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Filosofia da Educação

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Filosofia da Educação
Questão 1) - 0,50 ponto(s)
A pergunta “para que filosofar” é frequentemente feita pela nossa sociedade, que considera que alguma coisa só pode existir se tiver finalidade prática, de utilidade imediata. No entanto, a reflexão filosófica se fará sempre necessária em nossa vida de um modo geral e, em especial, para o educador, pois sempre será exigida em sua prática pedagógica.
Sobre as contribuições da reflexão filosófica para o processo educativo, julgue os itens a seguir.
 
I. A reflexão filosófica é radical, por isso permite a análise das questões mais profundas do processo educativo
II. A reflexão filosófica é globalizante e contribui, portanto, para uma reflexão do conjunto de fatores que interferem no processo educativo.
III. A reflexão filosófica, embora rigorosa, revela a mesma coisa que a filosofia de vida e pouco contribui para a compreensão de questões que envolvem o processo educativo.
 
É CORRETO o que se afirma em 
A)
II e III, apenas.      
B)
I, II e III.        
C)
I e II, apenas.       
D)
I e III, apenas.      
E)
III, apenas.           
Filosofia da Educação
Questão 2) - 0,50 ponto(s)
“O empenho filosófico destina-se não somente à compreensão do mundo e do homem, mas também, ainda que implicitamente, à educação deste mesmo homem, cuja vida se desenrola na relação com o mundo”. (OLIVEIRA, P. E. de. Apresentação. In: Filosofia e educação: aproximações e convergências. Curitiba: Círculo de Estudos Bandeirantes, 2012, p.10).
 
Acerca da relação entre Filosofia e Educação, é CORRETO afirmar:
A)
As investigações da Filosofia sobre a política como atividade humana são improdutivas para a compreensão dos fenômenos que envolvem a Educação.
B)
A Educação encerra  em  seu  interior  uma  determinada visão antropológica do homem e do mundo, portanto inclui uma posição filosófica definida.
C)
A Educação dispensa a discussão epistemológica introduzida pela Filosofia acerca de como o conhecimento é produzido.
D)
Os debates acerca dos aspectos ético-morais levantados pela Filosofia são irrelevantes para o fazer-se educativo.
E)
A Educação não se beneficia, de modo algum, das reflexões  filosóficas sobre estética.
Filosofia da Educação
Questão 3) - 0,50 ponto(s)
Mesmo não sendo um teórico da educação, e não tendo-a como objeto central de suas análises, Karl Marx não se furtou dos debates educacionais de seu tempo. Em maio de 1875, ele publicou o texto Crítica ao Programa de Gotha, em que debate o projeto de expansão da educação alemã no século XIX como parte central do projeto de expansão do capitalismo.
 
Leia a seguir um trecho dessa obra.
 
O Partido Operário Alemão exige, como base espiritual e moral do Estado: 1) Educação popular universal e igual sob incumbência do Estado. Escolarização universal obrigatória. Instrução gratuita". Educação popular igual? O que se entende por essas palavras? Crê-se na sociedade atual (e apenas ela está em questão aqui), a educação pode ser igual para todas as classes? Ou se exige que também as classes altas sejam forçadamente reduzida à módica educação da escola pública, a única compatível com a situação econômica do trabalhador assalariado, mas também do camponês? "Escolarização universal obrigatória. Instrução gratuita". A primeira existe na Alemanha, a segunda na Suiça [e] nos Estados Unidos, para escolas públicas. O fato de que em alguns Estados deste último país sejam "gratuitas" as instituições de ensino superior significa apenas, na verdade, que nesses lugares os custos da educação das classes altas são cobertos pelo fundo geral dos impostos. [...] Absolutamente condenável é uma educação popular sob incumbência do Estado". Uma coisa é estabelecer, por uma lei geral, os recursos das escolas públicas, a qualificação do pessoal docente, os currículos etc. e, como ocorre nos Estados Unidos, controlar a execução dessas prescrições legais por meio de inspetores estatais, outra muito diferente é conferir ao Estado o papel de educador do povo! O governo e a Igreja devem antes ser excluídos de qualquer influência sobre a escola. (MARX, Karl. Crítica do Programa de Gotha. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2012, p. 45-46. (Coleção Marx-Engels)
 
