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Parasitologia - Helmintos Intestinais

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HELMINTOS INTESTINAIS 
 
*Os estágios infectantes podem ser transmitidos de pessoa a pessoa (Enterobius e H. nana). Em outros casos 
(Trichuris, Ascaris e Trichostrongylus) um período de maturação fora do hospedeiro é necessário para o parasita se 
tornar infectante. Em alguns casos, larvas podem penetrar diretamente a pele (ancilostomídeos, Strongyloides e 
esquitossomas). 
*A ingestão de estágios infectantes pode ocorrer incidentalmente junto com vetores do parasita (Dipylidium, 
Hymenolepis ), plantas (Fasciolopsis, Fasciola) ou tecidos animais (Trichinella, Taenia, Diphyllobothrium, Clonorchis, 
Opisthorchis, Paragonimus, Heterophyes, Metagonimus e Nanophyetus). 
 
 
 
 
NEMATÓDEOS 
 
Enterobius vermicularis 
 
*Enterobíase ou oxiuríase. Vermes machos e fêmeas habitam primariamente o ceco. As fêmeas medem até 13mm 
de comprimento e apresentam uma extremidade posterior pontiaguda; ambos os sexos possuem asas laterais 
proeminentes e bulbo esofágico proeminente. 
*Os machos são raramente observados, e as fêmeas podem ser encontradas na superfície de amostras de fezes ou 
na pele perianal, em especial à noite (recupera com fita adesiva). Os ovos se tornam infectantes em horas e, quando 
ingeridos, completam o desenvolvimento até o estágio adulto grávido em 1 mês (período pré-detecção). 
Normalmente várias amostras de fezes são necessárias para fechar o diagnóstico. 
Vermes adultos podem migrar para locais não usuais (vagina, tubas uterinas ou cavidade peritoneal). 
 
 
 
 
 
 
 
Trichuris trichiura 
 
*Vermes adultos encontrados principalmente no intestino grosso (ceco); em casos graves, presentes em todo o 
cólon e no reto. Machos e fêmeas ficam fixados na mucosa intestinal pela extremidade anterior 
longa e fina, enquanto a extremidade posterior mais larga permanece pendendo na luz. A fêmea é 
alongada e o macho tem a causa espiralada. 
*Ovos não embrionados levam semanas para se tornarem infectantes. Em infecções graves (>300 
vermes), pode ocorrer desidratação, anemia e prolapso retal (sobretudo se infecção maciça). 
*Técnicas de quantificação podem ser necessárias (vê intensidade da infecção, eficácia 
terapêutica e taxa de reaquisição de parasitas). 
 
Capillaria philippinensis 
 
*Encontrado em aves que se alimentam de peixe, infecta humanos que ingerem peixe cru ou malcozido que 
contém larvas infectantes. Podem causar diarreia crônica e indivíduos infectados podem eliminar ovos (similares a 
Trichuris, mas menores), larvas e mesmo vermes adultos nas fezes. 
 
Ascaris lumbricoides 
 
*Maior nematódeo que infecta o homem. O verme adulto vive principalmente no duodeno e na 
porção proximal do jejuno. As fêmeas medem até 35 cm de comprimento, e o macho é um pouco 
menor (além disso, possui cauda curvada ventralmente). 
*As fêmeas produzem aproximadamente 200.000 ovos por dia. Os não embrionados necessitam 
de 4-6 semanas para se tornarem infectantes. Após a ingestão, os ovos eclodem no intestino e as 
larvas penetram na mucosa para ter acesso à corrente sanguínea. Eles são transportados para os 
pulmões e amadurecem brevemente no leito capilar alveolar antes de entrarem nos alvéolos. Os 
mecanismos de limpeza respiratória movem as larvas para a epiglote, na qual elas são deglutidas e 
crescem até a forma adulta no intestino delgado. 
* A migração de uma grande quantidade de larvas através dos pulmões pode causar pneumonite por Ascaris ou 
síndrome de Löffler - é rara e, em geral, ocorre em indivíduos que previamente expostos a antígenos do Ascaris. 
*Mesmo um pequeno número de vermes é motivo de preocupação - grande capacidade de invadir sítios ectópicos. 
A febre ou a terapia medicamentosa pode estimular a migração. 
*Contagem <20 ovos por lâmina (2 mg de fezes) indica infecção leve e uma contagem >100 ovos por lâmina indica 
infecção maciça. Lembrar que os ovos férteis apresentam membrana mamilada regular. 
 
Trichostrongylus 
 
Infectam grandes herbívoros, mas muitos causam infecção humana. Vermes adultos habitam o intestino delgado. 
Os ovos amadurecem no ambiente, as larvas emergem e rastejam no solo e nas plantas, tornando-se disponíveis 
para serem ingeridas pelos hospedeiros definitivos. Não invadem a pele diretamente e o seu ciclo de vida não 
envolve uma fase migratória através dos pulmões. 
 
