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Teoria Geral dos Contrato

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Teoria Geral dos Contratos 
Contratos 
É a mais importante e mais comum FONTE DE OBRIGAÇÃO diante de sua repercussão no mundo jurídico.
Contrato é o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral (acordo das partes e sua manifestação externa), pois depende de mais de uma declaração de vontade, que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses de que regularam, visando criar, modificar, resguardar, transmitir ou extinguir relações jurídicas.
Surgido no Direito Romano que é um termo jurídico-histórico, isto é, compreende não só a ordem jurídica que teve lugar ao longo da história de Roma, mas também as ideias e experiências surgidas desde o momento da fundação da cidade até a desagregação do Império após a morte de Justiniano, num clima de formalismo, de inspiração religiosa, o contrato se firmou, no direito canônico assegurando à vontade humana a possibilidade de criar direitos e obrigações.
Natural dos canonistas, a teoria da autonomia da vontade foi desenvolvida pelos enciclopedistas filósofos e juristas que perceberam a Revolução Francesa e afirmaram a obrigatoriedade das convenções, equiparando-as, para as partes contratantes à própria lei. Surge assim o princípio: “pacta sunt servanda”.
São os jusnaturalistas que levam o contratualismo ao seu apogeu, baseando num contrato a própria estrutura estatal (O Contrato Social de Rousseau) e fazendo com que, em determinadas legislações, o contrato não mais se limite a criar obrigações podendo criar, modificar ou extinguir qualquer direito, inclusive os direitos reais.
O individualismo do século XIX, do qual o Código Napoleônico foi o maior monumento legislativo, inspirou-se na fórmula liberal dos fisiocratas, que reduziram ao mínimo a interferência estatal, abrindo amplas perspectivas de liberdade à vontade humana, que só por si mesma em virtude das obrigações contraídas, poderia sofrer restrições ou limitações.
Constituiu-se, assim, o contrato, o instrumento eficaz da economia capitalista na sua primeira fase, permitindo, em seguida, a estrutura das sociedades anônimas as grandes concentrações de capitais necessárias para o desenvolvimento da nossa economia em virtude do progresso técnico, que exigia a criação de grandes unidades financeiras, industriais e comerciais.
A partir de 1985 o Brasil às vésperas do fim da Ditadura Militar, num processo de redemocratização promulga a Constituição da República Federativa do Brasil, assegurando à nação, uma norma superior que preservasse as Garantias Fundamentais, com o objetivo de dar maior efetividade aos Direitos Humanos, tendo como valor central o princípio da Dignidade da Pessoa Humana, permitindo assim, a participação do Poder Judiciário sempre que houvesse lesão ou ameaça a direitos.
Com a nova constituição, houve um processo natural de reinterpretação das leis vigentes, vertendo sobre elas uma análise menos normativista, típica do direito romano, a uma análise mais principiológica que acompanha a evolução da sociedade como nos sistemas da “common law”.
Em 2002, com advento do Novo Código Civil, vigente desde então, tivemos uma mudança significativa, acerca das relações civis, destarte a nova orientação oriunda da CF/1988, a sistemática interpretativa deve conduzir a tutela da dignidade da pessoa, ou seja, garantir de que ela seja um fim considerada em si mesma.  Assim, o Código Civil sofre um fenômeno que chamaremos aqui de “despatrimonialização” das relações, tornando-as cada vez mais subjetivas e menos objetivas.
Após essas reflexões históricas, em outras palavras, de forma simplificada, contrato pode ser conceituado como o acordo de vontades que tem por objetivo a criação, a modificação ou a extinção de direitos. As partes contratantes buscam uma troca de prestações, isto é, um receber e um prestar reciprocamente.
Fonte das Obrigações
ESTADO (fonte imediata): é a lei. Quando o estado ele opõe por meio de lei uma obrigação você deve cumprir. 
Ação Humana (fonte mediata): é o Contrato, declaração Unilateral de Vontade, Ato Ilícito. 
Contrato: é quando duas ou mais pessoas manifestam a sua vontade. 
Declaração Universal de Vontade: A declaração unilateral de vontade é uma das fontes das obrigações resultantes da vontade de uma só pessoa. 