Desse trecho é possível concluir que Marx
A)
questiona os princípios da obrigatoriedade e da laicidade do programa de educação estatal.
B)
duvida da tutela estatal sobre a educação popular.
C)
expressa desconfiança a respeito da promoção da igualdade da instrução para todas as classes.
D)
argumenta sobre a educação popular igual para todos exigida pela classe operária.
E)
indaga aos estadistas sobre a situação econômica do pai assalariado que necessita da escola pública.
Filosofia da Educação
Questão 4) - 0,50 ponto(s)
Uma das principais questões filosóficas é saber se o ser humano é capaz ou não de conhecer a verdade. Ao longo da história, duas correntes se destacaram no interior dessa discussão. As correntes são 
A)
Criacionismo e Evolucionismo.
B)
Teísmo e Ateísmo.
C)
Ceticismo e Dogmatismo.
D)
Existencialismo e Essencialismo.
E)
Liberalismo e Socialismo.
Filosofia da Educação
Questão 5) - 0,50 ponto(s)
"Todo homem que entra em contato com Sócrates e dele se aproxima para conversar, seja qual for o assunto, se vê, infalivelmente, levado pelo jeito da conversa a lhe fazer confidências sobre si mesmo, sobre seu modo de vida atual e sua vida passada, e, tendo chegado a isso, pode-se ter certeza de que Sócrates não o largará até que tenha passado no crivo tudo o que lhe foi dito."(PLATÃO, Laques).
 
Considerando a filosofia socrática, julgue os itens a seguir. 
 
I. Sócrates exerce o diálogo como forma de levar o indivíduo a reconhecer sua própria ignorância.
II. Sócrates, diferentemente dos sofistas, não mantém a separação entre aparência e realidade, entre percepção e pensamento. Sua busca visa a alcançar uma definição universal e necessária da coisa procurada. 
III. Para Sócrates, livrar-se da arrogância e da pretensão de todo saber é indispensável para a melhoria das próprias ideias e, em consequência, de si mesmo.
 
É CORRETO apenas o que se afirma em
A)
II. 
B)
I e II. 
C)
III. 
D)
I e III. 
E)
I.
Filosofia da Educação
Questão 6) - 0,50 ponto(s)
Sobre Ideologia e Ética, julgue os itens a seguir.
 
I. Em uma definição ampla, ideologia é todo conjunto organizado e coerente de ideias que servem de parâmetros para a conduta individual ou coletiva. Toda ideologia implicaria, portanto, uma interpretação da realidade a partir de uma posição social específica, com o intuito de justificar as decisões que são tomadas a partir de lá. Em linhas gerais, a ideologia é uma teoria que valoriza arbitrariamente algumas ideias em detrimento de outras, seguindo exclusivamente a perspectiva de seu formulador.
 
II. Para Karl Marx, a ideologia assume um caráter essencialmente negativo: é a falsa consciência. Para ele, ideologia é qualquer formulação teórica das relações sociais que não tenha por base a produção material. Em outras palavras, a ideologia para Marx é resultado da percepção incompleta do funcionamento da sociedade, o que faz com que tomemos como imprescindível uma ordem de coisas que não o é, acreditando ser original uma situação que é na verdade um efeito, uma consequência do estado de alienação em que se encontram os indivíduos. Só a consciência é capaz de apreender o que realmente determina a organização social, e a partir daí orientar a ação das pessoas.
 