Ancilostomídeos 
 
*As fêmeas adultas medem até 12 mm de comprimento e os machos um pouco menos (possuem bolsa copuladora 
em forma de leque na extremidade posterior). Ambos os sexos fixam-se à mucosa do intestino delgado, na qual eles 
podem permanecer por até 18 anos. 
*Os ovos são eliminados e desenvolvem-se rapidamente. Larvas rabditiformes são liberadas e desenvolvem-se até o 
estágio filariforme infectante em cerca de 7 dias. Em contato com um hospedeiro, as larvas penetram a pele, 
entram na circulação, vão até os pulmões e movem- para serem deglutidas, maturando no intestino. O Ancilostoma 
pode amadurecer diretamente para o estágio adulto no intestino quando larvas infectantes são ingeridas. 
*Pode ocorrer doença de pele ou ainda S. de Löffler. Comum causarem perda crônica de sangue com 
anemia ferropriva secundária. Cada A. duodenale pode causar a perda de 0,15 a 0,25mL de sangue/dia, 
em comparação com 0,03 mL para cada N. americanus. 
>25 ovos/lâmina indicam infecção maciça. 
*Ancilostomídeos rabditiformes podem ser diferenciados do S. 
stercoralis por apresentarem câmara bucal mais longa e um primórdio 
genital imperceptível . As larvas filariformes infectantes apresentam 
uma extremidade posterior pontiaguda e um esôfago que mede cerca 
de um quarto do comprimento da larva. 
 
Strongyloides stercoralis 
 
*As fêmeas possuem um comprimento de 2 a 3 mm e vivem 
enterradas na mucosa do duodeno, no qual elas reproduzem por 
partenogênese. Os parasitas machos não ocorrem na fase vertebrada 
do ciclo. Os ovos eclodem no intestino delgado (raramente vistos nas 
fezes) e evoluem para larvas rabditoides. 
*Lembrar que as larvas infectantes penetram a pele de indivíduos 
expostos e migram pelo sistema circulatório para os pulmões e, a 
seguir, movem-se até a árvore brônquica e são deglutidas (pode 
ocorrer S. Löffler). 
*Em pacientes saudáveis, a autoinfecção pode produzir a larva currens 
(lesões urticariformes lineares). Em imunocomprometidos, a 
autoinfecção pode causar uma síndrome de hiperinfecção 
potencialmente letal em virtude da rápida multiplicação do parasita. 
*Larvas rabditiformes apresentam cavidade bucal curta e um primórdio genital proeminente. Larvas filariformes 
apresentam uma cauda entalhada e um esôfago com metade do comprimento do corpo – se estas forem vistas em 
amostra recém-eliminada, o diagnóstico de superinfecção é garantido. 
*Aspirados duodenais e teste da corda podem ser úteis, assim como o método de Baermann. Larvas podem ainda 
ser encontradas em escarro ou amostras pulmonares em hiperinfecção. Existem imunoensaios enzimáticos, mas 
pode ter reação cruzada com nematódeos ou filaríase. 
 
CESTÓDEOS 
 
*São platelmintos do tipo fita; adultos habitam o TGI de vertebrados e quando larvas habitam tecidos ou cavidades 
corpóreas do hospedeiro. Se fixam na mucosa por meio do cólex. 
*O corpo do verme é constituído por um pescoço que cresce ativamente e uma série de proglotes. Cada proglote 
apresenta um conjunto completo de gônadas masculinas e femininas e é capaz de produzir ovos férteis. 
*Os ovos da maioria dos cestódeos (o Diphyllobothrium é uma exceção) são diferenciados dos ovos de outros 
helmintos pela presença de um embrião com seis ganchos em cada ovo. 
 
Taenia 
 
*As proglotes não são liberadas continuamente. 
*Ovos de todas as espécies de Taenia são indiferenciáveis. 
*A identificação da espécie pode ser feita pela recuperação 
das proglotes. A injeção de nanquim pelo poro genital pode 
acarretar o delineamento do útero. As proglotes também 
podem ser clarificadas durante a noite em glicerol ou coradas 
com carmimou hematoxilina. 
-O útero grávido da T. saginata apresenta de 15 a 20 ramos laterais, enquanto que o da T. solium apresenta de 7 a 
13 ramos laterais. O escólex da T. solium possui 4 ventosas e, ao contrário da T. saginata, possui um rostelo com 2 
filas de ganchos. 
 
T. saginata: O humano é o único hospedeiro definitivo da chamada tênia do boi. 
*Quando humanos ingerem carne bovina mal cozida, o cisticerco larval (Cysticercus bovis) transforma-se em um 
adulto reprodutor no intestino delgado em 2 ou 3 meses. Ao contrário da T. solium, os ovos da T. saginata não são 
infectantes para humanos e sua ingestão não causa cisticercose. 
 
