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Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT É formado por uma rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo. Auxilia na circulação dos líquidos corporais: → Drena o excesso de líquido intersticial. Os vasos linfáticos drenam o excesso de líquido intersticial dos espaços teciduais, retornando-o ao sangue algumas substâncias fundamentais. Essa função associa estreitamente o sistema linfático ao sistema circulatório. De fato, sem essa função, a manutenção do volume sanguíneo circulante não seria possível. → Transporta os lipídios. Os vasos linfáticos transportam os lipídios e as vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) absorvidos pelo tubo gastrintestinal para o sangue. → Eliminam células alteradas e células do sangue envelhecidas ou danificadas. → Promove o retorno das proteínas plasmáticas ao plasma sanguíneo. Ajuda a defender o corpo contra agentes causadores de doenças: → Executa as respostas imunes. O tecido linfático inicia respostas altamente específicas direcionadas contra determinados micróbios ou células anormais. → Os linfócitos são responsáveis por reconhecer substâncias estranhas, antígenos, e provocar uma resposta imune. Linfócito B São células de memória de longa vida, que podem desencadear respostas mais intensas futuramente. Podem diferenciar-se em plasmócitos, realizando a produção dos anticorpos. Linfócitos T 4 tipos: » T auxiliadores: amplificam a produção de plasmócitos. » T citotóxicos: destroem o antígeno quando em contato com ele. » T supressores ou regulares: controlam a atividade da resposta imune, suprimindo os linfócitos T (ajuda a combater a doença autoimune). » T de memória. ✓ Linfa (líquido por meio do qual ocorre o transporte) Após a entrada do líquido intersticial nos vasos linfáticos, ele passa a ser designado como linfa. Por conseguinte, o líquido intersticial e a linfa são muito semelhantes; a principal diferença entre os dois reside na sua localização. O líquido intersticial é encontrado entre as células, enquanto a linfa está localizada dentro dos vasos e tecidos linfáticos. Apresenta composição semelhante ao sangue, porém não possui hemácias (não tem cor avermelhada), e há predomínio dos linfócitos. Etapa 1- Módulo 2- Aula 4// Princípios de Anatomia Humana- Tortora funções composição Sistema Linfático Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT ✓ Vasos linfáticos ✓ Medula óssea vermelha Estruturas contendo linfócitos em seu interior: ✓ Gânglios linfáticos ou linfonodos ✓ Linfócitos ✓ Tonsilas ✓ Timo ✓ Baço ✓ Apêndice (alguns autores) Tecidos linfáticos O sistema linfático é constituído pelo tecido linfoide (ou reticular), tecido conjuntivo rico em células reticulares e em células de defesa, como os linfócitos, os plasmócitos e os macrófagos. O tecido linfoide está presente em locais sujeitos à invasão de substâncias patogênicas e de micro- organismos. É o principal constituinte dos órgãos linfoides, os quais estão envolvidos na produção dos linfócitos e na resposta imunológica. O tecido linfoide pode ser difuso ou nodular. Este último corresponde aos nódulos linfáticos (ou folículos linfáticos), estruturas esféricas, constituídas por células reticulares, linfócitos, plasmócitos e macrófagos, incluindo as células foliculares dendríticas e as células dendríticas apresentadoras de antígenos Iniciam sobre as formas de capilares linfáticos, vasos fechados sem uma das extremidades que se localizam nos espaços entre as células. Esses capilares se unem para formar os vasos linfáticos, que se assemelham às veias, porém com paredes finas e com mais válvulas. Em algumas regiões os vasos linfáticos formam massas encapsuladas de linfócitos B e T, os linfonodos. Possuem uma estrutura única, que possibilita o fluxo do líquido intersticial para dentro, mas não para fora da célula. Quando a pressão no líquido intersticial é maior que a pressão dentro do capilar linfático, ocorre entrada do líquido intersticial. Isso acontece por conta de um mecanismo de “abertura de portas” ou portas vai e vem apenas no sentido unidirecional. Contudo, quando a pressão no líquido intersticial é menor que a pressão dentro do capilar linfático, a linfa não retorna, porque as células aderem ainda mais uma as outras. Além disso, existem filamentos de ancoragem fixados nos capilares linfáticos, eles fixam (ancoram) as células endoteliais linfáticas aos tecidos adjacentes. Vasos linfáticos Capilares linfáticos Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT Características: » Os capilares linfáticos são mais permeáveis do que os sanguíneos » Maior diâmetro que os capilares sanguíneos. » Apresentam portas de vaivém que funcionam como válvulas (semelhantes às veias) setas pretas no desenho. » Filamentos de ancoragem » Túnica íntima mais espessa que nas veias e a membrana basal com algumas interrupções. » Se assemelham aos sanguíneos quanto a forma de organização, que terminam em dois grandes canais: canal torácico e o canal linfático direito. A linfa percorre esse caminho: Capilares linfáticos → Vasos linfáticos → Linfonodos. Após chegar aos linfonodos há uma união dos vasos linfáticos para formar vasos mais calibrosos, os troncos linfáticos ou coletores terminais. Estes se classificam em: - Troncos lombares= drenam a linfa dos membros inferiores, da parede e das vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. - Tronco intestinal= drena a linfa proveniente do estômago, dos intestinos, do pâncreas, do baço e de parte do fígado. - Troncos intercostais. Ducto torácico - Troncos broncomediastinais= drenam a linfa proveniente da parede torácica, dos pulmões e do coração. - Troncos subclávios= drenam a linfa dos membros superiores. - Tronco jugulares= drenam a linfa da cabeça e do pescoço. Ducto linfático direito e Ducto linfático esquerdo A união desses troncos formam os ductos, que posteriormente se agrupam na região próxima à clavícula. Troncos e ductos linfáticos Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT OBS: O canal torácico (recebe a linfa procedente dos membros inferiores e dos órgãos abdominais e a linfa do ducto linfático esquerdo) e o canal linfático direito (recebe a linfa procedente do lado direito da cabeça, do braço direito e de parte do tórax), que desembocam em veias próximas ao coração. Grande parte dos componentes do plasma sanguíneo (nutrientes, hormônios e gases) se infiltram nos capilares sanguíneos e formam o líquido intersticial. Porém, a quantidade de líquido que abandona os capilares sanguíneos é maior do que a quantidade que retorna por meio da reabsorção. Esse excesso de líquido lançado é drenado para os capilares linfáticos e vira a linfa. Contudo, quando as proteínas deixam o plasma sanguíneo, elas não conseguem retornar por difusão, mas podem mover-se através dos capilares (são mais permeáveis) para dentro da linfa. Ou seja, são os vasos linfáticos que são responsáveis por retornar essas proteínas ao plasma, através do retorno da linfa para o sangue. Isso garante que o volume sanguíneo não caia e o sistema circulatório deixe de funcionar. ✓ A composição da linfa é semelhante ao sangue, exceto pela presença de hemácias, e pelo predomínio dos glóbulos brancos, os linfócitos. Assim como as veias os vasos linfáticos também apresentam válvulas, porém em maior quantidade, que asseguram um fluxo unidirecional da linfa. O fluxo propriamentedito consiste: Capilares sanguíneos (na forma de sangue) Espaços intersticiais (na forma de líquido intersticial) Capilares linfáticos (na forma de linfa) Vasos linfáticos (na forma de linfa) Troncos ou ductos linfáticos ((na forma de linfa) Junção das veias jugular interna e subclávia (na forma de sangue) A linfa drena para o sangue venoso por meio dessa via. O mecanismo de formação da linfa envolve três processos muito dinâmicos e simultâneos: a ultra- filtração, a absorção venosa e a absorção linfática. O mecanismo de ultrafiltração possibilita a saída de água, gás oxigênio e nutrientes do interior do capilar arterial para o interstício, por ação da diferença de pressão existente. Já a absorção venosa corresponde ao deslocamento, também por ação da diferença de pressão, da água, do gás carbônico e resíduos catabólitos do interstício para o capilar venoso. E por fim, a absorção linfática marca o início da circulação linfática, por meio da qual proteínas de alto peso molecular e pequenas células passam para o interior do capilar linfático. O que garante o fluxo linfático? o O mecanismo de respiração. O fluxo de linfa também é mantido por mudanças de pressão que ocorrem durante a inspiração. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é mais elevada, em direção à região torácica, onde é mais Formação e fluxo da linfa Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT baixa. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas nos vasos linfáticos impedem o fluxo retrógrado da linfa. o Movimentação da musculatura lisa. Quando um vaso linfático se distende, o músculo liso em sua parede se contrai, o que ajuda a mover a linfa de um segmento do vaso para o seguinte. o Movimentação da musculatura esquelética. A “ação de ordenha” das contrações dos músculos esqueléticos comprime os vasos linfáticos (bem como as veias) e força em direção à junção das veias jugular interna e subclávia o Proximidade dos vasos linfáticos das artérias pulsantes. o A linfa da região abdominal (cisterna de quilo / ampola de Pequet) é sugada para o coração pelo vácuo formado na caixa torácica pelos movimentos respiratórios. o Os vasos linfáticos possuem movimentos de contração. As válvulas, neles existentes, impedem o refluxo possibilitando o transporte da linfa em uma única direção. o A linfa das regiões acima do coração sofre a atração da força da gravidade. São classificados em dois grupos de acordo com sua capacidade de desencadear ou não uma resposta imune. ➢ Órgãos e tecidos linfáticos primários= locais onde as células- tronco se dividem e tornam-se imunocompetentes, isto é, capazes de desencadear uma resposta imune. Ex: medula óssea vermelha e timo. ➢ Órgãos e tecidos linfáticos secundários= constituem os locais onde ocorre a maioria das respostas imunes. Ex: linfonodos, baço e nódulos linfáticos. Órgãos e tecidos linfáticos Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT OBS: Órgão é toda estrutura que é circundada por uma cápsula de tecido conjuntivo (timo, linfonodo e baço). Medula óssea vermelha Timo Funções: - Desenvolvimento e proteção do organismo. -Combate a invasão por microorganismos infecciosos - Formação de células de defesa, principalmente as células T, oriundas da medula óssea recebem definitiva transformação atuando eficientemente nas infecções crônicas, micoses e viroses. Localização: O timo é um órgão bilobado, localizado no mediastino, entre o esterno e a aorta. Os dois lobos são envolvidos por uma lâmina de tecido conjuntivo, que os mantêm juntos, porém uma cápsula de tecido conjuntivo envolve cada lobo separadamente. As extensões da cápsula, denominadas trabéculas, penetram nos lobos e os dividem em lóbulos. Composição: Cada lóbulo do timo consiste em um córtex externo intensamente corado e em uma medula central de coloração mais clara. O córtex é composto por numerosos linfócitos T e células dendríticas, células epiteliais e macrófagos dispersos. Os linfócitos T imaturos migram da medula óssea vermelha (onde são produzidos) para o córtex do timo, onde proliferam e começam a amadurecer. As células dendríticas auxiliam o processo de maturação. Cada uma das células epiteliais especializadas no córtex possui vários prolongamentos longos, que circundam e atuam como arcabouço para até 50 linfócitos T. Essas células epiteliais ajudam o desenvolvimento dos linfócitos pré-T em linfócitos T maduros. Além disso, acredita-se que as células epiteliais produzem hormônios tímicos, que auxiliam na maturação dos linfócitos T. As células remanescentes morrem por apoptose (morte celular programada). Os macrófagos tímicos ajudam na remoção dos resíduos nas células mortas e em processo de morte. Os linfócitos T que sobrevivem entram na medula. A medula consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente espalhados, células epiteliais, células dendríticas e macrófagos. Algumas das células epiteliais tornam-se dispostas em camadas concêntricas de células planas, que degeneram e são preenchidas com grânulos de querato-hialina e queratina. Esses agregados são denominados corpúsculos tímicos (de Hassall). Embora a sua função seja incerta, os corpúsculos tímicos podem atuar como locais de morte dos linfócitos T na medula. Os linfócitos T que abandonam o timo por meio do sangue são transportados até os linfonodos, o baço e outros tecidos linfáticos, onde colonizam partes desses órgãos e tecidos. Mudança da conformação: Em virtude de seu alto conteúdo de tecido linfático e rico suprimento sanguíneo, o timo possui uma Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT aparência avermelhada no corpo vivo. Entretanto, com a idade, o tecido linfático é substituído por tecido adiposo, e o timo adquire a coloração mais amarelada da gordura invasora, dando a noção de invaginação do seu tamanho. Quando o indivíduo alcança a maturidade, a parte funcional da glândula sofre redução considerável. Linfonodos Função: Os linfonodos atuam como um tipo de filtro para a linfa. Enquanto a linfa entra em uma das extremidades do linfonodo, as substâncias estranhas são retidas pelas fibras reticulares existentes no interior dos seios do linfonodo. Em seguida, os macrófagos destroem algumas substâncias estranhas por fagocitose, enquanto os linfócitos destroem