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@poli.canuto H SISTEMA LINFÁTICO; Sistemas formado por vasos linfáticos e órgãos linfáticos; Também é um importante componente do sistema imunológico; Soma de sistema circulatório e o sistema imunológico. O tecido linfático é um tipo especializado de tecido conjuntivo reticular que contém numerosos linfócitos; Os vasos linfáticos transportam de volta para o sangue quaisquer líquidos que tenham escapado do sistema vascular sanguíneo. Os órgãos linfáticos abrigam células fagocitícas e linfócitos, os quais desempenham papéis essenciais nos mecanismos de defesa do corpo e a resistência às doenças. Funções: Drenagem do excesso de líquido intersticial; Produzir, manter e distribuir os linfócitos (células de defesa, como os glóbulos brancos) Transporte de lipídios e vitaminas lipossolúveis(ADEK) OBS: metástase ocorre pelo transporte de células tumorais transmitida pela linfa. Líquido intersticialLINFA; Líquido que circula pelos vasos linfáticos, que é atravessado por DIFUSÃO. Circulação franca, pois não há uma bomba. Produtos contidos no sangue atravessa o capilar e deposita-se no espaço intersticial: não é um sistema fechado; Plasma no líquido intersticial: líquido intersticial Plasma no vaso linfático: linfa A principal diferença entre o líquido intersticial e a linfa é a sua localização: o líquido intersticial é encontrado entre as células, e a linfa está localizada nos vasos linfáticos e no tecido linfático. Sem hemácias, logo, não há aspecto avermelhado; Vasos linfáticos Transportam a linfa dos tecidos periféricos para o sangue; O líquido que permanece nos espaços teciduais, em torno de 3 L por dia, se torna parte do líquido intersticial. Esse líquido que vazou mais qualquer proteínas plasmáticas que tenha escapado da corrente sanguínea devem ser carregados de volta ao sangue para garantir que o sistema circulatório tenha volume de sangue suficiente para operar de forma adequada; Os vasos linfáticos formam um sistema de mão única no qual a linfa flui apenas na direção do coração. Esse sistema de transporte começa nos microscópicos capilares linfáticos (Figura 19.1a) de extremidade fechada, os quais se distribuem entre as células teciduais e os capilares sanguíneos nos tecidos conjuntivos frouxos do corpo. Os capilares linfáticas são espalhados amplamente; contudo estão ausentes nos ossos e nos dentes, na medula óssea @poli.canuto e em todo o sistema nervoso central (onde o excesso de líquido tecidual drena para o líquido cerebrospinal). CAPILARES LINFATICOS: Assim como os capilares sanguineos, sua parede consiste em uma única camada de celulas endoteliais. Sua permeabilidade resulta da estrutura e organização das células endoteliais: eles tem poucas junções intercelulares e as margens das células adjacentes sobrepõem-se, formando minivalvulas de fácil abertura. Feixes de filamentos de colágeno finos prendem as células endoteliais ao tecido conjuntivo circundante. Em consequência, qualquer aumento no volume do liquido tecidual separa as abas da minivalvula, abrindo lacunas na parede e permitindo a entrada do liquido. Ela também permite que quaisquer bactérias, vírus ou células cancerosas no tecido conjuntivo frouxo entrem nesses capilares com facilidade. Esses agentes patogênicos podem percorrer todo o corpo através dos vasos linfáticos. No entanto, essa ameaça é evitada em parte pelos linfonodos que destroem a maioria dos patógenos na linfa. Embora similares aos capilares sanguíneos, os capilares linfáticos são tão permeáveis que inicialmente se pensava que eram abertos em uma extremidade, como um canudo, além de obter um diâmetro maior. Sabemos agora que eles devem sua permeabilidade alta, como conseguem absorver moléculas grandes como as proteínas e os lipídios, a duas modificações estruturais únicas. As células endoteliais que formam as paredes dos capilares linfáticos não são firmemente unidas; ao contrário, as bordas das células adjacentes se sobrepõem umas às outras frouxamente, formando minivalvas em forma de abas que se abrem facilmente; Filamentos de colágeno ancoram as células endoteliais às estruturas adjacentes, de tal forma que qualquer aumento no volume de líquido intersticial abre as minivalvas, em vez de causar o colapso dos capilares linfáticos, para caber mais líquido (FILAMENTOS DE ANCORAGEM) Quando a pressão de líquido no espaço intersticial e ́ maior do que a pressão nos capilares linfa ́ticos, as abas da minivalva abrem, permitindo a entrada de