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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO FORO DO JUIZADO ESPECIAL CIVÉL DA COMARCAR DE TAUBATÉ – SP PRIORIDADE IDOSO MARIA, já devidamente qualificada nos autos da ação em tela vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente apresentar: CONTRARAZÕES AO AGRAVO DE INSTRUMENTO Que interpôs a empresa Zumbi Telefonia, em face da decisão que deferiu a liminar, razão qual a fundamenta com as razões apresentadas Termos em que, Pede deferimento São Paulo XXX de XXXX de 2021 Josué Advogado OAB/SP EXCELENTÍSSIMO SENHORES DOUTORES DESEMBARGADORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO EGRÉGIO TRIBUNAL!!! COLENDA TURMA!!! EMÉRITOS JULGADORES !!! Agravante: Zumbi Telefonia Agravada: Maria DA TEMPESTIVIDADE A publicação se deu no dia 12 de outubro do ano 2021, levando-se em consideração o prazo quinzenal a peça encontra-se tempestiva BREVE RELATO A autora compareceu a uma loja da empresa Zumbi Telefonia, uma concessionária de telefonia fixa, telefonia móvel, internet banda larga e TV por assinatura, situada na cidade e comarca de Taubaté/SP, para adquirir um pacote de serviços de internet banda larga e televisão por assinatura. Assim foram apresentados os produto e o vendedor informou que somente poderiam ser contratados os serviços se fossem adquiridos, de forma conjunta, um aparelho celular pós-pago, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e uma linha telefônica fixa, ambos com mensalidade de R$ 200,00 (duzentos reais), com vigência pelo prazo mínimo de 12 meses, Excelência observa-se que desde a contratação já há grande violência ao preceituado na legislação vigente. Assim, apesar de o serviço ser prestado na residência da autora e a mesma ser a responsável pelo pagamento, somente a sua filha pode constar como contratante. Tendo em vista a extrema necessidade da internet para que pudesse prestar seus serviços de tradutora, Maria aceitou as exigências da empresa. Após a formalização do contrato, a empresa Zumbi Telefonia informou haver o prazo de sete dias para instalação e que não poderia indicar uma data e um horário corretos, devendo a contratante aguardar em horário comercial a chegada de um funcionário credenciado. A instalação ocorreu após 11 dias, quatro a mais do que a data aprazada e trouxeram mais dor de cabeça para a autora uma vez que quebraram duas paredes e estragaram o piso de sua sala, instalaram a internet e o telefone fixo, deixando de instalar a televisão a cabo por alegarem falta de estrutura. Contudo, foi informado a ela que tanto o atraso na instalação como esses prejuízos não seriam indenizados, em razão de haver no contrato uma cláusula retirando da empresa Zumbi Telefonia qualquer responsabilidade, e que isso havia sido devidamente assinado pela filha contratante, Ana. Dois meses após a contratação, o serviço de instalação ainda não foi concluído, mas as mensalidades dos serviços, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), foram cobradas, bem como o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) pelo serviço de instalação, debitado de sua conta de forma equivocada, pois, no contrato, constava como sendo absolutamente gratuito. O juízo “ a quo” concedeu a liminar pretendida, para que a Agravante, instalasse os restante dos produtos adquiridos sob multa diária em caso de desobediência. Diante disso a agravante se insurgiu contra tal decisão, Agravando a mesma. A DECISÃO AGRAVADA NÃO MERECE REPARO Nobres julgadores, a decisão aqui atacada não merece reparou, uma vez que a tutela jurisdicional fora acertadamente concedida, a Agravada adquiriu e pagou por um serviço que não vem sendo prestado e ainda obteve prejuízos deste contrato. Por tanto, é certo que o juízo “ a aquo” reconheceu de mérito a necessidade de obrigar a agravante a cumprir o pactuado com a ora agravada. PRELIMINARMENTE O pleito de efeito suspensivo ativo deve ser rechaçado, de pronto. Não se sobressaem os pressupostos de admissibilidade à concessão do pedido em espécie. Exsurgem, às escâncaras , em falsos pretextos, apenas informando que agiu dentro da lei, o que obviamente será demonstrado o contrário ao longo desta minuta. DA TESE DO RECURSO Insurge-se o agravante, em diversas incoerências, sobre os motivos de não ter cumprido aquilo que fora pactuado, afinal informa que serviço por televisão não é serviço essencial e que a idade da autora não cabe para priorizar tal processo. Ora veja Nobres julgadores que o que se busca não é discussão de ser ou não essencial, mas a bem da verdade é que se passaram meses da data pactuada para instalação, onde a ora agravada vem pagando o serviço que não pode utilizar. O agravante em sua ação ataca diretamente os princípios da Dignidade Humana da agravada, pois a Agravante ao contratar um serviço com a empresa Agravante, tenta buscar a melhora de sua qualidade vida e por ação e omissão da agravante teve esse direito ceifado. Independente da alegação da a Agravante acerca da essencialidade ou não do serviço prestado, o que se deve contar é a vulnerabilidade da agravada, afinal a mesma enquanto consumidora final é a parte mais frágil principalmente em questões técnicas contratuais, o que também é alegado pela Agravante, que se baseia no suposto contrato assinado. Veja Encíclicos Julgadores, o único documento apresentado é o contrato onde a Agravada assina baseando-se em sua boa-fé objetiva e confiança para com a empresa Agravante, e o que se tem é que a empresa, age de má-fé, com cláusulas abusivas, ferindo o princípio primordial da informação e transparência. Assim sendo é óbvio que a Liminar deve ser mantida e cumprida, por ser esta uma das formas de reparação aos princípios Constitucionais feridos da Agravada. DO DIREITO A Agravante fere o princípio Constitucional mais importante de todos, o qual explana que somos todos iguais, ora Nobres Julgadores, se todos somos iguais, por que a agravante maculou tão importante princípio? Artigo 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes. ( grifo nosso) Seguindo esse diapasão a Agravante praticou a ofensa ao que preceitua o Código de Defesa do Consumidor em seu Artigo 39, Inciso I, Inciso IV e Inciso V, assim vejamos: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994) I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; ( grifo nosso) Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: I – impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. ( grifo nosso) DOS PEDIDOS Ante o exposto e bem apresentado, requer a V.Exas., ilustres Julgadores, se dignem de NÃO CONHECER. Na hipótese do Agravo ser reconhecido, requer no mérito, Negar PROVIMENTO ao presente recurso, mantendo a decisão ora atacada, por ser a mais lídima JUSTIÇA!!!! TERMOS EM QUE PEDE E ESPERA DEFERIMENTO São Paulo 10 de outubro de 2021. Josué Oab/SP nº
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