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0 INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA MECÂNICA BRUNO DA COSTA IZIDORIO GUSTAVO TARTAGLIA SOUZA VIVALDO GRECHI GUIMARÃES NETO DIMENSIONAMENTO DE UM TROCADOR DE CALOR DO TIPO TUBO DUPLO SÃO MATEUS 2021 1 BRUNO DA COSTA IZIDORIO GUSTAVO TARTAGLIA SOUZA VIVALDO GRECHI GUIMARÃES NETO DIMENSIONAMENTO DE UM TROCADOR DE CALOR DO TIPO TUBO DUPLO Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica do Instituto Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para avaliação da disciplina Transferência de Calor 2. Orientador: Prof. Me. Igor Chaves Belisario. SÃO MATEUS 2021 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 4 2.METODOLOGIA 4 3.RESULTADOS 11 4.CONCLUSÃO 15 5.REFERÊNCIAS 16 https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.dze4kf4i8jnj https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.dze4kf4i8jnj https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.cz1g86bk1kxc https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.cz1g86bk1kxc https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.aiqxmwxytbq7 https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.aiqxmwxytbq7 https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.hrn0o2g3rtuq https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.hrn0o2g3rtuq https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.6f01xre4ckiz https://docs.google.com/document/d/1VugTQyxRJLxfTF7UDSTuNJbtmIislnT4TBXpTPdPmFg/edit#heading=h.6f01xre4ckiz 3 1.INTRODUÇÃO O trocador de calor é um dispositivo especializado que auxilia na transferência de calor de um fluido para outro. O conceito básico de um trocador de calor é baseado na premissa de que a perda de calor no lado de alta temperatura é exatamente igual ao calor ganho no lado de baixa temperatura depois que o calor e a massa fluem pelo trocador de calor. O princípio físico é de simples compreensão, todavia, projetar um trocador de calor pode ser um desafio; o projeto necessita de iteração para cálculo manual. Portanto, é necessária uma orientação para selecionar e dimensionar adequadamente. Muitos fatores devem ser considerados na seleção do trocador de calor. Geralmente, a adequação dos tipos de trocadores de calor a serem usados no processamento industrial é selecionada com base nos padrões TEMA (Tubular Exchanger Manufacturers Association). A norma TEMA divide o trocador de calor em classes com base em sua aplicação. 1.1.TIPOS DE TROCADOR DE CALOR O equipamento de transferência de calor é geralmente especificado tanto pelo tipo de construção quanto pelo serviço. Em alguns casos, uma parede sólida pode separar os fluidos e impedir que eles se misturem. Em outros projetos, os fluidos podem estar em contato direto uns com os outros. Nos trocadores de calor mais eficientes, a área de superfície da parede entre os fluidos é maximizada ao mesmo tempo em que minimiza a resistência ao fluxo de fluido. As aletas ou ondulações às vezes são usadas com a parede para aumentar a área de superfície e induzir turbulência. Existem três projetos principais de trocadores de calor: tubo duplo, casco e tubo, e trocador de calor de placas. O tipo mais comum de trocador de calor é o design de casca e tubo. Tanto neste como no trocador de tubo duplo, podem ser projetados com tubos nus ou tubos com aletas. Um dos fluidos corre através dos tubos enquanto o outro fluido corre sobre eles, fazendo com que seja aquecido ou resfriado. No trocador de calor de placas, o fluido flui através dos defletores. Isso faz com que os fluidos sejam separados por placas com uma grande área de superfície. 