líquido no capilar linfa ́tico. Contudo, quando a pressa ̃o é maior dentro do capilar linfa ́tico, as abas da minivalva endotelial são forçadas a fechar, evitando o refluxo da linfa enquanto a pressão a move ao longo do vaso; As proteínas no espaço intersticial não são capazes de entrar nos capilares sanguíneos, mas entram facilmente nos capilares linfáticos. Além disso, quando os tecidos estão inflamados, os capilares linfáticos desenvolvem aberturas que permitem a captação de partículas ainda maiores, como restos celulares, patógenos (microrganismos que causam doença, como bactérias e vírus) e células cancerígenas; Capilares linfáticos extremamente especializados chamados de lactíferos ou lácteos estão presentes nas vilosidades, semelhantes a dedos, da mucosa intestinal. A linfa que drena das vísceras digestórias é branca como leite (la ́cteo = de leite), em vez de clara, pois os lácteos desempenham um papel principal na absorc ̧ão das gorduras digeridas a partir do intestino. Essa linfa gordurosa, chamada de quilo (“suco”), e ́ também levada ao sangue pela corrente linfática. Dos capilares linfáticos, a linfa flui sucessivamente por canais maiores e de paredes mais espessas – primeiro vasos coletores, depois os troncos e finalmente os maiores de todos, os ductos; VASOS COLETORES LINFÁTICOS Os vasos linfáticos coletores têm as mesmas três túnicas das veias, mas os vasos coletores possuem paredes mais finas, isso reflete pois a pressão da linfa no baço é muito menor, já que não estão ligadas a uma bomba. Te ̂m mais valvas internas e mais anastomoses para redirecionar a linfa; Em geral, os linfa ́ticos da pele seguem ao longo das veias superficiais entre a pele e a fáscia, enquanto os vasos linfáticos profundos do tronco e das vi ́sceras digesto ́rias seguem junto com as artérias profundas. A distribuic ̧ão anatômica exata dos vasos linfáticos varia muito entre indivíduos, ainda mais do que varia nas veias. Os troncos linfáticos são formados pela união dos vasos coletores maiores e drenam áreas bastante grandes do corpo. Os troncos principais, denominados em geral pelas regiões das quais eles coletam linfa, são os troncos pareados lombar, broncomediastinal, subclávio e jugular e o tronco intestinal, que e ́ ímpar. TRONCOS LINFÁTICOS: Troncos lombares; Troncos intestinai; Troncos broncomediastinais; Troncos subclávios; Troncos jugulares; @poli.canuto A linfa passa dos capilares linfáticos para os vasos linfáticos e, em seguida, pelos linfonodos. Quando os vasos linfáticos saem dos linfonodos em uma dada região do corpo, eles se unem para formar troncos linfáticos. Os troncos lombares drenam linfa dos membros inferiores, da parede e vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. O tronco intestinal drena a linfa do estômago, intestinos, pâncreas, baço e parte do fígado. Os troncos broncomediastinais drenam a linfa da parede torácica, pulmão e coração. Os troncos subclávios drenam os membros superiores. Os troncos jugulares drenam a cabeça e o pescoço.DUCTOS LINFÁTICOS: Ducto torácico; Ducto linfático direito; A linfa e ́ finalmente liberada em um dos dois grandes ductos na região torácica. O ducto linfa ́tico direito drena linfa do brac ̧o direito superior e do lado direito da cabec ̧a e do tórax ). O ducto tora ́cico é muito maior e recebe linfa do resto do corpo. Ele surge anterior a ̀s duas primeiras ve ́rtebras lombares como um saco alargado, a cisterna do quilo, que coleta linfa dos dois grandes troncos lombares, os quais drenam os membros inferiores, e do tronco intestinal, quais que drena os o ́rgãos digestórios.. A ̀ medida que o ducto tora ́cico corre superiormente, ele recebe drenagem linfática do lado esquerdo do tórax, do membro superior esquerdo e da regia ̃o da cabec ̧a. Cada ducto terminal esvazia sua linfa na circulac ̧ão venosa, na junc ̧ão da veia jugular interna e da veia subclávia do mesmo lado do corpo O âmbulo venoso esquerdo, jução da jugular interna esquerda com a subclávia esquerda, local onde o ducto torácico adentra na circulação; O âmbulo venoso direito, junção da jugular interna direita com a subclávia direita, local onde o ducto linfático direito adentra na circulação. OBS: os vasos linfáticos perfurantes comunicam os vasos linfáticos superficiais com os profundos; FORMAÇÃO E FLUXO DA LINFA O excesso de líquido filtrado – aproximadamente 3 ℓ/dia – drena para os vasos linfáticos e se torna a linfa. Como a maior parte das proteínas plasmáticas é muito grande para sair dos vasos