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Características *Família Oxyuridae *Leach, 1853: Enterobius vermicularis → popularmente conhecido como oxiurius *Distribuição geográfica mundial → incidência maior em regiões de clima temperado *Não é uma zoonose (animais não se infectam por E. vermicularis *Mais comum em crianças e jovens (5 – 15 anos) *Não é geo-helminto: infecção ocorre principalmente dentro das habitações, escolas, asilos, etc. Morfologia Adultos *Tanto o macho quanto a fêmea são de cor esbranquiçada e apresentam corpo filiforme (porque são nematódeos) *Na extremidade anterior dos adultos (machos e fêmeas), verifica-se ASAS CEFÁLICAS (expansões da cutícula) e uma boca com três pequenos lábios, seguidos por um esôfago do tipo oxiuriforme → esôfago apresenta um istmo (estrangulamento) seguido por um bulbo cardíaco *Fêmea → 1 cm x 0,04 mm → apresenta uma cauda longa e pontiaguda → vulva na porção anterior → o corpo fica praticamente repleto de ovos depois do acasalamento *Macho → 0,5 cm x 0,2 mm → apresenta extremidade posterior curvada → 1 espículo Ovos *Apresentam formato da letra D *50 x 20 μm *Em seu interior há uma larva viva → já é eliminado larvado do paciente, podendo, em poucas horas, ocasionar a infecção em um novo hospedeiro Enterobiose *Família Oxyuridae *Leach, 1853: Enterobius vermicularis — popularmente conhecido como oxiurius *Distribuição geográfica mundial — incidência maior em regiões de clima temperado *Não é uma zoonose (animais não se infectam por E. vermicularis *Mais comum em crianças e jovens (5 — 15 anos) *Não é geo-helminto: infecção ocorre principalmente dentro das habitações, escolas, asilos, etc. Adultos *Tanto o macho quanto a fêmea são de cor esbranquiçada e apresentam corpo filiforme (porque são nematódeos) 4 Sm Asas cefálicas Esôfago com bulbo (oxiuriforme) istmo (estrangulamento) bulbo milhares de ovos *Na extremidade anterior dos adultos (machos e fêmeas), verifica-se ASAS CEFÁLICAS (expansões da cutícula) e uma boca com três pequenos lábios, seguidos por um esôfago do tipo oxiuriforme — esôfago apresenta um istmo (estrangulamento) seguido por um bulbo cardíaco > 1cemx0,04 mm — apresenta uma cauda longa e pontiaguda — vulva na porção anterior — o corpo fica praticamente repleto de ovos depois do acasalamento Esófago com bulbo N cauda longa e pontiaguda *Macho > 05 cmx0,2 mm — apresenta extremidade posterior curvada > 1 espículo Rs Esófago Oxiuriforme (esôfago com bulbo) Oves *Apresentam formato da letra D *50 x 20 um *Em seu interior há uma larva viva r — já é eliminado larvado do paciente, podendo, em poucas horas, ocasionar a infecção em um novo hospedeiro membrana dupla Ciclo biológico *Monoxênico *A infecção do homem ocorre quando ele ingere os ovos infectantes (larvados) *Os ovos passam pelo estômago e chegam ao intestino delgado, onde ocorre a eclosão da larva → as larvas, então, migram para o intestino grosso, onde se desenvolve até chegar à fase adulta *Ocorre, posteriormente, o acasalamento entre o macho e a fêmea → geralmente, depois desse processo, o macho é morto e eliminado com as fezes → a fêmea, por sua vez, migra para a região perianal do paciente, onde desencadeia intensa patogenia (prurido) *Os ovos larvados são eliminados na região perianal → num período de 4-6 horas depois dessa eliminação, as larvas já são consideradas infectantes para um novo hospedeiro → assim, essas larvas podem ocasionar a reinfecção do paciente ou contaminarem o meio ambiente, propiciando a infecção de um próximo hospedeiro *Não é um geo-helminto: a infecção ocorre principalmente em ambiente domiciliar (dentro das habitações) Biologia *Habitat: intestino grosso → principalmente na região do ceco / apêndice cecal *Algumas fêmeas, cheias de ovos, migram para a região perianal → cada fêmea abriga em torno de 5-16000 ovos Transmissão *A infecção do homem ocorre pela ingestão acidental de ovos larvados de Enterobius vermicularis *Um paciente infectado apresenta, em sua região perianal, larvas que eliminam milhares de ovos → principal sintoma: prurido na região perianal, que ocorre principalmente à noite → muitas