4 Este tipo de trocador de calor é normalmente mais eficiente do que o design de tubo duplo e casca e tubo. 1.2. Trocador de Calor de Tubo duplo Um trocador de calor de Tubo Duplo é talvez o tipo mais simples de trocador de calor possível, consistindo de apenas dois tubos concêntricos. Se um ou outro fluido tem coeficiente de transferência de calor muito menor, o tubo interno pode ser equipado com aletas longitudinais na superfície interna ou, mais comumente, externa. Figura 1 – Trocador de Calor Duplo Fonte: Disponível em: <https://www.directindustry.com/heat-exchangers.html> Quando apenas uma pequena área de transferência de calor é necessária, a construção de tubo duplo tem as respectivas vantagens: • Flexibilidade na construção, instalação e, se necessário, alteração; • Pode ser rapidamente projetado e montado a partir de componentes de simples; • Arranjo de contra fluxo puro e fácil de realizar; • Fluidos de alta pressão são trabalhados sem espessura excessiva de metal; • Desmontar para limpeza é fácil. Em relação à direção dos fluxos, temos a contracorrente e fluxo paralelo. No fluxo contracorrente os dois fluidos fluem paralelos um ao outro, mas em direções opostas dentro do núcleo. 5 Figura 2 – Esquema trocador tubo duplo – fluxo contracorrente Fonte: Autores O arranjo de fluxo contracorrente é termodinamicamente superior a qualquer outro arranjo de fluxo. É o arranjo de fluxo mais eficiente, produzindo a maior mudança de temperatura em cada fluido em comparação com quaisquer outros arranjos de fluxo de dois fluidos para uma dada condutância térmica geral (UA), taxas de fluxo de fluido. Além disso, a diferença máxima de temperatura em toda a espessura da parede do trocador, é a mais baixa e produz tensões térmicas mínimas na parede para um mesmo desempenho em comparação com quaisquer outros arranjos de fluxo. Já no trocador de fluxo paralelo, os fluxos de fluido entram juntos em uma extremidade, fluem paralelos entre si na mesma direção e saem juntos na outra extremidade. Este arranjo tem a menor eficácia de trocador entre trocadores de passagem única para determinadas condutância térmica geral (UA) e taxas de fluxo de fluido (taxas de capacidade de calor de fluido) e temperaturas de entrada de fluido. Em um trocador de fluxo paralelo, há uma grande diferença de temperatura entre as temperaturas de entrada de fluidos quentes e frios existentes no lado da entrada, o que pode induzir tensões térmicas elevadas na parede do trocador na entrada. 6 Figura 3 - Esquema trocador tubo duplo – fluxo paralelo Fonte: Autores 1.3.Trocador de casco e tubo Um trocador de calor de casca e tubo é o tipo mais comum de trocador de calor em refinarias de petróleo e outros grandes processos químicos e é adequado para aplicações de alta pressão. Consiste em um feixe de tubos envolto em um invólucro cilíndrico denominado concha. Um fluido corre pelos tubos e outro fluido flui pelos tubos (através da casca) para transferir calor entre os dois fluidos. Dois fluidos, de diferentes temperaturas iniciais, fluem através do trocador de calor. Um flui através dos tubos (o lado do tubo) e o outro flui para fora dos tubos, mas dentro da casca (o lado da casca). O calor é transferido de um fluido para outro através das paredes do tubo, do lado do tubo para o lado da casca ou vice-versa. Os fluidos podem ser líquidos ou gases, tanto na parte externa quanto na lateral do tubo. Para transferir calor de forma eficiente, uma grande área de transferência de calor deve ser usada, portanto, há muitos tubos. Desta forma, o calor residual pode ser aproveitado. Esta é uma ótima maneira de economizar energia. 7 Figura 4 – Trocador de Calor Casco e Tubo Fonte: Autores Os tubos podem ser retos ou dobrados em forma de U, chamados tubos em U. A maioria dos trocadores de calor de casco e tubo são designs de 1, 2 ou 4 passagens no lado do tubo. Isso se refere ao número de vezes que o fluido nos tubos passa através do fluido no invólucro. Em um trocador de calor de passagem único, o fluido entra emuma extremidade de cada tubo e sai pela outra. 