sanguíneos, o líquido intersticial contém apenas uma pequena quantidade de proteína. As proteínas que saem do plasma sanguíneo não conseguem retornar ao sangue por difusão, porque o gradiente de concentração (alto nível de proteínas no interior dos capilares sanguíneos, baixo nível fora) se opõe a este movimento. As proteínas conseguem, no entanto, se mover facilmente através dos capilares linfáticos, que são mais permeáveis à linfa. Assim, uma importante função dos vasos linfáticos é devolver as proteínas plasmáticas perdidas e o plasma à corrente sanguínea. Fatores que mantém o fluxo da linfa: Bomba de músculo esquelético- as contrações do músculo, comprime os vasos linfáticos e força a linfa subir; @poli.canuto Bomba respiratória: o fluxo de linfa também é mantido pela variação de pressão na inspiração e expiração. A linfa flui da região abdominal, onde a pressão é maior, para a região torácica, onde ela é mais baixa. Quando as pressões se invertem durante a expiração, as válvulas nos vasos linfáticos evitam o refluxo da linfa Os órgãos linfáticos primários são os locais em que as células- tronco se dividem e se tornam imunocompetentes, isto é, capazes de elaborar uma resposta imune. Os órgãos linfáticos primários são a medula óssea (dos ossos chatos e epífises de ossos longos nos adultos) e o timo. As células-tronco pluripotentes da medula óssea dão origem a linfócitos B maduros e imunocompetentes, e a células pré-T. As células pré-T por sua vez migram para o timo, onde se transformam em linfócitos T imunocompetentes. Os órgãos e tecidos linfáticos secundários são os locais em que ocorre a maior parte das respostas imunes. Eles incluem os linfonodos, o baço e os nódulos linfáticos (folículos). O timo, os linfonodos e o baço são considerados órgãos porque são circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo; os nódulos linfáticos, por outro lado, não são considerados órgãos, porque carecem de uma cápsula TIMO: O timo é um órgão bilobado localizado no mediastino entre o esterno e a aorta., no mediastino superior. Uma camada envolvente de tecido conjuntivo mantém os dois lobos unidos, mas separados por uma cápsula de tecido conjuntivo. Há zona medular (clara) e cortical, há as mesmas células, mas na zona cortical tem mais linfócitos T. OBS: Na área corticais, há a seleção clonal, ou seja, multiplicação, já nas áreas medulares, há a deleção clonal, dos linfócitos T que reagiram com os antígenos. Corpúsculo de Hassal na parte medular que secreta timosina, timopoietina e timulina, além de formação de linfócitos T reguladoras, que auxiliam na apoptose de linfócitos com antígenos. Há células reticulares epiteliais unidas por desmossomo com muitos linfócitos T. Além de sustentar o parênquima, secretam fatores que fazem diferenciação entre a timosina, timopoietina e timulina Sem folículos linfáticos: logo, não há linfócitos B.. Extensões da cápsula, chamadas trabéculas, penetram internamente e dividem cada lobo em lobos do timo; O córtex do timo é composto por uma grande quantidade de linfócitos T e células dendríticas dispersas, células epiteliais e macrófagos. Os linfócitos T imaturos (células pré-T) migram da medula óssea para o córtex do timo, onde se proliferam e começam a maturar. As células dendríticas, que são derivadas dos monócitos (e assim chamadas porque eles têm longas projeções ramificadas que lembram os dendritos de um neurônio), auxiliam no processo de maturação. Cada uma das células epiteliais especializadas no córtex tem vários processos longos que cercam e servem como estrutura para aproximadamente 50 linfócitos T. Estas células epiteliais ajudam a “educar” as células pré-T em um processo conhecido como seleção positiva. Além disso, produzem hormônios do timo que, acredita-se, auxiliem na maturação dos linfócitos T. Apenas aproximadamente 2% dos linfócitos T em desenvolvimento sobrevivem no córtex. Os linfócitos restantes morrem por apoptose (morte celular programada). Os macrófagos do timo ajudam a remover os detritos de células mortas e morrendo. Os linfócitos T sobreviventes entram na medula. A medula do timo consiste em linfócitos T mais maduros e amplamente dispersos, células epiteliais, células dendríticas e macrófagos. Algumas das células epiteliais se dispõem em camadas concêntricas de células planas que degeneram e ficam cheias de grânulos de Órgão e tecidos linfáticos @poli.canuto querato-hialina e queratina. Estes agrupamentos são chamados corpúsculos tímicos. Embora seu papel seja incerto, eles