T. solium: Conhecida como tênia do porco. 
*A infecção pela tênia adulta é adquirida pela ingestão de carne de porco malcozida contendo cisticercos 
(Cysticercus cellulosae). A ingestão acidental de ovos de T. solium pode causar cisticercose. 
 
Hymenolepis 
 
H. nana: Tênia anã, até 4cm de comprimento. Comum em camundongo. 
*O escólex possui um rostelo armado e as proglotes apresentam poros genitais localizados no mesmo lado do corpo. 
*O ciclo de vida pode ser direto, pela ingestão de ovos infectantes, ou indireto, pela ingestão de besouros de cereais 
("carunchos") que contêm larvas cisticercoides. Pode ocorrer autoinfecção interna, quando os ovos eclodem logo 
após serem liberados e invadem a parede intestinal. 
 
H. diminuta: Tênia do rato; infecção humana é rara e ocorre por ingestão de besouros infectados em grãos/cereais. 
*No intestino delgado, a tênia pode atingir até 60cm. Todas as proglotes apresentam poros genitais em um lado. Os 
ovos não possuem filamentos polares (como na H. nana). 
 
Outras tênias 
 
Diphyllobothrium 
*Tênia do peixe. No intestino delgado, o parasita pode chegar a 10m de comprimento. 
*Ovos não embrionados continuam seu desenvolvimento em água fresca ou lago, levando a eclosão de uma forma 
larvária ciliada, o coracídio. O coracídeo é ingerido por um tipo de zooplâncton e evolui para larva procercoide, a 
qual é infectante para o peixe. No peixe, a larva migra para os tecidos e evolui para a forma de larva plerocercoide, 
que podem ser ingeridas pelo homem se o peixe não for bem cozido. 
* Em áreas endêmicas, pacientes podem desenvolver deficiência de vitamina B12 e anemia megaloblástica. 
 
Diphylidium caninum 
*Tênia de cães e gatos. Vermes amadurecem no intestino delgado e atingem até 70cm de comprimento. 
*Normalmente, os ovos são ingeridos por larvas de pulgas. As larvas cisticercoides persistem, enquanto a mosca 
evolui para o estágio adulto. A ingestão da mosca adulta contendo o cisticercoide infectante causa infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TREMATÓDEOS 
 
*São helmintos achatados. Todas as espécies que infectam os humanos possuem uma ventosa oral, por meio da 
qual se abre o trato digestivo, e uma ventosa ventral utilizada para fixação. Os adultos apresentam um 
comprimento que varia de 1 mm (Metagonimus) a 70 mm (Fasciola gigantica). 
*Os ovos podem ser eliminados nas fezes, escarro ou urina. As larvas dos trematódeos, ou miracídios, são ciliadas e 
capazes de penetrar nos tecidos de um molusco hospedeiro. Um processo de multiplicação no caramujo resulta na 
produção de larvas denominadas cercárias. 
As larvas dos trematódeos hermafroditas encistam na vegetação ou invadem os tecidos de peixes ou 
caranguejos. A ingestão dessas larvas encistadas (metacercárias), resulta em infecção humana. 
 
Fasciola e Fasciolopsis 
 
Fasciolopsis buski 
*Os porcos são o reservatório natural do maior trematódeo que infecta humanos. 
*A infecção é adquirida pela ingestão de metacercárias infectantes presentes em plantas aquáticas comestíveis. 
*Difícil diferenciar com ovos de Fasciola. 
 
Fasciola hepática 
*Parasitas adultos habitam a árvore biliar e produzem ovos que são eliminados nas fezes. Esses ovos podem ser 
ainda identificados no conteúdo biliar. 
*Cercárias eliminadas pelo caramujo encistam na vegetação aquática, na qual metacercárias infectantes se tornam 
disponíveis. Em geral, os humanos adquirem a infecção ao consumir agrião. 
*Após serem ingeridas, as larvas penetram a parede intestinal e migram pela cavidade peritoneal até o figado. Elas 
escavam através da cápsula e do parênquima, indo residir no interior dos ductos biliares. A migração das larvas 
através do fígado provoca uma reação inflamatória do tecido e dos ductos biliares, os quais acabam fibrosando. 
 