Exemplo: perdi a minha cachorra e postei no Instagram, dizendo que quem encontrasse iria dar uma recompensa em dinheiro. 
Conceito de Contrato: é o acordo de vontades de duas ou mais partes, em conformidade com a ordem jurídica (art. 421 CC), afim de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial. 
Função social
A Função Social dos contratos constitui, com base no princípio moderno a ser observado pelo interprete na aplicação dos contratos. Agrupado aos princípios tradicionais, como por exemplo o da autonomia da vontade e da obrigatoriedade.
Desse modo, a função social é como uma espécie que limita a autonomia da vontade, fazendo com o que impeça que tal autonomia esteja em confronto com o interesse social. Essa é uma forma de intervenção estatal na confecção e interpretação dos instrumentos contratuais, para que esses tenham além da função de estipular os interesses dos contratantes.
Função social do Contrato, PLANO INTERNO da relação contratual. 
Princípio que impõe às partes: 
· Equilíbrio entre as partes 
· Colaboração 
· Boa-fé 
PLANO EXTERNO da relação contratual
· Necessidade que a manifestação de vontade proteja: CONSUMIDOR, MEIO AMBIENTE, INFANCIA, IDOSO e a SOLIDARIEDADE em geral. 
PLANO EXTERNO da relação contratual 
· Tutela Externa do Crédito: Estabelece que a vontade seja respeitada por terceiros, ou seja, 3s, não podem interferir ilicitamente para prejudicar as partes. 
Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
Exemplo: vender o carro e dizer que nunca foi batido dar as informações básicas. O devedor tem o direito de saber sobre as informações do veículo. 
Deveres anexos de conduta 
· Cuidado
· Informar 
· Respeito
· Lealdade 
· Transparência 
· Confiança 
· Cooperação 
Deveres anexos de conduta – o que gera na pratica: 
Se a parte age de forma desleal e não coopera, ainda que ela cumpra o que está previsto no contrato – ELA VIOLA O CONTRATO.
Exemplo: comprei o carro e levei em um mecânico de confiança para revisar. Depois ele me disse que o carro já teve perda total e já houve alterações nele. O credor deveria ter falado sobre as condições do carro. 
VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO – GERA RESPONSABILIDADE POSITIVA (reconhecido nos informativos do STJ). 
Exemplo: cheque – Ordem de pagamento à vista (cheque pré-datado, podia depositar na hora); 
BOA-FÉ OBJETIVA, FUNÇÕES: 
-Interpretação: os contratos devem ser interpretados de maneira mais favorável àquele que está de boa-fé;
-Controle: aquele que viola a boa-fé objetiva no exercício de um direito comete abuso de direito; 
-Integração: a boa-fé objetiva deve integrar todas as fases contratuais – Pré – durante e pós – contratual. 
Conceitos parcelares da Boa-fé objetiva
Supressio: perda de um Direito pelo não exercício no tempo; 
Exemplo: Luan concordou com João que todo dia 15, pelo período de 3 anos, iria até sua casa e pagaria a ele uma parcela de 2 mil reais, correspondentes à compra de um veículo. No segundo ano, João começou a se encontra com Luan em sua empresa, onde por lá o pagamento da parcela começou a ser efetuado. Como decorrência da prática reiterada de certo ato (pagamento em local diverso do acordado), presume-se que o João renunciou ao previsto contratualmente, ou seja, o comportamento do credor que aceita receber o pagamento por diversas vezes em local diverso daquele previsto, ocorrendo, dessa forma, a supressio.
Surrectio: surgimento de um direito diante de práticas usos e costumes. 
Exemplo: João e Maria firmaram um contrato com diversas obrigações contratuais estipulada no instrumento. Devido a prática reiterada de atos pelo devedor que não estavam estabelecidos na relação jurídica contratual, houve o surgimento de um novo direitoconstituído para o credor.
Tu Quoque: não fazer para outro aquilo que não faria a você mesmo. 
Excepcio Dou: exceção do contrato não cumprido – nos contratos bilaterais uma parte não pode exigir que a outra cumpra sua obrigação se não realizar a sua. 
Venire Contra Factum Proprium Non Petest: vedação de comportamento contraditório que cause surpresa e prejuízo à contraparte, conduta incoerente com seus próprios atos anteriores. Funda se na proteção da confiança. 