III. Ética é uma parte da filosofia que possui sistematização própria e que visa a estudar e a analisar o comportamento moral dos homens e os princípios ideais para o comportamento social.  Seu principal objeto de estudo é a moral, mais precisamente, a moralidade positiva constituída pelo conjunto de regras de comportamento e formas de vida através das quais tende o homem a realizar o valor do bem. O conjunto de normas estabelecidas pela ética procura mostrar às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua existência em prol de uma conduta considerada aceitável, reta e irrepreensível tanto no convívio social quanto naatuação profissional.     
  
IV. O Brasil encontra-se mergulhado numa profunda crise de princípios e valores morais e éticos, a qual vem se alastrando por várias décadas. Esses princípios e valores em crise são os ideais repudiados, negligenciados ou banalizados, sem que outros venham a substituí-los. Não haverá saída para esse país que convive com a miséria e com a exclusão e que assiste passivamente às práticas de corrupção na esfera pública sem se indignar, se as novas gerações não se conscientizarem da importância de seu papel como cidadãos conscientes, politizados, atuantes e preparados, intelectual e politicamente, para a edificação de uma nova estrutura política e social.        
    
É CORRETO o que se afirma em
A)
I, II, III e IV.
B)
IV apenas.     
C)
II apenas.
D)
III apenas. 
E)
I apenas.
Filosofia da Educação
Questão 7) - 0,50 ponto(s)
Os mitos gregos só se conhecem através da forma escrita e das imóveis composições da arte figurada, o que, aliás, é comum a quase todas as mitologias antigas. Ora, a forma escrita desfigura o mito de algumas de suas características básicas, como, por exemplo, de suas variantes, que se constituem no verdadeiro pulmão da mitologia. Com isso, o mito se enrijece e se fixa numa forma definitiva. De outro lado, a forma escrita o distancia do momento da narrativa, das circunstâncias e da maneira como aquela se converteria numa ação sagrada. Um mito escrito está para um mito "em função", como uma fotografia para uma pessoa viva. E se é verdade que a forma escrita é uma característica das mitologias antigas, a grega ainda está comprometida por outra particularidade. Mitos existem, fora do mundo grego, que, mesmo em sua rígida forma escrita, conservaram um nítido e indiscutível caráter religioso: são aqueles cujo contexto tem um cunho ritual.
 
BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1986. p. 25. 
 
Sobre a mitologia grega e sua relação com a moral, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
 
I. Os elementos constantes na mitologia grega serviram para a construção do senso moral, pois impunham medo e temor no povo.
 
PORQUE
 
II. A moral grega daquele período teve na mitologia uma contribuição positiva na medida em que apresentava uma vida de ordem e regras.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
A)
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
B)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
 
C)
As asserções I e II são proposições falsas.
D)
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
 
E)
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
 
Filosofia da Educação
Questão 8) - 0,50 ponto(s)
Toda teoria pedagógica tem seus fundamentos baseados num sistema filosófico. É a filosofia que, expressando uma concepção de homem e de mundo, dá sentido à Pedagogia, definindo seus objetivos e determinando os métodos da ação educativa. Nesse sentido, não existe educação neutra. Ao trabalhar na área de educação, é sempre necessário tomar partido, assumir posições. Para isso é necessária uma reflexão filosófica. Considerando as características da reflexão filosófica, assinale a alternativa CORRETA.
A)
A reflexão filosófica é rigorosa porque não pode ser feita de qualquer jeito, dispersa, fragmentada e ametódica.
B)
A reflexão filosófica radical é aquela decorrente do pensamento que não aceita contradições e, por isso, torna-se dogmático.
C)
A ideia de conjunto abarca uma gama de conhecimentos que não se prende a nenhuma fundamentação específica; por isso, cada sujeito pode chegar à conclusão que lhe convier.
D)
A profundidade da investigação filosófica não interfere em suas teorias.
E)
Uma reflexão filosófica deve ser desenvolvida sem a preocupação de um rigor determinado: basta concordar com as generalizações das ciências.
Filosofia da Educação
Questão 9) - 0,50 ponto(s)
Os filósofos pré-socráticos lançaram questões centrais sobre o problema do ser, do conhecer e da origem da natureza e do universo. Parmênides e Heráclito foram duas das referências mais importantes no início da filosofia ocidental, que ocorreu na Grécia Antiga entre os séc. VII e V a.C.
Heráclito, que era filho de nobres pertencentes à família real da cidade, de personalidade forte, não apreciava a vida pública e se afastou de temas como arte e religião. Passou grande parte de sua vida introspectivo, com seu jeito orgulhoso e esnobe, e foi muito criticado pelo seu povo. Por isso, passou a viver nas montanhas, afastado de todos e aperfeiçoando as suas teorias. Para Heráclito o universo mudava e se transformava infinitamente a cada instante, pois um dinamismo eterno o animava. A substância única do cosmo consistia em um poder espontâneo de mudança e se manifestava pelo movimento. 
Parmênides de Eleia voltou seus estudos para os temas sobre a ontologia do ser, da razão e da lógica. Para Parmênides, a mudança e o movimento eram ilusões. O devir não passava de uma aparência. Eram os sentidos humanos que levavam a crer no fluxo incessante dos fenômenos. O que era real era o Ser único, imóvel, imutável, eterno e oculto sob o véu das aparências múltiplas. Seu pensamento influenciou a filosofia da antiguidade bem como a filosofia moderna e contemporânea. Sua máxima mais célebre foi: “O ser é e o não ser não é.”
 
