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CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br AULA 05 ... RELEMBRANDO AULAS ANTERIORES • AULA 01: APRESENTAÇÃO • AULA 02: INTRODUÇÃO • AULA 03: SENSORES E TRANSDUTORES AULA 05 • Controladores • Definição e tipos • Origem do CLP • Estrutura do CLP • Arquiteturas de CLPs • Norma IEC 61131-3 • Programação Ladder • Exercício de demonstração no CLP Siemens S7-1200 OBJETIVO DOS CONTROLADORES • O uso de um controlador em um determinado sistema visa a modificação de sua dinâmica, manipulando a relação entrada/saída através da atuação sobre um ou mais dos seus parâmetros, com o objetivo de satisfazer certas especificações com relação a sua resposta. • Os parâmetros do sistema que sofrem uma ação direta do controlador, são denominadas de variáveis manipuladas, enquanto que os parâmetros no qual se deseja obter as mudanças que satisfaçam as dadas especificações, denominam-se variáveis controladas. OBJETIVO DOS CONTROLADORES O QUE É UM CONTROLADOR? O controlador MAIS COMUMENTE USADO, mesmo em plantas das mais diversas naturezas, é o CONTROLADOR ELETRÔNICO. No projeto real de um sistema de controle, o projetista deverá decidir pela utilização de um ou mais controladores e como eles estarão integrados. Esta escolha depende de vários fatores que variam de acordo com o objetivo e o objeto do controle. Dispositivo físico, podendo ser eletrônico, elétrico, mecânico, pneumático, hidráulico ou combinações destes. Visa a modificação da dinâmica do sistema, manipulando a relação entrada/saída através da atuação sobre um ou mais dos seus parâmetros, com o objetivo de satisfazer certas especificações com relação a sua resposta O QUE É UM CONTROLADOR? TIPOS DE CONTROLADORES DIGITAIS “SINGLE-LOOP” Controla somente uma malha de uma determinada variável (pressão, nível, temperatura, vazão, pH, etc.). “MULTI-LOOP” • Controla mais do que uma malha de determinadas variáveis, simultaneamente. • Possui diversos blocos de controle que são interligados internamente através de uma programação, conforme as necessidades do usuário. TIPOS DE CONTROLADORES DIGITAIS CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS ou CLPs Possui uma memória programável para armazenamento interno de instruções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas e processos. CLPs Segundo a ABNT... “O Controlador Programável é um equipamento eletrônico digital, com hardware e software compatíveis com as aplicações industriais” Segundo a IEC... “Sistema eletrônico operando digitalmente, projetado para uso no ambiente industrial, que usa uma memória programável pra armazenamento interno de instruções orientadas para o usuário para implementar funções específicas tais como lógica, sequencial, temporização, contagem e aritméticas, para controlar, através de entradas e saídas tanto digitais quanto analógicas, diversos tipos de máquinas ou processos. O controlador programável e seus periféricos associados são projetados para serem facilmente integráveis em um sistema de controle industrial e facilmente usados em todas suas funções previstas.” ORIGEM DOS CLPs M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br CLPs SURGIMENTO A ORIGEM Indústria automobilística GM americana em 1968 40 anos do Opala 1968 – GM/Chevrolet Fonte: Revista Quatro Rodas (2008) CLPs SURGIMENTO O PROBLEMA Mudar a lógica de controle de painéis de comando a cada mudança na linha de montagem. ALTOS GASTOS DE TEMPO E DINHEIRO 4 2 5 1 3 A+ A- A0 A1 4 2 5 1 3 B+ B- B0 B1 0V +24V S1 B0 K0 K0 K0 A1 A+ K1 B+ K2 K1 K2 B1 K0 A0 A- K3 B- K4 K3 K4 S2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 3 7 5 6 9 10 CLPs SURGIMENTO 0V +24V S1 B0 K0 K0 K0 A1 A+ K1 B+ K2 K1 K2 B1 K0 A0 A- K3 B- K4 K3 K4 S2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2 3 7 5 6 9 10 CLPs SURGIMENTO CLPs POPULARIZAÇÃO