podem servir como locais de linfócitos T mortos na medula. Presença da barreira hemato tímica no córtex, que impede a ligação dos linfócitos T imaturo com os antígenos presentes; Os linfócitos T que saem do timo pelo sangue migram para os linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos, onde colonizam partes destes órgãos e tecidos. OBS: Com a idade, no entanto, infiltrações de tecido adiposo substituem o tecido linfático e o timo assume cada vez mais uma cor amarelada pela invasão de gordura, dando a falsa impressão de um tamanho reduzido. Antes de o timo atrofiar, ele povoa os órgãos e tecidos linfáticos secundários com linfócitos T. No entanto, alguns linfócitos T continuam proliferando no timo ao longo da vida do indivíduo, mas esta quantidade diminui com a idade LINFONODOS: Grandes grupos de linfonodos estão presentes perto das glândulas mamárias e nas axilas e virilha. São cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que se estende até o linfonodo. As extensões capsulares, chamadas trabéculas, dividem o linfonodo em compartimentos, fornecem suporte e proporcionam uma via para os vasos sanguíneos até o interior de um linfonodo. Internamente à cápsula está uma rede de apoio de fibras reticulares e fibroblastos. A cápsula, as trabéculas, as fibras reticulares e os fibroblastos constituem o estroma (estrutura de apoio do tecido conjuntivo) de um linfonodo; Único órgão com vasos linfáticos aferentes e eferentes; Únicas estruturas que filtram a linfa; Os linfonodos superficiais cervicais ao longo da veias jugulares e artériascarótidas recebem a linfa da cabeça e pescoço; Os linfonodos axilares na axila e os linfonodos inguinais na parte superior da coxa filtram a linfa dos membros superiores e inferiores, respectivamente; Os linfonodos no mediastino, como o linfonodo traquobronquiais profundos, recebem a linfa das vísceras torácicas; Os linfonodos profundo ao longo da parte abdominal da aorta, chamados de linfonodos aórticos, filtram a linfa da oarede posterior do abdômen; Os linfonodos profundos ao longo das artérias ilíacas, chamados linfonodos ilíacos, filtram a linfa dos órgãos pélvicos e dos membros inferiores; O parênquima (parte funcional) de um linfonodo é dividido em um córtex superficial e em uma medula profunda. O córtex é constituído por um córtex externo e um córtex interno. Dentro do córtex externo estão agregados de linfócitos B em forma de ovo chamados de nódulos linfáticos (folículos). Um nódulo linfático que consiste principalmente em linfócitos B é chamado de nódulo linfático primário. A maior parte dos nódulos linfáticos no @poli.canuto córtex externo são nódulos linfáticos secundários, que se formam em resposta a um antígeno (uma substância estranha) e são locais de formação de plasmócitos e linfócitos B de memória. Depois que os linfócitos B em um nódulo linfático primário reconhecem um antígeno, o nódulo linfático primário se desenvolve em um nódulo linfático secundário. O centro de um nódulo linfático secundário contém uma região de células de coloração clara chamada centro germinativo. No centro germinativo estão linfócitos B, células dendríticas foliculares (um tipo especial de célula dendrítica) e macrófagos. Quando as células dendríticas foliculares “apresentam” um antígeno, os linfócitos B proliferam e se tornam plasmócitos produtores de anticorpos ou linfócitos B de memória. Os linfócitos B de memória persistem após uma resposta imune inicial e se “lembram” de ter encontrado um antígeno específico. Os linfócitos B que não se desenvolvem corretamente sofrem apoptose (morte celular programada) e são destruídos por macrófagos. O córtex interno não contém linfonodos. B e consiste principalmente em linfócitos T e células dendríticas que entram no linfonodo a partir de outros tecidos. As células dendríticas apresentam os antígenos aos linfócitos T, levando à sua proliferação. Os linfócitos T recentemente formados então migram do linfonodo para áreas do corpo em que há atividade antigênica. A medula de um linfonodo contém linfócitos B, plasmócitos produtores de anticorpos que migraram do córtex para a medula, e macrófagos. As várias células são incorporadas em uma rede de fibras reticulares e células reticulares. Os vasos aferentes contêm válvulas que se abrem em direção ao centro do linfonodo, direcionando a linfa para dentro. Dentro do linfonodo, a linfa entra nos seios, uma série de canais irregulares que contêm ramificações de fibras reticulares, linfócitos e