No que diz respeito à principal diferença que caracterizou a forma de pensar de Heráclito e Parmênides, pode-se afirmar que
A)
para Heráclito seria possível descobrir em cada detalhe da vida o seu sentido global, ver no individual o universal. Já Parmênides, ao contrário, cria que o sentido global seria descoberto pelo universal.
B)
Heráclito considerava que tudo na natureza se transformava, pois, segundo ele, todas as coisas estavam em constante movimento e, portanto, conhecer era captar a mudança contínua. Já para Parmênides conhecer era alcançar o idêntico, o ser e o imutável.
C)
Heráclito cria que os sentidos enganavam a percepção humana, e Parmênides valorizava os sentidos, defendendo-os como a mais pura forma de conhecimento.
D)
Heráclito foi dialético, pois defendeu que o conhecimento era empírico. Já Parmênides foi analítico, pois acreditava que todo conhecimento derivava da razão.
E)
Heráclito foi platônico, pois como Platão também acreditava no mundo das ideias, e Parmênides foi aristotélico, pois acreditava que tudo derivava dos sentidos.
Filosofia da Educação
Questão 10) - 0,50 ponto(s)
Na filosofia de Agostinho de Hipona, Deus é apresentado como a própria Verdade e como fonte da verdadeira felicidade, ou seja, como resultado final da busca empreendida pelo homem, de modo que somente ao contemplá-Lo seria possível alcançar a tranquilidade. No entanto, nem toda alma estaria apta, para que pudesse visualizar as verdades e chegar à contemplação de Deus, sendo necessário, portanto, que o homem passasse por uma caminhada formativa e santificadora que o afastaria do que o levava à vida de pecados. Desse modo, Agostinho apresentou uma nova definição de educação, caracterizada como uma peregrinação do homem “exterior” (voltado aos bens materiais, mutáveis e mortais) ao homem “interior” (ligado aos bens espirituais, imutáveis e imortais).
 
Sobre as concepções de educação de Agostinho de Hipona, julgue as afirmações a seguir.
 
I. A educação agostiniana buscava a purificação moral e a exercitação intelectual, objetivando a transformação do homem.
II. Segundo Agostinho de Hipona, as palavras não seriam suficientes para ensinar, mas se apresentariam como meio para que o homem enxergasse o conhecimento que já se encontra em seu interior.
III. A proposta de educação de Agostinho de Hipona relaciona-se à concepção de homem como ser racional e perfeito, bastando a esse contemplar o mundo exterior e as criaturas para neles encontrar o criador, ou seja, Deus. 
 