vezes, ainda dormindo, o paciente (comumente uma criança) coça a região, ficando com as mãos contaminadas (embaixo das unhas) → posteriormente, pode levar a mão à boca e, dessa forma, apresentar uma autoinfecção externa → esse quadro levaria a uma cronicidade do paciente (continuamente se reinfectando) → além disso, esse paciente que apresenta ovos na região perianal pode contaminar a roupa de cama, o pijama, ODPDx Enterobius vermicularis o Embryonated eggs Ingested by human 4 o PPP45-60d *Algumas fêmeas, cheias de ovos, migram para a região perianal DIE — cada fêmea abriga em torno de 5-16000 ovos ovos eliminados já larvados Larvae inside the eggs Larvae hatch in small intestine mature within 4 t0 6 hours. Y 4-6 horas [A infectantes 0 Eggs on perianal folds 4 F É Eliminação Gravid Sa 5.000 a 16.000 ovos A tntecive stage to perianal region 0 Adults in lumen of cecum at night to lay eggs. 4 Diagnostic stage *Monoxênico *A infecção do homem ocorre quando ele ingere os ovos infectantes (larvados) *Os ovos passam pelo estômago e chegam ao intestino delgado, onde ocorre a eclosão da larva — aslarvas, então, migram para o intestino grosso, onde se desenvolve até chegar à fase adulta *Ocorre, posteriormente, o acasalamento entre o macho e a fêmea — geralmente, depois desse processo, o macho é morto e eliminado com as fezes — a fêmea, por sua vez, migra para a região perianal do paciente, onde desencadeia intensa patogenia (prurido) *Os ovos larvados são eliminados na região perianal — num período de 4-6 horas depois dessa eliminação, as larvas já são consideradas infectantes para um novo hospedeiro — assim, essas larvas podem ocasionar a reinfecção do paciente ou contaminarem o meio ambiente, propiciando a infecção de um próximo hospedeiro *Não é um geo-helminto: a infecção ocorre principalmente em ambiente domiciliar (dentro das habitações) *Habitat: intestino grosso —> principalmente na região do ceco / apêndice cecal Roupa de cama Roupas íntimas *A infecção do homem ocorre pela ingestão acidental de ovos larvados de Enterobius vermicularis *Um paciente infectado apresenta, em sua região perianal, larvas que eliminam milhares de ovos — principal sintoma: prurido na região perianal, que ocorre principalmente à noite — muitas vezes, ainda dormindo, o paciente (comumente uma criança) coça a região, ficando com as mãos contaminadas (embaixo das unhas) — posteriormente, pode levar a mão à boca e, dessa forma, apresentar uma autoinfecção externa — esse quadro levaria a uma cronicidade do paciente (continuamente se reinfectando) — além disso, esse paciente que apresenta ovos na região perianal pode contaminar a roupa de cama, o pijama, a roupa íntima, toalhas de banho etc. – assim, posteriormente, pode entrar em contato com os ovos (infecção indireta – o paciente se infecta por ovos deixados por ele no meio ambiente) *Os ovos são muito leves → muitas vezes, as pessoas que auxiliam nos cuidados do paciente podem se infectar → é comum ser necessário tratar toda a família (que tem contato com o paciente), pois a disseminação é muito fácil → nesse caso, em que outra pessoa adquire (ingere / tem contato) com os ovos infectantes,tem-se uma heteroinfecção *Formas de transmissão → INGESTÃO → HETEROINFECÇÃO: ovos liberados no meio ambiente infectam um novo hospedeiro → INDIRETA: ovos liberados no meio ambiente infectam o próprio hospedeiro (próprios ovos) → AUTOINFECÇÃO EXTERNA: ovos são levados da região perianal até a boca (cronicidade) → AUTOINFECÇÃO INTERNA: rara; eclosão dos ovos dentro do reto com posterior migração para o ceco → RETROINFECÇÃO: larvas eclodem no períneo anal e migram, de forma retrógrada, até o ceco Patogenia *Fêmeas adultas de E. vermiculares - corte histológico de apêndice cecal *Possibilidade de ocasionar apendicite no paciente *A fêmea apresenta expansão da cutícula em toda a extensão do corpo (em corte histológico: formato triangular) *A infecção geralmente passa despercebida (maioria dos casos são assintomáticos) *Nos casos que apresentarem sintomas, o mais comum é o prurido na região perianal, principalmente no período noturno (ação irritativa) → prejuízo