Exemplo: no começo do namoro a pessoal te dá presentes e te trata de uma maneira, depois que ambos se casam deve ainda manter o mesmo comportamento senão causa estranheza. 
A boa-fé subjetiva corresponde à sua intenção, ao seu convencimento de estar agindo de forma a não prejudicar outrem na relação jurídica.
A boa-fé objetiva é o dever de lealdade, significa o dever de agir de acordo com determinado padrões, socialmente recomendados, de correção, lisura e honestidade. 
Fato Jurídico
Natureza e ato jurídico 
 
 Lícito
 
Efetividade de lei
E Negócio Jurídico 
Licito porque o ato ilícito é antijurídico. 
No ato jurídico eu não escolho as consequências, é definido em lei
Exemplo: adotar um filho 
No negócio jurídico posso escolher as consequências, preciso somente da minha vontade ou de duas pessoas.
Unilateral: testamento
Bilateral: contrato de compra e venda 
Condições de validade;
De ordem geral: 
· Capacidade do agente; 
· Objeto licito, possível, determinado ou determinável
· Forma prescrita ou não defesa em lei (104 CC)
De ordem especial: 
· Consentimento reciproco ou acordo de vontades. 
Capacidade dos Contratantes
É condição subjetiva. Poderá considerar o contrato nulo ou anulável se a incapacidade absoluta ou relativa não for suprida pela representação ou assistência. 
(NULO) Art. 166. Absolutamente se você fechar um contrato com uma pessoa absolutamente incapaz ela deve ser representada para o contrato não ser nulo.
Efeitos Ex Tunc (T de testa retroagem) 
(ANULÁVEL) Art. 171. Relativamente 
· Maiores de 16 anos e menores de 18 anos; 
· Ébrios habituais e viciados em toxico; 
· Aqueles que não puderem exprimir sua vontade (transitório ou permanente)
· Pródigos 
Efeitos Ex Nunc (N de nuca vai para a frente) 
Objeto
Licito: não atentar contra a lei, moral e bons costumes. 
Quando é imoral, os Tribunais aplicam: “NINGUÉM PODE VALER-SE DA PROPRIA TORPEZA” (Art. 150 e 883) - NEMO AUDITOR PROPRIAM TURPITUDINEM ALLEGANS 
Possível: objetos fora do comercio ou herança de pessoa viva (Art. 426 CC) não são possíveis. 
Determinado ou Determinável: já previamente estabelecido ou futuramente realizar a concentração.
(Gênero-quantidade- qualidade) 
Art. 166, II, CC/2002: Contrato nulo se o objeto assim não for! 
*OBJETO DEVE TER VALOR ECONOMICO*
Exemplo: grão de areia não interessa ao mundo jurídico. 
Forma
Prescrita ou não defesa em lei. 
Em regra, a forma é livre. Mas existem casos que a lei exige forma (art. 107 e art. 221 CC). 
Publicidade: por meio de registros Públicos 
Consentimento reciproco acordo de vontades
Deve ser livre e espontâneo. 
Sob pena de ter sua validade afetada na existência de: 
ERRO – DOLO – COAÇÃO – ESTADO DE PERIGO – LESÃO OU FRAUDE. 
A manifestação de vontade pode ser TÁCITA, quando a lei não exigir que seja EXPRESSA. 
TÁCITA – Conduta 
Exemplo: Doações puras – o donatário não declara que aceita o objeto dado, mas seu comportamento (uso, posse, guarda), demonstra aceitação. 
EXPRESSA – Escrito 
Exemplo: Art. 13 da lei 8.245/91 – Sublocação necessita autorização EXPRESSA DO LOCADOR. 
Silêncio: pode ser interpretado como aceitação tácita quando a lei não exigir EXPRESSA. 
Contrato de adesão
É o contrato redigido somente pelo fornecedor, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. Para estes contratos, a lei determina que as cláusulas que limitam o direito do consumidor sejam redigidas com destaque.
Contrato Atípico (425 CC/2002)
Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código.
É licito às partes estipular contratos atípicos observadas as normas gerais fixadas neste Código. 
Ilícito é algo que está em desacordo do que prevê na legislação. 
