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Maria Luiza Peixoto FMT-LXII 1 | P a r a s i t o l o g i a PARASITIMO Espécies diferentes Associação íntima e duradoura Dependência metabólica → RELAÇÕES ECOLÓGICAS PODEM SER DIVIDIDAS EM: • Harmônicas: quando há benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo -Comensalismo -Mutualismo -Simbiose • Desarmônicas: quando há prejuízo para algum dos participantes -Canibalismo -Predatismo -Parasitismo PROCESSO EVOLUTIVO Essas relações passaram por séries de adaptações para que se chegasse no que tem hoje. Adaptações morfológicas e biológicas. MORFOLÓGICA Degenerações ou atrofias: atrofia ou perda de órgãos locomotores, aparelho digestivo, etc.. Elmintos principalmente. Hipertrofia: encontrada principalmente nos órgãos de fixação, resistência/proteção e reprodução. Ex. Taenia solium e Enterobius vermicularis BIOLÓGICAS Capacidade reprodutiva: grande produção de ovos para atingir novo hospedeiro e perpetuar a espécie Tipos de reprodução: hermafroditismo, partenogênese, etc. Capacidade de resistência à agressão do hospedeiro: Antiquinase-enzima que neutraliza a açãpo de sucos digestivos sobre helmintos /ação de anticorpos ou macrófagos Tropismo: geotropismo (abrigar-se na terra) DOENÇA PARASITÁRIA Acontece quando a relação ecológica entra em desequilíbrio. Inerentes ao parasita: virulência, patagenicidade e carga parasitária. Inerentes ao hospedeiro: idade, imunidade e estado nutricional impactam na virulência. Da combinação desses fatores poderemos ter indivíduos: Doente, portador assintomático e não parasitado. AÇÃO DO PARASITA SOBRE O HOSPEDEIRO Ação espoliativa: quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro Anóxia: qualquer parasito que consuma o oxigênio da gemoglobina ou produza anemia, é capaz de provocar anóxia generalizada Ação Tóxica: algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro Ação enizmática: é o que ocorre na penetração da pele por cercarias de S. mansoni Ação irritativa: deve-se à presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. É uma ação pontual. Ação traumática: é provocada principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capaz de fazê-lo. Ação que gera uma lesão. Ação Mecânica: algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA É a capacidade que o parasita tem frente ao hospedeiro. Frente as adaptações, temos os parasitas exclusivos de humanos, aves, entre outros. É essa especificidade que caracteriza a capacidade apresentada pelo parasito para se desenvolver em espécies diferentes. Assim, são classificados em: Maria Luiza Peixoto FMT-LXII 2 | P a r a s i t o l o g i a PARASITOS ESTENOXENOS. Ex. Taenia saginata (humano e bovino) e taenia sollium (humano e porco) PARASITOS EURIXENOS: admitem grande variedade de hospedeiros. Ex: toxoplasma gondii (gato e outra gama de espécies) PRINCIPAIS TIPOS DE PARASITOS Obrigatório: incapaz de viver fora do hospedeiro, acontece com a maioria dos parasitos. Facultativo: pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro Acidental: quando parasita um hospedeiro que não o é natural TIPOS DE CICLOS Moxeno: quando há um único hospedeiro Heteroxeno: quando há mais de um hospedeiro TIPOS DE HOSPEDEIRO Definitivo: todo ciclo monóxeno vai apresentar um tipo de hospedeiro, que, por consequência, é o definitivo. Quando o ciclo apresenta mais de um hospedeiro, eu preciso definir quem é quem, definitivo e intermediáriop. Nesse caso, o parasita estará em sua fase adulta e o protozoário estará em reprodução sexuada. Intermediário: é aquele que apresenta o parasito em fase larvária (parasita) ou assexuada (protozoário) Paratênico ou de transporte: é o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento do parasito, mas permanece encistado até que o hospedeiro definitivo o engira. MECANISMOS DE INFECÇÃO É a porta de entrada do parasito no organismo do hospedeiro, podendo ser de forma oral, cutâanea, mucosa ou genital. Já com relação À forma de infecção, ou seja, se houve ou não gasto de energia pelo parasito ao penetrar no hospedeiro, pode ser classificada como passiva ou ativa. Com relação as vias de transmissão, há formas variáveis de infecção, sendo elas: → Contato pessoal ou por objetos de uso pessoal (fômites) → Água, alimentos fômites, poeira, mãos sujas → Solos contaminados por larvas → Vetores ou hospedeiros intermediários. ECOLOGIA DE VETORES: Vetor: é um artrópode, molusco ou outro veículo capaz de transmitir o parasito entre dois hospedeiros. Vetor mecânico: quando o parasito não se reproduz e nem se desenvolve no vetor, o qual apenas transporta (mosca doméstica, por ex) Vetor Biológico: o agente transmitido poderá se multiplicar, se desenvolver ou se multiplicar antes de ser transmitido ao hospedeiro vertebrado Vetor inimado ou fômite: quando o parasito é transportado por objetos, tais como lençoes, seringas, talheres, etc.
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