outras por meio de respostas imunes. Em seguida, a linfa filtrada deixa a outra extremidade do linfonodo. Composição: Os linfonodos ou nódulos linfáticos são estruturas que aparecem aos pares e de modo semelhante ao timo são recobertos por uma camada de tecido conjuntivo denso (são órgãos), que se estende até o seu interior formando as trabéculas. Essas estruturas formam uma compartimentação do linfonodo, proporcionam sustentação e são vias para os vasos sanguíneos adentrarem o interior do linfonodo. O conjunto formado pela cápsula de tecido conjuntivo, as trabéculas, as fibras reticulares e os fibroblastos constituem o estroma do órgão. Esse órgão é composto por 2 regiões distintas: ✓ Córtex= consiste em linfócitos T e em células dendríticas, essas células apresentam antígenos aos linfócitos T, induzindo a sua proliferação. ✓ Medula= contém linfócitos B, plasmócitos produtores de anticorpos que migram do córtex para a medula e macrófagos. Formam os linfonodos: trabéculas, vasos aferentes (que trazem linfa), seios linfáticos, vasos eferentes (que levam linfa), nódulos corticais, córtex, centro germinativo, cordões medulares, artérias e veias. A timectomia (remoção do timo) compromete a produção dos linfócitos T, reduzindo a capacidade do sistema imune responder a novos antígenos. Edema Quando a filtração excede acentuadamente a reabsorçãodo líquido, provoca um aumento anormal no volume de líquido intersticial, o edema. Essa condição pode resultar tanto de filtração excessiva como da reabsorção inadequada. Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT Temos de 400 a 600 linfonodos em cadeia no nosso corpo. O fluxo da linfa pelo linfonodo: Vasos linfáticos aferentes → seio subescapular → seios trabeculares → seios medulares → vasos linfáticos eferentes. Baço Caracteriza por não possuir circulação linfática. Função: Na defesa do organismo filtra os microorganismos estranhos do sangue, produzindo linfócitos e plasmócitos que fabricam anticorpos. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático. Localização: É um órgão encapsulado, localizado no hipocôndrio esquerdo. Composição: É revestido por uma cápsula fibrosa e é formado pela polpa esplênica na qual encontram-se a “polpa branca”, que contem os glóbulos brancos chamados linfócitos, agrupados em torno de vasos sanguíneos, e a “polpa vermelha” que contém glóbulos brancos chamados macrófagos que perseguem e destroem microorganismos invasores. O baço é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso, por meio da qual internamente existem trabéculas. Kerolyn Cibelle- Medicina- UNIT Nódulos linfáticos Os nódulos linfáticos são massas de tecido linfático em forma de ovo; diferentemente dos linfonodos, não são circundados por uma cápsula. Tonsilas Função: - Atuam como defesa adicional contra agentes infecciosos provenientes da boca e do nariz. Exercem esta função de defesa: ✓ Dando o alarme ✓ Formando linfócitos através do seu tecido linfóide ✓ Produzindo anticorpos. Composição: - Possuem Epitélio estratificado pavimentoso - Possuem criptas (projeções nodulares) com restos celulares, que servem para fazer uma filtragem inicial de tudo que entra no organismo. São aglomerados de tecido linfoide nodular sob o epitélio da cavidade oral e da faringe, parcialmente encapsulados, que protegem o organismo contra a entrada de antígenos junto com o ar ou com os alimentos. Como resposta de defesa, há a proliferação dos linfócitos B e a sua diferenciação em plasmócitos, os quais produzem imunoglobulinas. » Tonsilas linguais » Tonsilas palatinas (amígdalas) » Tonsila faríngea Tecido Linfático associado à mucosa (MALT) Realiza a defesa inicial. Tecido Linfático associado à pele (SALT) Apêndice Função: Produz alguns leucócitos que contribuem na defesa da região onde se encontra. Localização: Parte do intestino no qual se encontra tecido linfático. Normalmente do lado direito e com formato vermiforme. » Edemas (inchaços) » Filariose (elefantíase) Esplenetomia- Cirurgia para retirada do baço, por conta de risco de hemorragia e choques. Essa remoção pode desencadear sepse (infecção do sangue), devido à perda das funções de filtração e fagocitose do baço. Amigdalite- Acúmulo de células epteliais descamadas, linfócitos e bactérias nas criptas. Adenoides- Tonsila faríngea inflamada e hipertrofiada. Linfoadenopatia- Também conhecida como íngua, a linfoadenopatia é um aumento da estrutura do linfócito provocada pela resposta imunológica à um antígeno. Doenças relacionadas
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