Atípico é algo que a lei não prevê, mas não significa que seja proibido. 
O contrato atípico é um instrumento não previsto no CC, sendo acordado entre as duas partes sem previsão legal. 
Mas é muito importante falar que eles possuem a mesma validade jurídica dos contratos típicos. 
A única diferença é que eles têm a permissão de colocar condições especificas e personalizadas, claro que respeitando as normas de lei. 
As principais características desses contratos são: 
· Prazos superiores a 5 anos; 
· Ambas as partes abrem mão da ação revisional; 
· Multa de todos os alugueis futuros pendentes; 
· Reajuste anual atrelado a um indexador econômico. 
São contratos comuns e Flls (fundo de investimento imobiliário) de galpões logísticos, de universidades, hospitais e até mesmo agencias bancarias. 
Autocontrato (ou contrato consigo mesmo)
É permitido no ordenamento jurídico NÃO 
Excepcionalmente o mandante ou a lei podem autorizar que o mandatário atue em nome do representante e que também se apresente como a outra parte do negócio jurídico a ser celebrado. 
Ex: A outorga PROCURAÇÃO para o B para que esse realize a venda de sua casa na praia. 
B se interessa pela casa. A celebração envolvera apenas 1 pessoa fisicamente, mas duas vontades. 
Princípios Fundamentais do Direito Contratual
· Princípio da função social do Contrato 
· Princípio da Boa-fé 
Princípio da força obrigatória do contrato
Pacta Sunt Servanda- Faz Lei entre as partes (nem o juiz pode alterar) 
Exemplo: quando eu estipulo um contrato com outra pessoa faço lei entre nós (as partes), nem o juiz pode alterar eu prometi tenho que cumprir. 
Intangilidade dos contratos – representa a força vinculante das convenções (contratos). 
Ninguém é obrigado a contratar, mas quem o fizer, (contrato valido e eficaz), devem cumpri-lo, não podendo fugir de suas obrigações a não ser com a anuência do outro contratante. 
Princípio da Autonomia Privada
Não se fala mais princípio da autonomia da Vontade (voluntariedade – advinda do Estado Liberal), em que o sujeito contrato se quiser, sobre o que quiser, com quem quiser. 
Hoje os Estados intervêm nos contratos. 
É o direito que a pessoa tem de regular os próprios interesses mas tem aumentado consideravelmente as limitações à liberdade de contratar, em seus três aspectos (crise dos contratos). 
· Faculdade de contratar e de não contratar (DE CONTRATAR SE QUISER) – exemplo: CDC, dentro do código de defesa do consumidor todo fornecedor que abre a sua empresa de produtos e serviços ele deve atender todos, logo esse consumidor não poderá escolher quem ele irá atender ou não. 
· Liberdade de Escolha do outro contratante (DE CONTRATAR COM QUEM QUISER) – exemplo: serviços públicos concedidos sob regime de monopólio e CDC; 
· Poder de estabelecer o conteúdo do contrato: (DE CONTRATAR SOBRE O QUE QUISER). Exemplo: boa-fé, função social dos contratos, supremacia da Ordem Pública.
Princípio da relatividade dos contratos
Efeitos, em regra, apenas entre as partes. Ou seja, INTER PARTES. 
É a ideia de que os efeitos vinculam aqueles que manifestaram sua vontade, sem afetar terceiros (dentro do conceito clássico de contrato). 
Tal princípio é criticado e cada vez mais mitigado por conta da função social do contrato – ou seja, ele possui uma finalidade coletiva e não apenas INDIVIDUAL. 
Relação obrigacional: 
Antes CREDOR – DEVEDOR (o que unia os dos dois era o vínculo jurídico) 
Agora CREDOR – DEVEDOR – TERCEIROS (trata se de uma relação jurídica) 
Exceções: 
· Estipulação em favor de terceiro (arts. 436 – 438) Exemplo: contrato de seguro de vida 
· Promessa de fato de terceiro (arts. 439-440) 
· Contrato com pessoa a declarar (arts. 467-471) Exemplo: concessionaria de veículos. Venda futura de bens. 
Princípio da Supremacia da Ordem PúblicaA liberdade contratual encontrou sempre limitação na ideia de ORDEM PÚBLICA. 