É correto o que se afirma em
A)
I, II e III.
B)
I e II, apenas.
C)
II e III, apenas.
D)
III, apenas.
E)
I, apenas.
Filosofia da EducaçãoQuestão 11) - 0,50 ponto(s)
Karl Marx (1818-1883), filósofo, economista, jornalista e militante político alemão, viveu em vários países da Europa. Na busca de um caminho epistemológico, ou de um caminho que fundamentasse o conhecimento para a interpretação da realidade histórica e social que o desafiava, superou (no sentido de incorporar e ir além) as posições de Hegel no que dizia respeito à dialética e conferiu-lhe um caráter materialista e histórico. Para o pensamento marxista, importa descobrir as leis dos fenômenos de cuja investigação se ocupa. O que importa é captar detalhadamente as articulações dos problemas em estudo, analisar as evoluções e rastrear as conexões sobre os fenômenos que os envolvem. Para esse pensador, isso só foi possível a partir da reinterpretação do pensamento dialético de Hegel. A separação sujeito-objeto, promovida pela lógica formal, não satisfazia a esses pensadores que, na busca da superação desta separação, partiram de observações acerca do movimento e da contraditoriedade do mundo, dos homens e de suas relações.[...].
O método dialético que desenvolveu Marx, o método materialista histórico-dialético, é um método de interpretação da realidade, visão de mundo e práxis. A reinterpretação da dialética de Hegel (colocada por Marx de cabeça para baixo), diz respeito principalmente à materialidade e à concreticidade. Para Marx, Hegel trata a dialética idealmente, no plano do espírito, das ideias, enquanto o mundo dos homens exige sua materialização.
 
PIRES, Marília F. de Campos. O materialismo histórico-dialético e a educação. Interface: Comunicação, Educação e Saúde, n. 1, pp. 83-96, 1997 (adaptado).
 
Sobre o método materialista histórico-dialético de Karl Marx, avalie as afirmações a seguir.
I. O materialismo histórico-dialético foi desenvolvido por Marx como um método e uma teoria de interpretação que compreende e explica as contradições de um mundo em movimento, em que a lógica formal é muito estática para elucidar.
II. O método marxista é materialista porque trata de como os homens organizam a produção e a reprodução da vida, e é histórico porque levanta a trajetória de como essa organização foi sendo montada ao longo da existência da sociedade humana.
III. A materialidade histórica da dialética marxista é tida como um instrumento capaz de promover o avanço do conhecimento comum por meio da confirmação teórica de etapas filosóficas consecutivas a serem trilhadas pela sociedade.
 