1.4.Trocadores de calor de placas O trocador de calor de placa e estrutura para serviço geral de refinaria pode ser referido como trocador de calor de placa com gaxeta. O trocador de calor a placas consiste em uma estrutura, que consiste em uma cabeça, seguidor, coluna, barra de transporte, barra de guia e vários parafusos de fixação. Entre a cabeça e o seguidor, um número variável de placas prensadas é fixado juntas. Cada placa é fornecida com uma gaxeta, de forma que as placas formam um sistema fechado de canais de fluxo paralelos, através dos quais o meio flui alternadamente a cada segundo intervalo. 8 Figura 5 – Trocador de Calor de Placas Fonte: Disponivel em: <www.dequi.eel.usp.br/~felix/Trocadores.pdf> As gaxetas são coladas nas placas, garantindo a estanqueidade entre a mídia e a atmosfera. Entre os diferentes meios, existem juntas duplas, que têm áreas de drenagem intermediárias, o que significa que a mistura dos dois meios é impossível. Cada segunda placa da pilha deve girar 180°, de modo que as placas formem um sistema fechado de canais de fluxo paralelos, através dos quais o meio flui alternadamente a cada segundo intervalo. O intuito desse trabalho é dimensionar um trocador de calor que atenda as necessidades do projeto. 9 2.METODOLOGIA A necessidade de dimensionamento do trocador de calor é atender os seguintes pontos: ● Dimensionar um trocador de calor para atender a demanda térmica de aquecimento de ar para secagem de café; ● Secador rotativo, FIMAG, Modelo FG-RTH-180K, 15.000 litros; ● Vazão do ventilador do secador: 430 m³/min; ● Fluido frio: ar ambiente; ● Fluido quente: vapor de água saturado; ● Temperatura do ar na entrada do secador: 150 °C. Com base em pesquisas de trocadores de calor já existentes no mercado, foi definido a utilização de um trocador de calor do tipo tubo duplo, de escoamento paralelo, esquemático representado pela Figura 6, com suas características definidas na Tabela 1. Figura 6 - Esquema do trocador de calor tubo duplo. Fonte: Çengel, 2009. Tabela 1 - Características do trocador de calor, tubo duplo. Parâmetro Valor Unidade Material do trocador AISI 316 - Diâmetro do tubo externo 0,50 m Diâmetro externo do tubo interno 0,027 m 10 Diâmetro interno do tubo interno 0,025 m Comprimento 1 m Fonte: Autores. Caracterizando a linha de fluidos, a linha de fluido frio, ar, foi considerado que a pressão e temperatura de entrada é a pressão ambiente, calculando então as propriedades na temperatura de filme, a qual os valores estão dispostos na Tabela 2. Tabela 2 - Parâmetros do fluido frio, ar. Fluido Parâmetro Valor Unidade Ar Vazão volumétrica 430 m3/min Vazão mássica 7,015 kg/s Temperatura de entrada 25 ºC Temperatura de saída 150 ºC Pressão 101,325 kPa Densidade 0,9788 kg/m3 Condutividade 0,03006 W/m*K Calor específico 1,009 kJ/kg*K Viscosidade cinemática 0,00002174 m 2/s Prandtl 0,7142 - Fonte: Autores. Com a linha de fluido frio toda definida é feito o balanço de energia, onde temos: Onde: ● q = fluxo de calor; ● ma = vazão volumétrica do ar; ● ρa = densidade do ar; 11 ● cpa = calor específico do ar; ● Ta2 = temperatura de saída do ar; ● Ta1 = temperatura de entrada do ar. Alcançando um valor de carga térmica de 884,8 kW, a partir desse resultado foram feitas considerações para a linha do fluido quente, vapor de água saturado, onde foi definido uma temperatura arbitrária de 200ºC e título de 1 para o vapor. Lembrando que é um trocador de calor condensador, onde ocorre mudança de fase e portanto a temperatura do vapor é constante. Dessa forma é determinada as propriedades nesse estado do vapor para um dimensionamento arbitrário a fim de alcançar a temperatura ideal do vapor através da equação