São restrições que colocam o interesse do Estado ou da Sociedade acima do interesse particular.  Como os contratos cíveis tutelam tão somente interesses particulares, são suprimidos em partes pelo interesse social e estatal.
Podendo, a título exemplificativo, mencionar algumas legislações que prestigiam o interesse social em face do interesse particular: “leis do inquilinato”, a “Lei da Usura”, a “Lei da Economia Popular”, o “Código de Defesa do Consumidor” e muitas outras.
A intervenção do Estado na vida contratual é, hoje, tão intensa em determinados campos (telecomunicações, consórcios, seguros, sistema financeiro etc.) que se configura um verdadeiro dirigismo contratual, segunda as palavras de Gonçalves.
Limita o princípio da autonomia da vontade (autonomia privada). 
Supremacia da: ORDEM PÚBLICA- MORAL- BONS COSTUMES. 
DIRIGISMO CONTRATUAL – é a intervenção do Estado na vida contratual. 
Exemplo: lei do Inquilino, CDC, Lei da Usura. 
A ordem pública é também clausula geral (art.17 da Lei de introdução às Normas do Direito Brasileiro) que retira eficácia de qualquer declaração de vontade ofensiva (afronta) quanto à Ordem Pública. 
Bons costumes: observância das normas de convivência, segundo padrão de conduta social estabelecidas pelos sentimentos morais da época. 
Princípio do Consensualismo
O contrato resulta do consenso (ACORDO DE VONTADES) independente da entrega da coisa. 
Direitos e Deveres decorrem desde o momento do aceite das partes – o contrato está perfeito e acabado. 
De acordo com o princípio do consensualismo, basta, para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades, contrapondo-se ao formalismo e ao simbolismo que vigoravam em tempos primitivos.
É dizer que a forma, em si, não é o mais importante. O mais importante é o conteúdo. Então, é muito mais fácil termos uma nulidade de um contrato por conta de seu conteúdo, do que pela sua forma equivocada.
O pagamento e a entrega do objeto constituem outra fase – cumprimento das obrigações (481 CC). 
O consensualismo é regra. Os reais (contrato reais, entrega da coisa) – Exceção. 
Reais: somente se aperfeiçoam com a entrega da coisa (objeto) – após o acordo de vontades. 
Exemplo: contrato de deposito, comodato, mútuo. 
Princípio da Revisão dos contratos ou da Onerosidade Excessiva
(Opõe- se ao princípio da obrigatoriedade). 
Permite aos contratantes que recorram ao Judiciário para obterem alteração da convenção e condições mais humanas em determinadas situações. 
Origem – idade média 
CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS e TEORIA DA IMPREVISÃO – consiste em presumir, nos contratos: 
· Comutativos (prestações certas e determinadas – equivalências de prestações – sacrifício e vantagem) 
· De trato sucessivo e (parcelas – atos reiterados, pagar em 10 vezes) 
· Execução diferida (num ato só momento futuro, vou te pagar em um determinado dia de uma vez só). 
Presentes os seguintes pressupostos estabelecidos no artigo 478 do Código Civil o devedor prejudicado pode requerer a resolução do negócio jurídico. Porém de acordo com o artigo 479, é possível a revisão do contrato, desde que a parte contraria se ofereça para modificar as condições então vigentes.
A onerosidade excessiva está ligada a resolução e não a revisão contratual, mas nada impede que o interessado (réu da ação de resolução do contrato) se ofereça, ante o princípio da conservação do negócio jurídico, na contestação ou na transação judicial, para modificar a prestação, evitando a rescisão do contrato e restabelecer o equilíbrio contratual.
A existência implícita (ou seja, não expressa), de uma cláusula, pela qual a obrigatoriedade de seu cumprimento pressupõe a inalterabilidade da situação de fato. 
Se esta, no entanto, modificar-se em razão de acontecimentos extraordinários (uma guerra, por exemplo) que tornem excessivamente oneroso (que ocasiona despesas, gastos, aquilo que é incomodo, que oprime e etc) para o devedor o seu adimplemento poderá este requerer ao juiz que o isente de tal obrigação, parcial ou totalmente. 