É correto o que se afirma em
A)
III, apenas.
B)
I, II e III.
C)
I e II, apenas.
D)
I, apenas.
E)
II e III, apenas.
Filosofia da Educação
Questão 12) - 0,50 ponto(s)
 “Fornecer a razão de um fenômeno não pode mais consistir em nomear o seu pai e sua mãe, em estabelecer a sua filiação. Se as realidades naturais apresentam uma ordem regular, não pode ser porque, um belo dia, o deus soberano, ao fim de seus combates, impôs-se às outras divindades como um monarca que reparte em seu reino os encargos, as funções, como uma lei imanente à natureza e presidindo, desde a origem à sua ordenação" (VERNANT, Jean Pierre).
Para o especialista em filosofia grega, Jean Pierre Vernant, o fragmento acima se relaciona à educação na passagem do(a)
A)
Filosofia ao Mito
B)
Teogonia para a Epistéme
C)
Physis à Aletheia
D)
Mito para a Filosofia
E)
Caos ao Cosmos
Filosofia da Educação
Questão 13) - 0,50 ponto(s)
O termo pedagogia, do grego antigo paidagogós, era inicialmente composto por paidos (“criança”) e gogía (“conduzir” ou “acompanhar”). É importante distinguir os diferentes conceitos que envolvem o processo educacional. Considerando as interdependências existentes entre pedagogia, didática, ensino e instrução, relacione corretamente a 2ª coluna com a 1ª.
1. Didática
2. Pedagogia
3. Instrução
4. Ensino
( ) Compreende tanto a atividade de estudo dos alunos quanto o trabalho do professor, tendo em vista as ações, os meios e as condições necessárias para que a instrução ocorra.
( ) Refere-se à formação intelectual e inclui o desenvolvimento das capacidades cognitivas, mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados.
( ) Investiga a natureza das finalidades da educação como processo social e indica uma concepção da direção do processo educativo subordinada a uma concepção político-social.
( ) Aplicam-se o processo de ensino e seus componentes, com vistas a garantir a aprendizagem dos conteúdos escolares pelos alunos.
Conforme a relação entre pedagogia, didática, ensino e instrução, que alternativa indica a sequência CORRETA?
A)
4, 1, 3, 2
B)
4, 3, 2, 1
C)
3, 2, 1, 4
D)
2, 4, 1, 3
E)
4, 2, 1, 3
Filosofia da Educação
Questão 14) - 0,50 ponto(s)
O conceito de ideologia, segundo Tomazi (2010), foi expresso pela primeira vez por Francis Bacon (1561-1626), mas o termo ideologia é atribuído a Destutt de Tracy (1754-1836), pensador francês, por ele observar a influência de fenômenos na elaboração das ideias como a razão, a vontade, a memória e a percepção. [...] Em 1812, Napoleão Bonaparte afirmou, em um discurso, que seus adversários eram metafísicos, não entendiam ou não pensavam conforme a realidade histórica do momento e, por isso, surgiu o sentido da ideologia como uma “ilusão” ou “ideia falsa”, por não retratar a realidade como acontecia. Auguste Comte (1798-1857) fez uso da explicação de ideologia de Destutt de Tracy, incorporando o conjunto de ideias contextualizadas historicamente e as relações do corpo com o meio.
 
PORTO, Maria de Fátima Silva. Cultura e Sociedade. Patos de Minas: UNIPAM, 2016. (Adaptado)
 
Sobre os conceitos de Ideologia, avalie as afirmativas a seguir.
I. A ideologia pode ser conceituada como o conjunto de ideias, crenças e valores de um grupo ou de uma classe social, expressando o pensamento de classes dominantes, que visam o estabelecimento da ordem.
II. A ideologia é usada pela classe dominante para manter a dominação, impondo seus valores e suas ideias para todas as classes sociais, podendo, o Estado, ser um representante de interesses, legitimador e propagador da ideologia.
III. A ideologia pode ser entendida como hegemonia e supremacia, pois, além do poder coercitivo e policial, utiliza o consenso e a persuasão que são desenvolvidos em um sistema de ideias elaborado por intelectuais a serviço do poder.
 
É correto o que se afirma em
A)
I e II, apenas.
B)
I e III, apenas.
C)
I, apenas.
D)
II e III, apenas.
E)
I, II e III.
Filosofia da Educação
Questão 15) - 0,50 ponto(s)
A mais valia relativa ocupa um lugar central na análise do capital empreendida por Marx. O estudo da mais valia relativa aparece nos Grundrisse, nos Manuscritos de 1861-63 e finalmente n’O Capital, toda a seção IV, sobre a “Produção da mais valia relativa”. São centenas de páginas dedicadas a esse tema essencial para o entendimento do conceito de capital, conceito que Marx procura desenvolver antes de introduzir elementos relativos à interação dos capitais em concorrência.
 
A mais valia relativa permite uma contínua expansão do trabalho excedente, fato inédito se comparado aos modos de produção anteriores. Permite também superar a limitação que a extração de mais valia absoluta encontra na extensão da jornada de trabalho.
 
Marx apresenta a teoria da mais valia relativa tomando como dadas as necessidades de consumo da força de trabalho, ou seja, partindo da hipótese de uma cesta de consumo conhecida e fixa. Esse procedimento é necessário para estabelecer a origem da mais valia relativa.
 
