Grafoscopia e Documentoscopia

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Grafoscopia e Documentoscopia
Módulo - 1
Introdução
A identificação ou descoberta do autor de assinatura, texto ou documento é atribuição do “expert” com vivência na área da perícia grafoscópica, nas esferas civis, trabalhistas e criminais. É importante deixarmos claro que neste curso abordamos a disciplina da Grafoscopia como um complemento para o conhecimento do agente de registro em relação ao reconhecimento de autoria e comprovação da autenticidade das assinaturas realizadas nos Termos de Titularidade por parte dos titulares de certificados digitais.
Este curso não pretende necessariamente passar todos os conhecimentos necessários para a formação de um grafoscopista, muito menos exigir os passos periciais realizados em caso de dúvida de autenticidade de assinatura.
Propõe-se a transferir o conhecimento necessário para uma operação básica de reconhecimento de assinatura manuscrita para as operações diárias do agente de registro e procurar indicar aos iniciantes normas que lhes possibilitem, com rapidez e segurança, verificar se determinada assinatura confere ou não com os espécimes constantes no documento de identificação apresentado pelos titulares de certificados digitais.
Conceito de Grafoscopia
O conceito tradicional da grafoscopia foi desenvolvido em decorrência do objetivo inicial da disciplina, que focava em esclarecer questões criminais. Sendo uma das áreas da Criminalística, que é a ciência que estuda os vestígios gráficos relacionados ao crime, a grafoscopia tem sido conceituada como a disciplina cuja finalidade é a verificação da autenticidade ou a determinação da autoria de um documento, muito embora não se restrinja apenas a isto. Qualquer necessidade que haja de identificação de algum indivíduo pela sua assinatura manuscrita, independente da linguagem empregada, é considerada uma possível aplicação para a grafoscopia.
Temos como exemplo o emprego da grafoscopia em documentos históricos, onde historiadores e outros profissionais da área aplicam suas noções de reconhecimento de assinatura para verificar a autoria do determinado manuscrito, bem como para médicos e patologistas forenses e colecionadores de obras de arte, profissionais de museus, e outros.
Essas ponderações levam à conclusão de que o conceito da disciplina deve ter como base o seu objetivo genérico, que é a origem do documento, e não um interesse específico, que é aquele da Criminalística.
Isto posto, após o desenvolvimento e sistematização desses raciocínios, consideramos que a grafoscopia é a disciplina que tem por finalidade determinar a origem ou a autenticidade de um documento gráfico manuscrito.
Para a Grafoscopia,
Documento é o suporte que contém um registro gráfico. Este conceito foi desenvolvido considerando: suporte, no sentido de coisa; registro, no sentido de imagens fixas e gráficos, no sentido de ideia ou fato escrito.
História
No passado os exames de documentos eram feitos por métodos empíricos, sem qualquer fundamento científico, o que provocava erros judiciários memoráveis. Os primeiros registros de perícia grafoscópica surgiram no Império Romano com Quintiliano (88 d.C.) em seu Instituto oratório.
A metodologia que criou a disciplina é relativamente recente, tendo surgido no início do século passado com os trabalhos dos experts dos principais laboratórios de Polícia Técnica surgidos na Europa e nos Estados Unidos. No Brasil, a Grafoscopia surgiu no estado de São Paulo, com a criação da Delegacia de Técnica Policial em 1925.
A relevância dos estudos grafológicos pode ser constatada em momentos histórico-político brasileiro, como por exemplo, a análise da carta testamento de Getúlio Vargas, acima. 
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