A teoria da revisão é uma clausula implícita que possibilita o desfazimento ou revisão forçada do contrato, quando por eventos imprevisíveis e extraordinários a prestação de uma das partes tornar-se exageradamente onerosa – viabilizada pela Cl. Rebus Sic Stantibus. 
Interpretação dos Contratos
Toda manifestação de vontade necessita de interpretação para que se saiba o seu significado e alcance. 
A interpretação do contrato é equivalente à da lei, a qual podemos afirmar que existe certa coincidência entre uma e outra. Para interpretar a lei é utilizada a hermenêutica jurídica (ciência de interpretação as leis) e para interpretar os contratos é utilizada a hermenêutica contratual (ciência de interpretar os contratos).
FUNÇÕES: a interpretação dos contratos exerce função objetiva e subjetiva. 
Interpretação objetiva: analise do texto; a teoria objetiva ou da declaração, o intérprete deve se ater somente ao sentido do que está previsto das cláusulas contratuais deixando de lado a vontade dos contratantes.
Interpretação Subjetiva: conduz a descoberta da intenção das partes (alvo principal da operação), na teoria subjetiva ou voluntarística, o intérprete deve analisar qual é a verdadeira vontade dos contratantes. A análise pode ser feita por meio de exame objetivo do contrato. Tal vontade irá se sobrepor àquilo que está expresso nas cláusulas contratuais.
O CC deu prevalência à teoria da vontade – SEM ANIQUILAR A DA DECLARAÇÃO. 
A real intenção das partes, a ser considerada nas declarações de vontade é a “nelas consubstanciada” (identificado), não se pesquisando o pensamento íntimo dos declarantes. 
Interpretação Declaratória: descoberta da intenção comum dos contratantes no momento da celebração do contrato, é aquela interpretação que chega ao mesmo resultado da lei, ou seja, aquilo que está escrito na norma. O interprete chega nesse resultado utilizando-se dos vários métodos de interpretação supracitados.
Interpretação construtiva ou integrativa: objetivo é o aproveitamento do contrato, mediante suprimento de lacunas e pontos omissos pelas partes (poder judiciário). 
Exemplo: índice de correção monetária extinto (a correção monetária nada mais é do que o ajuste financeiro do real (moeda brasileira) em relação ao valor das moedas que circulam em outros países, a índices de inflação ou à cotação do mercado financeiro) aplica se outro índice próximo, ainda que nada conste no contrato. 
Nos anos 2000 dava para comprar um kinder ovo por apenas R$1,00 hoje em dia o preço dele ultrapassa R$6,00. 
PRINCIPIOS BÁSICOS: 
· Boa-fé 
· Conservação do contrato – se uma cl. Permite duas interpretações, prevalecerá a que possa produzir algum efeito. 
REGRAS INTERPRETATIVAS: 
Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
Art. 843. A transação interpreta-se restritivamente, e por ela não se transmite, apenas se declaram ou reconhecem direitos.
Art. 819. A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.
Art. 1.899. Quando a cláusula testamentária for suscetível de interpretações diferentes, prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador.
INTERPRETAÇÃO DO CDC:
Art. 46. Os contratos que regulam as relações de consumo não obrigarão os consumidores, se não lhes for dada a oportunidade de tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão de seu sentido e alcance.
Art.47.As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
A interpretação nesse não tem a ver com o equilíbrio das partes por que o consumidor é sempre o vulnerável. Então tenho que interpretar de maneira a favorecer o consumidor e isso não traz um desiquilíbrio no contrato, ao contrário ele traz uma questão de equidade. 
Critérios práticos para a interpretação dos contratos: 
1) Verificar como as partesvinham executando o contrato; 
2) Na dúvida, permanece o que for menos oneroso para o devedor – IN DUBIS QUOD MINIMUM EST SEQUIMUR. 
3) As cláusulas não devem ser interpretadas individualmente, mas em conjunto com as demais; 
4) Qualquer obscuridade é imputada a quem redigiu a estipulação, pois, podendo ser claro, não foi – AMBIGUITAS CONTRA STIPULATOREM EST; 
5) Cláusulas com dois significados, mantem a exequível (Que se consegue executar, fazer; executável), princípio da confiança ou aproveitamento do contrato. 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Manifestação da vontade
Para a existência do negócio jurídico, é necessário o requisito da declaração da vontade que pode ser expressa na lei ou tácita.