Quando aumenta a produtividade e diminui o valor das mercadorias daquela cesta, aumenta pro rata o valor excedente adicionado na jornada, isto é, aumenta a mais valia de forma relativa. Para que haja mais valia relativa é preciso que os salários nominais caiam. É necessário, portanto, que se incorpore na análise o elemento capaz de promover a redução dos salários nominais. Para que caia o salário nominal é preciso que o aumento da produtividade traga consigo um elemento de enfraquecimento da coesão da classe trabalhadora.
 
CIPOLLA, Francisco Paulo. O mecanismo da mais valia relativa. Estud.Econ., vol. 44, n. 2, p. 383-408, 2014 (adaptado).
 
 
 
Sobre a teoria da mais-valia desenvolvida ao longo dos trabalhos de Karl Marx, avalie as seguintes afirmações.
 
I. A teoria da mais-valia explica que o avanço da tecnologia e o consequente aumento de produtividade da força de trabalho fragilizam a posição de negociação dos trabalhadores, promovendo a redução dos salários nominais e o aumento da mais-valia relativa.
 
II. O grau de divisão entre a classe trabalhadora promovido pelo avanço técnico enfraquece a luta de classes, uma vez que permite diminuir a massa de salários nominais, ao mesmo tempo que aumenta o salário de trabalhadores específicos, expandindo a mais-valia absoluta e relativa.
 
III. Marx resgata o processo histórico de simplificação do trabalho e como ele foi capaz de aumentar a disponibilidade de bens de consumo para os trabalhadores, permitindo o aumento de suas famílias e consequentemente da força de trabalho disponível para o capital.
 
É correto o que se afirma em
A)
III, apenas.
B)
I, II e III.
C)
I e II, apenas.
D)
II e III, apenas.
E)
I, apenas.
Filosofia da Educação
Questão 16) - 0,50 ponto(s)
Os termos filosofia, ética, moral e cidadania possuem origem etimológica distinta. A palavra filosofia é uma junção de duas palavras gregas: philos + sophia, que significa gostar de algo, sentir atração por algo, nutrir amizade ou amor por alguma coisa. A palavra ética vem do grego ethos, que significa modo de ser ou caráter. A palavra moral tem origem no termo latino morales, que significa relativo aos costumes. A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Com base nessas explicações etimológicas, faça a associação.
 
(1) Filosofia      
(2) Ética       
(3) Moral                
(4) Cidadania
 
(     ) Conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.
(     ) Foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Dessa forma, pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.
(     ) É o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na constituição. Os direitos e deveres de uma pessoa devem andar sempre juntos, uma vez que, ao cumprirmos nossas obrigações, permitimos que o outro exerça também seus direitos.
(     ) Conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.
 
A sequência correta é a seguinte:
A)
2, 1, 3, 4
B)
4, 3, 1, 2
C)
1, 2, 3, 4
D)
2, 1, 4, 3
E)
3, 2, 1, 4
Filosofia da Educação
Questão 17) - 0,50 ponto(s)
A inteligência colhe, recolhe e reúne os dados oferecidos pela percepção, pela imaginação, pela memória e pela linguagem, formando redes de significações com as quais organizamos e ordenamos nosso mundo e nossa vida, recebendo e doando sentido a eles. O pensamento, porém, vai além do trabalho da inteligência: abstrai (ou seja, separa) os dados das condições imediatas de nossa experiência e os elabora sob a forma de conceitos, ideias e juízos, estabelecendo articulações internas e necessárias entre eles pelo raciocínio (indução e dedução), pela análise e pela síntese. Formula teorias, procura prová-las e verificá-las, pois está voltado para a verdade do conhecimento. Tudo o que sabemos existir nos é dado pelas sensações e percepções, portanto, pela experiência. Visto que a experiência nos mostra e nos dá a conhecer apenas as coisas particulares e singulares, somente elas existem. Por conseguinte, as ideias gerais ou universais não correspondem a realidades ou a essências existentes, mas são nomes que instituímos por convenção para organizar nosso pensamento e nossos discursos.
 