macrófagos. Dos vasos linfáticos aferentes, a linfa flui para dentro do seio subcapsular, imediatamente abaixo da cápsula. Daqui a linfa flui para os seios trabeculares, que se estendem ao longo do córtex paralelamente às trabéculas, e para os seios medulares, que se estendem ao longo da medula. Os seios medulares drenam para um ou dois vasos linfáticos eferentes, que são mais largos e em menor quantidade do que os vasos aferentes. Eles contêm válvulas que se abrem para longe do centro do linfonodo para transportar a linfa, anticorpos secretados por plasmócitos e linfócitos T ativados para fora do linfonodo. Os vasos linfáticos eferentes emergem de um lado do linfonodo em uma leve depressão chamada de hilo. Os vasos sanguíneos também entram e saem do linfonodo pelo hilo. Conforme a linfa entra uma extremidade de um linfonodo, as substâncias estranhas são “capturadas” pelas fibras reticulares nos seios do linfonodo. Em seguida, os macrófagos destroem algumas substâncias estranhas por fagocitose, enquanto os linfócitos destroem outras por meio da resposta imune. A linfa filtrada então sai pela outra extremidade do linfonodo. BAÇO Está localizado na região do hipocôndrio esquerdo, entre o estômago e o diafragma. A face superior do baço é lisa e convexa e se adapta à face côncava do diafragma. Os órgãos vizinhos fazem endentações na face visceral do baço – a impressão gástrica (estômago), a impressão renal (rim esquerdo) e a impressão cólica (flexura esquerda do colo). Como os linfonodos, o baço tem um hilo. Através dele passam a artéria esplênica, a veia esplênica e os vasos linfáticos eferentes; Cápsula de tecido conjuntivo envolve a cápsula. A cápsula, mais trabéculas, mais fibras reticulares compõe o estroma do baço; Parênquima do baço é composto por dois tipos diferentes.. A polpa branca é composta por tecido linfático, que consiste principalmente em linfócitos e macrófagos dispostos em torno de ramos da artéria esplênica chamados de artérias centrai ( linfócito T pelo tecido linfático difuso e linfócitos B pelo folículo linfático) A polpa vermelha é constituída por seios venosos cheios de sangue e cordões de tecido esplênico chamado cordões esplênicos ou cordões de Billroth. Os cordões esplênicos são constituídos por eritrócitos, macrófagos, linfócitos, plasmócitos e granulócitos. As veias estão intimamente associadas à polpa vermelha. O sangue que flui para o baço através da artéria esplênica entra nas artérias centrais da polpa branca. Na polpa branca, os linfócitos B e os linfócitos T desempenham funções imunológicas, semelhantemente ao que ocorre nos linfonodos, enquanto os macrófagos do baço destroem agentes patogênicos que estão no sangue por fagocitose. Dentro da polpa vermelha, o baço desempenha três funções relacionadas com as células de sangue: (1) remoção de células do sangue e plaquetas que estejam rompidas, desgastadas ou defeituosas pelos macrófagos; (2) @poli.canuto armazenamento de até um terço do suprimento de plaquetas do organismo; e (3) produção de células sanguíneas (hematopoese) durante a vida fetal. NÓDULOS LINFÁTICOS Os nódulos linfáticos (folículos) são massas ovaladas de tecido linfático que não são cercadas por uma cápsula. Como estão espalhados por toda a lâmina própria (tecido conjuntivo) das túnicas mucosas que revestem os sistemas digestório, urinário e genital e as vias respiratórias, os nódulos linfáticos nessas áreas são também chamados de tecido linfoide associado à mucosa Entre estes estão as tonsilas na região da faringe e os nódulos linfáticos agregados do íleo do intestino delgado. Os nódulos linfáticos agregados também ocorrem no apêndice vermiforme. Normalmente há cinco tonsilas, que formam um anel na junção entre a cavidade oral e a parte oral da faringe e na junção entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe As tonsilas estão estrategicamente posicionadas de modo a participar das respostas imunes contra substâncias estranhas inaladas ou ingeridas. A ímpar tonsila faríngea está embutida na parede posterior da parte nasal da faringe. As duas tonsilas palatinas se situam na região posterior da cavidade oral, uma de cada lado; estas são as tonsilas que costumam ser removidas em uma tonsilectomia. O par de tonsilas linguais, localizadas na base da língua, também podem precisar ser removidas durante uma tonsilectomia; Obtém papel de defesa contra infecções viras e bacterianas; TONSILAS: ↠ As tonsilas são intumescências da mucosa que reveste a faringe. Existem quatro grupos