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Introdução à parasitologia

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Parasitologia
Introdução
Se trata do estudo dos parasitos de importância na medicina veterinária. 
Parasitos são seres vivos que se associam a sua fonte de alimento, ele 
sempre se associa a um hospedeiro em busca de alimento. O hospedeiro 
sempre tem um prejuízo nessa relação, o único beneficiado é o parasito. 
Todos os animais podem ser parasitados: pets, bovinos, pequenos 
ruminantes, equinos, suínos, aves, humanos, silvestres, peixes. Já no caso 
dos parasitos, podem ser divididos em 3 grupos:
• Artrópodes (Entomologia)
• Protozoários (Protozoologia)
• Helmintos (Helmintologia)
PARASITISMO: associação entre seres vivos, no qual o parasito vive à custa 
do hospedeiro que pode potencialmente ter prejuízo. Só é parasitismo 
quando o parasito se beneficia de alguma coisa do metabolismo do 
hospedeiro, como por exemplo, nutrientes. 
Quando a patogenicidade do parasito entra em equilíbrio com a 
resistência do hospedeiro, podemos não ter sintomas. Quando ocorre um 
desequilíbrio, podemos ter as doenças.
OBS.: parasitismo não é sinônimo de doença.
Conceito
Parasitos são seres vivos que se associam à outros, em razão de sua 
necessidade metabólica/nutritiva.
Importância dos Parasitos
O prejuízo que o parasito causa ao hospedeiro nem sempre é nutricional. 
Ação →
• Espoliativa (hematofagia)
• Tóxica (enzimas, catabólitos, extratos)
• Mecânica (obstrução intestinal, menor absorção)
• Traumática (migração larval, destruição de células)
• Irritativa
Biologia
Muitas vezes um parasito se envolve com mais de um hospedeiro, ex.: tênia. 
Quando a tênia está na fase de desenvolvimento definitiva, fase 
reprodutiva, ela tem alguns metros e encontra-se no intestino delgado do 
hospedeiro humano. Mas quando é jovem, uma vez que ela foi eliminada 
após a reprodução, os ovos saem nas fezes e contaminam o alimento, o 
bovino acaba envolvendo-se com essa fase jovem, larval. O hospedeiro que 
possui o parasito na fase adulta, é chamado de hospedeiro definitivo; o que 
tem o parasito na fase jovem é chamado de hospedeiro intermediário. 
Entretanto, esse conceito de fase adulta e fase jovem não se aplica bem aos
protozoários, seres unicelulares. Desse modo tornou-se necessário ampliar 
o conceito de hospedeiro definitivo e intermediário: temos os hospedeiros 
que apresentam o parasito na fase adulta, ou na fase de reprodução 
sexuada. E o hospedeiro intermediário sendo aquele onde se realiza uma 
reprodução assexuada ou que contém o parasito na sua forma 
intermediária de desenvolvimento.
Conceitos básicos em parasitologia
• Hospedeiro definitivo: abriga o parasito em fase de maturidade ou em
fase de atividade sexuada.
• Hospedeiro intermediário: abriga o parasito em fase larvária ou em 
fase de atividade assexuada.
• Hospedeiro paratênico ou transportador: hospedeiro intermediário 
no qual o parasito não sofre desenvolvimento. Ele transporta o 
parasito de um hospedeiro para outro. Quando o parasito é 
transportado na parte externa do hospedeiro, este é chamado de 
hospedeiro transportador. Quando é transportado na parte interna, 
de paratênico. 
• Vetor: artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito entre 
dois hospedeiros.
• Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve
no vetor, sendo apenas transportado.
• Vetor Biológico: quando o parasito/agente etiológico se multiplica ou 
se desenvolve no vetor.
• Antroponose: doença de ocorrência exclusiva em seres humanos.
• Enzoose: doença de ocorrência exclusiva em animais.
• Zoonose: doenças e infecções naturalmente transmitidas entre 
animais vertebrados e os humanos. 
• Infecção: penetração e desenvolvimento, ou multiplicação, de um 
agente infeccioso no organismo de um indivíduo. O termo se aplica a 
helmintos e protozoários.
• Infestação: alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes 
na superfície do corpo. Sempre se aplica aos artrópodes, pois eles 
estão na superfície do animal.
• Endoparasita: parasitos internos dos hospedeiros. 
• Ectoparasita: parasitos externos dos hospedeiros. 
• Período pré-patente: é o intervalo de tempo entre a infecção e o 
aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso.
• Período de incubação: é o intervalo de tempo entre a infecção e o 
aparecimento dos primeiros sintomas/sinais clínicos. 
• Ciclo monoxênico: quando o parasito só precisa de um hospedeiro.
• Ciclo heteroxênico: quando o parasito precisa de 2 ou mais 
hospedeiros. 
• Reservatório: hospedeiro que não manifesta sintomas. 
Classificação/nomenclatura
Nomenclatura das espécies: latina e binominal
Nomenclatura de subespécie: após o nome da espécie
Nomenclatura de subgênero: após gênero e entre parênteses

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