TARDIA Na década de 1980 • Conjunto de instruções reduzido, normalmente apenas condições lógicas e não possuíam entradas analógicas, podendo manipular somente aplicações de controle digital. • Grandes e caros • Competitivos somente para aplicações que contivessem pelo menos 150 relés Hoje já é viável para aplicações equivalentes a circuitos de 15 relés CLPs VANTAGENS ATUAIS CONFIABILIDADE FLEXIBILIDADE VELOCIDADE FUNÇÕES AVANÇADAS COMUNICAÇÕES DIAGNÓSTICO ESTRUTURA DOS CLPs M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br CLPs ESTRUTURA BÁSICA CLPs ESTRUTURA BÁSICA – ENTRADAS E SAÍDAS Interfaceamento da CPU com o mundo exterior • adaptando os níveis de tensão e corrente e realizando a conversão dos sinais no formato adequado Jargão técnico: módulos de I/O Digitais ou Analógicas CLPs ESTRUTURA BÁSICA – ENTRADAS E SAÍDAS DIGITAIS • Funcionam com a presença ou a ausência de corrente ou tensão VALORES • 1 (Verdadeiro) • 0 (Falso) ENTRADAS • Sensores de fim de curso • botões • sensores de presença • Pressostatos e termostatos, entre outros SAÍDAS • Lâmpadas • Solenoides • Motores elétricos, entre outros ANALÓGICAS • Funcionam com o valor de uma tensão ou corrente dentro de uma escala VALORES • Ranges (faixas) comuns para o sinal analógico • ± 10 V • 0 – 10 V • 1 – 5 V • 4 – 20 mA • 0 – 20 mA ENTRADAS • Transmissor de pressão • Transmissor de temperatura • Transmissor de vazão SAÍDAS • Solenoide variável • Inversor de frequência (velocidade de motores) CLPs ESTRUTURA BÁSICA – ENTRADAS E SAÍDAS CLPs ESTRUTURA BÁSICA - CPU EXECUÇÃO DO PROGRAMA GERENCIAMENTO DO PROCESSO RECEPÇÃO DOS SINAIS DOS CARTÕES DE ENTRADA ATUALIZAÇÃO DOS CARTÕES DE SAÍDA CLPs ESTRUTURA BÁSICA - MEMÓRIAS DUAS PARTES 1ª - INSTRUÇÕES DO SISTEMA 2ª - INSTRUÇÕES DO USUÁRIO • Memória de programa • Memória de dados (armazenamento temporário) CLPs CICLO DE SCAN OU VARREDURA CLPs TIPOS DE ESTRUTURA FÍSICA • I/O, processador e fonte de alimentação em um único bloco ESTRUTURA FIXA • Componentes separados, mas interligados por um barramento. • Podem ser expandidos com o acréscimo de mais módulos I/O ESTRUTURA MODULAR CLPs ARQUITETURAS DE INTERLIGAÇÃO •Os módulos I/O estão montados no mesmo rack da CPU. CONFIGURAÇÃO LOCAL •Os módulos I/O estão montados fora do rack da CPU em distâncias acima de 15 metros •São necessários módulos especiais para interligação de racks remotos •A distância máxima gira em torno de 200 a 3600 metros para esta configuração CONFIGURAÇÃO REMOTA CLPs ARQUITETURAS DE INTERLIGAÇÃO • Vários CLPs completos: com CPU e I/Os interligados via rede • Cada um tem sua programação independente CONFIGURAÇÃO EM REDE NORMA IEC 61131-3 M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br CLPs LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO NORMA IEC 61131-3 Define padrão para nomenclatura de variáveis Define regiões lógicas no CLPs Define tipos de dados Define 5 linguagens de programação para uso em CLPs NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS COMPOSTA POR 3 PARTES REGIÃO LÓGICA TIPO DO DADO POSIÇÃO DE MEMÓRIA BYTE BIT . NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS BITS E BYTES? NORMA IEC 61131-3 NA MEMÓRIA DO CLP NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS REGIÃO LÓGICA 3 Regiões •ENTRADAS – símbolo: I (Inputs) •SAÍDAS – símbolo: O (Outputs) •MEMÓRIAS – símbolo: M (Memory) NORMA IEC 61131-3 NA MEMÓRIA DO CLP NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS TIPO DE DADO 5 Tipos básicos • bit – símbolo: X (opcional) • Byte (8 bits) – símbolo: B • Word (16 bits) – símbolo: W • Double (32 bits) – símbolo: D • Long Word (64 bits) – símbolo: L NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS POSIÇÃO DE MEMÓRIA Pode ter VÁRIOS NÍVEIS HIERÁRQUICOS, pois a NORMA NÃO LIMITA Identificada por uma SEQUÊNCIA DE NÚMEROS NORMA IEC 61131-3 NA MEMÓRIA