de tonsilas: ➢ O par de tonsilas palatinas situa -se diretamente posterior à boca e ao palato, na parede lateral da faringe. Essas são as maiores tonsilas e as que são infectadas e removidas com maisfrequência durante a infância, em um procedimento cirúrgico chamado tonsilectomia. ➢ A tonsila lingual situa -se na superfície posterior da língua. ➢ A tonsila faríngea (adenoides) situa -se no teto faríngeo. ➢ A tonsila tubária situa-se posteriormente ao ósteo faríngeo da tuba auditiva ↠ Os quatro grupos de tonsilas são organizados em um anel em volta da entrada da faringe para reunir e remover muitos patógenos que entram na faringe pelo ar inspirado e pelo alimento deglutido. As tonsilas processam os antígenos e depois iniciam as respostas imunes. ↠ Assim como todas as mucosas, as tonsilas consistem em um epitélio sustentado por uma lâmina própria de tecido conjuntivo. Nas tonsilas, a lâmina própria subjacente consiste em uma quantidade abundante de tecido linfático associado à mucosa As forças de Starling são as responsáveis pelo movimento de fluido entre os compartimentos. Entre as forças de Starling existe a pressão hidrostática e a pressão oncótica. A pressão hidrostática é uma força exercida pelos líquidos que tende a expulsar o líquido de seu compartimento. A pressão oncótica é uma força que atrai água para o compartimento. Ambas as pressão existem nos dois compartimentos: intravascular e intersticial. A resultante entre elas é que determina se o líquido irá entrar ou sair de cada compartimento. Na primeira metade do capilar, a resultante dessas forças faz com que o líquido tenda a extravasar para o interstício, processo chamado de ultrafiltração. Na segunda metade do capilar, a resultante das pressões é tal que o líquido tende a voltar para o interior do vaso – reabsorção. O principal objetivo do deslocamento de fluido pela parede capilar é o de levar nutrientes aos tecidos e dele retirar produtos do metabolismo da célula – como o CO2. EDEMA PODE SER CAUSADO POR: Aumento da pressão hidrostática no interior do capilar: o que determina uma maior saída de fluido do capilar para o interstício. A partir do momento em que a capacidade de os vasos linfáticos Linfedema @poli.canuto de retornar o líquido em excesso para a circulação sanguínea é ultrapassada, teremos o desenvolvimento de edema. Aumento da pressão oncótica intersticial: Se a pressão oncótica intersticial aumentar haverá uma maior atração de água para o interstício – maior ultrafiltração. Se o acúmulo de ultrafiltrado ultrapassar a capacidade de drenagem dos capilares linfáticos, teremos, também, o desenvolvimento de edema. Linfedema é o sinônimo de aumento de volume de segmentos corpóreos causados por distúrbios do sistema linfático ou insuficiência linfática. Estima-se que a sua prevalência global se situe entre 0.13 e 2%, com percentagens maiores a serem atingidas nos países em desenvolvimento, nas áreas endémicas do nemátode Wucheria bancrofti (causador de filaríase)1 e em grupos específicos de maior risco, nomeadamente em doentes com cancro da mama: 12- 60%2 e em doentes submetidos a tratamento por neoplasia ginecológica pélvica: 28-47%2 O edema linfático possuí características que o diferem de edemas que acompanham doenças de outros órgãos e sistemas; Fisiopatologia: O sistema linfático normal trabalham com reserva funcional grande, assim, a capacidade total de transporte linfático é maior que as necessidades fisiológicas. No estado de equilíbrio, o débito linfático, o volume de linfa transportado por unidade de tempo é igual à carga linfática, que é a quantidade de líquidos e substâncias de transporte linfático presente nos tecidos. Quando a carga linfática é superior ao débito linfático, ocorre o edema. Há duas formas principais de edema, baseando-se com a participação do sistema linfático: Insuficiências linfáticas dinâmicas; Insuficiências linfáticas mecânicas; DINÂMICAS: A carga linfática ultrapassa a capacidade total de transporte ocasionando o aparecimento de edemas pobres em protéinas que têm suq remoção do interstício aumentada pelo aumento compensatório de trabalho dos vasos linfáticos. MECÂNICAS: Perda da função normal dos linfáticos e mesmo com cargas linfáticas normais, há acumulo tecidual de líquidos e macromoléculas. Edemas de alto teor proteica e são os verdadeiros linfedemas; A presença crônica de proteínas no extravascular produz um processo inflamatório crônico e fibrose. O ácido hialurônico, componente essencial da matriz