do sono de crianças – bruxismo, sonambulismo e pesadelos → a presença das fêmeas adultas grávidas e de ovos na região perianal ocasiona hipersensibilidade devido à grande quantidade antígenos parasitários nesse local → em algumas pessoas, o prurido intenso resulta em lesões na região perianal, que podem facilitar o desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias *De forma mais rara, é possível acontecer uma ENTERITE CATARRAL → paciente apresenta grande números de parasitos adultos na mucosa do intestino grosso, que se torna inflamada e recoberta por muco *Podem ocorrer também lesões ectópicas quando as fêmeas adultas migram da região perianal e se localizam em regiões extraintestinais *Contudo, a maioria dos pacientes não é sintomática (ausência de eosinofilia sanguínea → pacientes com sintomas leves a moderados podem apresentar até 15% de eosinofilia Migrações ectópicas *Migração de fêmeas grávidas do períneo anal principalmente para a bexiga, a vulva, a vagina, o útero, as trompas de falópio e os ovários (granulomas) *O escape das fêmeas para a cavidade abdominal pode resultar em peritonite (mais raro) *Complicações (raríssimas) → migração das fêmeas grávidas por meio da via hematogênica para fígado, pulmões e baço a partir da perfuração do ceco → presença das fêmeas grávidas nos rins e na próstata por meio de migração pela uretra Diagnóstico *Clínico → suspeita: queixa de prurido anal *Laboratorial → pesquisa de ovos característicos – não estão majoritariamente misturados ao bolo fecal a roupa íntima, toalhas de banho etc. — assim, posteriormente, pode entrar em contato com os ovos (infecção indireta - o paciente se infecta por ovos deixados por ele no meio ambiente) *Os ovos são muito leves — muitas vezes, as pessoas que auxiliam nos cuidados do paciente podem se infectar — é comum ser necessário tratar toda a família (que tem contato com o paciente), pois a disseminação é muito fácil — nesse caso, em que outra pessoa adquire (ingere / tem contato) com os ovos infectantes, tem-se uma heteroinfecção *Formas de transmissão INGESTÃO HETEROINFECÇÃO: ovos liberados no meio ambiente infectam um novo hospedeiro — INDIRETA: ovos liberados no meio ambiente infectam o próprio hospedeiro (próprios ovos) — AUTOINFECÇÃO EXTERNA: ovos são levados da região perianal até a boca (cronicidade) — AUTOINFECÇÃO INTERNA: rara; eclosão dos ovos dentro do reto com posterior migração para o ceco — RETROINFECÇÃO: larvas eclodem no períneo anal e migram, de forma retrógrada, até o ceco *Fêmeas adultas de E. vermiculares - corte histológico de apêndice cecal Ss Ss Es” SP rAsiea *Possibilidade de ocasionar apendicite no paciente *A fêmea apresenta expansão da cutícula em toda a extensão do corpo (em corte histológico: formato triangular) *A infecção geralmente passa despercebida (maioria dos casos são assintomáticos) *Nos casos que apresentarem sintomas, o mais comum é o prurido na região perianal, principalmente no período noturno (ação irritativa) — prejuízo do sono de crianças - bruxismo, sonambulismo e pesadelos — a presença das fêmeas adultas grávidas e de ovos na região perianal ocasiona hipersensibilidade devido à grande quantidade antígenos parasitários nesse local Expansão da cutícula — em algumas pessoas, o prurido intenso resulta em lesões na região perianal, que podem facilitar o desenvolvimento de infecções bacterianas secundárias *De forma mais rara, é possível acontecer uma ENTERITE CATARRAL — paciente apresenta grande números de parasitos adultos na mucosa do intestino grosso, que se torna inflamada e recoberta por muco *Podem ocorrer também lesões ectópicas quando as fêmeas adultas migram da região perianal e se localizam em regiões extraintestinais *Contudo, a maioria dos pacientes não é sintomática (ausência de eosinofilia sanguínea — pacientes com sintomas leves a moderados podem apresentar até 15% de eosinofilia Migrações edépicas *Migração de fêmeas grávidas do períneo anal principalmente para a bexiga, a vulva, a vagina, o útero, as trompas de falópio e os ovários (granulomas) Citologia - papanicolaou, 10x ovos de Enterobius vermicularis *O escape das