DO CLP NORMA IEC 61131-3 NA MEMÓRIA DOCLP NORMA IEC 61131-3 NA MEMÓRIA DO CLP NORMA IEC 61131-3 NOMENCLATURA DE VARIÁVEIS I0.0 ou IX0.0 • Entrada, tipo Binária, Byte 0, Bit 0 IW5 • Entrada, tipo Word, posição 5 QB3 • Saída, tipo Byte, posição (Byte) 3 M2.1 ou MX2.1 • Memória, tipo Binária, Byte 2, Bit 1 NORMA IEC 61131-3 TIPOS DE PROGRAMAÇÃO LADDER DIAGRAM (LD) FUNCTION BLOCK DIAGRAM (FBD) INSTRUCTION LIST (IL) SEQUENTIAL FUNCTION CHART (SFC) STRUCTURAL TEXT (ST) PROGRAMAÇÃO LADDER M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br NORMA IEC 61131-3 ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO EM LADDER ANÁLOGA AOS PAINÉIS DE RELÉ ANTIGOS • Facilitou a adaptação dos projetistas na época NORMA IEC 61131-3 ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO EM LADDER ESTRUTURA • TRILHOS: “alimentação virtual” para a “corrente virtual” que faz o programa funcionar • LINHAS: em cada uma das linhas é montada uma lógica de acionamento usando cada uma das funções lógicas disponíveis • FLUXO DE ENERGIA: caminho e sentido por onde flui a “corrente virtual”, usada para realizar os acionamentos com base nas funções lógicas dispostas na linha • FUNÇÕES LÓGICAS: estruturas lógicas montadas nas linhas para realizar análises de estados e valores de variáveis, bem como realizar ações de acionamento de variáveis LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXAMINAÇÃO EXAMINAR SE ENERGIZADO: EXAMINAR SE DESENERGIZADO: Estado do bit Instrução 0 Falsa 1 Verdadeira Estado do bit Instrução 0 Verdadeira 1 Falsa LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT ENERGIZAR ENERGIZAR SAÍDA: Linha de instrução Bit de saída associado Verdadeira 1 Falsa 0 LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO Um sistema composto por um botão pulsante, deve ligar uma lâmpada quando for pressionado, desligá-la quando não for pressionado. Monte o programa em ladder que resolve esse problema LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO Um sistema composto por dois botões pulsantes, devem funcionar da seguinte forma: Quando o botão pulsante verde for pressionado, a lâmpada deve ligar, e assim permanecer até que o botão pulsante vermelho seja pressionado. Monte o programa em ladder que resolve esse problema LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO Um sistema composto por dois botões pulsantes, devem funcionar da seguinte forma: Quando o botão pulsante verde for pressionado, a lâmpada deve ligar, e assim permanecer até que o botão pulsante vermelho seja pressionado. Monte o programa em ladder que resolve esse problema LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO %I0.0 %I0.1 %Q0.0 %I0.0 %I0.1 %Q0.0 %Q0.0 LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT ENERGIZAR COM RETENÇÃO ENERGIZAR SAÍDA COM RETENÇÃO: S DESENERGIZAR SAÍDA COM RETENÇÃO: R Linha de instrução Bit de saída associado Verdadeira 1 Falsa X Linha de instrução Bit de saída associado Verdadeira 0 Falsa X LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO Agora que você conhece as funções Set (Latch) e Reset (Unlatch), resolva o mesmo problema da questão anterior usando estas funções. LADDER: INSTRUÇÕES DE BIT EXERCÍCIO %I0.0 %I0.1 %Q0.0 %I0.0 %I0.1 %Q0.0 %Q0.0 S R REFERÊNCIAS DIGITAIS ANALÓGICOS Mais de 2 estados • Medida de temperatura • Medida de pressão MORAES, Cícero Couto de; CASTRUCCI, Plínio de Lauro. Engenharia de automação industrial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. xi, 347 p. ISBN 9788521615323 (broch.) MAYA, Paulo Alvaro; LEONARDI, Fabrizio. Controle essencial / . São Paulo: Pearson, 2014. xvii, 347 p. : ISBN 9788543002415 (broch.). THE INTERNATIONAL SOCIETY OF AUTOMATION. ANSI/ISA-5.1-2009: Instrumentation Symbols and Identification. Research Triangle Park: Isa, 2009. M. Sc. Juliana Andrade Carvalho juliana.carvalho@unifacs.br 1A!