesmo da Europa Ocidental, dos EUA, modelos desenhados no pós-guerra, quando havia emprego, as pessoas se aposentavam e ficavam pouco tempo aposentadas porque morriam logo. Então, esse modelo está falido. Esse cenário mudou. Nós não estamos mais no mundo do trabalho estável, não temos mais o pleno emprego e as relações de trabalho hoje passam pela flexibilização. E a tão falada flexibilização significa informalização. A nossa política social é toda ligada ao trabalho. A Constituição de 1988 mudou um pouco, mas até então só tinha direito ao benefício da previdência quem trabalhava. Era uma cidadania ligada ao trabalho e, não, ao benefício do trabalhador. E isso não é mais possível. Nós estamos caminhando para um mundo sem trabalho. Internet: <www.techway.com.br>. (Com adaptações.) De acordo com o texto I, é correto afirmar que há países europeus em que a força de trabalho, em relação ao total da população, já se reduziu. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Ao texto: O processo de envelhecimento populacional, no seu primeiro estágio, resulta em um aumento, pelo menos relativo, da oferta da força de trabalho. Nas etapas posteriores, a proporção desse grupo no total da população diminui e, eventualmente, diminuirá em termos absolutos, como é a situação atual do Japão e de vários países europeus. Os termos destacados se relacionam. 21. (INSS – TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL – CESPE – 2008) De acordo com o desenvolvimento e a organização das ideias do texto I, depreende-se que “segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos” e “segmento com idade avançada” referem-se ao mesmo conjunto de indivíduos. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Certo. Texto: (...) o segmento com idade avançada passa a ser o que mais cresce. Esse crescimento acentuado do segmento que demanda maiores recursos monetários e cuidados humanos, afetivos e psicológicos. = maneiras de se referir à velhice. 22. (INSS – PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – CESPE – 2010) A Revolta da Vacina O Rio de Janeiro, na passagem do século XIX para o século XX, era ainda uma cidade de ruas estreitas e sujas, saneamento precário e foco de doenças como febre amarela, varíola, tuberculose e peste. Os navios estrangeiros faziam questão de anunciar que não parariam no porto carioca e os imigrantes recém- chegados da Europa morriam às dezenas de doenças infecciosas. Ao assumir a presidência da República, Francisco de Paula Rodrigues Alves instituiucomo meta governamental o saneamento e reurbanização da capital da República. Para assumir a frente das reformas, nomeou Francisco Pereira Passos para o governo municipal. Este, por sua vez, chamou os engenheiros Francisco Bicalho para a reforma do porto e Paulo de Frontin para as reformas no centro. Rodrigues Alves nomeou ainda o médico Oswaldo Cruz para o saneamento. O Rio de Janeiro passou a sofrer profundas mudanças, com a derrubada de casarões e cortiços e o consequente despejo de seus moradores. A população apelidou o movimento de o “bota-abaixo”. O objetivo era a abertura de grandes bulevares, largas e modernas avenidas com prédios de cinco ou seis andares. Ao mesmo tempo, iniciava-se o programa de saneamento de Oswaldo Cruz. Para combater a peste, ele criou brigadas sanitárias que cruzavam a cidade espalhando raticidas, mandando remover o lixo e comprando ratos. Em seguida o alvo foram os mosquitos transmissores da febre amarela. Finalmente, restava o combate à varíola. Autoritariamente, foi instituída a lei de vacinação obrigatória. A população, humilhada pelo poder público autoritário e violento, não acreditava na eficácia da vacina. Os pais de família rejeitavam a exposição das partes do corpo a agentes sanitários do governo. 10 LÍ N G UA P O RT U G U ES A A vacinação obrigatória foi o estopim para que o povo, já profundamente insatisfeito com o “bota-abaixo” e insuflado pela imprensa, se revoltasse. Durante uma semana, enfrentou as forças da polícia e do exército até ser reprimido com violência. O episódio transformou, no período de 10 a 16 de novembro de 1904, a recém- reconstruída cidade do Rio de Janeiro em uma praça de guerra, onde foram erguidas barricadas e ocorreram confrontos generalizados. Internet: <www.ccs.saude.gov.br>. (Com adaptações.) O texto faz um histórico da Revolta da Vacina, ocorrida no Rio de Janeiro, mostrando explicitamente o ponto de vista do autor acerca do tema. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. O texto não apresenta o ponto de vista do autor, apenas descreve os fatos. 23. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) Da tomada para a estrada Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar. Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional, com o objetivo de nacionalizar a tecnologia de produção de carros elétricos. Basta colocá-los na tomada por um período de oito horas para que eles estejam aptos a rodar aproximadamente 120 km. Os deslocamentos podem ser velozes, já que os veículos conseguem atingir uma velocidade de até 130 km por hora. O detalhe mais animador é que, para isso, se gasta de quatro a cinco vezes menos do que se forem utilizados combustíveis convencionais, como o álcool ou a gasolina. O motorista que experimentar dirigir os protótipos não deverá estranhá-los. “É muito simples guiá-los, pois as diferenças em relação aos carros tradicionais são mínimas”, explica o engenheiro eletricista Celso Novais, coordenador geral brasileiro do projeto Veículo Elétrico. “A principal distinção é que não existe partida. O veículo liga como se fosse acionado por um interruptor.” Segundo Novais, quando está parado - em um congestionamento, por exemplo -, o veículo não consome energia. “A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” O coordenador do projeto destaca o aspecto econômico como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for empregado na compra de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” Jaqueline Bartzen. Ciência hoje. Internet: <cienciahoje.uol.com. br>. (Com adaptações.) O texto é uma reportagem sobre os veículos movidos a energia elétrica que estão sendo usados no Brasil. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Ao texto: Dois modelos de veículo de uma montadora italiana, movidos a energia elétrica, já estão prontos para rodar ( ainda não estão rodando, segundo o texto). Os protótipos foram desenvolvidos no Brasil pela empresa Itaipu Binacional (...) 24. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) De acordo com o texto, é correto inferir que a bateria dos veículos elétricos só será reciclada se apresentar defeito. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. A única referência que o texto faz à bateria é (...) A bateria que o alimenta é totalmente reciclável e pode ser recarregada cerca de 1.500 vezes.” Não há citação de quando deve ser reciclada. 25. (INSS – ATIVIDADE TÉCNICA DE SUPORTE: ENGENHARIA ELÉTRICA – CESPE – 2010) A principal vantagem dos veículos movidos a energia elétrica é o fato de serem muito semelhantes aos carros tradicionais, sendo que a principal distinção entre os dois tipos é o mecanismo usado para ligar o carro. ( ) CERTO ( ) ERRADO Resposta: Errado. Texto: (...) O coordenador do projeto destaca o aspecto econômico como uma das grandes vantagens do carro elétrico, ao compará-lo com um veículo movido a gasolina. “Com um litro do combustível, é possível percorrer 15 km em média. No entanto, se o mesmo valor gasto com essa quantidade de gasolina for empregado na compra de energia elétrica, é possível rodar cerca de 40 km.” Além de enfatizar as vantagens econômicas, Novais salienta os incontestáveis benefícios ambientais. “O carro elétrico não faz barulho nem polui a atmosfera, já que não emite gás carbônico ou qualquer outra substância química.” TIPOLOGIA TEXTUAL TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL A todo o momento nos deparamos com vários textos, sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes interlocutores são as peças principais em um diálogo ou em um texto escrito. Liz Realce 11 LÍ N G UA P O RT U G U ES A É de fundamental importância sabermos classificar os textos com os quais travamos convivência no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gêneros textuais. Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dissertação. As tipologias textuais se caracterizam pelos aspectos de ordem linguística Os tipos textuais designam uma sequência definida pela natureza linguística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação demarcados no tempo do universo narrado, como também de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram... B) Textos descritivos – como o próprio nome indica, descrevem características tanto físicas quanto psicológicas acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da graúna...” C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situação que se almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela acontecer, como
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