da diferença média logarítmica. E a partir disso é calculado a vazão mássica de vapor. Onde: ● mv = vazão mássica de vapor; ● hfg = entalpia de vaporização do vapor. Para prosseguir com o dimensionamento, o próximo passo é calcular o número de Reynolds para os dois escoamentos. Onde: ● Rev = Reynolds do fluxo de vapor; ● di = diâmetro interno do tubo tubo interno; ● 𝜈v = viscosidade cinemática do vapor; ● Rea = Reynolds do fluxo de ar; ● D = diferença entre o diâmetro do tubo externo e o diâmetro externo do tubo interno; ● 𝜈a = viscosidade cinemática do ar; 12 Para determinação do coeficiente de troca de calor por convecção foi utilizado os números adimensionais em suas corretas aplicações. Ao calcular o Reynolds, percebeu-se que se tratava de um escoamento totalmente turbulento. Então após considerarmos o tipo de escoamento e o local onde ocorria, foi possível obter uma equação para determinação do número de Nusselt e suas limitações. Essa equação foi utilizada tanto para o ar quanto para o vapor. 0,7 ≤ Pr ≥ 160; Re > 10000; Onde: ● Nusselta = número de Nusselt do ar; ● Nusseltv = número de Nusselt do vapor; ● Pra = número de Prandtl do ar; ● Prv = número de Prandtl do vapor. Considerando o número de Nusselt calculado, juntamente com a condutividade do material e o diâmetro, é possível calcular o coeficiente de troca de calor por convecção, que é dado pela seguinte equação: Onde: ● hv = Coeficiente de troca de calor por convecção do fluxo de vapor; ● ha = Coeficiente de troca de calor por convecção do fluxo de ar; ● di = Diâmetro interno do tubo tubo interno; ● D = Diferença entre o diâmetro do tubo externo e o diâmetro externo do tubo interno; 13 ● ka = condutividade do ar; ● kv = condutividade do vapor. O próximo passo é o cálculo do coeficiente global de transferência de calor (U). Um trocador de calor geralmente envolve dois escoamentos de fluidos separados por uma parede, primeiramente o calor é transferido do fluido quente para a parede por convecção, entre a parede por condução e da parede para o fluido frio por convecção. Sendo assim, o coeficiente global de transferência de calor está associado a rede de resistência térmica associada ao processo de transferência de calor, onde foi considerado a convecção interna (vapor saturado), a condução entre a parede do tubo interno, a convecção externa (ar) e as resistências das incrustações interna e externa. 1 𝑈 = 𝑅𝑣 + 𝑅𝑎 + 𝑅𝑓𝑖 + 𝑅 𝑓𝑒 + 𝑅𝑝 Onde: ● U = Coeficiente global de troca de calor; ● Rfi = Fator de incrustação interna, vapor; ● Rfe = Fator de incrustação externa, ar; ● = Resistência da convecção interna do vapor;𝑅 𝑣 ● = Resistência da convecção externa do ar;𝑅 𝑎 ● = Resistência por condução na parede do tubo;𝑅 𝑝 ● kaço = Condutividade do aço AISI 316; ● L = Comprimento do trocador. Os fatores de incrustação para o vapor e para o ar foram adotados como 0,0001 e 0,0004 m2*K/W respectivamente, segundo Çengel (2009). Foi notado que a resistência devido a parede do tubo interno é praticamente desprezível devido à pequena espessura do tubo, portanto as áreas internas e externas são consideradas iguais. 14 Determinado o coeficiente global de troca de calor é possível chegar ao valor da diferença média logarítmica, já que possuímos a carga térmica de 884,8 kW e a área de troca térmica. Tendo a diferença média logarítmica como: Onde: ● Tvcal = Temperatura do vapor calculado a partir da temperatura arbitrária. Dessa forma alcançamos um valor para temperatura de vapor, esses cálculos foram refeitos até que o programa convirja ao mesmo resultado, igualando a temperatura arbitrária e a temperatura de vapor calculada. Chegando ao resultado que a temperatura de vapor é de 243,8 ºC. Tendo então as propriedades do vapor definidas e representadas na Tabela 3. Tabela 3 - Parâmetros do fluido quente, vapor de água saturado. Fluido Parâmetro Valor Unidade Vapor de água saturado Vazão volumétrica 0,02829 m3/s Vazão mássica 0,5065 kg/s Temperatura 243,8 ºC Pressão 3574 kPa Entalpia de vaporização 1747 kJ/kg Densidade 17,9 kg/m3 Condutividade 0,04902 W/m*K Calor específico 3,607 kJ/kg*K Viscosidadecinemática 0,00000096 m2/s Prandtl 1,27 - Fonte: Autores. 