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Capacidade e Incapacidade - Doutrina

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Da personalidade e da capacidade
Art. 1 Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2 A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida;
➔ Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
➔ A personalidade pode ser definida como a aptidão reconhecida pela ordem
jurídica para adquirir direitos e contrair obrigações ou deveres na ordem civil.
➔ Ter personalidade = ter capacidade para ser titular de direitos.
➔ A capacidade é a medida da personalidade.
➔ TODOS (até privados de discernimento e infantes) têm capacidade de gozo,
de direito. Mas nem todos têm capacidade de fato.
➔ Só não há capacidade de adquirir direitos onde falta personalidade, como o
nascituro.
➔ Capacidade de fato: aptidão para exercer atos da vida civil. (Atingida com a
maioridade, desenvolvimento mental, etc.)
➔ Recém nascidos e curatelados tem capacidade de direito, mas não de fato.
Por serem representados por outras pessoas. (curadores ou tutores).
tutor x curador: as duas são condições de cuidar de uma pessoa e de seus bens,
representando-a legalmente. tutor é o responsável legal na ausência dos pais
(menor não sendo emancipado), enquanto curador se adequa a pessoas maiores
de idade incapazes que precisam de um responsável. tutor não tem função
familiar.
tutor judicial: designado pelo juiz.
tutor convencional: foi pactuado entre os pais.
➔ Emancipados podem ser interditados? Sim, a pessoa voltará a ser
relativamente ou absolutamente incapaz. qualquer pessoa maior de 16 anos
(mesmo não emancipada) pode ser interditada.
➔ Capacidade plena: Quem possui capacidade de fato e de gozo.
➔ Capacidade difere de legitimação, mesmo tendo capacidade eu posso não ser
legitimada
Incapacidade
● Pessoas portadoras da capacidade de direito, mas não possuidoras da
capacidade de fato são chamadas de incapazes.
● Estes não podem exercer sua capacidade de direito plenamente, devendo
ser representados por curadores ou tutores.
● Segundo o art. 1, todos ao nascer são capazes de adquirir direitos, portanto
não existe incapacidade de direito. Somente de fato.
● A incapacidade seria uma exceção expressa pela lei, sendo a capacidade a
regra.
● Pode ser absoluta ou relativa, de acordo com o código civil:
Art. 3 - são absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da
vida civil:
- menores de 16 anos;
- que por enfermidade ou doença mental não tiverem discernimento
para praticar atos;
- aqueles que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir
sua vontade; REVOGADOS
○ Art. 4 - são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os
exercer:
- 16-18;
- ébrios e viciados em tóxicos;
- aqueles que não puderem exprimir sua vontade;
- o pródigo;
(parágrafo único) a capacidade dos indígenas será regulada por legislação
especial.
Incapacidade absoluta
● Nota-se que o art. 3 revogou o texto referente às pessoas deficientes e
àqueles que não puderem exprimir vontade, mantendo apenas o último na
redação do art. 4 referente aos relativamente incapazes.
● Essa mudança se deu pelo fato de que pessoas com deficiência devem ser
tratadas em sentido igualitário, visto que sua deficiência não implica
incapacidade, salvo se afetar a sua possibilidade de exprimir vontade
(situação onde seriam consideradas relativamente incapazes, e submetidas a
um regime de curatela).
● Segundo a lei, a curatela se caracteriza como uma medida
protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e
circunstâncias de cada caso, durando o menor tempo possível.
● O que na realidade, nem sempre acontece. A curatela é pintada
como uma medida extraordinária e aplicada com cautela, mas no
cenário atual do direito brasileiro é aplicada sem cuidado algum, e
muitas vezes sem necessidade. Resultando em pessoas com seus
direitos civis restringidos e sua vida controlada.
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da
Pessoa com Deficiência), destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade,
o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando
à sua inclusão social e cidadania. (LEI n. 13.146/2015)
● Ou seja, pessoas deficientes são plenamente capazes, pois a doença não
afeta a sua capacidade de gozo ou direito.
● Permanecem, assim, no rol dos absolutamente incapazes apenas pessoas
menores de 16 anos não emancipadas.
Emancipar: antecipar plena capacidade à pessoa que se mantenha menor de
idade.
pode ser legal (expressa), voluntária ou judicial (tutor não tem poder para
emancipar o pupilo, portanto deve ser recomendada pelo juiz).
Emancipação tácita: indireta
Art. 5 A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica
habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
● Cessará para os menores, a incapacidade: (meios de alcançar a
emancipação)
- Pela concessão dos pais;
- Pelo casamento; (não pela união estável!!!!)
- Pelo exercício de emprego público efetivo;
- Pela colação de grau em curso de ensino superior;
- Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de
emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos tenha economia própria.
Registro = Atos Primários - Nasce, Casa, Fica Louco e Morre. OU O sujeito nasceu,
emancipou, casou, foi interditado e morreu ausente. Averbação = Atos Derivados /
Secundários - O sujeito divorciou, reatou o casamento e reconheceu filho.
Incapacidade relativa
●
contrato nulo: assinado por pessoa absolutamente incapaz.
contrato anulável: há incapacidade relativa de um ou ambos os contratantes, ou se
houver erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e fraude contra credores (art. 171)
se uma pessoa bêbada assina um contrato. pela lei é válido, mas se for provado é
anulável.
§ único - índios lei n 6.001 de 19/12/1973 segundo o art. 4 os índios são
classificados em
- isolados
- vias de integração
- integrados
antigamente atos realizados por indígenas não integrados na sociedade eram
considerados nulos
não integrado: alheio a sociedade
em processo de integração: sendo alfabetizados
hoje em dia aplica-se o estatuto do índio (lei específica): capacidade plena se dá
pela alfabetização e maioridade de 21 anos. pelo princípio da especialidade,
leva-se em conta a lei especial.
a legislação do TDA é contraditória, embora as pessoas não sejam consideradas
incapazes ou deficientes, a lei as nomeia assim.
- indicada a pessoas que não possam ser interditadas por doença mental e
nem se auto representar completamente.
- excepcionalidade no caso de pessoas que não possam se governar
legalmente ( juiz designa a curatela).
x
Referência bibliográfica: Direito Civil Brasileiro, Parte Geral. 2021. Carlos
Roberto Gonçalves.

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