Schistosoma 
 
*Na doença também chamada de bilharziose, trematódeos adultos habitam as veias do mesentério ou da bexiga 
(causam pouca ou nenhuma reação inflamatória). 
*Os ovos logo eclodem quando depositados em água fresca, e os miracídios penetram em caramujos. Após cerca de 
4 semanas, um grande número de cercárias com cauda em forma de garfo emerge do molusco, e podem penetrar 
em hospedeiros suscetíveis. Após a penetração, as cercárias, agora denominadas esquistossômulos, entram na 
circulação e passam pelos pulmões antes de atingir os vasos mesentéricos e portais. 
Os sintomas são decorrentes da penetração de cercárias (dermatite cercarial), do início da postura de ovos 
(esquistossomose aguda ou febre de Katayama) e da complicação do estágio final da proliferação e da 
reparação tissular (esquistossomose crônica). 
*Em questão de horas após a penetração cercarial, um rash papular com prurido pode ocorrer (grave se o indivíduo 
já foi algumas vezes exposto a antígenos cecariais). Os ovos retidos no fígado podem induzir fibrose pipestem (em 
forma de cachimbo), com obstrução do fluxo sanguíneo portal. 
 
Diagnóstico 
*Presença de ovos nas fezes ou na urina (a fresco ou concentração com formalina-acetato de etila; concentração 
com sulfato de zinco não é satisfatória); ou ainda em biópsias retais, vesicais e hepáticas. Podem ser feitos métodos 
de eclosão de ovos. 
*Testes sorológicos são úteis para monitorar resposta a terapia ou em viagem a áreas endêmicas. 
 
 
 
Espécie Doença clínica Diagnóstico 
S. mansoni 
Vive principalmente na veia porta e na veia mesentérica inferior. 
A postura inicial de ovo pode levar a diarreia com sangue e 
muco. A infecção crônica pode acarretar fibrose hepática e 
hipertensão porta. 
Os ovos medem de 116 a 180mm por 
45 a 58mm, são ovais, com uma 
espícula lateral grande. 
S. japonicum 
Vermes adultos vivem na veia mesentérica superior e os ovos 
logo atingem o fígado, induzindo a fibrose e a hipertensão porta. 
Costuma ser mais grave pois a produção de ovos é 10x maior que 
a observada com S. mansoni. O menor tamanho dos ovos 
predispõe à disseminação, em especial para o cérebro e medula. 
Os ovos são bem ovais, medindo de 75 
a 90µm por 60 a 68 µm e apresentam 
uma espícula lateral imperceptível. 
S. mekongi Similar a S. japonicum. 
Ovos são menores (60 a 70µm por 52 a 
61µm), porém morfologicamente 
indistinguíveis do S. japonicum. 
S. haematobium 
O parasita migra através das veias hemorroidárias para os plexos 
venosos da bexiga, da próstata, do útero e da vagina. Um dos 
sintomas mais precoces é a hematúria, especialmente no final 
da micção. 
O acúmulo de ovos nos tecidos pode resultar em hipertrofia do 
urotélio, metaplasia escamosa e fibrose acentuada, a qual pode 
evoluir para a obstrução e insuficiência renal. Associada ao 
carcinoma vesical de células escamosas. 
Ovos recuperados da urina são 
alongados, medindo de 112 a 180µm 
por 40 a 7 µm, e apresentam uma 
espícula terminal característica. 
S. intercalatum Causa esquistossomose intestinal. 
Os ovos assemelham-se aos do S. 
haematobium, mas ocorrem 
principalmente nas fezes e são maiores 
(140 a 240 µm por 50 a 85 µm). 
 
Outros trematódeos 
 
Heterophyes e Metagonimus 
Infecções são adquiridas pela ingestão de metacercárias em carne crua ou malcozida de peixes de água fresca. 
 
Nanophyteus salmincola 
São adquiridos pela ingestão de trutas ou salmões defumados em casa, crus ou malcozidos, que contêm 
metacercárias infectantes.Esse trematódeo é vetor de uma riquétsia que produz uma infecção altamente 
letal em cães, conhecida como "doença do envenamento por salmão". 
 
Clonorchis sinensis e Opisthorchis viverrini 
Habitam o sistema biliar de humanos (por até 20 anos) e outros animais piscívoros, incluindo cães e gatos. São 
adquiridos pela ingestão de metacercárias infectantes presentes em peixes de água fresca, crus ou malcozidos. 
*As infecções são assintomáticas, mas em alguns casos pode ocorrer inflamação dos ductos biliares, fibrose e cirrose 
hepática. O desenvolvimento de colangiocarcinoma foi relacionado a infecções de longa duração. 
 
Paragonimus 
Parasitam os pulmões de gatos, cães e outros carnívoros, incluindo humanos. Os vermes são observados em pares 
no parênquima pulmonar, no qual eles residem em uma cápsula fibrótica. A cápsula comunica-se com os brônquios, 
por meio dos quais os ovos são eliminados, sendo expelidos no escarro ou nas fezes. 
*Não é raro que vermes se desenvolvam em locais ectópicos, incluindo o peritôneo, os tecidos subcutâneos e o 
encéfalo. A infecção leva tosse crónica com produção abundante de muco e episódios de hemoptise. 
 
 
Referência: Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais de Henry. 21ªed. 2012.

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