15 Tendo as linhas fluxo totalmente definidas, damos seguimento ao cálculo da efetividade do trocador de calor, definindo o NTU como: Onde: ● NTU = número de unidade de transferência; ● Cmin = taxa de capacidade térmica mínima. A taxa de capacidade térmica é calculada para ambos os fluxos, sendo: Onde: ● m = vazão mássica do fluido analisado; ● cp = calor específico do fluido analisado. Gerando valores de 7,078 e 1,827 kJ/s*K para o ar e vapor respectivamente. Dessa forma temos a taxa de capacidade térmica mínima a do vapor. Para o cálculo da efetividade é necessário fazer algumas considerações, o trocador de calor está condensando o vapor, mudança de fase, portanto a equação de efetividade se resume à: Através da efetividade podemos calcular a taxa de transferência de calor máxima, de acordo: Além disso é calculado a perda de carga dos dois fluxos, seguindo a equação de Darcy-Weisbach: 16 Onde: ● f = fator de fricção; ● L = comprimento; ● V = velocidade; ● D = diâmetro da tubulação; ● g = gravidade de 9,81 m2/s. Onde o fator de fricção é determinado pela relação do número de Reynolds com a rugosidade do material, no caso o aço AISI 316 que possui uma rugosidade de 0,045 mm. 17 3.RESULTADOS A partir das formulações apresentadas foi possível realizar os cálculos, chegando nos valores representados pela Tabela 4. Tabela 4 - Resultados. Parâmetro Valor Unidade Carga térmica 884778 W Temperatura do vapor de água 243,8 ºC Velocidade do vapor de água 57,63 m/s Velocidade do ar 40,79 m/s Reynolds do vapor 1494135,697 - Reynolds do ar 887426 - Nusselt do vapor 2167 - Nusselt do ar 1179 - Coeficiente de troca de calor por convecção do vapor 4249 W/m2*K Coeficiente de troca de calor por convecção do ar 74,93 W/m2*K Coeficiente global de troca de calor 70,68 W/m2*K Taxa de capacidade térmica mínima 1,827 kJ/s*K NTU 3,282 - Efetividade 0,9624 - Perda de carga do vapor 465 m Perda de carga do ar 122,3 m Carga térmica máxima 919345,38 W Fonte: Autores. 18 4.CONCLUSÃO Neste trabalho inicialmente foram realizadas leituras bibliográficas para que se adquirisse conhecimentos teóricos sobre funcionamento e dimensionamento de trocadores de calor, então juntamente com conhecimentos adquiridos na disciplina de transferência de calor e massa foi possível fazer o levantamento de dados que seriam utilizados como inputs. A partir disso, foi escolhido o trocador de calor de tubo duplo com escoamento paralelo para suprir a demanda térmica de secador rotativo. Seguindo com a análise de dados obtidos com o dimensionamento, notou-se que os valores possuem uma coerência como uma boa efetividade e segundo Çengel (2007), um valor de NTU considerável alto, porém é uma característica do trocador de calor selecionado e não influenciará no valor econômico. Além disso, nosso coeficiente global de troca de calor atende os limites sugeridos por Çengel (2007), que varia entre 30 a 300 W/m².C para os tipos de fluidos utilizados. 19 5.REFERÊNCIAS ÇENGEL, Yunus A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. McGraw Hill, 2007. SHAH, Ramesh K.; SEKULIC, Dusan P. Fundamentals of heat exchanger design. John Wiley & Sons, 2003. SHAH, Ramesh K.; SKIEPKO, Teodor. Entropy generation extrema and their relationship with heat exchanger effectiveness—number of transfer unit behavior for complex flow arrangements. Journal of heat transfer, v. 126, n. 6, p. 994-1002, 2004.
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