extracelular, apresenta acúmulo considerável; CLASSIFICAÇÃO: Classificados de acordo com o distúrbio causador da insuficiência em primários ou secundários. Nos primários, há a alteração congênita do desenvolvimento dos vasos linfáticos e linfonodos ou obstrução linfática desconhecida, os linfedemas idiopáticos. Mais frequentemente de malformações tronculares ocorridas nas últimas fases da linfangiogénese, condicionando um amplo espectro de alterações como aplasia, hipoplasia ou hiperplasia dos vasos ou gânglios linfáticos, podendo ou não ser anatomicamente evidentes O LP pode ainda ser subclassificado de acordo com a idade do indivíduo na altura da apresentação clínica. Assim, considera-se Linfedema Congénito se os primeiros sinais ou sintomas surgiram antes dos 2 anos, Linfedema Precoce se surgiram entre os 2 e os 35 anos e Linfedema Tardio, após os 35 anos O Linfedema congénito é uma entidade rara; uma das causas bem documentadas é a Doença de Milroy (também denominada Linfedema Congénito Hereditário, Linfedema Congénito Primário ou Linfedema Hereditário tipo I), uma doença genética de transmissão autossómica dominante, causada por uma mutação no gene FLT4 (localizado no 5q35.3) que codifica o recetor 3 do fator de crescimento vascular endotelial (VEGFR-3)11. Em indivíduos normais, o VEGFR3 é expresso no endotélio dos vasos linfáticos e desempenha um importante papel no desenvolvimento do sistema linfático. Na Doença de Milroy não existe um defeito macroscópico grosseiro nos vasos linfáticos, mas verifica-se um défice funcional na absorção ao nível dos linfáticos iniciais, condicionando linfedema, preferencialmente nos membros inferiores mas ocasionalmente nos membros superiores e face Nos secundários, a disfunção anatômica ocorre em tecido linfático normal, sondo o çinfedema pós-cirúrgico ou pós-radioterápico mais comuns. Além disso, como causas, existem a filariose, traumatismo, erisipelas e celyllites; Estima-se que 20 a 25% das mulheres submetidas a intervenção cirúrgica por cancro da mama desenvolverão sendo que o risco aumenta ao longo do tempo, subjacente a um estado inflamatório, que estimula a fibrose do tecido subcutâneo e dos vasos linfáticos, fatores como idade avançada, obesidade e complicações cirúrgicas. No que concerne ao tratamento do linfedema, considera-se que este deve ser individualizado a cada doente, tendo em conta não @poli.canuto só a localização, gravidade e estadio do linfedema, mas também as comorbilidades associadas e a situação psicológica do indivíduo O objetivo principal do tratamento é a redução do edema e manutenção da integridade das estruturas de suporte. Atualmente, a abordagem terapêutica mais efetiva e amplamente aceite (quer do LS, quer do LP) é a terapia combinada (Complex Descongestive Therapy, CDT); deve ser realizado em centros especializados com os recursos humanos e logísticos adequados. Consiste na educação de cuidados da pele e faneras para minimizar o risco de complicações infeciosas1 , exercício físico regular, drenagem linfática manual e medidas de compressão externa: enfaixamento, medidas de contenção elástica e pressoterapia. Atua mediante a estimulação da remoção de líquido linfático pelos vasos linfáticos superficiais (estimula a contratilidade intrínseca dos vasos linfáticos) nas áreas edemaciadase permite a restituição do fluxolinfático em vasos obstruídos ou não funcionantes, exerce um efeito sinérgico na redução do edema quando associado às modalidades de compressão externa ou como parte da CDT31. No entanto, como terapia isolada demonstrou um benefício limitado. A DLM é uma modalidade de massagem manual especializada que consiste na mobilização suave e superficial, efetuada na direção do fluxo linfática (evitando-se assim a mobilização profunda, sob risco de provocar lesão dos vasos linfáticos e agravar o edema) .O objetivo primordial é aumentar o auxilio de linfa e a velocidade de condução dos vasos e ductos linfáticos, através de manobras que copiem o bombeamento fisiológico. A DLM é indicada para o alívio de dor, circulação sanguínea comprometida, edema no período gestacional e tensão-menstrual, hipertensão arterial, musculatura tensa, pele irritada, reumatismo, sistema nervoso abalado, estresse, tecido edemaciado; já no ramo da estética as indicações são cicatrizes hipertróficas e queloideanas, Fibroedemagelóide (FEG), tratamento de acne, tratamento de dermatites (com acompanhamento de dermatologista), rejuvenescimento, tratamentos pré e pós cirurgia