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática,  2000, p. 196.
 
Considerando a descrição feita pela filósofa no fragmento apresentado, infere-se que essa concepção acerca do conhecimento representa o pensamento 
A)
de Platão, que afirmava que todo conhecimento é inato e está no mundo das ideias.
B)
de Descartes, que afirmava que todo conhecimento é assistemático e ametódico.
C)
do empirismo em geral, que afirma que todo conhecimento vem através dos sentidos, das sensações e da experiência do sujeito.
D)
do racionalismo em geral, que afirma que todo conhecimento seguro da verdade é o conhecimento a priori. 
E)
do criticismo, que acredita que o conhecimento é exclusivamente a priori, não depende da experiência.
Filosofia da Educação
Questão 18) - 0,50 ponto(s)
“O período pré-socrático foi dominado, em grande parte, pela investigação da natureza. Essa investigação tinha um sentido cosmológico. Era a busca de explicações racionais para o universo manifestada na procura de um princípio primordial (arché) para todas as coisas existentes. Seguiu-se a esse período uma nova fase filosófica caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações do homem com a sociedade. Essa nova fase foi marcada, no início, pelos sofistas. Etimologicamente, o termo sofista significa ‘sábio’. Entretanto, com o decorrer do tempo ganhou o sentido de ‘impostor’, devido, sobretudo, às críticas de Platão” (COTRIN, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. p.91).
Tomando como base o trecho acima, assinale a alternativa CORRETA quanto a essa fase dos sofistas.
A)
Os ensinamentos dos sofistas favoreceram as concepções filosóficas relativistas sobre as coisas.
B)
Platão é o maior crítico representante da oposição à relatividade, da habilidade retórica e do conhecimento de divergentes doutrinas.
C)
Para os sofistas, as opiniões humanas são limitadas e, por isso, devem ser reduzidas a uma única verdade.
D)
Os sofistas condenavam a arte da persuasão ou da argumentação em público, na defesa de interesses individuais e de classe.
E)
Para os sofistas, a relatividade significa uma verdade única e absoluta.
Filosofia da Educação
Questão 19 - (Enade, 2008) ) - 0,50 ponto(s)
Qual a contribuição da disciplina Filosofia da Educação para a formação do educador?
A)
Atender à necessidade de organização do pensamento com vistas a um melhor desempenho didático-pedagógico.
B)
Dominar o conhecimento historicamente produzido pela humanidade visando a uma cultura erudita.
C)
Ajudar o professor a identificar e interrogar os valores que estão subjacentes à ação e às concepções do humano.
D)
Contribuir para as soluções práticas exigidas pelo cotidiano, auxiliando na elaboração do planejamento escolar.
E)
Reunir informações sobre a existência humana para orientar a forma de organizar sua vida privada.
Filosofia da Educação
Questão 20) - 0,50 ponto(s)
Quando se diz que a Filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características, apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções sobre o que sejam a realidade, a razão, a linguagem, a ação, as técnicas, completamente diferentes das de outros povos e outras culturas. (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2005, p.26).
Indique o(s) item(n)s que apresenta(m) traço(s) que se relaciona(m) à Filosofia Nascente. 
I. Capacidade de diferenciação, isto é, de mostrar que fatos ou coisas que aparecem como iguais ou semelhantes são diferentes quando examinados pelo pensamento ou pela razão.
II. Tendência à aceitação de explicações preestabelecidas, ou seja, exigência de que para cada fato seja encontrada uma explicação racional e de que para cada problema haja investigação e seja apresentada a solução.
III. Tendência à argumentação e ao debate para oferecer respostas conclusivas para questões, dificuldades e problemas de maneira que nenhuma solução seja aceita se não houver sido demonstrada.
É CORRETO o que se afirma em
 
A)
I e III, apenas.B)
II e III, apenas. 
C)
I e II, apenas. 
D)
I, II e III. 
E)
I, apenas.

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