Negociações preliminares
O contrato resulta em duas manifestações: a primeira é a proposta que dá início à formação do contrato e a segunda a aceitação do contrato estabelecido.
Proposta
A proposta é toda inciativa de um contrato que deve conter todos critérios para a realização do negócio proposto;
A proposta deve ser (art. 427 CC) 
Séria, inequívoca, precisa e completa.
A proposta nos termos em que é feita já é suficiente para obrigar o proponente. 
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante;
É pegar ou largar. Considera se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante. Aqui a pessoa deve se manifestar imediatamente, responder na hora se aceita ou não. 
Ausentes: é aquele que não pode declarar sua vontade direta e imediatamente.
Exemplo: e-mail, facebook respondendo o post, instagram, WhatsApp apenas se a pessoa não está online. 
Se houver possibilidade de manifestação simultânea, a proposta é entre presentes. Se não é entre ausentes. 
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente.
Proponente e aquele propõe algo. 
Exemplo: publico que quero vender o meu carro em um grupo do WhatsApp, mas depois mudo de ideia. 
Resumindo: proposta ao presente, sem prazo deve ser imediatamente aceita, sob pena de perder a eficácia (art. 428). Com prazo é obrigatória durante o prazo assinado. 
Proposta ao ausente, sem prazo perde a validade se a resposta não chegar ao proponente em prazo razoável (prazo moral). Com prazo é obrigatória durante o prazo, não se formando o contrato se a aceitação for expedida depois do vencido. O que segue a retratação, a proposta deixa de ser obrigatória se antes dela, ou juntamente com ela, chega ao conhecimento do aceitante a retratação. 
Art. 429. A oferta ao público equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos.
Se eu faço uma oferta ao público é para uma pessoa indeterminada, mas se eu chegar e perguntar para o Nélio e perguntar se ele quer comprar o meu carro a proposta vai ser para uma pessoa determinada. 
Uma vez formulada (ressalvadas as exceções previstas em lei), a proposta vincula o proponente e, portanto, obriga a realização do contrato, caso haja aceitação eficaz (isto é, tempestiva e não seguida de retratação). 
Aceitação ou oblato 
É a concordância das partes envolvidas com os termos propostos.
Pode exteriorizar se por declaração ou pela pratica de atos. 
Exemplo: não encomendou o livro, o recebe e inicia sua leitura comportando se como dono. Sem pagar. 
A aceitação se dá por atos de apropriação ou pelo silencio (“silencio circunstanciado” ou “silencio conclusivo”). 
Art. 659. A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo de execução.
Proposta e aceitação (Orlando Gomes) devem ser perfeitamente coincidentes, sob pena de não se formar o contrato. 
Se a aceitação contém modificações, restrições ou adições em relação ao que foi proposto – houve contraproposta (Art. 431 CC) 
Dissenso manifesto VS Dissenso Oculto
Dissenso manifesto: impede a formação do contrato (plano da existência). Falta um dos elementos que são o consenso de duas partes pelo menos, proposta e o aceite. 
Dissenso oculto: revela vicio da vontade, invalidando o contrato (plano de validade). O elemento existe, mas é invalido, ele invalida o contrato. 
Hipóteses de inexistência de forca vinculante da aceitação: 
Art. 430. Se a aceitação, por circunstância imprevista, chegar tarde ao conhecimento do proponente, este comunicá-lo-á imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos.
Exemplo: responder a proposta por carta e ocorre uma greve dos correios e só depois a carta é entregue ao proponente. 
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante.
Momento da formação do contrato
 Teoria da informação (ou cognição): considera perfeito o contrato quando o proponente recebe a resposta para tomar efetivo conhecimento da aceitação – ENTREGA; 
Crítica: não basta entregar a correspondência, mas sim, ler e tomar conhecimento. 
 Teoria da declaração (ou agnição) 
· Teoria da declaração propriamente dita: considera formado o contrato no momento em que o oblato ( é considerado, pelo direito, como a pessoa a quem é direcionada a proposta de um contrato, que será aceita ou não, dependendo da sua manifestação de vontade) declara a vontade de aceitar a proposta. 
· Teoria da expedição: considera se o formado o contrato no momento em que a aceitação é expedida. 