fêmeas para a cavidade abdominal pode resultar em peritonite (mais raro) *Complicações (raríssimas) — migração das fêmeas grávidas por meio da via hematogênica para fígado, pulmões e baço a partir da perfuração do ceco — presença das fêmeas grávidas nos rins e na próstata por meio de migração pela uretra *Clínico — suspeita: queixa de prurido anal *Laboratorial — pesquisa de ovos característicos - não estão majoritariamente misturados ao bolo fecal exame parasitológico de fezes: 5 a 10% de positividade (taxa muito reduzida – não é indicado para esse diagnóstico) → TÉCNICA DE GRAHAM (fita adesiva) coleta pela manhã, antes do banho negativo: 3 dias sucessivos (no mínimo) uso de fita adesiva com um tubo de ensaio como apoio abre-se as nádegas do paciente e é utilizado o tubo de ensaio com a parte adesiva da fita para fora, a fim de coletar ovos e fêmeas na região perianal a fita é colada diretamente numa lâmina, que é observada no microscópio para o encontro das formas parasitárias (mais comum: ovos) Tratamento *Medicamentos: são os mesmos usados para A. lumbricoides → 1ª dose com repetição após 2 semanas (matar larvas eclodidas posteriormente) → tratar todos os familiares → albendazol, ivermectina ou pamoato de pirantel (outros países) Epidemiologia *Elevada prevalência em crianças com idade escolar *Transmissão doméstica ou em ambientes coletivos fechados (creches, orfanatos, asilos, etc.) *Fatores que favorecem a transmissão → fêmeas eliminam grande número de ovos → ovos se tornam infectantes em poucas horas → ovos podem atingir hospedeiros por vários mecanismos → ovos resistem no ambiente doméstico por até 3 semanas → hábito de “sacudir” os lençóis pela manhã – disseminação dos ovos Profilaxia *Tratamento dos parasitados *Banhos matinais (de preferência em chuveiro – facilita a remoção dos parasitos pela água corrente) *Lavagem cuidadosa das mãos após defecação, antes de preparar alimentos ou de comer; manter unhas curtas e limpas, combater a onicofagia (roer unhas) *Mudar frequentemente as roupas íntimas, de cama, toalhas, roupas de dormir *Lavar as roupas e “escaldar” (água quente) *Evitar superlotação de quartos e alojamentos *Limpeza do ambiente com aspirador de pó ou vassoura com pano úmido e desinfetantes *Instalações sanitárias adequadas exame parasitológico de fezes: 5 a 10% de positividade (taxa muito reduzida - não é indicado para esse diagnóstico) — TÉCNICA DE GRAHAM (fita adesiva) coletapela manhã, antes do banho negativo: 3 dias sucessivos (no mínimo) uso de fita adesiva com um tubo de ensaio como apoio abre-se as nádegas do paciente e é utilizado o tubo de ensaio com a parte adesiva da fita para fora, a fim de coletar ovos e fêmeas na região perianal a fita é colada diretamente numa lâmina, que é observada no microscópio para o encontro das formas parasitárias (mais comum: ovos) *Medicamentos: são os mesmos usados para A. lumbricoides — 1º dose com repetição após 2 semanas (matar larvas eclodidas posteriormente) — tratar todos os familiares — albendazol, ivermectina ou pamoato de pirantel (outros países) *Elevada prevalência em crianças com idade escolar *Transmissão doméstica ou em ambientes coletivos fechados (creches, orfanatos, asilos, etc.) *Fatores que favorecem a transmissão fêmeas eliminam grande número de ovos ovos se tornam infectantes em poucas horas L I L ovos podem atingir hospedeiros por vários mecanismos — ovos resistem no ambiente doméstico por até 3 semanas — hábito de “sacudir” os lençóis pela manhã - disseminação dos ovos *Tratamento dos parasitados *Banhos matinais (de preferência em chuveiro - facilita a remoção dos parasitos pela água corrente) *Lavagem cuidadosa das mãos após defecação, antes de preparar alimentos ou de comer; manter unhas curtas e limpas, combater a onicofagia (roer unhas) *Mudar frequentemente as roupas íntimas, de cama, toalhas, roupas de dormir *Lavar as roupas e “escaldar” (água quente) *Evitar superlotação de quartos e alojamentos *Limpeza do ambiente com aspirador de pó ou vassoura com pano úmido e desinfetantes *Instalações sanitárias adequadas
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