plástica, póslipoaspiração e relaxamento de clientes tensos. Já as contraindicações são em casos de asma brônquica grave e não medicada, eczema agudo, febre, flebites e tromboflebites agudas, hipertireoidismo não tratado, hipotensão arterial, infecções agudas, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e neoplasias malignas (câncer) A drenagem inicia-se com o estímulo dos linfonodos (gânglios linfáticos) corporais e em seguida com os movimentos para drenagem da linfa. As manobras são feitas com pressões levese suaves, comprimindo apenas o tecido superficial, sem alcançar a musculatura. O ritmo é lento e os números de repetições das manobras precisará ser de pelo menos oito vezes, em cada local A DLM terá de acompanhar a direção da circulação sanguínea e do fluxo linfático, começando pela região proximal e logo em seguida pela distal. Isso consiste no conceito de que é imprescindível esvaziar antes de retornar novos líquidos, pois, do inverso, se congestionaria ainda mais um sistema já cheio. A privacidade do paciente é um direito individual no cuidado ao paciente. A violação da privacidade pode acontecer de diversas formas como a do corpo, da imagem, da informação, do espaço pessoal e territorial no campo psicológico e moral; A tecnológica atualmente tem deixado os pacientes cada vez mais vulneráveis quando o assunto é a imagem dos pacientes, tem aumentando o número de profissionais de saúde que utiliza telefone celular com câmera fotográfica para a captura e a reprodução de imagens dos pacientes no momento da assistência, isso acontece principalmente nos pacientes que apresentam comprometimento do nível de consciência; As pessoas, quando hospitalizadas, encontram- -se em uma situação de extrema fragilidade, na qual, muitas vezes, necessitam de cuidados que invadem sua intimidade. As condições de enfermidade geram sentimentos como incapacidade, dependência, insegurança e sensação de perda do controle sobre si mesmo. Os pacientes encaram a hospitalização como fator de despersonalização, por reconhecerem a dificuldade para manter sua identidade, intimidade e privacidade. Um estudo internacional analisou a comercialização de imagens do atendimento médico em ambiente hospitalar. Como resultado, encontrou que, muitas vezes, a filmagem violava a privacidade dos pacientes e isso, geralmente, podia ser evitado com o consentimento adequado do indivíduo. Ressalta-se, no entanto, que os pacientes podiam sentir-se obrigados ou compelidos por quem estava no comando de seu cuidado e bem-estar. Os profissionais da saúde devem ficar atentos às ações que podem comprometer a dignidade do paciente, com registro de imagens, No Brasil, a legislação é bem clara com relação ao direito à imagem, no que rege a Constituição Federal: X – São invioláveis: a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas; assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral, decorrente de sua violação.” Os pacientes devem ter a chance de conceder ou não o consentimento para realização de imagens de forma que se DRENAGEM LINFÁTICA ASPECTOS ÉTICOS @poli.canuto cumpram as recomendações do código de ética e de proteção de dados e confidencialidade do paciente. Os resultados deste estudo permitem inferir que há lacuna de conhecimento dos profissionais da saúde durante o curso de graduação em relação ao direito à imagem, pois 46,7% disseram desconhecer algum dispositivo na Constituição Federal, no Código Civil e no Código Penal Brasileiro sobre a captação, bem como sobre o uso de imagens dos indivíduos. A falta de informação sobre direito de imagem por parte dos profissionais de saúde pode estar diretamente relacionada à ausência de orientação formal para aos professores sobre esse assunto. REFERÊNCIAS: MARIEB, Elaine. Anatomia humana. Tradução Lívia Cais, Maria Silene de Oliveira e Luiz Cláudio Queiroz. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana Cavalcanti C. Botelho.. et al – 14. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica, 13ª ed. Editora Elsevier Ltda., 2017 LEAL et. al. O conhecimento dos estudantes sobre direito de imagem do paciente. Revista Bioética, v. 26, n.4, Brasília, 2018 Bárbara Cristine Ozolins1, Aryane Freire Gomide Mendes1, Liliane Pereira Pinto², Isabela Bacelar de Assis² Drenagem linfática clássica, 2018 Maria Inês Táboas(1) I Ana Torres(2) I Igor Popik(3) I Paulo Casalta(4) I Luís Lima(5) I Jorge Caldas Linfedema, revisão e integração de um caso clínico, 2013
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