· Teoria da recepção: considera formado o contrato no momento em que o proponente recebe a aceitação e já está em condições de conhece-la. 
Qual a teoria adotada pelo CC
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do artigo antecedente;
II - se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Momento da conclusão do contrato
É o momento em que é considerado formado o contrato entre duas ou mais pessoas que está ligado pela ocasião da aceitação.
Art. 427 – 435 
1) Maria, domiciliada no Estado do Paraná, interessada em vender seu veículo, anunciou em uma de suas redes sociais sua intenção para interessados; 
2) Luiz, domiciliado no Estado de São Paulo, inicia contato com Maria para comprar o veículo pelo intermédio do chat de tal rede social; 
3) Após negociações, Luiz comprou de Maria um carro pela internet (via rede social). 
Qual o local de celebração do contrato
Art. 435. Reputar-se á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
 Onde emanou a proposta, a resposta do exemplo acima seria no Paraná. 
 se Luiz comprasse pela internet seu veículo diretamente de uma concessionaria (MG) via internet, e este apresentasse vicio redibitório (vício oculto, é aquilo que você descobre quando começa a usar o bem, faz com ele perca o seu valor)
Qual o local para a propositura de eventual dessa ação
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão observadas as seguintes normas:        I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;
Para a sua formação, os contratos requerem: 
· Convergência de no mínimo, duas vontades; 
· Proposta – oferta, solicitação ou oblação 
· Aceitação. 
Responsabilidade pré-contratual e contrato preliminar
De forma simplificada, responsabilidade pré-contratual é basicamente o princípio da boa-fé objetiva com regras iniciais para o negócio proposto, já o contrato preliminar é uma maneira de pactuar uma vontade que ainda será firmando em contrato, de maneira resumida, é um contrato pré-estabelecido antes do contrato definitivo. 
Classificação e Espécie dos Contratos
Quanto à obrigação (ou prestações) 
a) Unilateral: consiste no contrato em que só uma da parte tema obrigação, enquanto a outra apenas concorda com os termos, como no caso do contrato de doação pura.
Duas vontades, mas a prestação é para apenas uma das partes. Gera obrigações somente para uma das partes.
Exemplo: doação pura, eu vou te dar a casa e você não dá nada em troca. 
b) Bilateral: é o contrato no qual há prestação e contraprestação estipulada entre as partes, como no contrato de compra e venda.
Prestações para ambas as partes. Gera obrigações para ambas as partes. 
Exemplo: contrato de compra e venda. Eu te “dou a casa” e você me dá o dinheiro. 
c) Plurilateral: trata-se da possibilidade da existência de vários polos no contrato, cada um com seus deveres e direitos distintos, sendo vontades próprias.
Prestações para várias partes. Várias partes com interesses distintos – existência de 3 ou mais pessoas.
Exemplo: formação de sociedades, contrato social de uma empresa. 
É complexo e diferente dos bilaterais. 
Efeitos que decorrem da diferença de contratos unilaterais e bilaterais 
1) Exceção (defesa) do contrato não cumprido: EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS 
Alegar em minha defesa que não cumpri porque o outro não cumpriu! 
Cabe em contratos bilaterais – sinalagmáticos. 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Não posso cobrar do outro se não fiz a minha parte. 
EXCEPTIO NON RITE ADIMPLETI CONTRACTUS: exceção do contrato parcialmente não cumprido.
SALVE ET REPETE: pague depois reclame, hipótese de restrições da exceção de contrato não cumprimento por acordo de vontade das partes. 
2) O contrato bilateral tem clausula resolutória tácita (implícita, não precisa estar escrito no contrato). 
Resolução do contrato: término do contrato. 
Pode pedir se a outra parte não cumprir sua obrigação. 
3) Equivalência econômica: as prestações devem ser equivalentes nos contratos BILATERAIS.
Caso contrário: FRAUDE (simulação). 
Exemplo: vender um apartamento que vale R$150.000,00 por R$1.000,00.
Pode gerar até mesmo a invalidade do contrato
UNILATERAL NÃO HÁ EQUIVALENCIA! 
Doação com encargo - nunca pode ter o encargo com valor próximo ao bem doado – porque não é bilateral.

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